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Prestação de Contas de Prefeita Município de Jaraguá do Sul exercício de 2011 1 1383 Fls PRESTAÇÃO DE CONTAS DA PREFEITA EXERCÍCIO DE 2011 Município de Jaraguá do Sul Data de Fundação 25/07/1876 População: 145.782 habitantes (IBGE - 2011) PIB: 4.697,09 (em milhões) (IBGE - 2009)

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  • Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2011 1

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    PRESTAO DE CONTAS DA PREFEITA

    EXERCCIO DE 2011

    Municpio de Jaragu do Sul

    Data de Fundao 25/07/1876

    Populao: 145.782 habitantes (IBGE - 2011)

    PIB: 4.697,09 (em milhes)

    (IBGE - 2009)

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    S U M R I O

    INTRODUO ...................................................................................................... 3

    2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO ............................................................... 4

    3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA ....................................................... 6

    3.1. Apurao do resultado oramentrio .................................................................... 7

    3.2. Anlise do resultado oramentrio ....................................................................... 8

    3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias ..................................................... 9

    4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA ................................ 17

    4.1. Situao Patrimonial ........................................................................................... 17

    4.2. Anlise do resultado financeiro ........................................................................... 18

    4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira ...................................................... 19

    5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES .................................................. 23

    5.1. Sade .................................................................................................................. 23

    5.2. Ensino ................................................................................................................. 25

    5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias.............................. 25

    5.2.2. FUNDEB ........................................................................................................ 27

    5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF) .................................................................... 30

    5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio ............................. 30

    5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Executivo ................... 31

    5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Legislativo .................. 33

    6. DO CONTROLE INTERNO ............................................................................. 34

    7. DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANA E DO

    ADOLESCENTE - FIA ......................................................................................... 35

    8. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E DO

    DECRETO FEDERAL N 7.185/2010 ................................................................. 37

    9. RESTRIES APURADAS ............................................................................ 42

    10. SNTESE DO EXERCCIO DE 2011 ............................................................. 43

    CONCLUSO ..................................................................................................... 43

    ANEXO ............................................................................................................... 45

    APNDICE .......................................................................................................... 46

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    PROCESSO PCP 12/00145213

    UNIDADE Municpio de Jaragu do Sul

    RESPONSVEL Sra. Ceclia Konell - Prefeita Municipal

    ASSUNTO Prestao de Contas da Prefeita referente ao ano de 2011

    RELATRIO N 2948/2012

    INTRODUO

    O Tribunal de Contas de Santa Catarina, no uso de suas

    competncias para a efetivao do controle externo consoante disposto no artigo

    31, 1, da Constituio Federal e dando cumprimento s atribuies assentes

    nos artigos 113 da Constituio Estadual e 50 e 54 da Lei Complementar n

    202/2000, procedeu ao exame das Contas apresentadas pelo Municpio de

    Jaragu do Sul, relativas ao exerccio de 2011.

    O presente Relatrio abrange a anlise do Balano Anual do exerccio

    financeiro de 2011 e as informaes dos registros contbeis e de execuo

    oramentria enviadas por meio eletrnico, buscando evidenciar os resultados

    alcanados pela Administrao Municipal, em atendimento s disposies dos

    artigos 20 a 26 da Resoluo n TC-16/94 e artigo 22 da Instruo Normativa n

    TC-02/2001, bem como o artigo 3, I da Instruo Normativa n TC-04/2004.

    A referida anlise deu-se basicamente na situao Patrimonial,

    Financeira e na Execuo Oramentria do Municpio, no envolvendo o exame

    de legalidade e legitimidade dos atos de gesto, o resultado de eventuais

    auditorias oriundas de denncias, representaes e outras, que devem integrar

    processos especficos, a serem submetidos apreciao deste Tribunal de

    Contas.

    No que tange a anlise da situao Patrimonial e Financeira foram

    abordados aspectos sobre a composio do Balano, apurao do resultado

    financeiro e de quocientes patrimoniais e financeiros para auxiliar a anlise dos

    resultados ao longo dos ltimos cinco exerccios.

    Registre-se que a mdia regional indicada no presente relatrio

    corresponde respectiva Associao de Municpios que abrange Jaragu do

    Sul, sendo que as mdias apresentadas foram geradas em 26/10/2012.

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    Com referncia a anlise da Gesto Oramentria tomou-se por base

    os instrumentos legais do processo oramentrio, a execuo do oramento de

    forma consolidada a apurao e a evoluo do resultado oramentrio,

    atentando-se para o cumprimento dos limites constitucionais e legais

    estabelecidos no ordenamento jurdico vigente.

    2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO1

    Jaragu do Sul, na poca do descobrimento do Brasil, era territrio

    tupi-guarani. Antes disto, o homem sambaquiano tambm deve ter pisado este

    solo. Por volta do Sculo XVII, os xoklengues ocuparam a regio. Foram estes

    os indgenas que havia por ocasio da colonizao do vale. Alguns vestgios da

    ocupao indgena na regio ainda podem ser encontrados. Acredita-se que

    Alvar Nunes Cabeza de Vacca, na primeira metade do Sculo XVI, tenha subido

    do litoral pelo Vale do Itapocu em direo a Assuno, Paraguai, seguindo um

    ramal do Caminho do Peaberu. O nome Jaragu foi atribudo pelos indgenas,

    primeiramente, ao atual Morro da Boa Vista, por elevar-se por sobre o vale,

    como senhor ou dono do mesmo. Iara+gu tem o significado de senhor,

    dominador ou dono do vale. A histria recente de Jaragu do Sul se inicia em

    1864, quando a Princesa Isabel, herdeira do trono do Imprio do Brasil, casou-se

    com o Conde dEu. Parte de sua rea integrava as terras dotais da Princesa, que

    foram demarcadas, em 1876, pelo Coronel Emlio Carlos Jourdan. A primeira

    tentativa de colonizao tambm foi dele quando, naquele ano, arrendando 430

    hectares de terra, estabeleceu-se com 60 pessoas entre trabalhadores e

    escravos, instalando engelho de acar, serraria e olaria. A colonizao efetiva

    se deu a partir de 1890, quando colonizadores alemes, italianos, hngaros e

    outros comearam a colonizar as diversas regies do Municpio. A rea central

    foi colonizada a partir de 1895, com o retorno de Emlio Carlos Jourdan,

    fundando a Colnia Jaragu, emancipando-se de Joinville em 1934. Jaragu do

    Sul um municpio onde predomina a indstria. Desde cedo, ligados aos

    comrcios locais, surgiram queijarias, aougues, fbricas de embutidos e

    defumados de carne, de banha e de sabo. Muitos dos colonos montaram

    alambiques, fabricando cachaa, melado e acar mascavo. Alm disso, as

    fbricas de carroas e troles, as ferrarias, as serrarias, as olarias, e outras que

    havia, produziam para suprir o consumo local. Na dcada de 1920, a indstria

    comeou a se diversificar, ainda muito ligada ao setor de produo primria da

    regio. Surgem indstrias de alimentos, como fbrica de essncias e de

    refrigerantes, utilizando produtos agrcolas da regio, como por exemplo, a

    laranja e a tangerina. Na dcada de 1930, d mais um passo, com o surgimento

    1 Disponvel em: www.sc.gov.br/portalturismo

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    de indstrias que utilizavam matria prima vinda de outras regies, como

    malharias e indstria de escapamentos para carros. A indstria, contudo, s se

    desenvolveu plenamente depois da dcada de 1950, quando foi solucionada a

    falta de energia eltrica, com o estabelecimento da linha de transmisso de

    energia entre a usina termoeltrica de Capivari de Baixo, no sul do Estado, e

    Jaragu do Sul. A partir do final dos anos cinqenta, indstrias do setor tercirio,

    utilizando tecnologia mais avanada, se instalam. Nos anos setenta comea-se a

    experimentar um grande incremento na industrializao e o setor se diversifica

    cada vez mais. Esta diversificao, inclusive, fez com que Jaragu do Sul fosse

    atingido em menor intensidade pelas crises econmicas que assolaram o Brasil

    nos anos oitenta e noventa. O municpio passa a ser o terceiro parque industrial

    do Estado, posio que mantm at hoje.

    O Municpio de Jaragu do Sul tem uma populao estimada em

    145.7822 habitantes e ndice de Desenvolvimento Humano de 0,853. O Produto

    Interno Bruto alcanava o valor de R$ 4.697.089.947,004, revelando um PIB per

    capita poca de R$ 33.787,88, considerando uma populao estimada em

    2009 de 139.017 habitantes.

    Grfico 01 Produto Interno Bruto PIB

    Fonte: IBGE 2009

    2 IBGE - 2011

    3 PNUD - 2000

    4 Produto Interno Bruto dos Municpios IBGE/2009

    0,00

    1.000.000.000,00

    2.000.000.000,00

    3.000.000.000,00

    4.000.000.000,00

    5.000.000.000,00

    Mdia AMVALI MUNICPIO

    1.006.789.495,00

    4.697.089.947,00

    PIB EM REAIS

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    No tocante ao desenvolvimento econmico e social mensurado pelo

    IDH/PNUD/2000, o Municpio de Jaragu do Sul encontra-se na seguinte

    situao:

    Grfico 02 ndice de Desenvolvimento Humano IDH

    Fonte: PNUD 2000

    3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA

    A anlise da gesto oramentria envolve os seguintes aspectos:

    demonstrao da apurao do resultado oramentrio do presente exerccio,

    com a demonstrao dos valores previstos ou autorizados pelo Poder

    Legislativo; apurando-se quocientes que demonstram a evoluo relativa do

    resultado da execuo oramentria do Municpio; a demonstrao da execuo

    das receitas e despesas, cotejando-as com os valores orados, bem como a

    evoluo do esforo tributrio, IPTU per capita e o esforo de cobrana da dvida

    ativa. Por fim, apura-se o total da receita com impostos (includas as

    transferncias de impostos) e a receita corrente lquida.

    Segue abaixo os instrumentos de planejamento aplicveis ao

    exerccio em anlise, as datas das audincias pblicas realizadas e o valor da

    receita e despesa inicialmente oradas:

    0,72

    0,74

    0,76

    0,78

    0,80

    0,82

    0,84

    0,86

    BRASIL SANTA CATARINA Mdia AMVALI MUNICPIO

    0,766

    0,822 0,820

    0,850

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    Quadro 01 Leis Oramentrias

    LEIS DATA DAS AUDINCIAS RECEITA ESTIMADA

    370.513.439,65 PPA 5319/2009 23/04/2009

    LDO 5750/2010 07/04/2010 DESPESA FIXADA

    370.513.439,65 LOA 5835/2010 07/04/2010

    3.1. Apurao do resultado oramentrio

    O confronto entre a receita arrecadada e a despesa realizada, resultou

    no Supervit de execuo oramentria da ordem de R$ 33.957.009,47,

    correspondendo a 7,99% da receita arrecadada.

    Salienta-se que o resultado consolidado, Supervit de R$

    33.957.009,47, composto pelo resultado do Oramento Centralizado -

    Prefeitura Municipal, Supervit de R$ 5.004.961,32 e do conjunto do Oramento

    das demais Unidades Municipais Supervit de R$ 28.952.048,15.

    Excluindo o resultado oramentrio do Regime Prprio de

    Previdncia e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor, o

    Municpio apresentou Supervit de R$ 3.134.423,44.

    Assim, a execuo oramentria do Municpio pode ser demonstrada,

    sinteticamente, da seguinte forma:

    Quadro 02 Demonstrao do Resultado da Execuo Oramentria (em Reais) 2011

    Descrio Previso/Autorizao Execuo % Executado

    RECEITA 370.513.439,65 425.167.984,25 114,75

    DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)

    508.097.962,69 391.210.974,78 77,00

    Supervit de Execuo Oramentria 33.957.009,47

    Resultado Oramentrio Consolidado Excludo RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor

    Supervit Consolidado Ajustado

    Supervit do RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor

    Supervit excludo RPPS e/ou

    Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor

    RECEITA 425.167.984,25 52.458.331,85 372.709.652,40

    DESPESA 391.210.974,78 21.635.745,82 369.575.228,96

    Resultado de Execuo Oramentria

    33.957.009,47 30.822.586,03 3.134.423,44

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

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    Obs.: A divergncia entre a variao do patrimnio financeiro ajustado sem RPPS e/ou

    Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor e o resultado da execuo oramentria

    ajustada sem RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor no montante de

    R$ 53.926,26, considerando-se o cancelamento de Restos a Pagar no valor de R$ 2.566.824,82,

    objeto de anotao no item Restries de Ordem Legal.

    Obs.: Consideradas as Transferncias Concedidas e Recebidas, no tocante receita no

    montante de R$ 52.458.331,85, o valor de R$ 10.511.773,92 se refere receita, sem ajuste, do

    Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor. No que tange despesa no montante de

    R$ 21.635.745,82, o valor de R$ 10.109.645,89 se refere a despesa, sem ajuste, do

    Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor (consideradas as Transferncias

    Financeiras Concedidas e Recebidas).

    3.2. Anlise do resultado oramentrio

    A anlise da evoluo do resultado oramentrio facilitada com o

    uso de quocientes, pois os resultados absolutos expressos nas demonstraes

    contbeis so relativizados, permitindo a comparao de dados entre exerccios

    e Municpios distintos.

    A seguir exibido quadro que evidencia a evoluo do Quociente de

    Resultado Oramentrio do Municpio de Jaragu do Sul nos ltimos 5 anos:

    Quadro 03 Quocientes de Resultado Oramentrio Excludo RPPS e Fundo de Assistncia do Servidor 2007-2011

    ITENS / ANO 2007 2008 2009 2010 2011 1 Receita realizada 203.515.159,55 242.141.950,99 268.386.034,36 308.132.428,83 372.709.652,40

    2 Despesa executada 192.140.973,54 236.028.685,24 260.374.733,97 302.424.160,00 369.575.228,96

    QUOCIENTE 2007 2008 2009 2010 2011 Resultado Oramentrio (12) 1,06 1,03 1,03 1,02 1,01

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    O resultado oramentrio pode ser verificado por meio do quociente

    entre a receita oramentria e a despesa oramentria. Quando esse indicador

    for superior a 1,00 tem-se que o resultado oramentrio foi superavitrio

    (receitas superiores s despesas).

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    Grfico 03 Evoluo dos Quocientes de Resultado Oramentrio: 2007 2011

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias

    Os quadros que sintetizam a execuo das receitas e despesas no

    exerccio trazem tambm os valores previstos ou autorizados pelo Legislativo

    Municipal, de forma que se possa avaliar a destinao de recursos pelo Poder

    Executivo, bem como o cumprimento de imposies constitucionais.

    No mbito do Municpio, a receita oramentria pode ser entendida

    como os recursos financeiros arrecadados para fazer frente s suas despesas.

    A receita arrecadada do exerccio em exame atingiu o montante de R$

    425.167.984,25, equivalendo a 114,75% da receita orada.

    As receitas por origem e o cotejamento entre os valores previstos e os

    arrecadados so assim demonstrados:

    Quadro 04 Comparativo da Receita Oramentria Prevista e Arrecadada (em Reais): 2011

    RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %

    ARRECADADO

    Receita Tributria 50.216.055,50 56.044.103,44 111,61

    Receita de Contribuies 17.604.309,04 17.879.329,21 101,56

    Receita Patrimonial 16.900.114,54 25.224.928,75 149,26

    Receita de Servios 28.516.950,54 26.226.753,97 91,97

    Transferncias Correntes 197.797.875,99 249.659.675,44 126,22

    Outras Receitas Correntes 13.740.013,93 17.446.949,42 126,98

    1,06

    1,03 1,03

    1,02

    1,01

    0,97

    0,98

    0,99

    1,00

    1,01

    1,02

    1,03

    1,04

    1,05

    1,06

    1,07

    2007 2008 2009 2010 2011

    Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios

    mailto:c@[11571]mailto:c@[11572]mailto:c@[11573]mailto:c@[11576]mailto:c@[11577]mailto:c@[11578]

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    1387 Fls

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    RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %

    ARRECADADO

    Receitas Correntes Intra-Oramentrias 24.563.191,44 20.277.183,63 82,55

    RECEITA CORRENTE 349.338.510,98 412.758.923,86 118,15

    Operaes de Crdito 19.987.426,00 9.405.382,16 47,06

    Alienao de Bens 521.936,67 175.400,00 33,61

    Amortizao de Emprstimos 225.566,00 161.385,88 71,55

    Transferncias de Capital - 2.330.061,23 -

    Receitas de Capital Intra-Oramentrias 440.000,00 336.831,12 76,55

    RECEITA DE CAPITAL 21.174.928,67 12.409.060,39 58,60

    TOTAL DA RECEITA 370.513.439,65 425.167.984,25 114,75 Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano Geral

    consolidado.

    Grfico 05 Composio da Receita Oramentria Arrecadada: 2011

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Tributria 13,18%

    Contribuies 4,21%

    Patrimonial 5,93% Servios 6,17%

    Transferncia Corrente 58,72%

    Outras Correntes 4,10%

    Correntes Intra-Oramentrias 4,77%

    Operaes de Crdito 2,21%

    Alienao de Bens 0,04%

    Amortizao de Emprstimos 0,04%

    Transferncias de Capital

    0,55%

    Capital Intra-Oramentrias 0,08%

    mailto:c@[11579]mailto:c@[11580]mailto:c@[11581]mailto:c@[11582]

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    Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2011 11

    1388

    Fls

    .

    O grfico anterior apresenta a relao de cada receita por origem com

    o total arrecadado no exerccio. Destaca-se que parcela significativa da receita,

    58,72%, est concentrada nas transferncias correntes.

    Um aspecto importante a ser analisado na gesto da receita

    oramentria pode ser traduzido como esforo tributrio. O grfico que segue

    mostra a evoluo da receita tributria em relao ao total das receitas correntes

    do Municpio.

    Grfico 06 Evoluo do Esforo Tributrio (%): 2007 2011

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Relativamente s receitas arrecadadas, deve-se dar destaque s

    receitas prprias com impostos no exerccio da competncia tributria

    estabelecida constitucionalmente e exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Nesse sentido, destaca-se no grfico a seguir a evoluo do IPTU

    arrecadado per capita nos ltimos 5 (cinco) anos.

    14,16 14,86

    13,31 14,24 14,28

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    12,00

    14,00

    16,00

    2007 2008 2009 2010 2011

    Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios

  • verso da folha

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    1388 Fls

    .

    Grfico 07 Evoluo Comparativa do IPTU per capita (em Reais): 2007 2011

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados, IBGE e anlise tcnica.

    A Dvida Ativa apresentou o seguinte comportamento no exerccio em

    anlise:

    Quadro 05 Movimentao da Dvida Ativa (em Reais): 2011

    Saldo

    Anterior Inscrio

    Atualizao,

    juros e

    multa

    Proviso

    (lquida) Recebimento

    Outras

    Baixas

    Saldo

    Final

    39.756.393,55 6.371.702,53 282.220,60 99.492,33 4.904.950,45 231.487,43 41.174.386,47

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados.

    Obs.: A divergncia, no valor de R$ 71.045,97, entre o saldo da Dvida Ativa apurada a partir da

    Demonstrao das Variaes Patrimoniais Anexo 15 (R$ 41.174.386,47) e o constante do

    Balano Patrimonial Anexo 14 da Lei n 4.320/64 (R$ 41.245.432,44) objeto de anotao no

    item Restries de Ordem Legal, deste Relatrio.

    Importante tambm analisar a eficincia na cobrana da dvida ativa

    ao longo dos ltimos cinco anos. O grfico seguinte mostra o percentual de

    dvida ativa recebida em relao ao saldo do exerccio anterior:

    58,21 60,30 64,07

    85,66 90,96

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    80,00

    90,00

    100,00

    2007 2008 2009 2010 2011

    Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios

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    1389

    Fls

    .

    Grfico 08 Evoluo do Esforo de Cobrana da Dvida Ativa (%): 2007 2011

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    No tocante as despesas executadas em contraposio s oradas

    (incluindo as alteraes oramentrias), segundo a classificao funcional, tem-

    se a demonstrao do prximo quadro:

    Quadro 06 Comparativo entre a Despesa por Funo de Governo Autorizada e Executada: 2011

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

    01-Legislativa 6.977.973,10 6.200.619,02 88,86

    04-Administrao 38.519.895,81 32.941.642,45 85,52

    06-Segurana Pblica 5.263.810,49 3.704.778,08 70,38

    08-Assistncia Social 30.122.793,07 25.199.963,98 83,66

    09-Previdncia Social 16.344.062,16 12.325.157,75 75,41

    10-Sade 88.666.716,79 79.427.383,44 89,58

    12-Educao 99.106.072,85 91.937.798,62 92,77

    13-Cultura 7.707.940,10 7.197.351,24 93,38

    14-Direitos da Cidadania 240.167,93 193.189,19 80,44

    15-Urbanismo 98.859.087,75 57.066.838,83 57,73

    16-Habitao 6.902.857,56 3.079.094,16 44,61

    17-Saneamento 49.445.827,26 36.499.493,33 73,82

    18-Gesto Ambiental 1.981.077,12 1.723.793,85 87,01

    19-Cincia e Tecnologia 75.416,08 73.166,35 97,02

    20-Agricultura 4.984.776,54 4.860.345,06 97,50

    6,88 7,00 7,29 8,84

    12,34

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    2007 2008 2009 2010 2011

    Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios

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    1389 Fls

    .

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

    22-Indstria 1.899.921,30 1.747.602,19 91,98

    23-Comrcio e Servios 1.203.829,62 897.049,25 74,52

    26-Transporte 5.047.490,82 4.513.520,23 89,42

    27-Desporto e Lazer 6.275.609,77 5.835.808,82 92,99

    28-Encargos Especiais 16.428.247,00 15.786.378,94 96,09

    99-Reserva de Contingncia 22.044.389,57 - -

    TOTAL DA DESPESA 508.097.962,69 391.210.974,78 77,00

    Fontes: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano

    Geral consolidado.

    A anlise entre despesa autorizada e executada configura-se

    importante quando se tem como objetivo subsidiar o parecer prvio, permitindo

    identificar quais funes foram priorizadas ou contingenciadas em relao

    deliberao legislativa no tocante ao oramento municipal.

    O grfico seguinte demonstra o cotejamento entre as despesas

    autorizadas e executadas segundo as funes de governo. Trata-se de uma

    representao grfica do Quadro anterior.

    Grfico 09 Despesa Oramentria por Funo de Governo Autorizada x Executada: 2011

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    A evoluo das despesas executadas por funo de governo est

    demonstrada no quadro a seguir:

    88,86 85,52 70,38 83,66 75,41 89,58 92,77 93,38 80,44 57,73 44,61 73,82 87,01 97,02 97,50 91,98 74,52 89,42 92,99 96,09

    0,00 50.000.000,00 100.000.000,00 150.000.000,00

    01-Legislativa 04-Administrao

    06-Segurana Pblica 08-Assistncia Social

    09-Previdncia Social 10-Sade

    12-Educao 13-Cultura

    14-Direitos da Cidadania 15-Urbanismo 16-Habitao

    17-Saneamento 18-Gesto Ambiental

    19-Cincia e Tecnologia 20-Agricultura

    22-Indstria 23-Comrcio e Servios

    26-Transporte 27-Desporto e Lazer

    28-Encargos Especiais 99-Reserva de Contingncia

    AUTORIZAO

    EXECUO

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    1390

    Fls

    .

    Quadro 07 Evoluo das Despesas Executadas por Funo de Governo (em Reais): 2007 2011

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    2007 2008 2009 2010 2011

    01-Legislativa 3.500.993,81 3.769.337,10 5.299.582,94 6.646.440,75 6.200.619,02

    02-Judiciria 318.656,69 123.429,75 1.351.252,58 - -

    04-Administrao 17.673.181,20 22.214.160,43 26.994.952,00 28.354.866,99 32.941.642,45

    06-Segurana Pblica 954.614,63 1.278.718,99 1.883.849,13 2.482.209,91 3.704.778,08

    08-Assistncia Social 13.807.995,32 14.494.326,54 15.864.398,45 22.214.094,37 25.199.963,98

    09-Previdncia Social 5.625.643,17 6.534.181,93 7.294.216,35 10.438.852,23 12.325.157,75

    10-Sade 37.294.846,93 48.007.165,37 60.257.473,37 69.365.562,77 79.427.383,44

    11-Trabalho 52.679,74 6.274,65 9.563,45 - -

    12-Educao 51.441.971,65 59.276.448,99 67.034.828,33 74.613.720,22 91.937.798,62

    13-Cultura 4.165.099,01 5.183.532,95 4.876.285,37 5.797.432,98 7.197.351,24

    14-Direitos da Cidadania - - - 192.261,92 193.189,19

    15-Urbanismo 15.179.684,66 26.133.150,59 19.280.903,29 35.816.804,39 57.066.838,83

    16-Habitao 1.200.968,89 2.241.217,35 2.114.055,51 2.152.777,12 3.079.094,16

    17-Saneamento 13.917.120,83 20.403.719,78 24.546.874,18 32.208.336,99 36.499.493,33

    18-Gesto Ambiental 2.748.371,55 3.296.985,89 2.934.409,61 1.437.692,55 1.723.793,85

    19-Cincia e Tecnologia - 5.107,82 123,76 81.322,43 73.166,35

    20-Agricultura 1.515.820,60 2.140.557,19 2.346.545,12 2.285.432,49 4.860.345,06

    22-Indstria 100.391,45 82.984,85 74.250,00 1.336.379,98 1.747.602,19

    23-Comrcio e Servios 768.709,89 1.290.697,51 1.832.318,50 911.950,24 897.049,25

    26-Transporte 9.132.432,01 21.133.221,18 13.360.882,07 4.001.885,52 4.513.520,23

    27-Desporto e Lazer 10.721.399,69 5.702.435,01 4.712.724,55 5.520.284,64 5.835.808,82

    28-Encargos Especiais 12.520.424,03 13.010.048,05 14.660.279,37 16.767.835,22 15.786.378,94

    TOTAL DA DESPESA REALIZADA 202.641.005,75 256.327.701,92 276.729.767,93 322.626.143,71 391.210.974,78

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    No quadro a seguir, demonstra-se a apurao das receitas decorrente

    de impostos, informao utilizada no clculo dos limites com sade e educao.

    Quadro 08 Apurao da Receita com Impostos: 2011

    RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

    Valor (R$) %

    Imposto Predial e Territorial Urbano 13.260.507,40 5,34

    Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza 21.355.213,96 8,60

    Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza 8.260.764,30 3,33

    Imposto s/Transmisso Inter vivos de Bens Imveis e Direitos Reais sobre Bens Imveis

    4.662.963,37 1,88

    Cota do ICMS 136.403.370,71 54,93

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    1390 Fls

    .

    RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

    Valor (R$) %

    Cota-Parte do IPVA 13.625.424,39 5,49

    Cota-Parte do IPI sobre Exportao 2.670.508,38 1,08

    Cota-Parte do FPM 42.352.490,59 17,05

    Cota do ITR 19.715,31 0,01

    Transferncias Financeiras do ICMS - Desonerao L.C. n 87/96 748.745,88 0,30

    Receita de Dvida Ativa Proveniente de Impostos 3.648.622,45 1,47

    Receita de Multas e Juros provenientes de impostos, inclusive da dvida ativa decorrente de impostos

    1.331.644,28 0,54

    TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS (Base de clculo para a Educao)

    248.339.971,02 100,00

    (-) Cota-Parte do FPM (1%) art. 159, I, alnea d da C.F. 1.799.599,39

    TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS (Base de clculo para a Sade)

    246.540.371,63 100,00

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    O ingresso de recursos provenientes de impostos tem importncia na

    gesto oramentria municipal, eis que serve como denominador dos

    percentuais mnimos de aplicao em sade e educao.

    Da mesma forma, o total da Receita Corrente Lquida (RCL),

    demonstrado no quadro seguinte, serve como parmetro para o clculo dos

    percentuais mximos das despesas de pessoal estabelecidos na Lei de

    Responsabilidade Fiscal.

    Quadro 09 Apurao da Receita Corrente Lquida: 2011

    DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LQUIDA DO MUNICPIO Valor (R$)

    Receitas Correntes Arrecadadas 431.285.752,45

    (-) Deduo das receitas para formao do FUNDEB 38.804.012,22

    (-) Compensao entre Regimes de Previdncia 145.412,85

    (-) Contribuio dos Servidores ao Regime Prprio de Previdncia e/ou Assistncia

    13.632.959,31

    (-) Contribuio Patronal para custeio do Regime Prprio de Previdncia 25.873,85

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 378.677.494,22

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

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    1391

    Fls

    .

    4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA

    A anlise compreendida neste captulo consiste em demonstrar a

    situao patrimonial existente ao final do exerccio, em contraposio situao

    existente no final do exerccio anterior; discriminando especificamente a variao

    da situao financeira do Municpio e sua capacidade de pagamento de curto

    prazo.

    4.1. Situao Patrimonial

    A situao patrimonial do Municpio est assim demonstrada:

    Quadro 10 Balano Patrimonial do Municpio de Jaragu do Sul (em Reais): 2010 2011

    ATIVO 2010 2011

    PASSIVO 2010 2011

    Financeiro 173.349.141,24 210.408.343,83

    Disponvel 173.084.344,93 209.617.808,35 Bancos Conta Movimento

    16.349.689,38 24.701.602,89

    Bancos Conta Vinculada

    15.951.914,63 19.450.635,04

    Aplicaes Financeiras de Recursos Prprios

    24.860.476,10 22.774.026,64

    Aplicaes Financeiras de Recursos Vinculados

    168.290,40 123.868,92

    Investimentos do RPPS

    119.413.974,42 145.827.674,86

    (-) Proviso para Perdas em Investimentos do RPPS

    3.660.000,00 3.260.000,00

    Realizvel 264.796,31 790.535,48

    Depsitos Realizveis a Curto Prazo

    261.699,40 779.908,05

    Valores Pendentes a Curto Prazo

    3.096,91 10.627,43

    Financeiro 16.286.996,58 20.657.533,84

    Depsitos 810.154,22 1.015.319,84 Consignaes 807.994,37 1.012.856,84 Depsitos de Diversas Origens

    2.159,85 2.463,00

    Restos a Pagar 15.476.842,36 19.642.214,00

    Obrigaes a Pagar 15.476.842,36 19.642.214,00

    Permanente 217.107.883,94 237.742.717,48

    Crditos 2.556,37 1.736,37

    Devedores - Entidades e Agentes

    2.556,37 1.736,37

    Bens e Valores em Circulao

    3.805.473,87 3.770.658,82

    Permanente 100.865.301,19 106.732.965,43

    Dvida Fundada 17.739.527,78 22.273.976,42

    Dbitos Consolidados 12.097.596,86 9.692.465,82

    Precatrios a Pagar 289.263,72 289.263,72

    Dvidas Renegociadas 2.405.131,04 336.831,12

    Obrigaes Legais e Tributarias

    9.403.202,10 9.066.370,98

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    1391 Fls

    .

    ATIVO 2010 2011

    PASSIVO 2010 2011

    Dvida Ativa 39.756.393,55 41.245.432,44

    Crditos Inscritos em Dvida Ativa a Curto Prazo

    1.085.338,98 1.275.763,73

    Crditos Inscritos em Dvida Ativa a Longo Prazo

    39.110.750,01 40.454.455,03

    (-) Proviso para Perdas da Dvida Ativa a Longo Prazo

    439.695,44 484.786,32

    Realizvel a Longo Prazo

    719.017,80 557.631,92

    Crditos Realizveis a Longo Prazo

    719.017,80 557.631,92

    Investimentos 45.767,33 45.767,33

    Imobilizado 172.778.675,02 192.121.490,60

    Bens Mveis e Imveis

    172.778.675,02 192.121.490,60

    Bens Imveis 132.774.367,29 147.753.588,77

    Bens Mveis 40.004.307,73 44.367.901,83

    Diversos 71.028.176,55 74.766.523,19

    Provises Matemticas Previdencirias

    71.028.176,55 74.766.523,19

    ATIVO REAL 390.457.025,18 448.151.061,31

    SALDO PATRIMONIAL

    0,00 0,00

    PASSIVO REAL 117.152.297,77 127.390.499,27

    SALDO PATRIMONIAL 273.304.727,41 320.760.562,04

    Ativo Real Lquido 273.304.727,41 320.760.562,04

    TOTAL 390.457.025,18 448.151.061,31

    TOTAL 390.457.025,18 448.151.061,31

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral Consolidado.

    Obs.: A divergncia, no valor de R$ 71.045,97, entre o saldo da Dvida Ativa apurada a partir da

    Demonstrao das Variaes Patrimoniais Anexo 15 (R$ 41.174.386,47) e o constante do

    Balano Patrimonial Anexo 14 da Lei n 4.320/64 (R$ 41.245.432,44) objeto de anotao no

    item Restries de Ordem Legal, deste Relatrio.

    4.2. Anlise do resultado financeiro

    Dentre os componentes patrimoniais relevante no processo de

    anlise das contas municipais, para fins de emisso do parecer prvio, a

    verificao da evoluo do patrimnio financeiro e, sobretudo, a apurao da

    situao financeira no final do exerccio, eis que a existncia de passivos

    financeiros superiores a ativos financeiros revela restries na capacidade de

    pagamento do Municpio frente s suas obrigaes financeiras de curto prazo.

    O confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro do

    exerccio encerrado resulta em Supervit Financeiro de R$ 35.131.603,47 e a

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    1392

    Fls

    .

    sua correlao demonstra que para cada R$ 1,00 (um real) de recursos

    financeiros existentes, o Municpio possui R$ 0,36 de dvida de curto prazo.

    Em relao ao exerccio anterior, ocorreu variao positiva de R$

    5.647.322,00 passando de um Supervit de R$ 29.484.281,47 para um Supervit

    de R$ 35.131.603,47.

    Registre-se que a Prefeitura apresentou um Supervit de R$

    21.021.476,35.

    Dessa forma, a variao do patrimnio financeiro do Municpio durante

    o exerccio demonstrada no quadro seguinte:

    Quadro 11 Variao do patrimnio financeiro do Municpio (em Reais) 2010 - 2011

    Grupo Patrimonial Saldo inicial Saldo final Variao

    Ativo Financeiro 173.349.141,24 210.408.343,83 37.059.202,59

    Passivo Financeiro 16.286.996,58 20.657.533,84 4.370.537,26

    Saldo Patrimonial Financeiro 157.062.144,66 189.750.809,99 32.688.665,33

    Ativo Financeiro do RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor

    128.022.112,47 155.353.748,29 27.331.635,82

    Passivo Financeiro do RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor

    444.249,28 734.541,77 290.292,49

    Saldo Patrimonial Financeiro s/ RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor

    29.484.281,47 35.131.603,47 5.647.322,00

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Obs.: No tocante ao Ativo Financeiro no montante de R$ 155.353.748,29, o valor de R$

    12.781.874,18 se refere ao Ativo, sem ajuste, do Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao

    Servidor. No que tange ao Passivo Financeiro no montante de R$ 734.541,77, o valor de R$

    478.140,19 se refere ao Passivo, sem ajuste, do Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao

    Servidor.

    Obs.: A divergncia entre a variao do Saldo Patrimonial Financeiro e o Resultado da Execuo

    Oramentria consta como restrio anotada no item Restries de Ordem Legal do captulo

    Restries Apuradas, deste Relatrio.

    4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira

    A presente anlise est baseada na demonstrao de quocientes e/ou

    ndices, os quais podem ser definidos como nmeros comparveis obtidos a

    partir da diviso de valores absolutos, destinados a medir componentes

    patrimoniais, financeiros e oramentrios existentes nas demonstraes

    contbeis.

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    .

    Os quocientes escolhidos para viabilizar a anlise da evoluo

    patrimonial e financeira do Municpio, nos ltimos cinco anos, esto dispostos no

    quadro a seguir, com a devida memria de clculo:

    Quadro 12 Quocientes de Situao Patrimonial e Financeira 2007 2011

    ITENS / ANO 2007 2008 2009 2010 2011 1 Despesa Executada 202.641.005,75 256.327.701,92 276.729.767,93 322.626.143,71 391.210.974,78

    2 Restos a Pagar 6.890.400,79 8.968.812,31 16.996.673,53 15.476.842,36 19.642.214,00

    3

    Ativo Financeiro Ajustado - Excludo RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor

    19.258.639,66 22.198.013,85 39.393.692,91 45.327.028,77 55.054.595,54

    4

    Passivo Financeiro Ajustado Excludo RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor

    13.955.866,66 9.529.139,06 17.194.047,71 15.842.747,30 19.922.992,07

    5 Ativo Real 262.815.753,24 291.149.981,97 345.023.971,73 390.457.025,18 448.151.061,31

    6 Passivo Real 99.186.903,47 97.249.771,18 100.471.772,17 117.152.297,77 127.390.499,27

    QUOCIENTES 2007 2008 2009 2010 2011 Resultado Patrimonial (56) 2,65 2,99 3,43 3,33 3,52

    Situao Financeira (34) 1,38 2,33 2,29 2,86 2,76

    Restos a Pagar (21)*100 3,40 3,50 6,14 4,80 5,02

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    O Quociente do Resultado Patrimonial resultante da relao entre o

    Ativo Real e o Passivo Real.

    No h um parmetro mnimo definido, mas se o resultado deste

    quociente apresentar-se inferior a 1,00 ser indicativo da existncia de dvidas

    (curto e longo prazo) sem ativos suficientes para cobri-las.

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    1393

    Fls

    .

    Grfico 10 Evoluo do Quociente de Resultado Patrimonial: 2007 2011

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Como demonstra o grfico anterior, no final do exerccio de 2011 o

    Ativo Real apresenta-se 3,52 vezes maior que o Passivo Real (dvidas).

    O Quociente da Situao Financeira resultante da relao entre o

    Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, demonstrando a capacidade de

    pagamento de curto prazo do Municpio.

    O ideal que esse quociente apresente valor maior que 1,00, pois

    assim indicar que as obrigaes financeiras de curto prazo podem ser cobertas

    pelos ativos financeiros do Municpio.

    2,65 2,99 3,43 3,33 3,52

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    2007 2008 2009 2010 2011

    Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios

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    .

    Grfico 11 Evoluo do Quociente da Situao Financeira: 2007 2011

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Como demonstra o grfico, a situao financeira do Municpio

    apresenta-se Superavitria, sendo que no final do exerccio de 2011 o Ativo

    Financeiro representa 2,76 vezes o valor do Passivo Financeiro.

    O Quociente de Restos a Pagar (processados e no processados)

    expressa em termos percentuais relao entre o saldo final dos restos a pagar

    e o total da Despesa Oramentria.

    Quanto menor esse quociente, menos comprometida ser a gesto

    oramentria e o fluxo financeiro do Municpio. Aumentos significativos deste

    quociente podem indicar que o Municpio no est conseguindo pagar no

    exerccio as despesas que nele empenhou.

    A situao apresentada pelo Municpio de Jaragu do Sul

    demonstrada no grfico a seguir:

    1,38 2,33 2,29 2,86 2,76 0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    2007 2008 2009 2010 2011

    Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios

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    1394

    Fls

    .

    Grfico 12 Evoluo do Quociente de Restos a Pagar (%): 2007 2011

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Verifica-se no grfico anterior que o saldo final de Restos a Pagar

    corresponde a 5,02% da despesa oramentria do exerccio.

    5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES

    O ordenamento vigente estabelece limites mnimos para aplicao de

    recursos na Educao e Sade, bem como os limites mximos para despesas

    com pessoal.

    5.1. Sade

    Limite: mnimo de 15% das receitas com impostos, inclusive

    transferncias, de aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade para o

    exerccio de 2011 artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais

    Transitrias - ADCT.

    Constatou-se que o Municpio aplicou o montante de R$

    43.974.024,88 em gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, o que

    corresponde a 17,84% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A

    MAIOR o valor de R$ 6.992.969,14, representando 2,84% do mesmo parmetro,

    CUMPRINDO o disposto no artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies

    Constitucionais Transitrias - ADCT.

    3,40 3,50

    6,14

    4,80 5,02

    0,00

    1,00

    2,00

    3,00

    4,00

    5,00

    6,00

    7,00

    8,00

    9,00

    2007 2008 2009 2010 2011

    Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios

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    .

    A apurao das despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade,

    pode ser demonstrada da seguinte forma:

    Quadro 13 Apurao das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade: 2011

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    Total da Receita com Impostos 246.540.371,63 100,00

    Total das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade 79.427.383,44 32,22

    Ateno Bsica (10.301) 6.017.940,48 2,44

    Assistncia Hospitalar e Ambulatorial (10.302) 40.695.462,03 16,51

    Suporte Profiltico e Teraputico (10.303) 12.026,70 -

    Vigilncia Sanitria (10.304) 72.797,91 0,03

    Vigilncia Epidemiolgica (10.305) 763.281,02 0,31

    Administrao Geral (10.122) 31.848.665,21 12,92

    Outras Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade (10.125 e 10.128)

    17.210,09 0,01

    (-) Total das Dedues com Aes e Servios Pblicos de Sade* 35.453.358,56 14,38

    Total das Despesas para Efeito do Clculo 43.974.024,88 17,84

    Valor Mnimo a ser Aplicado 36.981.055,74 15,00

    Valor Acima do Limite 6.992.969,14 2,84

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade:

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    1395

    Fls

    .

    Grfico 13 Evoluo Histrica e Comparativa da Sade (%): 2007 2011

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O grfico anterior demonstra que o Municpio de Jaragu do Sul em

    2011 reduziu seus gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, em termos

    percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.2. Ensino

    5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias

    Limite: mnimo de 25% proveniente de impostos, compreendida a

    proveniente de transferncias, em gastos com Manuteno e Desenvolvimento

    do Ensino (exerccio de 2011) art. 212 da Constituio Federal.

    Apurou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 71.179.341,89

    em gastos com manuteno e desenvolvimento do ensino, o que corresponde a

    28,66% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de

    R$ 9.094.349,13, representando 3,66% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o

    disposto no artigo 212 da Constituio Federal.

    A apurao das despesas com a Manuteno e Desenvolvimento do

    Ensino, pode ser demonstrada da seguinte forma:

    16,36 16,81 16,55

    18,10 17,84

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    2007 2008 2009 2010 2011

    Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios Limite

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    1395 Fls

    .

    Quadro 14 Apurao das Despesas com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino: 2011

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    Total da Receita com Impostos 248.339.971,02 100,00

    Valor Aplicado Educao Infantil 29.161.682,80 11,74

    Educao Infantil (12.365) 29.161.682,80 11,74

    Valor Aplicado Ensino Fundamental 57.648.107,39 23,21

    Ensino Fundamental (12.361) 57.643.630,39 23,21

    Outras Despesas com Ensino Fundamental (12.128) 4.477,00 -

    (-) Total das Dedues com Educao Bsica* 7.947.317,31 3,20

    (-) Ganho com FUNDEB 7.149.689,18 2,88

    (-) Rendimentos de Aplicaes Financeiras 533.441,81 0,21

    Total das Despesas para efeito de Clculo 71.179.341,89 28,66

    Valor Mnimo a ser Aplicado 62.084.992,76 25,00

    Valor Acima do Limite (25%) 9.094.349,13 3,66 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Manuteno e Desenvolvimento do Ensino:

    Grfico 14 Evoluo Histrica e Comparativa do Ensino (%): 2007 2011

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    31,19

    28,21

    32,15

    28,50 28,66

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    2007 2008 2009 2010 2011

    Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios Limite

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    Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2011 27

    1396

    Fls

    .

    O grfico anterior demonstra que o Municpio de Jaragu do Sul em

    2011 aumentou seus gastos com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino, em

    termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.2.2. FUNDEB

    Limite 1: mnimo de 60% dos recursos oriundos do FUNDEB na

    remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio art. 60, XII,

    do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT c/c art. 22 da Lei n

    11.494/07.

    Verificou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 41.557.627,05,

    equivalendo a 89,40% dos recursos oriundos do FUNDEB, em gastos com a

    remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio, CUMPRINDO

    o estabelecido no artigo 60, inciso XII do Ato das Disposies Constitucionais

    Transitrias (ADCT) e artigo 22 da Lei n 11.494/2007.

    A apurao das despesas com profissionais do magistrio em efetivo

    exerccio pode ser demonstrada da seguinte forma:

    Quadro 15 Apurao das Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio

    FUNDEB: 2011

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Transferncias do FUNDEB 45.953.701,40

    (+) Rendimentos de Aplicaes Financeiras das Contas do FUNDEB 533.441,81

    Total dos recursos oriundos do FUNDEB 46.487.143,21

    60% dos Recursos Oriundos do FUNDEB 27.892.285,93

    Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio aplicadas com Recursos do FUNDEB

    41.557.627,05

    Valor Acima do Limite 13.665.341,12 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e da anlise tcnica.

    Obs.: A ausncia de remessa do parecer do Conselho do FUNDEB consta como restrio

    anotada no item Restries de Ordem Legal do captulo Restries Apuradas, deste Relatrio.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio:

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    Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2011 28

    1396 Fls

    .

    Grfico 15 Evoluo Histrica e Comparativa 60% do FUNDEB (%): 2007 2011

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Limite 2: mnimo de 95% dos recursos oriundos do FUNDEB (no

    exerccio financeiro em que forem creditados), em despesas com Manuteno e

    Desenvolvimento da Educao Bsica art. 21 da Lei n 11.494/07.

    Constatou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 46.229.787,91,

    equivalendo a 99,45% dos recursos oriundos do FUNDEB, em despesas com

    Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica, CUMPRINDO o

    estabelecido no artigo 21 da Lei n 11.494/2007.

    A apurao das despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

    Educao Bsica com recursos oriundos do FUNDEB pode ser demonstrada da

    seguinte forma:

    Quadro 16 Apurao das Despesas com FUNDEB: 2011

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Total dos Recursos Oriundos do FUNDEB 46.487.143,21

    95% dos Recursos do FUNDEB 44.162.786,05

    Despesas com manuteno e desenvolvimento da educao bsica aplicadas no exerccio com recursos do FUNDEB *

    46.229.787,91

    Valor Acima do Limite 2.067.001,86

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    Obs.: * Apurao efetuada com base na execuo financeira, vide Quadro no Anexo deste Relatrio.

    95,51 93,60 97,00

    86,45 89,40

    0,00

    20,00

    40,00

    60,00

    80,00

    100,00

    120,00

    2007 2008 2009 2010 2011

    Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios Limite

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    Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2011 29

    1397

    Fls

    .

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica com recursos

    oriundos do FUNDEB:

    Grfico 16 Evoluo Histrica e Comparativa 95% do FUNDEB (%): 2007 2011

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Com relao s despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

    Educao Bsica custeadas com recursos do FUNDEB, no exerccio em anlise,

    o Municpio de Jaragu do Sul ampliou sua aplicao, quando comparado ao

    exerccio anterior.

    Limite 3: utilizao dos recursos do FUNDEB, no exerccio seguinte

    ao do recebimento e mediante abertura de crdito adicional - artigo 21, 2 da

    Lei n 11.494/2007.

    O Municpio utilizou, no 1 trimestre mediante a abertura de crdito

    adicional, parcialmente o saldo anterior dos recursos do FUNDEB no valor de R$

    231.564,02, quando o saldo total era de R$ 420.488,18, DESCUMPRINDO o

    estabelecido no artigo 21, 2 da Lei n 11.494/2007 (Obs.: Vide restrio anotada no

    item Restries de Ordem Legal).

    99,68

    93,75

    99,37

    94,30

    99,45

    90,00

    91,00

    92,00

    93,00

    94,00

    95,00

    96,00

    97,00

    98,00

    99,00

    100,00

    101,00

    2007 2008 2009 2010 2011

    Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios Limite

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    Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2011 30

    1397 Fls

    .

    Supervit financeiro do FUNDEB em 31/12/2011: No tocante ao

    controle da utilizao dos recursos do FUNDEB para o exerccio seguinte

    apresenta-se o Quadro abaixo:

    Quadro 16A Controle da utilizao de recursos para o exerccio subsequente (art. 21, 2 da

    Lei n 11.494/2007

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Saldo Financeiro do FUNDEB em 31/12/2011 1.183.688,08

    (-) Despesas inscritas em Restos a Pagar no exerccio e em exerccios anteriores pendentes de pagamento e/ou despesas registradas em DDO no exerccio, com disponibilidade dos recursos do FUNDEB

    926.332,78

    (=) Recursos do FUNDEB que no foram utilizados 257.355,30

    Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge e anlise tcnica.

    5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF)

    5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio

    Limite: 60% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Municpio art. 169 da Constituio Federal c/c o art. 19, III da Lei

    Complementar n 101/2000 (LRF).

    Quadro 17 Apurao das Despesas com Pessoal do Municpio: 2011

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 378.677.494,22 100,00

    LIMITE DE 60% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 227.206.496,53 60,00

    Despesas com Pessoal do Poder Executivo 162.423.285,79 42,89

    Pessoal e Encargos 162.423.285,79 42,89

    Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 4.451.398,97 1,18

    Pessoal e Encargos 4.451.398,97 1,18

    Total das dedues das despesas com pessoal* 117.628,98 0,03

    TOTAL DA DESPESA PARA EFEITO DE CLCULO DA DESPESA COM PESSOAL DO MUNICPIO

    166.757.055,78 44,04

    Valor Abaixo do Limite (60%) 60.449.440,75 15,96 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.

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    Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2011 31

    1398

    Fls

    .

    No exerccio em exame, o Municpio gastou 44,04% do total da receita

    corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO o limite contido no

    artigo 169 da Constituio Federal, regulamentado pela Lei Complementar n

    101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Municpio:

    Grfico 17 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Municpio: 2007 2011

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O grfico anterior mostra a reduo dos gastos com pessoal do

    Municpio de Jaragu do Sul, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder

    Executivo

    Limite: 54% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Poder Executivo (Prefeitura, Fundos, Fundaes, Autarquias e Empresas

    Estatais Dependentes) Artigo 20, III, 'b' da Lei Complementar n 101/2000

    (LRF).

    Quadro 18 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Executivo: 2011

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 378.677.494,22 100,00

    LIMITE DE 54% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 204.485.846,88 54,00

    44,74 44,24 44,19 44,13 44,04

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    2007 2008 2009 2010 2011

    Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios Limite

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    Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2011 32

    1398 Fls

    .

    Despesas com Pessoal do Poder Executivo 162.423.285,79 42,89

    Dedues das despesas com pessoal do Poder Executivo* 117.628,98 0,03

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Executivo

    162.305.656,81 42,86

    Valor Abaixo do Limite (54%) 42.180.190,07 11,14 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O demonstrativo acima comprova que, no exerccio em exame, o

    Poder Executivo gastou 42,86% do total da receita corrente lquida em despesas

    com pessoal, CUMPRINDO a norma contida no artigo 20, III, 'b' da Lei

    Complementar n 101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Poder Executivo:

    Grfico 18 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Executivo: 2007 2011

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Da anlise do grfico, verifica-se que os gastos com pessoal do Poder

    Executivo aumentaram, quando comparado ao exerccio anterior.

    43,48 43,07 42,93 42,85 42,86

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    2007 2008 2009 2010 2011

    Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios Limite

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    1399

    Fls

    .

    5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder

    Legislativo

    Limite: 6% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Poder Legislativo (Cmara Municipal) Artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar

    n 101/2000 (LRF).

    Quadro 19 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo: 2011

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 378.677.494,22 100,00

    LIMITE DE 6% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 22.720.649,65 6,00

    Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 4.451.398,97 1,18

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo

    4.451.398,97 1,18

    Valor Abaixo do Limite (6%) 18.269.250,68 4,82 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    O Poder Legislativo gastou, no exerccio em exame, 1,18% do total da

    receita corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO a norma

    contida no artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar n 101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Poder Legislativo:

    Grfico 19 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Legislativo: 2007

    2011

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    1,26 1,17 1,26 1,27 1,18

    0,00

    1,00

    2,00

    3,00

    4,00

    5,00

    6,00

    7,00

    2007 2008 2009 2010 2011

    Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios Limite

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    1399 Fls

    .

    O estudo evolutivo dos gastos com pessoal da Cmara expe que

    houve uma reduo do percentual quando comparado ao exerccio anterior.

    6. DO CONTROLE INTERNO

    O Controle Interno na Administrao Pblica aquele que se realiza

    internamente, ou seja, atravs dos rgos componentes da prpria estrutura

    administrativa que pratica e fiscaliza os atos sujeitos ao seu controle, conforme

    preconizado nos artigos 31 e 70 da Constituio Federal.

    Nesse sentido, apresenta-se o quadro que segue, indicando o

    responsvel pelo rgo de Controle Interno do Municpio de Jaragu do Sul, sua

    Lei instituidora e o envio dos relatrios de sua competncia:

    Quadro 20 Informaes sobre o Sistema de Controle Interno LEI

    INSTITUIDORA 2.785/2000, de 22/12/2000

    RESPONSVEL Mrio Lemke ATO DE NOMEAO 243/2010, de 06/04/2010

    RELATRIOS BIMESTRAIS

    (art. 5, 3, Res. n TC 16/94)

    Datas Limites para Entrega

    1 BIM. 2 BIM. 3 BIM. 4 BIM. 5 BIM. 6 BIM.

    31/03/2011 31/05/2011 01/08/2011 30/09/2011 30/11/2011 31/01/2012 Datas de Entrega

    1 BIM. 2 BIM. 3 BIM. 4 BIM. 5 BIM. 6 BIM.

    31/03/2011 31/05/2011 29/07/2011 30/09/2011 30/11/2011 30/01/2012 Diferena em Dias

    1 BIM. 2 BIM. 3 BIM. 4 BIM. 5 BIM. 6 BIM.

    0 0 0 0 0 0

    Constata-se que o rgo de Controle Interno enviou os relatrios

    bimestrais a este Tribunal de Contas, em cumprimento ao art. 5, 3 da

    Resoluo n TC - 16/94, alterada pela Resoluo n TC - 11/2004.

    Os Relatrios elaborados pelo Controle Interno apresentam

    informaes sobre o desempenho oramentrio e financeiro do ente, o

    cumprimento dos limites legais e constitucionais como sade, educao e

    pessoal; alm de apresentar informaes sobre audincias pblicas e a

    confirmao da remessa de dados do Sistema e-Sfinge.

    No que tange aos apontamentos realizados pelo Controle Interno do

    Municpio de Jaragu do Sul, destaca-se o seguinte: irregularidades na execuo

    de despesas referentes ao Programa Segundo Tempo e indcios de desvios

    nas receitas provenientes da cesso de uso dos espaos pblicos da Arena

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    1400

    Fls

    .

    Jaragu, os quais constam no Relatrio de Auditoria n 5/2011, encaminhado a

    este Tribunal, em forma de denncia (fl. 989).

    7. DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANA E DO

    ADOLESCENTE - FIA

    A Constituio Federal trata do dever da famlia, da sociedade e do

    Estado, em carter prioritrio, em assegurar criana e ao adolescente uma

    srie de direitos, conforme pode ser constatado em seu artigo 227:

    dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso.

    Nessa linha foi promulgada a Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990,

    que dispe sobre o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) e trata sobre a

    proteo integral desses.

    A referida Lei prev em seu artigo 88, incisos II e IV, a criao do

    Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente e a manuteno

    de fundo especial, respectivamente. Esse fundo, no caso dos Municpios, deve

    ser criado por lei municipal, obedecendo ao disposto no artigo 167, IX da

    Constituio Federal e artigo 74 da Lei n 4.320/64.

    A receita do referido Fundo deve ser vinculada aos seus objetivos e

    sua finalidade, sendo que a forma de aplicao dos recursos determinada pelo

    Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente. Isto

    operacionalizado atravs da aprovao de seu Plano de Aplicao feita

    anualmente, em consonncia com o Plano de Ao elaborado anteriormente

    tambm pelo referido Conselho, de acordo com o artigo 260, 2 da Lei n

    8.069/90 c/c o artigo 1 da Resoluo do Conselho Nacional dos Direitos da

    Criana e do Adolescente - CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005,

    conforme segue:

    Lei n 8.069/90 Art. 260. [...] 2 Os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente fixaro critrios de utilizao, atravs de planos de aplicao das doaes subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente percentual para incentivo ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criana ou adolescente, rfos ou abandonado, na forma do disposto no art. 227, 3, VI, da Constituio Federal.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art2273vihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art2273vi

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    1400 Fls

    .

    Resoluo do CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005: Art.1 - Ficam estabelecidos os Parmetros para a Criao e Funcionamento dos Conselhos dos Direitos da Criana e do Adolescente em todo o territrio nacional, nos termos do art.88, inciso II, do Estatuto da Criana e do Adolescente, e artigos. 227, 7 da Constituio Federal, como rgos deliberativos da poltica de promoo dos diretos da criana e do adolescente, controladores das aes em todos os nveis no sentido da implementao desta mesma poltica e responsveis por fixar critrios de utilizao atravs de planos de aplicao do Fundo dos Direitos da Criana e do Adolescente, incumbindo-lhes ainda zelar pelo efetivo respeito ao princpio da prioridade absoluta criana e ao adolescente, nos moldes do previsto no art.4, caput e pargrafo nico, alneas b, c e d combinado com os artigos 87, 88 e 259, pargrafo nico, todos da Lei n 8.069/90 e art. 227, caput, da Constituio Federal. (grifo nosso)

    No caso do Municpio de Jaragu do Sul, constata-se que a despesa

    do Fundo Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente (R$ 623.242,92)

    representa 0,27% da despesa total realizada pela Prefeitura Municipal (R$

    233.387.119,50).

    Alm disso, conforme documentao remetida em resposta ao Ofcio

    Circular n TC/DMU 4.718/2012 (fls. 1235 a 1338 dos autos), verifica-se que:

    1) A nominata dos Conselheiros do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente est acostada aos autos, s fls. 1236 a 1275. Entretanto, no foram encaminhados os atos de posse;

    2) Houve a remessa de documentao referente Lei de Diretrizes

    Oramentrias (LDO) relativa s metas voltadas Criana e ao Adolescente,

    todavia, no houve a remessa do Plano de Ao, que antecede a LDO e deve

    ser elaborado e aprovado pelo Conselho dos Direitos da Criana e do

    Adolescente, ficando caracterizada a ausncia do mesmo, contrariando o

    disposto o artigo 260, 2 da Lei n 8.069/90 c/c o artigo 1 da Resoluo do

    CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005;

    3) Houve a remessa de documentao referente Lei Oramentria

    Anual (LOA) contemplando a distribuio de recursos para as aes voltadas

    Criana e ao Adolescente, todavia, no houve a remessa do Plano de Aplicao

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    1401

    Fls

    .

    que antecede a LOA e deve ser elaborado e aprovado pelo Conselho dos

    Direitos da Criana e do Adolescente, ficando caracterizada a ausncia do

    mesmo, contrariando o disposto no artigo 260, 2 da Lei n 8.069/90 c/c o

    artigo 1 da Resoluo do CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005;

    4) A remunerao dos Conselheiros Tutelares foi paga com recursos

    do Fundo Municipal de Assistncia Social, conforme fls. 443/444.

    8. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E

    DO DECRETO FEDERAL N 7.185/2010

    A transparncia da gesto fiscal, entendida como a produo e

    divulgao sistemtica de informaes, um dos pilares em que se assenta a

    Lei Complementar n 101/2000.

    Para assegurar essa transparncia a Lei Complementar n 131/2009

    acrescentou dispositivos a referida Lei a fim de determinar a disponibilizao, em

    tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e

    financeira, referentes receita e despesa, da Unio, dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios, bem como definiu prazos para a implantao.

    O artigo 48, pargrafo nico, da Lei Complementar n 101/2000

    alterado pela Lei Complementar n 131/2009, assim determina:

    Art. 48. [...]

    Pargrafo nico. A transparncia ser assegurada tambm mediante:

    I incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de diretrizes oramentrias e oramentos;

    II liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico;

    III adoo de sistema integrado de administrao financeira e controle, que atenda a padro mnimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da Unio e ao disposto no art. 48-A.

    Os contedos das informaes sobre a execuo oramentria e

    financeira, liberados em meios eletrnicos de acesso pblico, so definidos no

    artigo 48-A, I e II, da Lei Complementar n 101/2000 includo pela Lei

    Complementar n 131/2009, a saber:

    Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do pargrafo nico do art. 48, os entes da Federao disponibilizaro a qualquer pessoa fsica ou jurdica o acesso a informaes referentes a:

    I quanto despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execuo da despesa, no momento de sua realizao, com a disponibilizao mnima dos dados referentes ao nmero do

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    1401 Fls

    .

    correspondente processo, ao bem fornecido ou ao servio prestado, pessoa fsica ou jurdica beneficiria do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatrio realizado;

    II quanto receita: o lanamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinrios.

    Quanto aos prazos para o cumprimento das determinaes dispostas

    nos referidos artigos a Lei Complementar n 131/2009 estabeleceu:

    Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o cumprimento das determinaes dispostas nos incisos II e III do pargrafo nico do art. 48 e do art. 48-A:

    I 1 (um) ano para a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios com mais de 100.000 (cem mil) habitantes;

    II 2 (dois) anos para os Municpios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes;

    III 4 (quatro) anos para os Municpios que tenham at 50.000 (cinquenta mil) habitantes.

    Pargrafo nico. Os prazos estabelecidos neste artigo sero contados a partir da data de publicao da lei complementar que introduziu os dispositivos referidos no caput deste artigo.

    O sistema integrado de administrao financeira e controle

    SISTEMA mencionado no inciso III do pargrafo nico do artigo 48 da Lei

    Complementar n 101/2000 alterado pela Lei Complementar n 131/2009, foi

    regulamentado por meio do Decreto Federal n 7.185/2010, que em seu artigo 1

    assim determina:

    Art. 1 A transparncia da gesto fiscal dos entes da Federao referidos no art. 1, 3, da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000, ser assegurada mediante a observncia do disposto no art. 48, pargrafo nico, da referida Lei e das normas estabelecidas neste Decreto.

    Dessa forma, o referido Decreto tambm estabeleceu requisitos com

    padro mnimo de qualidade necessrio para assegurar a transparncia da

    gesto fiscal, onde se extraiu os seguintes:

    Art. 2 O sistema integrado de administrao financeira e controle utilizado no mbito de cada ente da Federao, doravante denominado SISTEMA, dever permitir a liberao em tempo real das informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira das unidades gestoras, referentes receita e despesa, com a abertura mnima estabelecida neste Decreto, bem como o registro contbil tempestivo dos atos e fatos que afetam ou possam afetar o patrimnio da entidade.

    1 Integraro o SISTEMA todas as entidades da administrao direta, as autarquias, as fundaes, os fundos e as empresas estatais dependentes, sem prejuzo da autonomia do ordenador de despesa para a gesto dos crditos e recursos autorizados na forma da legislao vigente e em conformidade com os limites de empenho e o cronograma de desembolso estabelecido.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm#art73bhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm#art13

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    Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2011 39

    1402

    Fls

    .

    2 Para fins deste Decreto, entende-se por:

    I [...]

    II - liberao em tempo real: a disponibilizao das informaes, em meio eletrnico que possibilite amplo acesso pblico, at o primeiro dia til subseqente data do registro contbil no respectivo SISTEMA, sem prejuzo do desempenho e da preservao das rotinas de segurana operacional necessrios ao seu pleno funcionamento;

    III - meio eletrnico que possibilite amplo acesso pblico: a Internet, sem exigncias de cadastramento de usurios ou utilizao de senhas para acesso; e

    IV - [...]

    Art. 4 Sem prejuzo da exigncia de caractersticas adicionais no mbito de cada ente da Federao, consistem requisitos tecnolgicos do padro mnimo de qualidade do SISTEMA:

    I - [...]

    II - permitir o armazenamento, a importao e a exportao de dados; e

    III - [...]

    Art. 7 Sem prejuzo dos direitos e garantias individuais constitucionalmente estabelecidos, o SISTEMA dever gerar, para disponibilizao em meio eletrnico que possibilite amplo acesso pblico, pelo menos, as seguintes informaes relativas aos atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execuo oramentria e financeira:

    I - quanto despesa:

    a) o valor do empenho, liquidao e pagamento;

    b) o nmero do correspondente processo da execuo, quando for o caso;

    c) a classificao oramentria, especificando a unidade oramentria, funo, subfuno, natureza da despesa e a fonte dos recursos que financiaram o gasto;

    d) a pessoa fsica ou jurdica beneficiria do pagamento, inclusive nos desembolsos de operaes independentes da execuo oramentria, exceto no caso de folha de pagamento de pessoal e de benefcios previdencirios;

    e) o procedimento licitatrio realizado, bem como sua dispensa ou inexigibilidade, quando for o caso, com o nmero do correspondente processo; e

    f) o bem fornecido ou servio prestado, quando for o caso;

    II - quanto receita, os valores de todas as receitas da unidade gestora, compreendendo no mnimo sua natureza, relativas a:

    a) previso;

    b) lanamento, quando for o caso; e

    c) arrecadao, inclusive referente a recursos extraordinrios.

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    Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2011 40

    1402 Fls

    .

    O Municpio de Jaragu do Sul, com base na populao estimada5

    quando a Lei Complementar n 131/2009 entrou em vigor, acrescentando

    dispositivos Lei Complementar n 101/2000, se enquadra na regra estabelecida

    no artigo 73-B, I, do referido dispositivo legal, ou seja, o cumprimento das

    determinaes dispostas nos incisos II e III do pargrafo nico do artigo 48 e do

    artigo 48-A iniciou-se no ms de maio de 2010.

    A anlise, por amostragem, do cumprimento das normas

    estabelecidas na Lei Complementar n 101/2000, alterada pela Lei

    Complementar n 131/2009, em conjunto com o Decreto Federal n 7.185/2010,

    pelo Municpio, no tocante aos dados relativos do exerccio em exame

    demonstrada no Quadro a seguir:

    Quadro 20-A Cumprimento da Lei Complementar n 131/2009 e do Decreto Federal n

    7.185/2010

    I QUANTO FORMA

    Disponibilizao de informaes

    de todas as unidades

    municipais (art. 2, 1, do

    Decreto Federal n 7.185/2010)

    CUMPRIU

    Disponibilizao at o primeiro

    dia til subsequente data do

    registro contbil municipal (art.

    2, 2, II, do Decreto Federal

    n 7.185/2010)

    No se aplica

    Disponibilizao em meio

    eletrnico que possibilite amplo

    acesso pblico na Internet, sem

    exigncias de cadastramento

    de usurios ou utilizao de

    senhas para acesso (art. 2,

    2, III, do Decreto Federal n

    7.185/2010)

    CUMPRIU

    Permitir o armazenamento, a

    importao e a exportao de

    dados (art. 4, II, do Decreto

    Federal n 7.185/2010)

    NO CUMPRIU

    Na tela referente exportao

    de dados, solicita-se a

    informao de um e-mail (que

    obrigatria) para que seja

    enviado um link referente ao

    download do arquivo gerado,

    5 Populao de 136.282 habitantes (IBGE 2008).

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    1403

    Fls

    .

    ficando este disponvel por 24

    horas aps a gerao.

    I QUANTO AO CONTEDO

    DESPESA

    (art. 48-A, I, da Lei Complementar n 101/2000 e art. 7, I, do Decreto Federal n 7.185/2010)

    a) o valor do empenho,

    liquidao e pagamento NO CUMPRIU

    No se verificou o valor do

    empenho e o da liquidao.

    b) o nmero do empenho NO CUMPRIU

    No se verificou o nmero do

    empenho.

    c) a classificao oramentria,

    especificando a unidade

    oramentria, funo,

    subfuno, natureza da

    despesa e a fonte dos recursos

    que financiaram o gasto

    NO CUMPRIU

    No se constatou informaes

    quanto fonte de recursos.

    d) a pessoa fsica ou jurdica

    beneficiria do pagamento,

    inclusive nos desembolsos de

    operaes independentes da

    execuo oramentria, exceto

    no caso de folha de pagamento

    de pessoal e de benefcios

    previdencirios

    CUMPRIU

    No se verificou informaes

    ttulo de desembolsos de

    operaes independentes da

    execuo oramentria

    e) o procedimento licitatrio

    realizado, bem como sua

    dispensa ou inexigibilidade,

    quando for o caso, com o

    nmero do correspondente

    processo

    CUMPRIU

    f) o bem fornecido ou servio

    prestado, quando for o caso CUMPRIU

    RECEITA

    (art. 48-A, II, da Lei Complementar n 101/2000 e art. 7, II, do Decreto Federal n 7.185/2010)

    a) previso CUMPRIU

    b) lanamento NO CUMPRIU

    c) arrecadao CUMPRIU

    Fonte: Site da Prefeitura Municipal Portal da Transparncia Data de acesso 23/10/2012

    O Quadro anterior demonstra que o Municpio NO CUMPRIU as

    regras estabelecidas na Lei Complementar n 101/2000, alterada pela Lei

    Complementar n 131/2009, e no Decreto Federal n 7.185/2010, no tocante aos

    itens analisados.

    (Obs.: Vide restrio anotada no item Restries de Ordem Legal deste Relatrio).

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    1403 Fls

    .

    9. RESTRIES APURADAS

    9.1 RESTRIES DE ORDEM LEGAL

    9.1.1 Reincidncia na ausncia de remessa do Parecer do

    Conselho do FUNDEB, em desacordo com o artigo 27, da Lei

    n 11.494/07;

    9.1.2 Aplicao parcial no valor de R$ 231.564,02, no primeiro

    trimestre de 2011, referente aos recursos do FUNDEB

    remanescentes do exerccio anterior no valor de R$

    420.488,18, mediante a abertura de crdito adicional, em

    descumprimento ao estabelecido no 2 do artigo 21 da Lei

    n 11.494/2007 (item 5.2.2, limite 3);

    9.1.3 Divergncia, no valor de R$ 53.926,26, apurada entre a

    variao do saldo patrimonial financeiro (R$ 5.647.322,00) e o

    resultado da execuo oramentria Supervit (R$

    3.134.423,44), considerando o cancelamento de restos a

    pagar de R$ 2.566.824,82, em afronta ao artigo 102 da Lei n

    4.320/64 (Quadros 2 e 11);

    9.1.4 Divergncia, no valor de R$ 71.045,97, entre o saldo da

    Dvida Ativa apurada a partir da Demonstrao das Variaes

    Patrimoniais Anexo 15 (R$ 41.174.386,47) e o constante do

    Balano Patrimonial Anexo 14 da Lei n 4.320/64 (R$

    41.245.432,44), caracterizando afronta aos artigos 85 e 105

    da referida Lei (Quadros 5 e 10).

    9.1.5 Ausncia de disponibilizao em meios eletrnicos de acesso

    pblico, no prazo estabelecido, de informaes

    pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira,

    de modo a garantir a transparncia da gesto fiscal com os

    requisitos mnimos necessrios, em

    descumprimento ao estabelecido no artigo 48-A, I e II, da Lei

    Complementar n 101/2000 alterada pela Lei Complementar

    n 131/2009 c/c os artigos 4, II e 7, I e II, do Decreto Federal

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    .

    n 7.185/2010 (Quadro 20A).

    10. SNTESE DO EXERCCIO DE 2011

    Quadro 21 Sntese

    1) Balano Anual Consolidado

    Embora, as demonstraes apresentem inconsistncias de natureza contbil, essas no afetam de forma significativa a posio financeira, oramentria e patrimonial do exerccio em anlise.

    2) Resultado Oramentrio Supervit R$ 3.134.423,44

    3) Resultado Financeiro Supervit R$ 35.131.603,47

    4) LIMITES PARMETRO MNIMO REALIZADO

    4.1) Sade 15,00% 17,84%

    4.2) Ensino 25,00% 28,66%

    4.3) FUNDEB 60,00% 89,40%

    95,00% 99,45%

    4.4) Despesas com pessoal PARMETRO MXIMO REALIZADO

    a) Municpio 60,00% 44,04%

    b) Poder Executivo 54,00% 42,86%

    c) Poder Legislativo 6,00% 1,18%

    CONCLUSO

    Considerando que a apreciao das contas tomou por base os dados

    e informaes exigidos pela legislao aplicvel, de veracidade ideolgica

    apenas presumida, podendo o Tribunal de Contas - a qualquer poca e desde

    que venha a ter cincia de ato ou fato que a desabone - reapreciar, reformular

    seu entendimento e emitir novo pronunciamento a respeito;

    Considerando que a anlise foi efetuada conforme tcnicas

    apropriadas de auditoria, que preveem inclusive a realizao de inspeo in loco

    e a utilizao de amostragem, conforme o caso;

    Considerando que o julgamento das contas de governo da Prefeita

    Municipal, pela Colenda Cmara de Vereadores, no envolve exame da

    responsabilidade de administradores municipais, inclusive da Prefeita, quanto a

    atos de competncia do exerccio em causa, que devem ser objeto de exame em

    processos especficos;

    Considerando o exposto e mais o que dos autos consta, para efeito de

    emisso de PARECER PRVIO a que se refere o art. 50 da Lei Complementar

    n 202/2000, referente s contas do exerccio de 2011 do Municpio de

    Jaragu do Sul.

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    1404 Fls

    .

    Diante das Restries de Ordem Legal apuradas no item 9.1, deste

    Relatrio, entende esta Diretoria que possa o Tribunal de Contas, alm da

    emisso do parecer prvio, decidir por:

    I - RECOMENDAR Cmara de Vereadores anotao e verificao

    d