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Prestação de Contas de Prefeito Município de Florianópolis exercício de 2012 - Reinstrução 1 PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PREFEITO EXERCÍCIO DE 2012 Município de Florianópolis Data de Fundação – 23/03/1726 População: 433.158 habitantes (IBGE - 2012) PIB: 9.806,53 (em milhões) (IBGE - 2010) 1110

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  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 1

    PRESTAO DE CONTAS DO PREFEITO

    EXERCCIO DE 2012

    Municpio de Florianpolis

    Data de Fundao 23/03/1726

    Populao: 433.158 habitantes (IBGE - 2012)

    PIB: 9.806,53 (em milhes)

    (IBGE - 2010)

    1110

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 2

    S U M R I O

    INTRODUO ...................................................................................................... 4

    1.1. MANIFESTAO DO PREFEITO MUNICIPAL ............................................. 5

    1.2. RESTRIES APURADAS NA ANLISE PRELIMINAR (RELATRIO N

    2096/2013) ............................................................................................................ 5

    2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO ............................................................. 32

    3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA ..................................................... 34

    3.1. Apurao do resultado oramentrio ..................................................................... 35

    3.2. Anlise do resultado oramentrio ......................................................................... 36

    3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias ...................................................... 37

    4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA ................................ 45

    4.1. Situao Patrimonial ............................................................................................... 45

    4.2. Anlise do resultado financeiro .............................................................................. 46

    4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira ......................................................... 47

    5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES .................................................. 51

    5.1. Sade ....................................................................................................................... 51

    5.2. Ensino ...................................................................................................................... 53

    5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias ............................... 53

    5.2.2. FUNDEB............................................................................................................. 55

    5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF) ....................................................................... 58

    5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio ............................... 58

    5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Executivo ..................... 59

    5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Legislativo ................... 60

    6. DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANA E DO

    ADOLESCENTE - FIA ......................................................................................... 62

    7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E DO

    DECRETO FEDERAL N 7.185/2010 ................................................................. 64

    8. DO CUMPRIMENTO DO ARTIGO 42 DA LEI DE RESPONSABILIDADE

    FISCAL - LRF ...................................................................................................... 68

    9 - AUDITORIA OPERACIONAL SISTEMA DE FISCALIZAO DE TRNSITO

    NO MUNICPIO DE FLORIANPOLIS ............................................................... 72

    10. RESTRIES APURADAS .......................................................................... 73

    11. SNTESE DO EXERCCIO DE 2012 ............................................................. 75

    1111

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 3

    CONCLUSO ..................................................................................................... 76

    ANEXO ............................................................................................................... 79

    APNDICE .......................................................................................................... 80

    1112

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 4

    PROCESSO PCP 13/00414755

    UNIDADE Municpio de Florianpolis

    RESPONSVEL Sr. Drio Elias Berger - Prefeito Municipal

    ASSUNTO Prestao de Contas do Prefeito referente ao ano de 2012 - Reinstruo

    RELATRIO N 5414/2013

    INTRODUO

    O Tribunal de Contas de Santa Catarina, no uso de suas

    competncias para a efetivao do controle externo consoante disposto no artigo

    31, 1, da Constituio Federal e dando cumprimento s atribuies assentes

    nos artigos 113 da Constituio Estadual e 50 e 54 da Lei Complementar n

    202/2000, procedeu ao exame das Contas apresentadas pelo Municpio de

    Florianpolis, relativas ao exerccio de 2012.

    O presente Relatrio abrange a anlise do Balano Anual do exerccio

    financeiro de 2012 e as informaes dos registros contbeis e de execuo

    oramentria enviadas por meio eletrnico, buscando evidenciar os resultados

    alcanados pela Administrao Municipal, em atendimento s disposies dos

    artigos 20 a 26 da Resoluo n TC-16/94 e artigo 22 da Instruo Normativa n

    TC-02/2001, bem como o artigo 3, I da Instruo Normativa n TC-04/2004.

    A referida anlise deu-se basicamente na situao Patrimonial,

    Financeira e na Execuo Oramentria do Municpio, no envolvendo o exame

    de legalidade e legitimidade dos atos de gesto, o resultado de eventuais

    auditorias oriundas de denncias, representaes e outras, que devem integrar

    processos especficos, a serem submetidos apreciao deste Tribunal de

    Contas.

    No que tange a anlise da situao Patrimonial e Financeira foram

    abordados aspectos sobre a composio do Balano, apurao do resultado

    financeiro e de quocientes patrimoniais e financeiros para auxiliar a anlise dos

    resultados ao longo dos ltimos cinco exerccios.

    Registre-se que a mdia regional indicada no presente relatrio

    corresponde respectiva Associao de Municpios que abrange Florianpolis,

    sendo que as mdias apresentadas foram geradas em 04/12/2013.

    Com referncia a anlise da Gesto Oramentria tomou-se por base

    os instrumentos legais do processo oramentrio, a execuo do oramento de

    forma consolidada a apurao e a evoluo do resultado oramentrio,

    1113

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 5

    atentando-se para o cumprimento dos limites constitucionais e legais

    estabelecidos no ordenamento jurdico vigente.

    1.1. MANIFESTAO DO PREFEITO MUNICIPAL

    Procedido o exame das contas do exerccio de 2012 do Municpio, foi

    emitido o Relatrio n 2096/2013, integrante do Processo PCP 13/00414755.

    Referido Processo foi tramitado ao Exmo. Auditor Relator, que

    autorizou a DMU efetuar a abertura de prazo para manifestao do Responsvel

    poca, Sr. Drio Elias Berger - Prefeito Municipal, sobre as restries contidas

    no Relatrio supra, em observncia ao disposto no art. 52 da Lei Complementar

    n 202/2000 e art. 57, 3 do Regimento Interno, o que foi efetuado atravs do

    Ofcio TCE/DMU n 16.792, de 22/10/2013.

    Conforme solicitao do Exmo. Auditor Relator, o Prefeito Municipal,

    pelo Ofcio s/n de 25/11/2013, apresentou alegaes de defesa (assim como

    remeteu documentos) sobre as restries contidas no aludido Relatrio, estando

    anexadas s folhas 911 a 1095 dos autos.

    Assim, retornaram os autos a esta Diretoria para a devida reinstruo.

    1.2. RESTRIES APURADAS NA ANLISE PRELIMINAR

    (RELATRIO N 2096/2013)

    1.2.1 RESTRIES DE ORDEM LEGAL

    1.2.1.1 Obrigaes de despesas liquidadas at 31 de dezembro de

    2012 contradas pelo Poder Executivo sem a correspondente

    disponibilidade de caixa de RECURSOS ORDINRIOS e

    RECURSOS VINCULADOS para o pagamento das

    obrigaes, deixando a descoberto DESPESAS ORDINRIAS

    no montante de R$ 76.639.915,57 e DESPESAS

    VINCULADAS s Fontes de Recursos (FR 0 - R$

    17.983.604,30; FR 18 e 19 - R$ 198.660,50; FR 65 - R$

    609.026,60; FR 72 - R$ 3.194.204,93 e FR 78 - R$

    184.508,75), no montante de R$ 22.070.674,83, evidenciando

    o descumprimento do artigo 42 da Lei Complementar n

    101/2000 (Captulo 8, deste Relatrio).

    (Relatrio n 2096/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    1114

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 6

    Manifestao da Unidade:

    Manifestao do Responsvel s fls. 912 a 939 dos autos.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    O Responsvel trouxe baila alguns aspectos preliminares,

    os quais passa-se ao exame:

    1) Banco Santos Excluso no Ativo Financeiro do saldo da

    Conta n 12.515-2, no valor de R$ 10.951.984,20, a ttulo de

    Proviso para Perdas

    O Gestor alega que o saldo desta conta foi considerado pelo

    Tribunal de Contas de 2004 a 2011 como Ativo Financeiro

    Disponvel e cita a Deciso n 3.466/2007, que determinou o

    arquivamento do Processo n PDI 06/00429660.

    Sobre a anlise das contas de 2004, o Responsvel trouxe

    cpia de parte do Relatrio n 3.560/2005, de instruo (fls.

    976 a 981 dos autos). Contudo, este Relatrio preliminar. O

    Relatrio de Reinstruo o n 5.046/2005.

    Consta no item A.4.2.2.1, do Relatrio n 5.046/2005,

    observao acerca da existncia de valores no Ativo

    Financeiro, a ttulo de Responsabilidades Financeiras,

    Suprimentos e Aplicao no Banco Santos, inclusive com a

    seguinte ressalva:

    Somados, estes valores montam R$

    26.260.911,19, reduzindo o Ativo Financeiro para

    R$ 25.891.460,45 e por consequncia elevando

    o dficit financeiro para R$ 53.708.778,97.

    Esta ressalva teve o objetivo de evidenciar que havia valores

    registrados no Ativo Financeiro que no estavam em

    conformidade com os Princpios Contbeis. Todavia a

    Instruo considerou que foi o primeiro mandato completo

    aps a edio da Lei Complementar n 101/2000 e que

    caberia a advertncia.

    Nas contas do exerccio de 2008 a situao se repetiu. Diante

    da reincidncia, a Diretoria de Controle dos Municpios ajustou

    o resultado financeiro, segundo item A.4.2.3 do Relatrio n

    1115

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 7

    5.034/2009, o que foi acolhido no Voto do Relator Original do

    Processo.

    Assim, o posicionamento tcnico da Diretoria e do Auditor

    Relator, que acompanhou a anlise das referidas contas,

    foram na mesma direo. Inclusive o Voto apresentado na

    sesso era no sentido da emisso do parecer pela rejeio

    das contas.

    Ocorre que foi adotado o Parecer do MPjTC e acolhido como

    voto divergente, culminando com o Parecer Prvio n

    285/2009, que recomendou Cmara de Vereadores a

    aprovao das contas do exerccio de 2008.

    Frisa-se, porm, que a Diretoria de Controle dos Municpios e

    o Relator entenderam pela obrigao de ajuste do Ativo

    Financeiro.

    Neste exerccio (2008), o Gestor, em sua resposta, trouxe a

    Deciso n 3.466/2007, referente ao processo de autos

    apartados das contas de 2004.

    A irregularidade que constou no Processo PDI n

    06/00429660 foi a da Transferncia do valor de R$

    30.549.343,24 do Fundo Municipal de Previdncia Social para

    a Prefeitura Municipal, caracterizando desobedincia Lei

    9717/1998, art. 6, V, artigo 18 e 38 da Orientao Normativa

    SPS n 02/2002 c/c art. 8, pargrafo nico, da Lei

    Complementar n 101/00.

    O Tribunal Pleno, assim decidiu:

    6.1. Determinar o arquivamento dos presentes

    autos, em razo da inexistncia da irregularidade

    apontada pela Instruo, haja vista que as regras

    fixadas pelas Resolues ns. 2652/1999 e

    3244/2004 no se aplicam aos recursos prprios

    da Prefeitura Municipal de Florianpolis, que no

    estavam aplicados no Fundo Previdencirio por

    inexistente.

    Depreende-se da deciso citada, que o arquivamento se deu

    pelo entendimento de que os recursos financeiros no

    estavam investidos no Fundo Previdencirio, em 2004, por

    inexistente poca, e que as regras fixadas pelas Resolues

    1116

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 8

    ns 2.652/1999 e 3.244/2004 no se aplicam ao caso em

    questo. Portanto, a Deciso n 3.466/2007 no trata da

    questo de contabilizao do saldo do Banco Santos dentro

    do Ativo Financeiro.

    Nesse sentido preciso deixar consignado que no existe

    nenhum pronunciamento deste Tribunal de Contas, dando

    conta que tal valor deveria ser considerado para todos os

    efeitos legais como um Ativo Financeiro.

    O Ativo Financeiro por excelncia representado por valores

    numerrios, ou crditos e valores realizveis, ou seja, que

    sero realizados (transformados) em numerrio, conforme

    estabelece o art. 105, 1 da Lei n 4.320/64. Logo, se um

    determinado ativo no pode ser transformado em numerrio,

    ou se essa realizao bastante duvidosa, tal ativo no pode

    ser considerado financeiro.

    Contabilmente, diante da situao ftica da decretao da

    falncia do Banco Santos S/A em 20 de setembro de 2005,

    caberia ao municpio realizar uma Proviso para Perdas em

    Investimentos, visando demonstrar no Balano Patrimonial o

    valor realmente suscetvel de realizao. At porque, se a

    falncia foi decretada pelo Poder Judicirio, bvio que a

    massa falida no possui bens suficientes para pagar todos os

    credores, logo, esse valor no ser realizado.

    O Responsvel se manifesta tambm sobre as contas de

    2011, onde no teria sido efetuado o ajuste em questo.

    Sobre este exerccio h que se fazer algumas ponderaes.

    Em primeiro lugar, a anlise das contas de ano de final de

    mandato diferente daquelas que no se referem a exerccio

    de final de mandato, principalmente pela necessidade de

    apurao do artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal nos

    ltimos anos da gesto dos Prefeitos.

    Sendo assim, o exame das contas de 2011, sob o aspecto

    financeiro, deu-se de forma mais sinttica, com base no

    Balano Anual. E pelo Balano Patrimonial no foi possvel

    identificar esta situao do saldo do Banco Santos. At

    porque o Anexo 14 do Balano demonstra os saldos

    agrupados e no se debruou sobre os razes contbeis do

    1117

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 9

    Sistema e-Sfinge.

    Como nas contas de 2011 no se procedeu a anlise mais

    detalhada e aprofundada da composio financeira, em razo

    da no apurao do artigo 42, da LRF, e como o Balano

    Patrimonial no permitiu a identificao deste saldo (o saldo

    aparece dentro de uma conta sinttica denominada Outros

    Bancos), no foi possvel a realizao do ajuste.

    Outro fator que pesa nesta argumentao, que o prprio

    Responsvel aduz que 75% da equipe de Auditores que

    examinou as contas de 2011 tambm o fez em 2012,

    evidenciando que no houve alterao dos procedimentos

    tcnicos ou quebra de critrios, mas diferena da sistemtica

    de anlise, por conta das peculiaridades dos exerccios (final

    de mandato).

    Em 2012, por exemplo, foram realizadas vrias auditorias,

    para fins de subsidiar a anlise das contas, e nem por isso

    outro municpio poderia afirmar que Florianpolis foi

    beneficiado pelo fato de no ter sido auditado.

    Assim, ao efetuar a anlise das contas de 2012, com maior

    nfase nas disponibilidades e compromissos financeiros, a

    Diretoria de Controle dos Municpios, como sempre o faz nos

    anos de final de mandato, aprofundou a anlise deste aspecto

    e identificou, via Sistema e-Sfinge, o Saldo do Banco Santos

    de R$ 10.951.984,20, como Outros Bancos, com a descrio

    da conta bancria de Proviso para perdas Investimento

    Banco Santos. Diga-se que a descrio utilizada para a conta

    bancria no adequada, tendo em vista no tratar-se de

    uma proviso, e sim, o saldo da referida conta bancria. At

    porque, provises de ativo possuem natureza credora

    (chamadas contas redutoras ou retificadoras), enquanto que

    as contas bancrias possuem natureza devedora.

    Deste modo, resta claro que a Diretoria de Controle dos

    Municpios sempre pautou sua anlise em critrios objetivos e

    imparciais, primando pelo juzo tcnico e que no houve

    qualquer ajuste indito, alterao de metodologia ou algo que

    se possa afirmar na tentativa de denegrir o trabalho realizado

    pelo seu corpo funcional.

    1118

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 10

    Ante o exposto, entende-se que tais valores no podem

    integrar o Ativo Financeiro.

    2) COMCAP Excluso no Ativo Financeiro no valor de R$

    10.039.784,40, a ttulo de Valores em

    Trnsito/Responsabilidades Financeiras

    O Responsvel afirma que se trata de despesas executadas,

    pagas e no empenhadas por falta de dotao oramentria.

    H que se louvar a sinceridade do responsvel, que vem

    perante esta Corte de Contas confirmar que executou mais de

    dez milhes de reais de despesas sem autorizao legislativa,

    e sem o prvio e obrigatrio empenho, conforme lei em vigor

    desde 1964 (Lei n 4.320/64, art. 60).

    Na prtica o que ocorreu foi o seguinte (fls. 1099/1101):

    Ao longo do exerccio de 2012 a unidade COMCAP

    Companhia de Melhoramentos da Capital realizou uma srie

    de despesas, tais como: contribuies a entidades de

    previdncia privada, auxlio-alimentao, obrigaes

    tributrias e contributivas, principal da dvida contratual

    resgatada, outros servios de terceiros - pessoa fsica,

    vencimentos e vantagens fixas, etc., que totalizaram o valor

    de R$ 10.347.272,86.

    Esse montante foi realizado sem autorizao legislativa e sem

    o empenho prvio, conforme histrico do prprio registro

    contbil, vide fls. 1099/1101.

    Quando da realizao dessas despesas o recurso financeiro

    era transferido da conta 1.1.1.1.2.99.22 - Banco do Estado de

    Santa Catarina para conta 1.1.2.6.9.00.00 - Outros Valores

    em Trnsito.

    De acordo com o Plano de Contas - essa conta Outros

    Valores em Trnsito - registra a transferncia de saldos

    bancrios entre contas da Unidade Gestora, entre unidades

    gestoras de mesma gesto ou entre conta nica do INSS e do

    Tesouro Nacional, ou seja, a referida conta jamais poderia ser

    utilizada para o caso em tela, tendo em vista que o numerrio

    no est em trnsito, e sim, j est na posse do fornecedor da

    1119

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 11

    COMCAP.

    Durante o exerccio de 2012 foram efetuados alguns

    empenhos dessas despesas, que totalizaram o valor de R$

    1.622.904,98, quando do empenhamento dessas despesas e

    aps a liquidao, os recursos registrados em Outros Valores

    em Trnsito retornavam para conta Bancos, sendo ento

    efetuado contabilmente o pagamento do fornecedor, repita-se,

    contabilmente, tendo em vista que o fornecedor j havia

    recebido o referido valor.

    Nesse sentido, considerando o saldo inicial de R$

    1.315.416,52 e as despesas executadas a margem da

    legislao que totalizaram o valor de R$ 10.347.272,86,

    menos os valores que foram baixados aps o empenhamento

    no valor de R$ 1.622.904,98, restaram no Ativo Financeiro na

    citada conta o valor de R$ 10.039.784,40.

    Registra-se que no so necessrios muitos argumentos, nem

    jurdicos e nem contbeis, para compreender que valores que

    no esto mais em poder da administrao pblica no

    podem ser considerados ativos financeiros, aptos para

    abertura de crditos adicionais, bem assim para cobrir

    eventuais resultados oramentrios deficitrios.

    Nos termos do ordenamento jurdico, constitui crime ordenar

    despesa no autoriza por lei, conforme art. 359-D, do Cdigo

    Penal Brasileiro.

    O artigo 167, II, da Constituio Federal, assim dispe:

    Art. 167. So vedados:

    [...]

    II - a realizao de despesas ou a assuno de

    obrigaes diretas que excedam os crditos

    oramentrios ou adicionais;

    Esta situao extremamente grave. O municpio de

    Florianpolis realizou gastos, sem a existncia de oramento

    e efetuou os pagamentos. A Constituio Federal veda

    expressamente esse procedimento.

    A Deciso normativa n 06/2008, alterada pela Deciso

    1120

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 12

    Normativa n 11/2013, no seu artigo 9, diz que:

    Art. 9 As restries que podem ensejar a

    emisso de Parecer Prvio com recomendao

    de rejeio das contas prestadas pelo Prefeito,

    dentre outras, compem o Anexo I, integrante

    desta Deciso Normativa, em especial as

    seguintes:

    I

    II ORAMENTO - Realizao de despesas ou

    assuno de obrigaes diretas que excedam os

    crditos oramentrios e adicionais (Constituio

    Federal, art. 167, II).

    Alguns municpios catarinenses possuem oramento

    semelhante ao valor da irregularidade que ora se discute. Em

    princpio, seria como se esses municpios tivessem executado

    todas as despesas sem autorizao oramentria para tal,

    descumprindo no s a Constituio Federal, mas vrias

    outras normas legais oramentrias e financeiras (Lei n

    4.320/64, Lei Complementar n 101/2000, etc).

    Mesmo com esta situao de grave afronta, a Unidade

    registrou o valor de R$ 10.039.784,40, pago sem dotao

    oramentria, como um recurso disponvel seu, dentro do

    Ativo Financeiro.

    Ora, este valor j foi pago aos credores, no retornar aos

    cofres do Municpio. Houve, sim, irregularidade nos

    procedimentos contbeis e nos atos dos gestores que

    ordenaram tais despesas, em flagrante ofensa Constituio

    e demais normas legais aplicveis matria, que permitiram

    essa distoro do Balano Patrimonial.

    Como aceitar que este valor possa servir de lastro financeiro

    para a assuno de compromissos se j foi totalmente

    utilizado, carecendo somente de regularizao contbil?

    Novamente reporta-se, que nas contas do exerccio de 2004

    houve ressalva sobre a existncia de saldo de

    Responsabilidades Financeiras dentro do Ativo Financeiro,

    indicando a necessidade de ajuste, ainda que a origem era

    totalmente diferente, pois do valor de R$ 5.615.241,81, R$

    5.381.186,91 referiam-se a lanamento na responsabilidade

    1121

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 13

    do Ex-Prefeito Srgio Grando.

    A situao em comento mais grave, pois s a realizao de

    despesas sem crditos oramentrios j poderia ensejar a

    recomendao de parecer pela rejeio das contas, conforme

    Deciso Normativa n 06/2008.

    Diante do exposto, a Instruo entende que o valor dos

    gastos da COMCAP, pagos, sem o devido empenhamento,

    no podem compor o Ativo Financeiro do Municpio.

    3) Incorporao ao Passivo Financeiro do valor de R$

    9.573.223,73, de despesas liquidadas, empenhadas e

    canceladas e/ou no empenhadas

    Este valor teve origem na resposta da atual gesto ao Ofcio

    Circular n 7.020/2013.

    O Responsvel inicialmente menciona o Decreto n 10.447,

    de 19/12/2012 (fls. 1013/1014), que no seu artigo 1

    estabelece o dia 10 de dezembro de 2012, como prazo final

    para o empenhamento das despesas da Prefeitura Municipal,

    das Fundaes, das Autarquias, dos Fundos e da Empresa de

    Economia Mista, excetuando to somente as despesas

    referentes a folha de pagamento, os encargos sociais e

    trabalhistas, os contratos da dvida fundada e outras despesas

    eventuais, desde que devidamente justificadas e autorizadas

    pelo Prefeito Municipal (pargrafo nico do artigo 1).

    E assevera que grande parte das despesas relacionadas e

    ajustadas no Passivo Financeiro tem datas em documentos

    fiscal/outros posterior data fixada pelo Decreto n

    10.447/2012.

    A questo que o Decreto supra deveria limitar a 10 de

    dezembro a realizao de gastos pblicos. Limitar somente o

    empenhamento e permitir a realizao das despesas significa

    deixar de registr-las na contabilidade.

    A contabilidade, enquanto Cincia, regida por Princpios e

    Normas, no deve se constituir em meio para evidenciar o

    resultado oramentrio e financeiro desejado pela

    Administrao, ignorando o dever de representar fielmente a

    1122

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 14

    real situao da Entidade.

    A partir do momento em que a contabilidade deixa de

    escriturar as despesas, os demonstrativos contbeis perdem a

    sua confiabilidade e os resultados apurados se tornam

    fictcios.

    A Lei Complementar n 101/2000, j no artigo 1, preza pela

    responsabilidade na gesto fiscal, planejamento,

    transparncia e equilbrio nas contas pblicas. Porm, tudo

    isto deve ser buscado de forma efetiva, controlando os gastos

    e no simplesmente ordenando o no registro das despesas.

    Toda despesa pblica (oramentria) precedida de prvio

    empenho, conforme artigo j citado da Lei n 4.320/64, logo,

    no um decreto municipal que teria o condo de permitir a

    realizao de despesa oramentria sem prvio empenho, o

    gestor deve conter a realizao dos gastos, ou seja, aps a

    despesa executada no permitido proibir o devido

    empenhamento.

    Se a despesa est liquidada, deveria ter sido empenhada

    previamente, tal como determina a Lei (federal) n 4.320/64.

    Assim, repassar estas obrigaes administrao municipal

    seguinte, sem constar no Balano Anual, bastante grave e

    compromete o planejamento financeiro.

    A seguir, a Instruo analisar alguns pontos trazidos pelo

    Responsvel sobre este item.

    a) Despesas relacionadas em duplicidade

    As notas de empenho n.s 304, 327, 3427, 3500, 3504 e

    3609, no montante de R$ 289.647,78, foram informadas em

    resposta ao Ofcio Circular n 7.020/2013 como despesas de

    exerccios anteriores e como despesas liquidadas e no

    empenhadas.

    Alm disso, a nota de empenho n 303, da ordem de R$

    2.638,48 ser desconsiderada, pelo mesmo motivo, ainda que

    no suscitado pelo Responsvel.

    Assim, a Instruo ir desconsiderar o valor de R$

    1123

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 15

    292.286,26, da Prefeitura Municipal, para evitar duplicidade,

    ou seja, razo assiste ao responsvel.

    As notas de empenho ns 303 e 304, no montante de R$

    74.658,65 sero desconsideradas tambm para fins de gastos

    com pessoal.

    No que concerne ao IPUF, a nota de empenho n 108/2013,

    no valor de R$ 750,00, foi informada duas vezes ao Tribunal

    de Contas e tambm ser desconsiderada.

    b) Despesas referente rescises dos cargos comissionados

    no valor de R$ 890.610,89

    Analisando-se os decretos, constata-se que so datados de

    dezembro de 2012, mas com vigncia a partir de 01/01/2013.

    A Instruo ir desconsiderar este valor da apurao do

    resultado oramentrio, financeiro, gastos com pessoal e

    apurao do artigo 42, tendo em vista que as rescises se

    efetivaram somente no exerccio de 2013 (fls. 1036/1037).

    c) Despesas empenhadas, liquidadas e canceladas do Fundo

    Municipal de Sade, da ordem de R$ 1.709.227,64

    Analisando-se os motivos dos cancelamentos informados via

    Sistema e-Sfinge, verifica-se que so situaes normais que

    ocorrem no dia-a-dia da administrao pblica (liquidao

    indevida, empenhamento em dotao/elementos de despesa

    imprprios, fontes de recursos imprprias, etc.), que no se

    caracterizam como irregularidades.

    A Instruo ir desconsiderar este valor da apurao do

    resultado oramentrio, financeiro e apurao do artigo 42,

    como bem ponderou o responsvel nesse ponto.

    d) Despesas sem aceite da Prefeitura Municipal

    Do valor informado no item A.2 do Ofcio Circular n

    7.020/2013 para a Prefeitura Municipal (R$ 3.767.573,72), h

    que se retirar as duplicidades (R$ 292.286,26) e as rescises

    dos cargos comissionados (R$ 890.610,89), permanecendo

    em discusso o saldo de R$ 2.584.676,57. Deste, o

    1124

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 16

    Responsvel reconhece R$ 1.126.486,94, que foram

    empenhados como despesas de exerccios anteriores e no

    informados na resposta ao Ofcio Circular n 7.020/2013.

    A Instruo encontrou mais duas notas de empenho

    empenhadas como despesas de exerccios anteriores (NEs

    ns 1.735 e 3.485), que importam em R$ 32.502,83 (vide fls.

    1103 e 1104). Assim, sero considerados como despesas

    liquidadas e no empenhadas em 2012 na Prefeitura

    Municipal o valor de R$ 1.158.989,77.

    Por consequncia, o valor de R$ 1.425.686,80, da Prefeitura

    Municipal, ser desconsiderado para fins de apurao do

    resultado oramentrio, financeiro e artigo 42.

    e) Repasses a entidades pela Fundao Municipal de

    Esportes

    Adotando-se o mesmo critrio, a Instruo realizou consulta

    ao Sistema e-Sfinge, no intuito de verificar se os repasses em

    questo foram empenhados no exerccio de 2013, como

    despesas de exerccios anteriores. No foram localizados

    empenhos a este respeito.

    Desta forma, o valor de R$ 836.027,71, informado em

    resposta ao Ofcio Circular n 7.020, ser desconsiderado

    para fins de resultado oramentrio, financeiro e artigo 42.

    Segue quadro com os valores remanescentes para ajuste:

    QUADRO RESUMO

    ITEM UNIDADE MOTIVO VALOR

    A.2 Prefeitura Desp. liquidadas e

    no empenhadas

    1.158.989,77

    A.2 Prefeitura Desp. de Exerccios

    Anteriores

    2.742.681,62

    A.2 Franklin Desp. de Exerccios

    Anteriores

    1.700,00

    A.2 FLORAM Desp. de Exerccios

    Anteriores

    351.957,88

    A.2 FMAS Desp. de Exerccios

    Anteriores

    853,38

    A.2 IPUF Desp. de Exerccios 145.628,75

    1125

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 17

    Anteriores

    A.2 FME Desp. de Exerccios

    Anteriores

    16.823,03

    TOTAL 4.418.634,43

    Com relao ao valor reconhecido pelo Responsvel,

    conforme fl. 925 dos autos (R$ 4.384.243,12), a diferena

    reside na incluso das notas de empenho n.s 1.735, 3.485 e

    303 (R$ 35.141,31) e a excluso da nota de empenho n 108

    (R$ 750,00).

    4) IPTU/2013 lanado no exerccio de 2012

    Os artigos 115 e 116, do Cdigo Tributrio Nacional assim

    dispem:

    Art. 115. Fato gerador da obrigao acessria

    qualquer situao que, na forma da legislao

    aplicvel, impe a prtica ou a absteno de ato

    que no configure obrigao principal.

    Art. 116. Salvo disposio de lei em contrrio,

    considera-se ocorrido o fato gerador e existentes

    os seus efeitos:

    I - tratando-se de situao de fato, desde o

    momento em que se verifiquem as circunstncias

    materiais necessrias a que produza os efeitos

    que normalmente lhe so prprios;

    II - tratando-se de situao jurdica, desde o

    momento em que esteja definitivamente

    constituda, nos termos de direito aplicvel.

    J o artigo 142, do mesmo Diploma prev:

    Art. 142. Compete privativamente autoridade

    administrativa constituir o crdito tributrio pelo

    lanamento, assim entendido o procedimento

    administrativo tendente a verificar a ocorrncia

    do fato gerador da obrigao correspondente,

    determinar a matria tributvel, calcular o

    montante do tributo devido, identificar o sujeito

    passivo e, sendo caso, propor a aplicao da

    penalidade cabvel.

    No caso do IPTU, o fato gerador a propriedade, o domnio

    1126

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 18

    til ou a posse de bem imvel por natureza ou por acesso

    fsica, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do

    Municpio (artigo 32, do CTN).

    O IPTU pago anualmente. O Imposto relativo ao exerccio

    de 2013, por exemplo, deve ter por fundamento a pessoa que

    se enquadre na situao descrita no pargrafo anterior

    naquele ano.

    A proposio da Lei (municipal) n 397/2010 provocou este

    descompasso. O artigo 1, que alterou o artigo 240 da Lei

    Complementar n 07/1997, estabeleceu que o lanamento

    ser feito com base na situao jurdica do fato gerador e

    base imponvel no ms de novembro. Todavia, o lanamento

    ocorrido em novembro/2012 se refere ao IPTU de 2013. Como

    cobrar o Imposto de um contribuinte que vendeu seu imvel

    em dezembro, por exemplo?

    Transcreve-se trecho da muito bem posta colocao do Exmo.

    Juiz, nos autos do Processo 023.12.066886-9:

    A atividade legislativa, por definio, representa

    o poder de inovar originariamente no universo

    jurdico. O legislador tem espectro de escolha

    naturalmente avesso a restries, pois sua

    misso exatamente criativa. Claro que ele est

    adstrito a superiores disposies normativas,

    mormente da Constituio Federal. Mas, tirante

    essa evidente delimitao constitucional, no

    existem amarras em desfavor do Poder

    Legislativo. A validade do ato legislativo

    dependeria de investigao muito clara a

    constitucionalidade ou no, que pode ser formal

    (desrespeito ao processo legislativo) ou material

    (ofensa a ditame da prpria Constituio).

    Percebeu-se, todavia, que essa concesso de

    liberdade quase irrestrita ao legislador (salvo os

    casos de ofensa direta Constituio) poderia

    ser perniciosa. No h direitos absolutos nem

    pode haver exerccio de poder sem submisso a

    juzo finalstico. O legislador tambm est sujeito

    anlise crtica quanto ao bom uso do grave

    poder que lhe outorgado. Advoga-se um

    controle teleolgico, sustentando-se que a

    atividade legislativa livre na proporo do seu

    bom uso. Fora da, est sujeita censura,

    mesmo que no se encontre, de maneira frontal,

    ofensa constitucional. Surge, ento, a doutrina

    1127

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 19

    do abuso de poder legislativo...

    Sob o aspecto oramentrio, cita-se colocao tambm muito

    bem posta pelo Exmo. Juiz:

    O IPTU receita relevante para um Municpio.

    Se a previso ordinria de pagamento para

    2013 (volto ao exemplo), porque a receita e

    isso todos sabem se destina a suportar os gastos

    do mesmo perodo. Incentivando-se, entretanto,

    o recolhimento em 2012, desviam-se valores do

    ano subsequente para o atual. Antecipa-se,

    enfim, receita. Isso vetado pelo art. 37, inc. I,

    da Lei de Responsabilidade Fiscal (lei nacional

    que tem carter cogente para todas as esferas

    de poder). Ali se menciona, certo, a proibio

    de pagamento em antecipao ao fato gerador,

    mas se v bem o objetivo: obstar que a

    Administrao tenha receitas antes do momento

    que seria natural.

    Em 19/12/2012, o Prefeito Municipal sancionou a Lei

    Complementar n 454/2012, alterando o artigo 240 da Lei

    Complementar n 07/1997 (retornou o lanamento para o

    ltimo dia de janeiro de cada ano) e revogou o pargrafo 1

    (concede 20% de desconto para o pagamento at o primeiro

    dia til do ms de janeiro). Desta forma, percebe-se mudana

    de procedimento.

    O Administrador est sujeito ao cumprimento de diversos

    limites constitucionais e legais. No ltimo ano de mandato,

    surge a obrigao de cumprimento do artigo 42 da Lei de

    Responsabilidade Fiscal.

    A arrecadao de IPTU correspondeu a mais de 12% da

    receita da Prefeitura Municipal em 2012. Possui grande

    relevncia. Alm disso, no mnimo 40% devem ser destinados

    sade e educao. Ao antecipar o ingresso destes recursos,

    o Administrador prejudica a Gesto seguinte, que conta com

    estes recursos para cumprir o seu oramento e o seu plano de

    governo.

    Hoje enfrentamos problemas srios de recolhimento das

    contribuies previdencirias. Ao primeiro sinal de dificuldade

    financeira, os Gestores deixam de escriturar e pagar os

    valores patronais e at a parte retida dos servidores.

    1128

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 20

    Apropriam-se desses recursos em prol do equilbrio

    oramentrio e financeiro.

    Quer dizer, a contabilidade desconfigura a real posio da

    Entidade, pois no registra as suas obrigaes e o gestor

    seguinte fica com o encargo de concluir o parcelamento e

    efetuar os lanamentos no Passivo Permanente. E ainda fica

    a cargo do errio arcar com os juros e multas do

    parcelamento, em decorrncia da m gesto dos recursos

    pblicos.

    Algum pode suscitar: mas a receita segue o regime de caixa.

    Qual receita? O IPTU do exerccio de 2020, lanado em 2013,

    sem sequer saber quem ter a propriedade do imvel naquela

    data? H que haver limite para estas aes.

    A receita oramentria segue, sim, o regime de caixa. O artigo

    35, da Lei (federal) n 4320/64 prev isto. Mas receita

    legalmente constituda. Em novembro de 2012 o fato gerador

    do IPTU ainda no estava consumado.

    O Responsvel em sua defesa chama de esdrxulo o

    procedimento adotado por esta Corte de Contas, por sacar

    significativa soma de recursos financeiros arrecadados no

    exerccio de 2012, a ttulo do IPTU de 2013. E este valor s

    no foi maior pela interveno do prprio Tribunal de Contas,

    por ocasio da apreciao do processo de denncia DEN

    12/00532179 e do Poder Judicirio.

    Se no houvesse a atuao destes rgos, o volume de

    recursos seria ainda maior, comprometendo sobremaneira a

    gesto de 2013. Isto sim, no se pode concordar. Como

    aplicar em sade, educao, cumprir com todas as

    obrigaes, se os recursos do IPTU de 2013, que respondem

    por mais de 12% da arrecadao da Prefeitura, j poderiam

    ter sido usados em 2012 ou servidos para equilibrar as

    contas pblicas?

    Se h tanta convico do Responsvel sobre a legalidade da

    Lei Complementar n 397/2010, de definir o fato gerador como

    novembro de cada ano e de que a receita pertence a 2012,

    porque sancionar a Lei Complementar n 454/2012?

    Ante o exposto, mantm-se o entendimento que restou

    1129

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 21

    confirmado atravs da Medida Cautelar concedida por este

    Tribunal de Contas no processo n DEN 12/00532179, da

    lavra do Exmo. Sr. Auditor Gerson dos Santos Sicca,

    conforme segue:

    Em vista disso, com fulcro no poder geral de cautela

    reconhecido ao Tribunal de Contas, no art. 308 do Regimento

    Interno da Corte e, por analogia, na Instruo Normativa n

    05/2008, reconhecidos o fumus boni iuris e o periculum in

    mora, CONCEDO A MEDIDA CAUTELAR para que a

    Prefeitura Municipal de Florianpolis se abstenha de utilizar

    os recursos provenientes da antecipao da receita

    tributria do exerccio de 2013 e efetue o seu bloqueio,

    devendo estes valores serem registrados no Ativo Financeiro,

    na rubrica Bancos, em conta vinculada, com contrapartida

    no Passivo Financeiro, na rubrica Receitas a classificar,

    sendo que, somente no primeiro dia do exerccio de 2013

    haver baixa do Passivo Financeiro e correspondente

    lanamento do valor at ento recolhido na Receita

    Oramentria, com a conseqente liberao dos recursos

    para uso nas despesas ordinrias.

    Quanto ao saldo financeiro ajustado apresentado pelo

    Responsvel de R$ 44.231.965,37 (fl. 938) h que se

    desconsiderar o valor de R$ 25.872,10, referente aos Restos

    a Pagar no Processados de 2012 (tais valores no foram

    considerados no clculo do art. 42), apurando-se o resultado

    negativo de R$ 44.206.093,27.

    O Responsvel relaciona as suficincias e insuficincias das

    fontes vinculadas nas fls. 938 e 939 dos autos, que totalizam

    R$ 15.583.363,05 (saldo positivo). Ocorre que o resultado

    financeiro apresentado pelo Gestor (R$ - 44.231.965,37)

    constitudo pelo resultado das fontes ordinrias e pelo

    resultado das fontes vinculadas.

    Assim, se as fontes vinculadas apresentaram resultado

    positivo de R$ 15.583.363,05, no h como as fontes

    ordinrias produzirem o valor negativo de R$ 28.648.602,32,

    como demonstra-se a seguir.

    Portanto, como ponto de partida, a Instruo ir refazer o

    quadro trazido pelo Responsvel, considerando os prprios

    dados do Gestor, para posteriormente incluir os ajustes

    1130

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 22

    necessrios:

    Saldo Financeiro Consolidado 43.834.931,59

    (-) Saldo Financeiro Cmara 28.714,64

    (-) Saldo Financeiro Fundo Prev. Financeiro 58.493.911,07

    (-) Saldo Financeiro Fundo Previdencirio 29.544.271,25

    (+) Restos a Pagar no Processados de

    2012

    25.872,10

    Saldo Financeiro Ajustado -44.206.093,27

    (-) Suficincia de Recursos Fontes

    Vinculadas

    15.583.363,05

    Saldo Financeiro Recursos Prprios

    (conforme dados do Responsvel)

    -59.789.456,32

    Assim, o clculo apresentado pelo Administrador, que

    evidencia insuficincia de recursos ordinrios de R$

    28.648.602,32, est equivocado, pois a suficincia de

    recursos vinculados aumenta a insuficincia de recursos

    prprios, para que se chegue ao resultado financeiro negativo

    ajustado do Balano, conforme quadro anterior.

    Especificamente sobre as fontes de recursos, tem-se o que

    segue:

    Recursos Vinculados Fonte 0 (COMCAP)

    A DMU procedeu o ajuste das disponibilidades da COMCAP,

    em decorrncia da existncia de despesas executas, pagas e

    no empenhadas, cujo valor encontra-se registrado no Ativo

    Financeiro da entidade.

    Este ponto j foi objeto de anlise por ocasio do presente

    item, permanecendo o expurgo.

    Recursos Vinculados Fonte 18

    O Responsvel encaminhou quadro indicando que o valor de

    Depsitos de Diversas Origens a Pagar na fonte 18 seria de

    R$ 125.725,51. Todavia, conforme documento fl. 1097 dos

    autos, a Unidade informou via Sistema e-Sfinge o saldo inicial

    de DDO no exerccio de 2013, de R$ 355.355,62, que deve

    ser o mesmo do encerramento de 2012.

    1131

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 23

    Deste modo, a Instruo considerou este valor na apurao

    do artigo 42 da LRF.

    Recursos Vinculados Fontes 65 e 78

    O Responsvel aduz que no existe este recurso na

    contabilidade. No incio do exerccio foi verificada uma falha

    de configurao no sistema e as mesmas foram alteradas

    para fontes 23 e 24.

    Ocorre que no houve a correo desta situao junto ao

    Sistema e-Sfinge, de modo que as informaes foram

    enviadas incorretamente, indicando as fontes 65 e 78.

    A Instruo manter os dados informados via Sistema e-

    Sfinge.

    Recursos Vinculados Fonte 72

    O Responsvel alega que os precatrios so pagos com

    recursos ordinrios e por exigncia, so contabilizados como

    fonte 72.

    No que pese assistir razo ao Prefeito, o fato que se a

    Instruo passar o valor de R$ 3.194.204,93, relativo s notas

    de empenho n.s 13.920, 13.923 e 13.924, da fonte 72 para a

    fonte 0, no implicar em alterao da apurao do artigo 42,

    pois tanto a fonte 72, quanto a fonte 0 esto negativas, ou

    seja, no caso de alterao a fonte 72 ficaria zerada e o saldo

    da fonte 0 ficaria mais negativo nesse mesmo valor.

    Alm disso, houve o ajuste referente ao saldo do Banco

    Santos (R$ 10.951.964,20) nas disponibilidades da fonte 0

    (recursos ordinrios) e referente s despesas liquidadas e no

    empenhadas em 2012 (R$ 4.418.634,43).

    Aps as anlises e consideraes acerca dos esclarecimentos

    prestados e documentos encaminhados, permanece a

    restrio, porm, nos valores apresentados no Captulo 8 e

    item 10.1.1, ambos deste Relatrio.

    1132

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 24

    1.2.1.2 Dficit de execuo oramentria do Municpio (Consolidado)

    da ordem de R$ 79.913.431,49, representando 8,10% da

    receita arrecadada do Municpio no exerccio em exame,

    aumentado em 137,75% pela excluso do supervit

    oramentrio do Instituto/Fundo de Previdncia e/ou

    Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor, em

    desacordo ao artigo 48, b da Lei n 4.320/64 e artigo 1, 1,

    da Lei Complementar n 101/2000 (LRF), parcialmente

    absorvido pelo supervit financeiro do exerccio anterior - R$

    24.032.454,44 (item 3.1).

    (Relatrio n 2096/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    Manifestao do Responsvel s fls. 939 e 940 dos autos.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    Em suas alegaes sobre este item, o Responsvel apresenta

    novo quadro do resultado oramentrio consolidado com

    dficit de R$ 44.132.292,13.

    Em suma, a diferena entre os valores evidenciados pela

    Instruo e os apurados pelo Gestor, se referem ao montante

    das despesas liquidadas e no empenhadas em 2012, ao

    IPTU de 2013 arrecadado em 2012 e s despesas da

    COMCAP realizadas e pagas sem dotao oramentria.

    Estes argumentos j foram analisados no item 10.1.1, deste

    Relatrio.

    Desta forma, mantm-se a restrio, contudo, sob os valores

    apresentados nos itens 3.1 e 10.1.2, ambos deste Relatrio.

    1.2.1.3 Dficit financeiro do Municpio (Consolidado) da ordem de R$

    74.768.243,06, resultante do dficit oramentrio ocorrido no

    exerccio em exame, correspondendo a 7,58% da Receita

    Arrecadada do Municpio no exerccio em exame (R$

    986.162.491,14), em desacordo ao artigo 48, b da Lei n

    4.320/64 e artigo 1 da Lei Complementar n 101/2000 LRF

    (item 4.2).

    (Relatrio n 2096/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    1133

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 25

    Manifestao da Unidade:

    Manifestao do responsvel s fls. 940 a 942 dos autos.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    Em suas alegaes sobre este item, o Responsvel apresenta

    novo quadro do resultado financeiro consolidado com dficit

    de R$ 27.679.157,76.

    Em suma, a diferena entre os valores evidenciados pela

    Instruo e os apurados pelo Gestor, se referem conta do

    Banco Santos, ao montante das despesas liquidadas e no

    empenhadas em 2012, ao IPTU de 2013 arrecadado em 2012

    e s despesas da COMCAP realizadas e pagas sem dotao

    oramentria.

    Estes argumentos j foram analisados no item 1.2.1.1, deste

    Relatrio.

    Desta forma, mantm-se a restrio, contudo, sob os valores

    apresentados nos itens 4.2 e 10.1.3, ambos deste Relatrio.

    1.2.1.4 Ausncia de realizao de despesas, no primeiro trimestre de

    2012, com os recursos do FUNDEB remanescentes do

    exerccio anterior no valor de R$ 721.953,77, mediante a

    abertura de crdito adicional, em descumprimento ao

    estabelecido no 2 do artigo 21 da Lei n 11.494/2007 (item

    5.2.2, limite 3).

    (Relatrio n 2096/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    Manifestao do Responsvel s fls. 942 e 943 dos autos.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    O Responsvel diverge do saldo do FUNDEB de 31/12/2011,

    apresentado no relatrio das contas do exerccio de 2011.

    Argumenta que ocorreram ajustes contbeis. No detalhou e

    nem trouxe documentos a fim de que se pudesse averiguar o

    momento em que se deram tais ajustes e qual a sua natureza.

    Por outro lado, reconhece que no houve a abertura de

    crdito adicional para aplicao deste saldo e busca dar nova

    interpretao ao artigo 21, 2, da Lei n 11.494/2007.

    1134

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 26

    O referido dispositivo assim estabelece:

    Art. 21. Os recursos dos Fundos, inclusive

    aqueles oriundos de complementao da Unio,

    sero utilizados pelos Estados, pelo Distrito

    Federal e pelos Municpios, no exerccio

    financeiro em que lhes forem creditados, em

    aes consideradas como de manuteno e

    desenvolvimento do ensino para a educao

    bsica pblica, conforme disposto no art. 70 da

    Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

    1o

    2o At 5% (cinco por cento) dos recursos

    recebidos conta dos Fundos, inclusive relativos

    complementao da Unio recebidos nos

    termos do 1o do art. 6o desta Lei, podero ser

    utilizados no 1o (primeiro) trimestre do exerccio

    imediatamente subseqente, mediante abertura

    de crdito adicional.

    O caput do artigo cria a obrigatoriedade de utilizao dos

    recursos no exerccio financeiro em que lhes forem

    creditados. O 2, autoriza a utilizao de at 5% no primeiro

    trimestre do exerccio imediatamente subsequente, mediante

    abertura de crdito adicional.

    Est claro que a regra a utilizao dentro do exerccio em

    que ocorrer a arrecadao. A possibilidade contida (podero)

    no 2 para a utilizao de at 5% e no para a abertura do

    crdito adicional, ou seja, restando saldo para o exerccio

    seguinte, obrigatoriamente ser aberto crdito adicional.

    Assim, o valor a ser aplicado at o final do primeiro trimestre

    dever ser realizado atravs da abertura de crdito adicional,

    no h faculdade para isto.

    Equivocada, portanto, a interpretao dada pelo Responsvel

    ao dispositivo legal que fundamenta a restrio, pelo que se

    mantm o apontamento.

    1.2.1.5 Despesas inscritas em Restos a Pagar e/ou despesas

    registradas em DDO com recursos do FUNDEB sem

    disponibilidade financeira, no valor de R$ 99.330,25, em

    desacordo com o artigo 85 da Lei n 4.320/64 (Sistema e-

    1135

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm#art70http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm#art70
  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 27

    Sfinge).

    (Relatrio n 2096/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    Manifestao do Responsvel fl. 943 dos autos.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    O Responsvel alega que o valor apresentado pelo Tribunal

    na coluna Depsitos e Outras Obrigaes est incorreto (R$

    355.355,62). Contudo, este dado foi informado via Sistema e-

    Sfinge pela prpria Unidade, conforme Balancete do Razo

    fl. 1.097 dos autos.

    Assim, o valor foi extrado das informaes prestadas pela

    Unidade.

    Nesta oportunidade, no houve a remessa de documentos

    comprobatrios.

    Aps a anlise procedida, propugna-se pela manuteno da

    restrio.

    1.2.1.6 Valores imprprios lanados no Ativo Financeiro, no montante

    de R$ 20.991.768,60, em decorrncia de valores lanados

    indevidamente no Ativo Disponvel da Prefeitura (proviso

    Banco Santos, Conta devedora) e valores lanados

    indevidamente no Ativo Realizvel da Comcap (despesas no

    empenhadas), superestimando o Ativo Financeiro do

    Municpio, em afronta ao disposto nos artigos 35, 85 e 105, I,

    1 da Lei n 4.320/64 (Quadro 11-A);

    (Relatrio n 2096/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    Manifestao do Responsvel s fls. 943 a 945 dos autos.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    O Responsvel se pronunciou no sentido de que j se

    manifestou sobre a situao do saldo do Banco Santos e das

    despesas realizadas pela COMCAP no item 1.2.1.1, que j foi

    objeto de anlise pela Instruo.

    1136

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 28

    Diante de todo o arrazoado, naquele item, permanece a

    restrio.

    1.2.1.7 Divergncia, no valor de R$ 28.207,74, entre as

    Transferncias Financeiras Recebidas (R$ 328.414.820,13) e

    as Transferncias Financeiras Concedidas (R$

    328.443.027,87), evidenciadas no Balano Financeiro

    Anexo 13 da Lei n 4.320/64, caracterizando afronta ao artigo

    85 da referida Lei (fl. 409 dos autos).

    (Relatrio n 2096/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    Manifestao do Responsvel s fls. 944 e 945 dos autos.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    O Responsvel assevera que este valor se refere a

    lanamento indevido da Cmara Municipal, conforme

    esclarecimento a seguir transcrito:

    Ocorre que foi repassado o duodcimo para

    Cmara em anos anteriores para suprir todas as

    suas despesas. Ficaram Restos a Pagar, que

    passaram para 2012, mas todos com cobertura

    financeira. No final de 2012, a Cmara cancelou

    restos a pagar no valor de R$ 28.207,74 e

    devolveu este dinheiro para a Prefeitura.

    Na Prefeitura foi lanada como receita de

    Restituio e a Cmara, indevidamente, lanou

    como Transferncia Financeira Concedida.

    Como so poderes separados, apenas depois da

    consolidao foi verificada esta diferena. A

    Cmara j havia remetido o e-Sfinge e o

    Balanos j tinham sido todos assinados por

    gestores que no voltariam depois, uma vez que

    houve mudana de gesto.

    Este valor foi apontado em Nota Explicativa de

    Balano.

    Depreende-se dos esclarecimentos prestados que houve erro

    de lanamento contbil, provocando a divergncia

    apresentada entre as transferncias financeiras recebidas e

    concedidas, do Balano Consolidado.

    Assim, mantm-se a restrio.

    1137

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 29

    1.2.1.8 Divergncia, no valor de R$ 20.765.103,21 (R$ 11.307.945,94

    (R$ 20.991.768,60 - R$ 9.683.822,66) decorrente dos ajustes

    no Ativo Financeiro, restando o montante de R$ 9.457.157,27,

    decorrente de divergncias contbeis), apurada entre a

    variao do saldo patrimonial financeiro (R$ -98.800.697,50) e

    o resultado da execuo oramentria Dficit (R$

    79.913.431,49), considerando o cancelamento de restos a

    pagar de R$ 1.877.837,20, em afronta ao artigo 102 da Lei n

    4.320/64.

    (Relatrio n 2096/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    Manifestao do Responsvel s fls. 945 e 946 dos autos.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    O Responsvel procurou demonstrar a composio da

    divergncia e os fatos contbeis extra oramentrios que

    afetaram aumentativamente e diminutivamente a variao

    financeira.

    Analisando-se os valores percebe-se que a divergncia tem

    origem basicamente nos seguintes fatos:

    (+) Incorporao de Ativos e

    Desincorporao de Passivos

    COMCAP

    5.983.157,31

    (+) Baixa de DDO inscrita indevidamente

    Integrao Social

    3.705,04

    (-) Desincorporao de Ativos e

    Incorporao de Passivos

    COMCAP

    15.388.610,29

    (-) Inscrio de Restos a Pagar PMF 27.201,59

    (-) Divergncia apurada no item 1.2.1.7,

    deste Relatrio

    28.207,74

    (=) Total 9.457.157,27

    Os valores da COMCAP possuem relao com as despesas

    executadas sem dotao oramentria (itens 1.2.1.1 e

    1.2.1.6).

    As demais divergncias so oriundas de falhas e ajustes,

    conforme item 1.2.1.7 e documento fl. 946 dos autos.

    1138

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 30

    Diante do exposto, mantm-se a restrio.

    1.2.1.9 Divergncia, no valor de R$ 82.767,48, entre o saldo

    apresentado na Demonstrao da Dvida Flutuante Anexo

    17 (R$ 152.784.338,67) e o saldo do Passivo Financeiro

    constante do Balano Patrimonial Anexo 14 da Lei n

    4.320/64 (R$ 152.701.571,19), caracterizando afronta aos

    artigos 85 e 105 da referida Lei (fls. 410 e 417 dos autos).

    (Relatrio n 2096/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    Manifestao do Responsvel fl. 947 dos autos.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    A restrio em comento se refere divergncia entre o Saldo

    da Dvida Flutuante apresentado no Anexo 17 e o saldo do

    Passivo Financeiro constante no Balano Patrimonial Anexo

    14.

    Analisando-se os respectivos demonstrativos observa-se que

    a divergncia tem origem no saldo do exerccio anterior.

    O Relatrio n 4.009/2012, de apreciao das Contas do

    exerccio de 2011, demonstra o saldo final de Restos a Pagar

    de R$ 62.108.419,23 e da conta Outras Obrigaes a Curto

    Prazo da ordem de R$ 56.626,07. Estes valores tambm

    esto registrados no item 4.1 deste Relatrio.

    Alm disso, a Unidade emitiu nota explicativa sobre a

    diferena que ora se discute, segundo fls. 418 a 420 dos

    autos.

    Considerando que a divergncia possui origem no saldo do

    exerccio anterior, no havendo problemas na movimentao;

    considerando que a Unidade emitiu nota explicativa

    apontando a diferena dos Anexos gerados pelo Sistema e-

    Sfinge em comparao com o Balano documental,

    desconsidera-se a restrio.

    1139

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 31

    1.2.1.10 Ausncia de disponibilizao em meios eletrnicos de acesso

    pblico, no prazo estabelecido, de informaes

    pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira,

    de modo a garantir a transparncia da gesto fiscal com os

    requisitos mnimos necessrios, em descumprimento ao

    estabelecido no artigo 48-A, I e II, da Lei Complementar n

    101/2000 alterada pela Lei Complementar n 131/2009 c/c o

    art. 7, I, itens "a" e "c" e II, item "b" do Decreto Federal n

    7.185/2010 (Captulo 7);

    (Relatrio n 2096/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    Manifestao do Responsvel s fls. 947 e 948 dos autos.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    O Responsvel alega que a pesquisa efetuada pela DMU no

    site da Prefeitura Municipal ocorreu em 11/10/2013, em

    perodo diverso do exerccio das contas em exame.

    Alm disso, encaminhou documento (fl. 1.090 dos autos)

    comprovando que, no dia 10/04/2013, a Prefeitura lanou o

    novo Portal da Transparncia, portanto alterando o site da

    gesto anterior.

    Afirma ainda que as informaes sobre a execuo

    oramentria e financeira eram divulgadas pelo Centro de

    Informtica e Automao do Estado de Santa Catarina

    CIASC, atravs do Sistema Integrado de Apoio ao Controle

    interno SIACI.

    A Diretoria de Controle dos Municpios vem monitorando os

    sites das Prefeituras com o objetivo de verificar o

    cumprimento da Lei Complementar n 131/2009.

    No que pese o Captulo 7 do Relatrio indicar que o acesso se

    deu em 11/10/2013, o prprio Administrador informa que

    utilizava o SIACI. Alm disso, extrai-se do quadro fl. 65 do

    Relatrio n 4.009/2012, de apreciao das contas do

    exerccio de 2011, cujo acesso aconteceu em 03/05/2012, o

    seguinte:

    1140

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 32

    I QUANTO AO CONTEDO

    DESPESA

    (art. 48-A, I, da Lei Complementar n 101/2000 e art. 7, I, do Decreto

    Federal n 7.185/2010)

    a) o valor do empenho,

    liquidao e pagamento.

    NO

    CUMPRIU O Municpio no disponibiliza o valor do empenho, nem o valor pago. Apenas os valores datados de Dezembro de 2009, 2010 e 2011, e um link para as despesas Liquidadas de 2009 2011. No detalha sobre natureza da despesa e nem a Fonte de Recursos que financiaram o gasto. Tambm no permitiu o acesso sobre a pessoa beneficiria do pagamento, sobre os procedimentos licitatrios e o bem fornecido/servio prestado.

    c) a classificao

    oramentria,

    especificando a unidade

    oramentria, funo,

    subfuno, natureza da

    despesa e a fonte dos

    recursos que financiaram

    o gasto.

    NO

    CUMPRIU

    Fonte: Site da Prefeitura Municipal Portal da Transparncia Data de acesso 03/05/2012

    Constata-se tambm que este Sistema no disponibiliza as

    informaes sobre o lanamento da receita.

    Desta forma, no restou atendido o inciso II, do artigo 48-A,

    da Lei Complementar n 131/2009, que assim dispe:

    Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II

    do pargrafo nico do art. 48, os entes da

    Federao disponibilizaro a qualquer pessoa

    fsica ou jurdica o acesso a informaes

    referentes a:

    I

    II quanto receita: o lanamento e o

    recebimento de toda a receita das unidades

    gestoras, inclusive referente a recursos

    extraordinrios.

    1.2.1.11 Realizao de despesas, no montante de R$ 19.257.046,39,

    liquidadas e no empenhadas no exerccio de 2012 (R$

    9.573.223,73, informadas atravs da Resposta ao Ofcio

    Circular e R$ 9.683.822,66, referente a despesas no

    empenhadas da COMCAP), em desacordo com os artigos 35,

    II e 60 da Lei n 4.320/64 (Conforme fls. 688 a 738 dos autos

    e Apndice, deste Relatrio)

    (Relatrio n 2096/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    1141

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 33

    Manifestao da Unidade:

    Manifestao do Responsvel fl. 948 dos autos

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    O Responsvel informa que a restrio dever ser reavaliada,

    em razo das manifestaes sobre as despesas executadas e

    no empenhadas pela COMCAP (itens 1.2.1.1 e 1.2.1.7) e

    despesas liquidadas e no empenhadas em 2012 (item 1.2.1.1).

    Considerando que os fatos j foram analisados por ocasio dos

    itens supra citados, em que parte dos argumentos foram aceitos,

    a Instruo propugna pela manuteno da restrio, contudo, no

    valor de R$ 14.102.457,09 (R$ 9.683.822,66 e R$ 4.418.634,43).

    luz das ponderaes de ordem tcnica referentes s justificativas

    apresentadas pelo responsvel, por ventura do cumprimento das disposies

    contidas no art. 52 da Lei Complementar n 202/2000 e art. 57, 3 do

    Regimento Interno, conforme consta do item 1.2, as contas relativas ao exerccio

    de 2012 passam a apresentar os seguintes dados:

    2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO1

    A Ilha de Santa Catarina visitada por navegadores de vrias

    nacionalidades desde o incio do sculo XVI. Fundada por bandeirantes paulistas

    em fins do sculo XVII, com o nome de Nossa Senhora do Desterro,

    Florianpolis no passava de uma modesta vila de pescadores. Conquista em

    1726 a sua emancipao poltica e recebe, entre 1748 e 1756, expressivas levas

    de colonizadores aorianos e madeirenses. Com a independncia do Brasil,

    Desterro se torna capital da Provncia de Santa Catarina. J no sculo XX,

    rebatizada como Florianpolis, a cidade reafirma sua vocao como prestadora

    de servios, em especial depois da chegada da iluminao pblica e da

    inaugurao da Ponte Herclio Luz, em 1926. Com a implantao da

    Universidade Federal, entre os anos de 1950 e 1960, e a inaugurao da BR-

    101, na dcada de 1970, Florianpolis firma-se como grande plo turstico

    estadual.

    1 Disponvel em: www.sc.gov.br/portalturismo

    1142

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 34

    O Municpio de Florianpolis tem uma populao estimada em

    433.1582 habitantes e ndice de Desenvolvimento Humano de 0,853. O Produto

    Interno Bruto alcanava o valor de R$ 9.806.533.682,004, revelando um PIB per

    capita poca de R$ 23.282,20, considerando uma populao estimada em

    2010 de 421.203 habitantes.

    Grfico 01 Produto Interno Bruto PIB

    Fonte: IBGE 2009

    No tocante ao desenvolvimento econmico e social mensurado pelo

    IDH/PNUD/2010, o Municpio de Florianpolis encontra-se na seguinte situao:

    2 IBGE - 2012 3 PNUD - 2010 4 Produto Interno Bruto dos Municpios IBGE/2010

    0,00

    2.000.000.000,00

    4.000.000.000,00

    6.000.000.000,00

    8.000.000.000,00

    10.000.000.000,00

    Mdia GRANFPOLIS MUNICPIO

    950.317.021,55

    9.806.533.682,00

    PIB EM REAIS

    1143

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 35

    Grfico 02 ndice de Desenvolvimento Humano IDH

    Fonte: PNUD 2010

    3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA

    A anlise da gesto oramentria envolve os seguintes aspectos:

    demonstrao da apurao do resultado oramentrio do presente exerccio,

    com a demonstrao dos valores previstos ou autorizados pelo Poder

    Legislativo; apurando-se quocientes que demonstram a evoluo relativa do

    resultado da execuo oramentria do Municpio; a demonstrao da execuo

    das receitas e despesas, cotejando-as com os valores orados, bem como a

    evoluo do esforo tributrio, IPTU per capita e o esforo de cobrana da dvida

    ativa. Por fim, apura-se o total da receita com impostos (includas as

    transferncias de impostos) e a receita corrente lquida.

    Segue abaixo os instrumentos de planejamento aplicveis ao

    exerccio em anlise, as datas das audincias pblicas realizadas e o valor da

    receita e despesa inicialmente oradas:

    Quadro 01 Leis Oramentrias

    LEIS DATA DAS AUDINCIAS RECEITA ESTIMADA

    1.630.020.015,00 PPA 7874/2009 31/03/2009

    LDO 8652/2011 13/04/2011 DESPESA FIXADA

    1.630.020.015,00 LOA 8798/2011 No Informado

    0,66

    0,68

    0,70

    0,72

    0,74

    0,76

    0,78

    0,80

    0,82

    0,84

    0,86

    BRASIL SANTA CATARINA Mdia GRANFPOLIS MUNICPIO

    0,727

    0,744 0,740

    0,850

    1144

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 36

    3.1. Apurao do resultado oramentrio

    O confronto entre a receita arrecadada e a despesa realizada, resultou

    no Dficit de execuo oramentria da ordem de R$ 48.438.244,26,

    correspondendo a 4,51% da receita arrecadada.

    Aps os ajustes da receita e despesa o municpio apresentou Dficit

    de R$ 52.856.878,69.

    Salienta-se que o resultado consolidado, Dficit de R$ 52.856.878,69,

    composto pelo resultado do Oramento Centralizado - Prefeitura Municipal,

    Dficit de R$ 61.818.611,15 e do conjunto do Oramento das demais Unidades

    Municipais Supervit de R$ 8.961.732,46.

    Excluindo o resultado oramentrio do Regime Prprio de

    Previdncia e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor, o

    Municpio apresentou Dficit de R$ 74.758.842,19.

    Ressalta-se que o Dficit em questo foi parcialmente absorvido

    pelo supervit financeiro do exerccio anterior (R$ 24.032.454,44), conforme

    demonstrado na apurao da variao do patrimnio financeiro (item 4.2, deste

    Relatrio).

    Assim, a execuo oramentria do Municpio pode ser demonstrada,

    sinteticamente, da seguinte forma:

    Quadro 02 Demonstrao do Resultado da Execuo Oramentria (em Reais) 2012

    Descrio Previso/Autorizao Execuo % Executado

    RECEITA 1.630.020.015,00 1.074.817.373,96 65,94

    DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)

    1.711.919.229,81 1.123.255.618,22 65,61

    Dficit de Execuo Oramentria 48.438.244,26

    Resultado Oramentrio Consolidado Ajustado

    RECEITA 1.630.020.015,00 1.074.817.373,96 65,94

    DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)

    1.711.919.229,81 1.127.674.252,65 65,87

    Dficit de Execuo Oramentria 52.856.878,69

    Resultado Oramentrio Consolidado Excludo RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor

    Dficit Consolidado Ajustado

    Supervit do RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarq

    uia de Assistncia ao Servidor

    Dficit excludo RPPS e/ou

    Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao

    Servidor

    RECEITA 1.074.817.373,96 88.654.882,82 986.162.491,14

    DESPESA 1.127.674.252,65 66.752.919,32 1.060.921.333,33

    1145

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 37

    Resultado de Execuo Oramentria

    52.856.878,69 21.901.963,50 74.758.842,19

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    ** No Clculo da EXECUO DAS DESPESAS, foi considerado o montante de despesas

    realizadas no exerccio informada no Anexo 02 Resumo Geral da Despesa (R$

    1.113.571.795,56, fls. 40 a 41 dos autos), somadas as despesas da Comcap, no montante de R$

    9.683.822,66, executadas no exerccio de 2012, sem passar pela execuo Oramentria,

    lanadas indevidamente no Ativo Realizvel da Unidade (ver apndice).

    Quadro 02 A Ajustes do Resultado Oramentrio Consolidado

    Descrio Valor

    Prefeitura Municipal: Despesas liquidadas e no empenhadas (ajuste do exerccio atual) Vide Apndice

    3.901.671,39

    Demais Unidades (exceto Instituto/Fundo de Previdncia): Despesas liquidadas e no empenhadas (ajuste do exerccio atual) Vide Apndice

    516.963,04

    Total adicionado na Despesa Oramentria 4.418.634,43

    Obs.: Sobre a divergncia entre a variao do patrimnio financeiro ajustado sem RPPS e o

    resultado da execuo oramentria ajustada sem RPPS, vide restrio anotada no item

    Restries de Ordem Legal do captulo Restries Apuradas, deste Relatrio.

    Obs.: A receita no montante de R$ 88.654.882,82, assim como a despesa no montante de R$

    66.752.919,32, consideradas as Transferncias Financeiras, se referem exclusivamente ao

    RPPS.

    Obs.: Com relao s despesas liquidadas e no empenhadas no exerccio em anlise, vide

    restrio anotada no item Restries de Ordem Legal deste Relatrio.

    Obs.: Com relao aos valores imprprios lanados no Ativo Realizvel no exerccio em anlise

    da Unidade Prefeitura Municipal, vide restrio anotada no item Restries de Ordem Legal deste

    Relatrio.

    3.2. Anlise do resultado oramentrio

    A anlise da evoluo do resultado oramentrio facilitada com o

    uso de quocientes, pois os resultados absolutos expressos nas demonstraes

    contbeis so relativizados, permitindo a comparao de dados entre exerccios

    e Municpios distintos.

    A seguir exibido quadro que evidencia a evoluo do Quociente de

    Resultado Oramentrio do Municpio de Florianpolis nos ltimos 5 anos:

    1146

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 38

    Quadro 03 Quocientes de Resultado Oramentrio Ajustado e s/ RPPS 2008-2012

    ITENS / ANO 2008 2009 2010 2011 2012 1 Receita realizada 654.464.468,23 739.285.448,31 851.019.584,49 921.119.806,81 986.162.491,14

    2 Despesa executada 662.104.507,60 757.796.756,50 847.491.098,91 929.370.086,53 1.060.921.333,32

    QUOCIENTE 2008 2009 2010 2011 2012 Resultado Oramentrio (12) 0,99 0,98 1,00 0,99 0,93

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    O resultado oramentrio pode ser verificado por meio do quociente

    entre a receita oramentria e a despesa oramentria. Quando esse indicador

    for superior a 1,00 tem-se que o resultado oramentrio foi superavitrio

    (receitas superiores s despesas).

    Grfico 03 Evoluo dos Quocientes de Resultado Oramentrio: 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias

    Os quadros que sintetizam a execuo das receitas e despesas no

    exerccio trazem tambm os valores previstos ou autorizados pelo Legislativo

    Municipal, de forma que se possa avaliar a destinao de recursos pelo Poder

    Executivo, bem como o cumprimento de imposies constitucionais.

    No mbito do Municpio, a receita oramentria pode ser entendida

    como os recursos financeiros arrecadados para fazer frente s suas despesas.

    A receita arrecadada do exerccio em exame atingiu o montante de R$

    1.074.817.373,96, equivalendo a 65,94% da receita orada.

    0,990,98

    1,000,99

    0,93

    0,88

    0,90

    0,92

    0,94

    0,96

    0,98

    1,00

    1,02

    1,04

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia GRANFPOLIS Mdia dos Municpios

    1147

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 39

    As receitas por origem e o cotejamento entre os valores previstos e os

    arrecadados so assim demonstrados:

    Quadro 04 Comparativo da Receita Oramentria Prevista e Arrecadada (em Reais): 2012

    RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %

    ARRECADADO

    Receita Tributria 482.525.429,00 416.685.007,17 86,36

    Receita de Contribuies 65.418.205,00 58.915.094,08 90,06

    Receita Patrimonial 18.814.409,00 45.264.129,82 240,58

    Transferncias Correntes 462.542.038,00 407.733.127,98 88,15

    Outras Receitas Correntes 206.032.878,00 62.161.336,86 30,17

    Receitas Correntes Intra-Oramentrias 45.867.104,00 37.645.442,36 82,08

    RECEITA CORRENTE 1.281.200.063,00 1.028.404.138,27 80,27

    Operaes de Crdito 165.992.111,00 22.468.335,06 13,54

    Alienao de Bens 8.711.113,00 - -

    Amortizao de Emprstimos 250.856,00 476,75 0,19

    Transferncias de Capital 173.865.872,00 23.944.423,88 13,77

    RECEITA DE CAPITAL 348.819.952,00 46.413.235,69 13,31

    TOTAL DA RECEITA 1.630.020.015,00 1.074.817.373,96 65,94 Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano Geral

    consolidado.

    Grfico 05 Composio da Receita Oramentria Arrecadada: 2012

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Tributria 38,77%

    Contribuies 5,48%

    Patrimonial 4,21%

    Transferncia Corrente37,94%

    Outras Correntes 5,78%

    Correntes Intra-Oramentrias 3,50%

    Operaes de Crdito 2,09%

    Amortizao de Emprstimos 0,00%

    Transferncias de Capital 2,23%

    1148

    mailto:c@[11571]mailto:c@[11572]mailto:c@[11573]mailto:c@[11577]mailto:c@[11578]mailto:c@[11579]mailto:c@[11580]mailto:c@[11581]mailto:c@[11582]
  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 40

    O grfico anterior apresenta a relao de cada receita por origem com

    o total arrecadado no exerccio. Destaca-se que parcela significativa da receita,

    37,94%, est concentrada nas transferncias correntes.

    Um aspecto importante a ser analisado na gesto da receita

    oramentria pode ser traduzido como esforo tributrio. O grfico que segue

    mostra a evoluo da receita tributria em relao ao total das receitas correntes

    do Municpio.

    Grfico 06 Evoluo do Esforo Tributrio (%): 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Relativamente s receitas arrecadadas, deve-se dar destaque s

    receitas prprias com impostos no exerccio da competncia tributria

    estabelecida constitucionalmente e exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Nesse sentido, destaca-se no grfico a seguir a evoluo do IPTU

    arrecadado per capita nos ltimos 5 (cinco) anos.

    44,9542,36

    44,9842,83 42,06

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    40,00

    45,00

    50,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia GRANFPOLIS Mdia dos Municpios

    1149

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 41

    Grfico 07 Evoluo Comparativa do IPTU per capita (em Reais): 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados, IBGE e anlise tcnica.

    A Dvida Ativa apresentou o seguinte comportamento no exerccio em

    anlise:

    Quadro 05 Movimentao da Dvida Ativa (em Reais): 2012

    Saldo Anterior Inscrio Atualizao,

    juros e multa

    Proviso

    (lquida) Recebimento

    Outras

    Baixas

    Saldo

    Final

    412.213.504,74 46.463.052,22 0,00 0,00 33.576.440,43 3.189.974,84 421.910.141,69

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados.

    Importante tambm analisar a eficincia na cobrana da dvida ativa

    ao longo dos ltimos cinco anos. O grfico seguinte mostra o percentual de

    dvida ativa recebida em relao ao saldo do exerccio anterior:

    223,57244,66

    302,23284,53

    240,34

    0,00

    50,00

    100,00

    150,00

    200,00

    250,00

    300,00

    350,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia GRANFPOLIS Mdia dos Municpios

    1150

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 42

    Grfico 08 Evoluo do Esforo de Cobrana da Dvida Ativa (%): 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    No tocante as despesas executadas em contraposio s oradas

    (incluindo as alteraes oramentrias), segundo a classificao funcional, tem-

    se a demonstrao do prximo quadro:

    Quadro 06 Comparativo entre a Despesa por Funo de Governo Autorizada e Executada: 2012

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

    01-Legislativa 41.440.751,00 37.610.115,09 90,76

    02-Judiciria 7.071.067,84 7.066.173,99 99,93

    04-Administrao 189.327.118,47 138.964.141,53 73,40

    06-Segurana Pblica 53.075.161,49 41.546.842,73 78,28

    08-Assistncia Social 40.599.482,56 33.082.667,14 81,49

    09-Previdncia Social 86.740.848,01 79.750.924,38 91,94

    10-Sade 249.140.161,82 226.750.278,13 91,01

    11-Trabalho 41.802.989,71 14.841.332,64 35,50

    12-Educao 302.146.786,01 240.561.665,80 79,62

    13-Cultura 25.465.558,03 8.486.242,83 33,32

    15-Urbanismo 345.984.771,85 98.974.135,45 28,61

    16-Habitao 9.935.000,00 292.810,49 2,95

    17-Saneamento 176.726.379,43 135.787.083,06 76,83

    18-Gesto Ambiental 36.733.870,00 13.959.154,50 38,00

    19-Cincia e Tecnologia 59.992,00 44.500,00 74,18

    23-Comrcio e Servios 21.584.512,41 10.266.193,91 47,56

    26-Transporte 8.012.000,00 - -

    5,26

    6,91

    13,14

    9,60

    8,15

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    12,00

    14,00

    16,00

    18,00

    20,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia GRANFPOLIS Mdia dos Municpios

    1151

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 43

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

    27-Desporto e Lazer 19.880.136,16 5.268.103,77 26,50

    28-Encargos Especiais 36.893.009,02 30.003.252,78 81,33

    99-Reserva de Contingncia 19.299.634,00 - -

    TOTAL DA DESPESA 1.711.919.229,81 1.123.255.618,22 65,61

    Fontes: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano

    Geral consolidado.

    A anlise entre despesa autorizada e executada configura-se

    importante quando se tem como objetivo subsidiar o parecer prvio, permitindo

    identificar quais funes foram priorizadas ou contingenciadas em relao

    deliberao legislativa no tocante ao oramento municipal.

    O grfico seguinte demonstra o cotejamento entre as despesas

    autorizadas e executadas segundo as funes de governo. Trata-se de uma

    representao grfica do Quadro anterior.

    Grfico 09 Despesa Oramentria por Funo de Governo Autorizada x Executada: 2012

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    A evoluo das despesas executadas por funo de governo est

    demonstrada no quadro a seguir:

    Quadro 07 Evoluo das Despesas Executadas por Funo de Governo (em Reais): 2008 2012

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    2008 2009 2010 2011 2012

    01-Legislativa 26.548.464,37 30.920.835,81 29.521.432,19 34.643.390,94 37.610.115,09

    02-Judiciria 6.944.216,82 16.253.751,98 5.921.921,92 7.409.673,18 7.066.173,99

    90,7699,9373,4078,2881,4991,9491,0135,5079,6233,3228,612,9576,8338,0074,1847,560,0026,5081,33

    0,00 200.000.000,00 400.000.000,00

    01-Legislativa02-Judiciria

    04-Administrao06-Segurana Pblica08-Assistncia Social

    09-Previdncia Social10-Sade

    11-Trabalho12-Educao

    13-Cultura15-Urbanismo16-Habitao

    17-Saneamento18-Gesto Ambiental

    19-Cincia e Tecnologia23-Comrcio e Servios

    26-Transporte27-Desporto e Lazer

    28-Encargos Especiais99-Reserva de Contingncia

    AUTORIZAO

    EXECUO

    1152

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 44

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    2008 2009 2010 2011 2012

    04-Administrao 121.882.130,30 128.999.147,77 129.547.324,94 139.446.085,70 138.964.141,53

    05-Defesa Nacional 4.490,00 - - - -

    06-Segurana Pblica 9.083.567,06 9.119.552,55 32.906.608,40 35.704.954,98 41.546.842,73

    07-Relaes Exteriores 93,53 - - - -

    08-Assistncia Social 23.163.034,46 26.063.801,68 21.921.362,41 26.267.356,00 33.082.667,14

    09-Previdncia Social 38.757.600,05 47.309.376,28 58.621.477,81 67.137.142,15 79.750.924,38

    10-Sade 122.859.930,09 151.994.358,82 178.371.218,33 204.023.378,50 226.750.278,13

    11-Trabalho 6.612.624,09 8.954.444,78 8.332.544,53 9.227.336,81 14.841.332,64

    12-Educao 146.284.075,31 174.843.236,09 197.696.215,41 221.109.314,85 240.561.665,80

    13-Cultura 11.233.851,21 21.553.066,67 6.334.733,42 6.920.111,67 8.486.242,83

    15-Urbanismo 112.276.790,06 116.904.659,57 77.427.168,48 71.515.703,38 98.974.135,45

    16-Habitao 8.322.070,24 8.618.536,60 1.448.459,82 580.865,09 292.810,49

    17-Saneamento 21.674.174,97 21.763.623,98 103.453.639,68 108.876.162,06 135.787.083,06

    18-Gesto Ambiental 3.310.654,91 6.800.265,00 11.306.773,93 12.845.338,30 13.959.154,50

    19-Cincia e Tecnologia - - 125.170,00 86.565,65 44.500,00

    23-Comrcio e Servios 3.757.188,79 6.302.036,84 10.378.745,11 14.658.025,39 10.266.193,91

    26-Transporte 12.025,70 - 147.727,60 31.370,49 -

    27-Desporto e Lazer 4.373.434,64 5.021.079,79 5.114.956,52 4.939.359,83 5.268.103,77

    28-Encargos Especiais 19.342.340,29 14.946.658,90 15.214.856,40 19.014.409,30 30.003.252,78

    TOTAL DA DESPESA REALIZADA 686.442.756,89 796.368.433,11 893.792.336,90 984.436.544,27 1.123.255.618,22

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    No quadro a seguir, demonstra-se a apurao das receitas decorrente

    de impostos, informao utilizada no clculo dos limites com sade e educao.

    Quadro 08 Apurao da Receita com Impostos: 2012

    RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

    Valor (R$) %

    Imposto Predial e Territorial Urbano 104.103.382,66 19,34

    Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza 171.331.665,36 31,82

    Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza 40.353.730,11 7,50

    Imposto s/Transmisso Inter vivos de Bens Imveis e Direitos Reais sobre Bens Imveis

    55.734.918,00 10,35

    Cota-Parte do IPVA 59.887.248,21 11,12

    Cota-Parte do IPI sobre Exportao 1.905.574,00 0,35

    Cota-Parte do FPM 91.044.433,93 16,91

    Cota do ITR 21.066,40 0,00

    Transferncias Financeiras do ICMS - Desonerao L.C. n 87/96 608.520,70 0,11

    Receita de Dvida Ativa Proveniente de Impostos 12.029.733,81 2,23

    1153

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 45

    RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

    Valor (R$) %

    Receita de Multas e Juros provenientes de impostos, inclusive da dvida ativa decorrente de impostos

    1.347.964,71 0,25

    TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS 538.368.237,89 100,00

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    O ingresso de recursos provenientes de impostos tem importncia na

    gesto oramentria municipal, eis que serve como denominador dos

    percentuais mnimos de aplicao em sade e educao.

    Da mesma forma, o total da Receita Corrente Lquida (RCL),

    demonstrado no quadro seguinte, serve como parmetro para o clculo dos

    percentuais mximos das despesas de pessoal estabelecidos na Lei de

    Responsabilidade Fiscal.

    Quadro 09 Apurao da Receita Corrente Lquida: 2012

    DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LQUIDA DO MUNICPIO Valor (R$)

    Receitas Correntes Arrecadadas 1.044.055.168,70

    (-) Deduo das receitas para formao do FUNDEB 53.296.472,79

    (-) Compensao entre Regimes de Previdncia 612.000,12

    (-) Contribuio dos Servidores ao Regime Prprio de Previdncia e/ou Assistncia

    34.995.281,17

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 955.151.414,62

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA

    A anlise compreendida neste captulo consiste em demonstrar a

    situao patrimonial existente ao final do exerccio, em contraposio situao

    existente no final do exerccio anterior; discriminando especificamente a variao

    da situao financeira do Municpio e sua capacidade de pagamento de curto

    prazo.

    1154

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Florianpolis exerccio de 2012 - Reinstruo 46

    4.1. Situao Patrimonial

    A situao patrimonial do Municpio est assim demonstrada:

    Quadro 10 Balano Patrimonial do Municpio de Florianpolis (em Reais): 2011 2012

    ATIVO 2011 2012

    PASSIVO 2011 2012

    Financeiro 177.116.764,57 196.536.502,78

    Disponvel 173.329.193,80 185.477.033,95

    Bancos Conta Movimento 36.595.929,15 19.912.573,08

    Bancos Conta Vinculada 1.563.192,44 3.350.239,67

    Aplicaes Financeiras de Recursos Prprios

    76.835.561,59 40.301.198,06

    Aplicaes Financeiras de Recursos Vinculados

    58.334.510,62 121.913.023,14

    Realizvel 3