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refrescos em pó AVANÇAm • gereNciAmeNto logístico em trANsportes www.embalagemmarca.com.br Ano I • Nº 6 • Novembro 1999 • R$ 5,00

Revista EmbalagemMarca 006 - Novembro 1999

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Edição de novembro de 1999 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.comSiga-nos também no Twitter: http://twitter.com/EmbalagemMarcaEsta edição está incompleta, sem alguns anúncios e algumas matérias, pois foi recuperada de um arquivo muito antigo. Ainda assim é possível a maioria das reportagens.

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 006 - Novembro 1999

refrescos em pó AVANÇAm • gereNciAmeNto logístico em trANsportes

www.embalagemmarca.com.br

Ano I • Nº 6 • Novembro 1999 • R$ 5,00

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en tro de nos sa de ter­mi na ção de ser uma re vis ta que efe ti va­

men te pres ta ser vi ços e ser­ve de apoio para o tra ba lho dos pro fis sio nais en vol vi­dos com o uni ver so da em ba la gem, te mos duas boas no vi da des a anun ciar. Nos sa pró xi ma edi ção, que abran ge rá os me ses de de zem bro des te ano e de ja nei ro de 2000, será um pou co di fe ren te das edi ções de to dos os me ses.Além da co ber tu ra nor mal de te mas re le van tes para o se tor, Em ba la gEm mar ca nº 7 terá uma par te de pre vi­sões e ex pec ta ti vas para o ano 2000. Para isso, es tão sen do en tre vis ta dos pro fis­sio nais de di fe ren tes seg­men tos, para que fa çam

prog nós ti cos, apon tem ca mi nhos, dêem di cas que pos sam aju dar no dia­a­dia do tra ba lho. Nos sa ex pec­ta ti va é de que essa edi ção ve nha a ofe re cer ao mes mo tem po lei tu ra agra dá vel, útil e ins ti gan te.Jun to com a edi ção du pla de Em ba la gEm mar ca cir­cu la rá um Do cu men to Es pe cial, com a co ber tu ra com ple ta de três even tos ofi cial men te apoia dos pela re vis ta. São eles: I Se mi ná­rio do De sign de Em ba la­gem: O Mer ca do e sua Ten­dên cia para o Ano 2000, pro mo vi do em Por to Ale­gre pela As so cia ção dos Pro fis sio nais em De sign do Rio Gran de do Sul; Pack De sign Show, em São Pau­lo, com apoio do Co mi tê de

De sign da Abre – As so cia­ção Bra si lei ra de Em ba la­gem; e, em Belo Ho ri zon te, I Se mi ná rio Re gio nal de De sign, Mar ke ting e Lo gís­ti ca de Em ba la gem, pro mo­vi do pelo Ibra log – Ins ti tu to Bra si lei ro de Lo gís ti ca. Será mais um do cu men to para guar dar e con sul tar.Em de zem bro, o se tor de lo gís ti ca será, como nes ta edi ção, ob je to de re por ta­gem de fô le go. En quan to de zem bro não che ga, esta edi ção ofe re ce um con jun to de re por ta gens que, es pe ra­mos, ser vi rão de sub sí dios a quem tra ba lha com em ba­la gens nas mais di fe ren tes áreas. Até lá.

Para ajudar no trabalhoCarta do editor

Wilson Palhares

D

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Redação: Rua Arcílio Martins, 53Chácara Santo Antonio

CEP 04718-040São Paulo, SP

Fax: (011) 5181-6533E-mail:

[email protected]

As men sa gens re ce bi das por car ta, e-mail ou fax po de rão ter tre chos não es sen ciais eli mi na dos, em fun ção do es pa ço dis po ní vel, de modo a dar o maior nú me ro pos sí vel de opor tu ni da-des aos lei to res. As men sa gens po de-rão tam bém ser in se ri das na home page de Em ba la gem Mar ca

Mensagens para eMbalageMMarca

Espaço aberto

4 – embalagemmarca • nov 99

Gos ta ria de pa ra be ni zá-los pela re por ta gem so bre ca fés (Em ba la­gEm mar ca nº 5). Para nós, a ten-dên cia de cres ci men to dos ca fés a vá cuo é mui to im por tan te, e mais uma vez vo cês, com pre ci são de in for ma ção, nos mos tra ram qual ca mi nho se guir.

Mi rel la Lan cel lot ti Del Prio reAna lis ta de mer ca do

Al can Alu mí nio do Bra sil São Pau lo – SP

A liga de chum bo-es ta nho, re fe-ri da na nota “Liga na Jus ti ça”, pu bli ca da em sua edi ção de ou tu bro úl ti mo, dei xou de ser em pre ga da nas la tas de aço na dé ca da de 60. A lei 9832 ou a no tí cia pu bli ca da por V. Sa. che gam, por tan to, com quarenta anos de atra so. Os pro ces-sos de fe cha men to la te ral em pre ga-dos pela in dús tria, há vá rias dé ca-das, são a agra fa gem (do bras pren-sa das) e a sol da ele trô ni ca.

Élio Ce pol li naCoor de na dor do Pro la ta

São Pau lo – SP

A no tí cia re fe re-se à apro va ção e à pro mul ga ção da lei, ocor ri das em ape nas dois dias (14 e 15) de se tem bro úl ti mo. A no tí cia foi dada em Em ba la gem mar ca em ou tu bro. Por tan to, é atua lís si ma. O que va mos ten tar apu rar é por que os Poderes Le gis la ti vo e Exe-cu ti vo, com tantos problemas para resolver, somente agora se preo cu pa ram em re gu la men tar uma si tua ção que, se gun do afir-ma o sr. Ce pol li na, ine xis te há qua tro dé ca das.

Gos tei mui to da re por ta gem so bre café (Em ba la gEm mar ca nº 5) e gos ta ria de acres cen tar que exis tem má qui nas para vá cuo se mi-au to má ti cas e ma nuais que tra ba-lham com sa cos pré-for ma ta dos. Além dis so, a vál vu la usa da pelo Café União 1kg é des ga sei fi ca do ra, pois os ga ses fluem ape nas de den-tro para fora da em ba la gem. Exis-tem vál vu las que são ape nas aro má-ti cas e não im pe dem o flu xo de ga ses de fora para den tro, o que pode con ta mi nar o café.

Ro ber to Ran gel Bar bo zaSó cio-ge ren te

Ran gel In dús tria e Co mér cio LtdaSão Pau lo – SP

Fi quei bas tan te im pres sio na do com a qua li da de das in for ma ções que Em ba la gEm mar ca nos trou-xe. Gos ta ria de pa ra be ni zá-los.

Luiz Car los Ba tis taGe ren te Co mer cial

CMF Co m. e Re pr. LtdaSão Pau lo – SP

Pa ra béns pelo belo tra ba lho. O mer ca do está ávi do de no vas fon tes de in for ma ção e vo cês es tão preen-chen do bem este es pa ço.

José An to nio Cor ral DiasTe lex pel In dus trial Ltda

Fran co da Ro cha – SP

Gostaria de parabenizá-los pelo alto padrão de EmbalagEmmarca.

Elizangela MartinsDepartamento de Marketing

Oscar Flues São Pau lo – SP

Elo giar a ini cia ti va, o con teú do e a for ma grá fi ca de Em ba la gEm­mar ca se ria re pe ti ti vo. Pa ra béns e mui to su ces so.

El son Levy Cic co liDi jan ga Bel Aro me

Pau lis ta – PE

É com pra zer que en tro em con-ta to para co mu ni car a ale gria de fo lhear uma re vis ta que dê im por-tân cia ao mer ca do do de sign e pu bli ci da de na área de em ba la gem. Pre ci sa mos di vul gar esta re vis ta

para que to dos sai bam o va lor dos pro fis sio nais en vol vi dos na arte da em ba la gem.

Flá vio Lou rei roMis tu ra Vi sual

Rio de Ja nei ro – RJ

Fi quei mui to en tu sias ma do após ler e fo lhear a edi ção de ou tu bro da re vis ta Em ba la gEm mar ca. As ma té rias são mui to bem fei tas, as sim como a dia gra ma ção. Pa ra béns. Sei como são eco nô mi cos, des ne ces sa-ria men te, os elo gios, mas ser vem como in cen ti vo e mo ti va ção.

Ra fael Va re laEdi tor

Re vis ta Su pe rHi perSão Pau lo – SP

Gos ta ria de pa ra be ni zá-los pela ex ce len te pu bli ca ção. Em ba la gEm­mar ca é uma re vis ta iné di ta no se tor de em ba la gens e me agra dou mui to.

Ana Pau la Tur coCoor de na do ra de de sign

A:R/Yem ni De sig nersSão Pau lo – SP

Pa ra be ni zo Em ba la gEm mar ca pela sua ex ce len te qua li da de. É uma re vis ta ino va do ra, pos sui boa dia gra ma ção e boas ilus tra ções. Vo cês acer ta ram em cheio preen-chen do este es pa ço edi to rial.

José Flá vio Bar nar di de Sou zaGe ren te de con tro le de qua li da de

Lin do ya Ve rãoLin dóia – SP

Page 4: Revista EmbalagemMarca 006 - Novembro 1999

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10

novembro de 1999

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22ENTREVISTA:GABRIEL CHERUBINIVice-presidente da Yoki, eleito “Homem de Vendas do Ano” pela Apas em novembro

REFRESCOSSucos em pó avançam sobre mercado de refrigerantes

MERCADOÁgua mineral, umsegmento que cresce cada vez mais agitado por novidades

DESIGNEmbalagens mais elaboradas para “faça-você-mesmo”

CAPA

Rótulos, informativos e vendedores, mostram-se uma mídia barata e efi-ciente

LOGÍSTICAGerenciamento logístico cresce no setor de transportes. Na página 32, uma solução para cargas poluentes.

EQUIPAMENTOSAs novidades apresentadas durante a Pack Expo, realizada em Las Vegas, nos Estados Unidos

CARtA do EditoR ......................... 3

ESPAÇo ABERto ........................... 4

MAtERiAiS .................................... 20

REGioNALiZAÇÃo ....................... 38

CASE ............................................. 41

diSPLAY ........................................ 42

EVENtoS ...................................... 49

CoMo ENCoNtRAR .................... 49

ALMANAQUE................................. 50

E MAIS

foto dE CAPA: ANdRé GodoY

Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

flávio Palhares, Guilherme Kamio,

Leandro Haberli,thays freitas

ColaboradoresAdélia Borges, fernando Barros,

Josué Machado, Liliam Benzi, Luiz Antonio Maciel, Maria Clara de Maio

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

AdministraçãoMarcos f. Palhares (diretor)

Eunice fruet (financeiro)

Departamento [email protected]é Carlos Pinheiro, Sílvia Sala,

Wagner ferreira

Circulação e [email protected]

Cesar torres

Público-AlvoEm ba la gEm mar ca é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos téc ni cos, de di re ção, ge rên cia e su per vi são em em pre sas for ne ce do ras, con-ver te do ras e usuá rias de em ba la gens para alimentos, be bi das, cos mé ti cos, me di ca men-tos, ma te riais de lim pe za e home ser vi ce, bem como pres ta do res de ser vi ços re la cio na dos com a ca deia de em ba la gem. A re vis ta é dis-tri buí da gra tui ta men te a ór gãos go ver na men-tais, uni ver si da des, cen tros de pes qui sa, as so-cia ções, im pren sa e agên cias de propaganda.

FotolitoNovo fotolito

ImpressãoNovo fotolito Editora Gráfica

Tiragem6 000 exemplares

EmbalagEmmarca é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.

Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

www.embalagemmarca.com.br

o con teú do edi to rial de Em ba la gEm mar ca é res guar da do por di rei tos au to rais. Não é per-mi ti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. opi niões ex pres-sas em ma té rias as si na das não re fle tem ne ces sa ria man te a opi nião da re vis ta.

Page 5: Revista EmbalagemMarca 006 - Novembro 1999

Yoki Ali men tos S/A tem uma uma his tó ria in te res­san te, dos pon tos de vis ta de es tra té gia em pre sa rial, de mar cas e de uso ade­qua do e opor tu no de

em ba la gens. Na ver da de, a tra je tó­ria da em pre sa mos tra que a onda de aqui si ções de em preendimentos na cio nais pelo capital estrangeiro é um ca mi nho que pode ter va rian­tes.A em pre sa foi fun da da em 1960 com o nome de Ki ta no, por Yos hi zo Ki ta no, que per ce beu no ad ven to dos su per mer ca dos no Bra sil a opor­tu ni da de de ven der em pa co ta dos pro du tos ha bi tual men te ven di dos a gra nel, como as es pe cia rias da qual a mar ca se tor na ria sím bo lo. Per ce­

bendo que o me lhor ven de dor para seus pro du tos se ria a em ba la gem, Ki ta no lan çou os pro du tos em sa chês de po lie ti le no, com mar ca, muito atraen tes para a épo ca. Em três dé ca das a Ki ta no se tor nou lí der de mer ca do em chás e es pe cia rias – e atraiu o in te res se das mul ti na cio­nais. Em 1990 a Re fi na ções de Mi lho Bra sil com prou a mar ca e as li nhas de pro du tos, exceto fa ri ná­ceos e grãos. Com es sas duas li nhas, seis me ses de pois, ca pi ta li za da e com o nome de Yoki, a em pre sa re co me çou pra ti ca men te do zero. Após sete anos a RMB con cluiu que a li nha de pro du tos da Ki ta no não se en qua dra va no foco cen tral de seu ne gó cio e revendeu­a à Yoki.Nes ta en tre vis ta, o vice­pre si den te da em pre sa, Ga briel João Che ru bi ni, re ve la in te res san tes as pec tos da es tra­té gia da em pre sa e de sua re la ção com mar cas e em ba la gens. Em suas res­postas, embora não toque no assunto, está explicado por que, neste mês de novembro, ele foi eleito Homem de Vendas do Ano pela Associação Paulista de Supermercados (Apas).

Como foi o iní cio da tra je tó ria da Yoki, o re co me ço a par tir do zero?A li nha de es pe cia rias, chás e so bre­me sas ti nha pas sa do para a RMB. Nós fi ca mos com o osso – os fa ri ná­ceos e os ce reais. O que ti nha de bom, com va lor agre ga do, a RMB le vou. E le vou o co ra ção da em pre sa, que era a mar ca. Fi ca mos pe ran te o de sa fio de fa zer uma nova mar ca, con ti nuar com a ope ra ção ou fe char. De ci di mos con ti nuar e ca pi ta li zar ao má xi mo o que ti nha de re si dual de Ki ta no, lí der no seg men to.

O que foi fei to?Primeiro, mantivemos as co res da mar ca. Eram ama re lo e ver me lho. Acres cen ta mos ver de, para dar uma

Como se tempera o sucesso

AGabriel Cherubini, da Yoki alimentos, conta como a empresa tornou-se líder com o uso adequado da embalagem e recomeçou do zero depois de ter sua melhor linha de produtos, a Kitano, comprada por uma multinacional

ENTREVISTA

6 – embalagemmarca • nov 99

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Page 6: Revista EmbalagemMarca 006 - Novembro 1999

di fe ren cia da. Depois, pen sa mos: “Va mos ter uma mar ca ja po ne sa, por que se bo tar uma mar ca tupi­gua ra ni ou por tu gue sa ou in gle sa, vai des fi gu rar to tal men te”. Ti nha de ser uma mar ca ja po ne sa. E en con tra mos Yoki, pri mei ras le tras do nome e do so bre no me do fun da­dor da em pre sa, Yos hi zo Ki ta no. Foi uma fe liz coin ci dên cia, pois em ja po nês a pa la vra yoki tem uma co no ta ção su perpo si ti va. Sig ni fi ca es pe ran ça, boa sor te, bons flui dos.

Como foi criada a marca?Foi uma de ci são nos sa, re sul ta do de uma pes qui sa in ter na.

Qual foi a es tra té gia para con so li­dar a marca e tor ná­la co nhe ci da pe los con su mi do res?Nos sa de ci são es tra té gi ca foi agre­gar va lor aos pro du tos que tí nha­mos. Pre ci sá va mos sair do que tí nha mos e par tir para pro du tos que a con su mi do ra que ria, con ve nien­tes, prá ti cos, de fá cil uso e com uma re la ção cus to­be ne fí cio in te res san­te. Para isso pre ci sá va mos lan çar no vos pro du tos, agre gar va lor ao que tí nha mos. Em vez de mi lho, pi po ca para mi croon das; em vez de fubá, po len ta. Com a di ver si fi ca ção dos vin te pro du tos ori gi nais, a Yoki pas sou a co mer cia li zar mais de 100 itens, se con si de rar mos uma mé dia de seis lan ça men tos por ano e as va ria ções de sa bor de cada pro du to.

A de ci são, mais uma vez, foi in ter­na, sem apoio de con sul to rias?Foi re sul ta do de pro fis sio na lis mo, de fa mi lia ri da de com o mer ca do. Ti nha ex pe riên cia an te rior em em pre sas de pro du tos de con su mo de mas sa, como a Gessy Le ver. For ma mos um time de mar ke ting, não foi coi sa chu ta da.

Qual o primeiro lan ça men to?Foi uma pi po qui nha com sa bor. Era uma cai xi nha de pa pel­car tão com qua tro sa bo res. Fi ze mos pes qui sa

com do nas­de­casa. A coi sa mais im por tan te do que so brou de pois da venda da Ki ta no era a pi po ca. Ela foi a gran de ala van ca.

Por que pi po ca?Para cum prir a de ci são de agre gar va lor, pro cu ra mos co nhe cer o que po de ria ser fei to. Pri mei ro pro cu ra­mos sa ber, no mer ca do in ter no, o que a con su mi do ra que ria. Como ela fa zia pi po ca? Fi ze mos uma pes­

qui sa qua li ta ti va, em pro fun di da de, e fo mos ver que ela fa zia pi po ca com ba con,com pe da ços de pro vo­lo ne, com açú car, com mo lho Fon­dor para car nes, da Nes tlé. A con su­mi do ra bra si lei ra é cria ti va, ela usa a pi po ca, não se li mi ta a co lo car sal. O sa bor da pi po ca em si já é gos to­so, e a pi po ca com sal é a que mais se con so me. Mas, com base no que vi mos, decidimos va riar. Co me ça­mos a lan çar produtos para atendê­la, e foi um su ces so.

O se nhor dis se que co nhe cer os há bi tos de con su mo de pi po ca no Bra sil foi a pri mei ra ini cia ti va. O que veio de pois?Fo mos ver como era o mer ca do lá fora, prin ci pal men te o ame ri ca no, que é o maior mer ca do de pi po ca

do mun do, com um con su mo anual de 153 000 to ne la das. O Bra sil, se gun do co lo ca do, con so me 70 000 to ne la das por ano. Vi mos que nos Es ta dos Uni dos o maior mer ca do de pi po cas era para mi croon das, não o mer ca do de fri tu ra. Aqui, as ven das de for nos de mi croon das vi nham cres cen do. En tão, gra da ti­va men te, fo mos lan çan do pi po cas para mi croon das. A li nha com ple ta hoje tem nove sa bo res. Yoki hoje é si nô ni mo de pi po ca.

Um saco para es tou rar pi po ca é um pro du to com ple xo. O se nhor acha que o ní vel de qua li da de e os cus tos das em ba la gens bra si lei ras fa ci li tam ou di fi cul tam a ex pan são da em pre sa e do mer ca do?Na em pre sa te mos uma in te gra ção ver ti cal de em ba la gens. Nos sas em ba la gens de po lie ti le no, por exem plo, são fa bri ca das por nós. Pro du zi mos tam bém as em ba la­gens para mi croon das, que têm pa pel es pe cial para não sair a gor­du ra e um dis po si ti vo in ter no, um po liés ter lo ca li za do que con cen tra as on das do mi croon das na par te de bai xo do saco, para dar o ca lor ne ces sá rio ao es tou ro do grão.

Im pli ci ta men te, o se nhor está res­pon den do que a qua li da de das em ba la gens brasileiras não é boa?Não. O Bra sil me lho rou mui to em em ba la gens nos úl ti mos anos. É que a vo ca ção da em pre sa é de ver­ti ca li za ção. Se dá para fa zer em ba­la gem aqui, nós fa ze mos.

Exis te a pos si bi li da de de apli car em ba la gem para microondas em ou tros pro du tos?Lá fora exis tem ex pe riên cias com ba ta tas fri tas, com ca chor ro quen te. O sis te ma cha ma­se Sus cep tor. É um po liés ter, se não me en ga no foi a Rho dia que de sen vol veu. Há ten­ta ti vas com ou tros pro du tos, como bo los, mas ne nhum tem ain da o su ces so que tem a pi po ca.

A consumido-

ra brasileira é cri-

ativa. Ela usa a

pipoca, não se

limita a colocar

sal. Com base

nisso, decidimos

variar, lançando

produtos para

atendê-la. Foi

um sucesso

nov 99 • embalagemmarca – 7

Page 7: Revista EmbalagemMarca 006 - Novembro 1999

Como foi re lan çada a Ki ta no?Um ano após a aqui si ção, re lan­ça mos a mar ca au men tan do a linha de produtos de onze para 46. Au men ta mos a li nha eco nô­mi ca de onze para 25 itens e dei­xa mos a li nha de im por ta dos. Conseguimos um pa drão de qua­li da de e ver sa ti li da de, gra ças ao PET, à tam pa flip top. Va lo ri­zamos bas tan te os fras cos com ró tu los hot­stam ping, co res di fe­ren tes para cada tipo de seg men­

to. Pi men ta é mar rom, tem pe ro é azul, es pe cia rias são bor dô, er vas são ver de. Fa ci li ta para a dona de casa. Com ple men tan do a li nha Ki ta no, lan ça mos mo lhos em vi dro e a li nha Mais Sa bor, para dar sa bor aos alimentos.

A mar ca Ki ta no foi re de se nha da?Mu dou al gu ma coi sa no lo go ti po. Acres cen ta mos a fra se Um Tem pe­ro do Bra sil, para di zer que faze mos o que o con su mi dor bra si lei ro gos­ta, não tem pe ro para car ne de ame­ri ca no, que é di fe ren te do nosso.

Yoki po de rá vir a ser uti li za da como guar da­chu va de Ki ta no?Yoki é mar ca um brel la de uma sé rie de pro du tos, de ri va dos de man dio­

Exis tem pro du tos da em pre sa em ou tros ti pos de em ba la gem, como fras cos de PET. Tam bém são pro­du zi dos in ter na men te?Sim, com pra mos uma má qui na ex tru so ra que faz esse fras co. A tam pa flip­top é for ne ci da por um ter cei ro. As em ba la gens fle xí veis tam bém são fei tas in ter na men te.

Tudo é fei to in ter na men te?Não. No caso das pa ço qui nhas e dos pés­de­mo le que, da li nha Tra di­ção Bra si lei ra, re cor re mos ao Vi tor Zau be ras, da Zau be ras e As so cia­dos, que eu con si de ro um dos maio­res ho mens de em ba la gens do Bra­sil. Agre ga mos va lor a pro du tos cuja qua li da de era vis ta com cer ta res tri ção pelo con su mi dor, por que não eram acon di cio na dos um a um. Os nos sos vão numa cai xa, com uma aber tu ra para dar vi si bi li da de e um fil me trans pa ren te pro te tor por fora. Den tro da cai xa, um flow pack de po li pro pi le no en vol ve os do ces um a um, como bom bons.

Em 1997, a Yoki re com prou a Ki ta­no. De quem foi a ini cia ti va?Dois anos de pois da com pra, a RMB nos deu a dis tri bui ção para o Es ta do de São Pau lo. Isso nos aproximou mui to. Depois, a RMB con cluiu que aque la li nha de pro du­tos não era seu pon to fo cal, seu core bu si ness. É uma ope ra ção que exi ge mui ta es pe cia li da de, mui ta de di ca­ção no pon to­de­ven da, mui ta fle xi­bi li da de de pro du ção. São quan ti da­des pe que nas e muita va rie da de. A RMB é uma com pa nhia de al tos nú me ros, de gran des vo lu mes. Sua es tru tu ra de ven das não cabe numa coi sa des sas.

A dis tri bui ção é com pli ca da?É uma dis tri bui ção pulverizada, mui to tra ba lho sa no pon to­de­ven­da. O tem po de um pro fis sio nal da RMB para fa zer esse tra ba lho é mui to caro em re la ção ao nos so, que é ter cei ri za do.

ca, de ri va dos de mi lho, de ri va dos do tri go, so bre me sas. Para ou tras li nhas te mos ou tras mar cas. Mais Vita é uma li nha es pe cial para o con su mi dor que quer pro du tos na tu­rais, preo cu pa do em ter uma vida sau dá vel, com co mi da in te gral. Não co lo ca mos Yoki por que esse con su­mi dor não vê na mar ca um pro du to as sim, mas in dus tria li za do. Torí, que em ja po nês sig ni fi ca pás sa ro, é uma li nha de ali men tos para pás sa ros.

Os pro du tos Yoki, so bre tu do pão de quei jo, são ex por ta dos para co mu­ni da des bra si lei ras no Ja pão e nos EUA. As em ba la gens e os ró tu los são adap ta dos?Como o vo lu me não é gran de, vão eti que tas, como acon te ce com pro­du tos que são ex por ta dos para cá. À me di da que au men tar mos o vo lu me de ex por ta ções, fa re mos em ba la­gens em in glês ou em es pa nhol.

Qual é a es tra té gia da em pre sa para con so li dar as mar cas? Pro pa­gan da, pro mo ção, em ba la gem?Em pri mei ro lu gar, é tra ba lhar mui to bem o pon to­de­ven da, com em ba­la gens cada vez mais so fis ti ca das e atraen tes ao con su mi dor, que su por­tem o con teú do. De pois, pro pa gan­da em re vis tas femininas e al gu ma coi sa em te le vi são, com pro du tos de mas sa, e mer chan di sing.

As mar cas da Yoki são re co nhe ci­das fora do Bra sil como mar cas bra si lei ras de qua li da de em ou tros mer ca dos? Acho que ain da não. São re co nhe ci­das no Bra sil.

A Yoki tem pla nos de con quis tar ou tros pú bli cos além de bra si lei ros no ex te rior? Com que linhas?Estamos em Por tu gal e na Itá lia. Vamos mais com Yoki, por que a Ki ta no com pe tir lá fora com con di­men tos é com pli ca do. Eles tam bém fa zem seus blends de acor do com sua cu li ná ria, sua a cul tu ra.

Nossa estratégia

é trabalhar bem o

ponto-de-venda, com

embalagens cada vez

mais sofisticadas e

atraentes, que supor-

tem o conteúdo.

Depois, propaganda

em revistas, alguma

coisa em televisão e

merchandising

8 – embalagemmarca • nov 99

Page 8: Revista EmbalagemMarca 006 - Novembro 1999

Guilherme Kamio

REFRESCOS

10 – embalagemmarca • nov 99

a Guerra do

a fila do cai xa do su per mer ca do, o ho mem se dá con ta de que es que ceu o re fri­ge ran te de que seus

fi lhos tan to gos tam. Vol ta para a se ção de be bi das e apa nha um shrink com seis gar ra fas de uma fa mo sa mar ca. Per ce be en tão que não tem di nhei ro su fi cien te para o “re fri”. Na gôn do la com inú me ras mar cas de re fres cos em pó está a so lu ção: com um en ve lo pe, por um quin to do que pa ga ria se com­pras se re fri ge ran te lí qui do, ele ob tém 4,5 li tros de re fres co. O jan tar da fa mí lia já não será re ga­do sim ples men te a água.

A si tua ção aci ma, já cor ri quei­

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ypó

nIm pul sio na dos pelo aces so a em ba la gens ba ra tas masde qua li da de, re fri ge ran tes so lú veis to mam es pa ço dos lí qui dos, e mar cas re gio nais ca ni ba li zam as gran des

ra, é tudo o que a in dús tria de re fri ge ran tes não quer ver pro li fe­rar. So bre tu do os gran des fa bri­can tes se es for çam para con ter o ím pe to de um seg men to do mer­ca do de be bi das não­al coó li cas que evo luiu sen si vel men te nos úl ti mos anos – o de re fres cos em pó, que cres ceu 18% e mo vi men­tou 480 mi lhões de dó la res em 1998. Os re fri ge ran tes lí qui dos ain da li de ram: no ano pas sa do, se gun do da dos Niel sen, fi ca ram com 72% das ven das no seg men­to. To da via, os 14% já con se gui­dos pe los so lú veis re pre sen tam mui to num mer ca do em que os de mais con cor ren tes suam para pas sar dos 5%.

Os gran des fa bri can tes se en tu­sias mam com o boom, mas já co me çam a se preo cu par com o avan ço de mar cas pe que nas. Como ocor reu na área dos soft drinks, mar cas des co nhe ci das de re fres cos em pó abo ca nham gor­das fa tias de mer ca dos re gio nais. O re sul ta do foi a am plia ção do mer ca do, em cujo cres ci men to as em pre sas do seg men to con ti nuam a apos tar, por vá rias ra zões.

Pri mei ro, o de sem pe nho do real fa vo re ceu du pla men te o seg­men to. De um lado, ao pro mo ver a es ta bi li da de eco nô mi ca e o au men to do po der aqui si ti vo da po pu la ção mais po bre, pos si bi li­tou a am plas par ce las de con su­

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são ata ca das pe las me no­res ao mes mo tem po em que as se diam os fa bri can­tes de re fri ge ran tes lí qui­dos. É, em resumo, o “efei to tu baí na” general­izado na área das não­al coó li cas.As se dia dos nos úl ti mos anos por pro du tos con cor ren tes mais ba ra­tos, gran des fa bri can tes de re fri ge­ran tes re du zi ram pre ços, atin gin do prin ci pal men te as in dús trias me no­res, que têm me nos ca pa ci da de de rea ção. Mas isso não aba lou o âni­mo de quem tra ba lha com a ca te go­

ria dos re fres cos em pó. Pelo con trá rio. Con tra­ata ques, na for ma de lan ça men tos e re po­si cio na men to de pro du tos, são a tô ni ca na guer ra das gôn do las, na qual pre va le ce o con cei to de que não bas ta ser lí der no seg men to. É pre ci so au men tar o raio de ação e as ven das. Por isso, na dis pu ta pelo “sha re de es tô ma go” do con su mi dor, as em pre sas re for çam cada vez mais a ima gem de seus pro du tos.

De ten to ra de 56% do mer ca do bra si lei ro, a KLSB

mi do res o aces so a pro du tos ex te­rio res à ces ta bá si ca. De ou tro, com a re ces são, in cen ti vou o down tra ding, com a mi gra ção de con su­mi do res de re fri ge ran tes lí qüi dos para os so lú veis.

Ou tro fa tor de oti mis mo é o po ten cial do mer ca do bra si lei ro. O con su mo de lí qui dos não­al cóo­li cos por dia no país está abai xo do ideal de 2 li tros pre co ni za do pela me di ci na. Se gun do o Niel­sen, a mé dia bra si lei ra, in cluin do água mi ne ral, é de 90 li tros/ano, ou 250ml diá rios. Vale di zer que há um imen so mer ca do a ga nhar. Esse po ten cial é es ti mu la do pela apro xi ma ção do ve rão, am plian do as ex pec ta ti vas dos fa bri can tes, que re for çam cam pa nhas pu bli ci­tá rias e lan ça men tos de pro du tos.

Um ter cei ro mo ti vo: como no caso das tu baí nas, no seg men to dos so lú veis a em ba la gem exer ce pa pel de ci si vo, tan to na pro li fe ra­ção de mar cas quan to na con quis­ta do con su mi dor. O aces so de em pre sas re gio nais a em ba la gens fle xí veis atraen tes, de boa qua li­da de, a fá cil dis tri bui ção em áreas li mi ta das e o pre ço bai xo con tri­buiram muito para am pliar o mer­ca do. A com pe ti ção se acir rou e, apa ren te men te, vai se in ten si fi car.

O pa no ra ma é de uma guer ra ge ne ra li za da, em que as mar cas con sa gra das de re fres cos em pó

– Kraft Lac ta Su chard Bra sil, di vi­são da Phi lip Mor ris, in ves te for­te men te em pro pa gan da e em de sign de em ba la gem, fa tor de ci­si vo para o êxi to das mar cas lí de­res Tang e Fresh de su cos ado ça­dos, dos sem açú car Q­Re fres­Ko e Ki­Suco e do die té ti co Clight.

Identidade própria

No iní cio do ano a KLSB re for mu­lou o vi sual do en ve lo pe do Fresh, para que ga nhas se iden ti da de pró­pria e maior im pac to no pon to­de­ven da. O de sign, as si na do pela Na ri ta As so cia dos, é mais ca sual que o do Tang e foi cons truí do ten­do em vis ta con su mi do res que de se jam um suco me nos en cor pa­do e de maior ren di men to.

Re cen te men te a em pre sa pro­mo veu cam pa nha para anun ciar que o Tang, há 21 anos no Bra sil, vem ago ra com pol pa de fru ta, em no vas em ba la gens, com a tra di cio nal di fe­

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Tang e Fresh, da Kraft Lacta Suchard do Brasil: liderança apoiada no design de embalagem

Frisco, da arisco: reformulação recen-

te

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ren cia ção de sa bo res pela cor, ino­va ção cuja pa ter ni da de é atri buí da à mar ca e re mon ta à dé ca da de 70. Cria do para ser o suco de si dra ta do dos as tro nau tas ame ri ca nos, o Tang se gue um pa drão mun dial de de sign e, por isso, está sem pre sen do adap­ta do às al te ra ções da ma triz ame ri­ca na, con ta Mar ce lo Luz e Sil va, ge ren te da ca te go ria de be bi das da em pre sa.

O calor é um forte aliado. As vendas do Clight, que de tém 83% do mer ca do de be bi das em pó die­té ti cas, cresceram 114% no ve rão pas sa do. Por sua vez, a Arcor, maior exportadora de balas do Mercosul, espera dobrar as ven­das neste verão em relação aos anos anteriores, segundo Sérgio Augusto Guzzo, gerente de mar­cas da empresa.

Idéia de frescor

Se gun da mar ca no ran king de ven das, com for te ape lo po pu lar, o Fris co, da Aris co, des de 1993 no mer ca do, tam bém pas sou re cen te men te por re for mu la ções na em ba la gem, que pre ce de ram mais in ves ti men tos em pu bli ci da­

de. “Procuramos destacar o re fres­co em pó como pro du to sau dá vel, na tu ral”, diz Re gia ne Eras to Bue­no, ge ren te de pro du to da mar ca. Ela con ta que, sen do im pos sí vel dis so ciar o pro du to de sua em ba­la gem, a Aris co acres cen tou fru­tas de si dra ta das à fór mu la e re de­se nhou o en ve lo pe, que mostra fotos das fru tas em clo se, para trans mi tir a idéia de fres cor. “Como não dá para ino var em ma te rial, ca pri cha mos no vi sual ”, diz Chris tian No viot, da M De sign, res pon sá vel pelo de se nho.

Ou tra em pre sa que apos ta na for ça da em ba la gem é a pa ra naen­se Nu tri men tal, fa bri can te do Nu tri nho, que tem for te pre sen ça no Sul e no Nor des te e ten ta con­quis tar mer ca dos em ou tras re giões. Car la Bre da Aich ner, res­pon sá vel pela mar ca, con ta que o pro du to, lan ça do há dez anos para o pú bli co in fan til, pas sou por di ver sas mu dan ças de em ba la­gem, a úl ti ma em 1997. O de sign, as si na do por Cris ti na Ko mat su, des ta ca o per so na gem em for ma de ca nu di nho pra ti can do es por tes ra di cais e su ge rin do uma vida sau dá vel.

Fugindo do lugar-comum

De ci di da men te, di fe ren ciar­se dos con cor ren tes pela em ba la gem pa re ce ser uma es tra té gia que ten­de a subs ti tuir de vez a prá ti ca de “se guir o lí der” sem res tri ções. De ten to ra ex clu si va do pro ces so de adi ção da pol pa de fru ta lio fi li­za da e de uma fa tia pró xi ma a 1% das ven das de re fres cos em pó no país, a pau lis ta Lio téc ni ca pau ta­se por essa ten dên cia. Ba sea da em pes qui sas, a em pre sa mu dou a

Nutrinho, da Nutrimental: destaque para o personagem

Verão,da arcor:

aposta no calor

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em ba la gem e o ren di men to da mis tu ra da li nha Qua li­max, des ti na da a crian ças. “Al te ra mos o ta ma nho e tor­na mos o vi sual do en ve lo pe mais atraen te, com co res mais for tes”, des cre ve a ge ren te de mar ke ting Síl via Schreer. “Além da mo der ni­za ção do la yout, fo ram in tro­du zi dos os ca nu dos­per so­na gem como atra ti vo”, ela con ta. O re de sign do Qua li­max fi cou a car go da Art3 De sign, que pro cu rou fu gir do lu gar­co mum. “As mar­cas lí de res di re cio nam o de sign das em ba la gens, en quan to as ou tras co piam o es ti lo”, con si de ra Rei nor de Mel lo, da agên cia.

A Lio téc ni ca es treou re cen te­men te na li nha de re fres cos so lú­veis die té ti cos, com o Fru tée Light. A em ba la gem bus ca res sal­tar a idéia de pro du to sa bo ro so, “fu gin do do es tig ma de que, ao com prar um ar ti go light, o con su­mi dor está ab di can do do sa bor, do pra zer”, nas pa la vras de Mel lo.

Avanços tecnológicos

Tais exem plos in di cam que o cres­ci men to dos re fres cos em pó pas sa pe los avan ços tec no ló gi cos que per­mi ti ram ra cio na li zar e ba ra tear as mis tu ras e as em ba la gens. No cam­po do pro du to em si, des ta cam­se o uso maior do as par ta me em de tri­men to do açú car e o ba ra tea men to dos pro ces sos de de si dra ta ção.

No ter ri tó rio da em ba la gem, a evo lu ção da fle xo gra fia, da ro to­gra vu ra e dos ma te riais fle xí veis per mi tiu ou sar mais em de sign e le vou à dis se mi na ção das em pre­sas re gio nais. “A em ba la gem re pre sen ta cer ca de 40% do cus to de pro du ção do re fres co em pó”, diz Luz e Sil va, da KLSB. “O ba ra tea men to tec no ló gi co sem dú vi da fa ci li tou a en tra da de ou tras em pre sas no ramo, pois o alí vio de uma fase que res pon de

põem­se a im ple men tar trans for­ma ções. Foi o que ocor reu com o Tang, com o lan ça men to do pa drão de 45g em subs ti tui ção ao de 120g. E é o que aca ba de fa zer a mi nei ra Nu tril Nu tri men tos In dus triais, com o lan ça men to do Leve & Diet, em em ba la gens de 11g, para 1 li tro de re fres co.

Am plian do­se a re sis tên cia, a tex tu ra e a ma qui na bi li da de dos fil mes, mudar, a cer ta al tu ra, não sig ni fi ca rá gas to ir ra cio nal com em ba la gem e des pre zo a van ta gens im por tan tís si mas, como maior shelf life e re du ção do uso de con­ser van tes. Da das as ca rac te rís ti cas in trín se cas de pro du ção, so lu ções con vin cen tes de em ba la gem e uma lo gís ti ca de cer ta ma nei ra des com­pli ca da, não che ga a ser te me ri da­de pre ver que o con su mo de re fres­co em pó de ve rá cres cer mais ainda no Bra sil.

Qualimax e Frutée: idéia de inovação e sabor

por qua se me ta de do in ves ti men to é um ga nho fe no me nal.”Mas, se o cam po do de sign grá fi­co para as em ba la gens dos re fres­cos em pó está em cons tan te agi­ta ção, o mes mo não ocor re em ter mos de ino va ção de for mas e ma te riais. To das as em pre sas uti­li zam o sa chê/en ve lo pe de la mi­na dos fle xí veis, com pou ca, qua se ne nhu ma, di fe ren ça no for ma to. Os stand­up pou ches não se riam uma al ter na ti va, por per mi ti rem co lo car os pro du tos em pé e com vi si bi li da de maior?

Fim das reclamações

“As di fe ren cia ções se riam in te­res san tes, mas im pli ca riam em cus tos que, no fi nal, não va le riam a pena”, con si de ra Re gia ne Bue­no, da Aris co. “O re fres co em pó é ba ra to, a con cor rên cia no seg­men to é gran de e o con su mi dor já está com ple ta men te iden­ti fi ca do com os en ve lo­pes”, ela ar gu men ta. “As re cla ma ções re la cio na das às em ba la gens ces sa ram de pois da in tro du ção do abre­fá cil, o rip que tor na o con su mo mui to prá ti co.”

Com a evo lu ção con tí nua dos ma te riais fle xí veis, os fa bri can tes de re fres cos em pó dis­ Leve & diet: 11 gramas, 1 litro

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MERCADO

Consumo de minerais vai de vento em popa

o Consumidor está

va si lha me. Ao ser com pac ta da, a gar ra fa tem seu vo lu me re du zi do em cer ca de 75%. A cres cen te pre­fe rên cia dos con su mi do res por em ba la gens “eco lo gi ca men te cor­re tas” pe sou na ini cia ti va da Lin do­ya, con ta seu di re tor co mer cial, Cé sar Dib.

Pra ti ci da de e con ve niên cia são dois ou tros for tes in gre dien tes da “re vo lu ção” das em ba la gens de

água. Am bas es tão pre sen tes, com des ta que, no ga lão de 10

li tros e no ino va dor bag­in­box de 5 li tros, com

tor nei ra e alça, da Crystal, da Spal­Pa­nam co. O ga lão é do ta­do de tor nei ra e se di re­cio na ao con su mo fa mi liar. O bag­in­box tem o mes mo pú bli co­alvo, com a van ta gem

m mer ca do que em 1998 mo vi men tou cer ca de 2 bi lhões de reais, que con­ti nua em fran ca ex pan­

são e que pro me te cres cer ain da mais é a ale gria do se tor de em ba la­gens. É o mer ca do de águas mi ne­rais no Bra sil, hoje dis pu ta do por mais de 150 mar cas na cio nais e cer ca de cin qüen ta es tran gei ras, mo ti va das por uma ani ma do ra pers­pec ti va: ape sar do cres ci men to ex plo si vo dos úl ti mos anos, o con­su mo do produto no país, de 13,2 li tros anuais por ha bi tan te, é bai xo. Cada ar gen ti no, por exem plo, bebe cer ca 25 li tros, en quan to um ita lia­no ou um fran cês con so me 100.

O gi gan tes co po ten cial re pre­sen ta do pelo gap bra si lei ro é o pano de fun do da pro fu são de lan ça men­tos de mar cas, va rie da des de pro du­tos e de em ba la gens que em poucos anos re vo lu cio nou o pa no ra ma na

uLindoya: apelo ambiental

Crystal: variedade de opções

pedindo águaca te go ria. Assim, vai longe o tem po em que to das as em pre sas uti li za­vam aque las mo nó to nas gar ra fas azu la das de PVC com suas ir ri tan­tes tam pi nhas com strip – di fí ceis de abrir e fá ceis de vio lar. Em sin­to nia com a cres cen te cons cien ti za­ção das pes soas de que con su mir água mi ne ral não é luxo, as em pre­sas vêm com pro van do mais uma vez, com lan ça men tos, que em ba la­gem é fun da men tal para se di fe ren­ciar, agre gar va lor à mar ca e con­quis tar o con su mi dor.

Menos volume

Nes sa li nha, uma das ini cia ti vas mais in te res san tes é a da Lin do ya, que re cen te men te lan çou uma gar­ra fa de PET de fá cil com pac ta ção, por meio de um sis te ma ba ti za do de REC (re du ção de em ba la gens por com pres são), da Sidel. É uma apos­ta na pra ti ci da de de des car te do

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de ca ber no re fri ge ra dor. “Mas é uma em ba la gem prá ti ca também em via­gens”, lembra João Del­pi no, di re tor da New De sign, agên cia que a de sen vol veu. O bag­in­box ofe re ce fa ci li da de de em pi lha men to no pon to­de­ven da, pelo for ma to e por que a tor­nei ra só fica ex pos ta de pois que se pres sio na uma área pi co ta da .

Na mo vi men ta ção das em ba la gens, o vi dro

con ti nua fir me na ca te go ria pre­mium. Nes se ni cho, a Ouro Fino, lí der no mer ca do pa ra naen se, com 70% de ven das, lan çou seu pro du to em gar ra fas de vi dro one way de 300ml, com de sign e cor azul cla ro ex clu si vos, for ne ci das pela Cis per. “Sem pre pro cu ra mos agre gar va lor à mar ca com in cre men tos como es ses”, diz Au gus to Mo cel lin Neto, di re tor su pe rin ten den te da Ouro Fino. A marca é co mer cia li za da em gar ra fas de po li pro pi le no e de PET, mas a em pre sa pla ne ja deixar o polipropileno no ano 2000.

A ten dên cia a esse tipo de

mi gra ção deve­se a que, além de va lo ri zar a ima­gem do pro du to em re la ção ao PVC, o PET ga ran te maior re sis tên­cia à en tra da de oxi gê­nio, me nor per da em trans por te e mais trans­pa rên cia.

É por ra zões como es sas que a água Cla ra, da Set te Mi ne ral, é ofe re ci da em gar ra fas de PET de 600ml e 1 250ml, po rém com de sign ex clu si vo. Para di fe ren­ciar o pro du to, a em pre sa ado tou um re ci pien te com a me ta de su pe rior raia da, que se des ta ca nas gôn do las.

Os lan ça men tos não ces sam, e os gran des fa bri can tes investem para ga ran tir ago ra as fa tias mais gor das pos sí veis para suas mar cas num bolo que, se gun do to das as pre vi sões, se tor na rá ain da maior. “Como os há bi tos de con su mo es tão mu dan do rá pi do, te mos de aten der a um pú bli co cada vez mais exi gen te”, res sal ta Ni co las Val té­rio, ge ren te de mar ke ting da Per­rier­Vit tel, di vi são da Nes tlé que dis tri bui no Bra sil as prin ci pais águas de mar cas im por ta das, como Per rier, Vit tel e Pan na, além das

na cio nais São Lou ren ço, Petrópolis e Le vís si ma. Nes sa es tra té gia, a em pre sa va lo ri za con­cei tos con so li da dos no ex ter ior, como o uso de mul ti packs e al ças.

A Coca­Cola ado ta es tra té gia se me lhan te. De ci di da a re for çar a

li de ran ça da Crystal na Gran de São Pau lo (21,4% de par ti ci pa ção, se gun do o Ins ti tu to Niel sen) e es ten­dê­la para ou tras re giões, a em pre sa anun cia para o fu tu ro pró xi mo a im plan ta ção de ven ding ma chi nes e in ves ti men tos em mar ke ting de 1 mi lhão de reais para a mar ca.

Praticidade no consumo

As ino va ções no seg men to têm sido bem re ce bi das pe los con su mi do res. Daí o sucesso da tam pa sport cap, di re cio na da a um pú bli co que quer pra ti ci da de no con su mo. Con quis tou prin ci pal men te os jo vens, que não eram ha bi tua dos a comprar água mi ne ral. Elas já estão nas mar cas Lin­do ya Ve rão, Pe tró po lis e Le vís si ma Sport. Mas há en tra ves para sua expansão. “Não há fabricantes no país, daí o preço alto”, diz Car los Al ber to Lan cia, pre si den te da Abi nam – As so cia ção Bra si lei ra da In dús tria Nacional de Águas Mi ne rais.

O seg men to, en fim, é um pro­mis sor cam po para a ino va ção, a cria ti vi da de e a ex pe riên cia, como

será mos tra do numa pró xi­ma re por ta gem.

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o bra si lei ro con so me cada vez mais água mi ne ral em casa. As ven­das em su per mer ca dos já res pon­dem por cer ca de 60% do to tal co mer cia li za do, se gun do a Abi nam. mes mo as ca ma das de bai xa ren da ade ri ram à ten dên cia, prin ci pal men­te com os gar ra fões de 10 e 20 li tros. Acon dio nan do mais da me ta­

de da água mi ne ral co mer cia li za da no Bra sil, os gar ra fões vêm subs ti­tuin do gra da ti va men te os fil tros de ce râ mi ca. tam bém nes se seg men to o pet ga nha es pa ço, em pre juí zo do po li car bo na to, pois tem pre ço mais com pe ti ti vo, re sis tên cia sa tis fa tó ria, bri lho, per mi te la va gem a quen te e acei ta pig men ta ção. um exem plo é o da re si na rho pet C84W, da rho dia­ster, lan ça da si mul ta nea men te no Bra sil e nos es ta dos uni dos. A gran de ex pec ta ti va do mer ca do, ago ra, é que os gar ra fões se jam mais prá ti cos para trans por tar e para abrir, de modo que o con su mi­dor dis pen se es ti le tes ou fa cas na hora de re mo ver as tam pas.

Levíssima com tampa sport Cap (no detalhe)

Garrafão em rhopet C84W

Eles ocupam cada vez mais espaço

ouro Fino: liderança

Clara: destaque

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DESIGN

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Muito por

Ne las, gran de par te dos pro du tos pas sou dos fun dos da loja ou do bar­ra cão ex ter no para as gôn do las, ao al can ce do olhar aten to e, prin ci pal­men te, das mãos do con su mi dor.

Enfoque sistêmico

“A pas sa gem do bal cão para o auto­ser vi ço foi de ci si va para que nos sas em ba la gens se tor nas sem mais co mu ni ca ti vas”, con ta Ewal do En dler, da área de en ge nha ria de em ba la gens da Deca, em pre sa do gru po Du ra tex. “Pas sa mos a im pri­mir um en fo que sis tê mi co, uma vi são in te gra da de to dos os as pec­tos, no pla ne ja men to das em ba la­gens”, ele afir ma. Hoje os pro je tos da Deca re fle tem preo cu pa ções fun cio nais, vi suais e es tru tu rais.

Isso pode ser per ce bi do, den tre ou tros pro du tos, no es to jo do chu­vei ro Bel le Épo que. O ma te rial es co lhi do — PVC trans pa ren te –

ofe re ce pro te ção e vi si bi li da de. A em ba la gem é es tru tu ra da de ma nei­ra a fi car em pé e tem um cor te na for ma de alça, para fa ci li tar o trans­por te. A fo lha de pa pel­car tão em que o chu vei ro é en cai xa do for ma um con jun to efi caz e gra fi ca men te lim po de in for ma ções, como pra zo de ga ran tia, ins tru ções para ins ta la­ção da peça e cer ti fi ca do de ga ran­tia.

Ou tro exem plo, tam bém da Deca, é o do por ta­toa lha Ar go la, dirigido às clas ses A e B. A em ba la­gem, de pa pe lão mi cro­on du la do, com aca ba men to ace ti na do e im pres são em off­set, agre ga ape lo pre mium ao pro du to. “Bus ca mos uma co mu ni ca ção vi sual ho mo gê­nea para to dos os pro du tos da em pre sa”, diz En dler. O ob je ti vo é le var o con su mi dor a re co nhe cer a mar ca em qual quer item fa bri ca do pela Deca, mes mo sem ver o lo go­

on so li da­se a cada dia em no vos seg men tos da eco no mia a afir ma ção de que a em ba la gem é

uma arma para ala van car ven das. Até o con ser va dor co mér cio de ar ti gos para faça­você­mes mo, ser­vi ços de aca ba men to e de re for mas do lar — um mer ca do es ti ma do em 18 bi lhões de reais por ano – está en tran do na onda. É as sim por que, como já ocor reu em ou tros paí ses, no Bra sil cres ce sem pa rar, so bre tu­do nos gran des cen tros ur ba nos, a ten dên cia de com pra de ma te riais e fer ra men tas para bri co la gem em auto­ser vi ços.

Des sa for ma, num pro ces so si mi lar ao que dé ca das an tes atin giu os pe que nos em pó rios e ar ma zéns, subs ti tuí dos pe los su per e pe los hi per mer ca dos, as lo jas de fer ra­men tas e ma te riais de cons tru ção vêm dan do lu gar aos auto­ser vi ços. Tam bém nes sa área, vêm sen do gra­dual men te ex tin tos os pos tos de ven de do res e aten den tes. Ago ra, cabe ao con su mi dor pro cu rar o pro­du to que de se ja nas lo jas de home ser vi ce, ou home im pro ve ment, er ro nea men te cha ma dos no Bra sil de “shop pings de cons tru ção” (ver o qua dro). O re sul ta do des sa ten dên­cia está sen do o iní cio do fim das em ba la gens mal pla ne ja das.

Quem é do ramo e quer per ma­ne cer no mer ca do não pode dei xar de le var esse as pec to e ou tros dele de cor ren tes em con si de ra ção. Deve lem brar, por exem plo, que as lo jas de home ser vi ce trans fe ri ram o lo cal de ex po si ção das mer ca do rias.

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fazercForça da embalagem no do-it-yourself ainda não foi bem percebida

Embalagens da Deca: comunicação visual homogênea

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ti po. O fun do com ima gem de água e um fio en vol ven do o nú me ro do Ser vi ço de Aten di men to ao Con su­mi dor, im pres sos em to das as em ba­la gens, são al guns dos sím bo los que bus cam essa iden ti fi ca ção.

O principal vendedor

“A em ba la gem pas sou a ser nos so prin ci pal ven de dor”, re ve la Wan der­ley Tor re za ni, di re tor co mer cial da Pial Le grand. Lí der bra si lei ra no mer ca do de in ter rup to res, to ma das e ou tros ma te riais de ele tri ci da de, a em pre sa ado tou es tra té gia ra di cal­men te di fe ren te da que pra ti ca va três anos atrás, quan do che ga va a ven der seus pro du tos a gra nel, ou acon di cio­na dos em sa cos plás ti cos co muns.

Agora, to das as em ba la gens de pro du tos da mar ca tra zem in for ma­ções téc ni cas, como vol ta gem ou ten são elé tri ca, além de re ve la rem for te preo cu pa ção co mu ni ca ti va. “Os sim ples sa qui nhos plás ti cos, ou mes mo a au sên cia de em ba la­gens, pre ju di ca vam o con su mi dor, su jei to a le var um pro du to em poei­ra do; a loja, que po dia fi car com a mer ca do ria en ca lha da; e nós, os fa bri can tes”, re su me Torrezani.

A li nha de dis jun to res e to ma das da mar ca já está sen do dis tri buí da com no vas em ba la gens, que se des­ta cam pelo ca rá ter auto­ex pli ca ti vo

e são apropriadas para pendurar em gan chei ras nos pon tos­de­ven da. O Cer ti fi ca do de Con for mi da de do In me tro é ou tra in for ma ção pa drão contida nas embalagens.

Ca mi nho lon go

Ape sar desses exemplos bem su ce­di dos, in cluir o pla ne ja men to de em ba la gens nas es tra té gias de au men to de ven das não pa re ce ser uma prá ti ca mui to co mum no se tor. “Te mos ain da um lon go ca mi nho a tri lhar para de sen vol ver o mer chan­di sing do de sign das em ba la gens para pro du tos de bri co la gem”,

ob ser va Eduar do Vi dal, di re tor da Bri co la ge Fei ras Co mer ciais, em pre­sa de São Pau lo que pro mo ve anual­men te a Bri co la ge – Fei ra In ter na­cio nal de Bri co la gem e Faça­Você­Mes mo. Para o de sen vol vi men to da área, se gun do Vi dal, em ba la gens eficazes são fun da men tais.

Na maio ria das lo jas, ele con ta, pre do mi nam ain da as em ba la gens que pou co es cla re cem o pos sí vel com pra dor. Vi dal la men ta que seja as sim, con si de ran do tra tar­se de um ter re no fér til para a cria ti vi da de, de for ma tos va ria dos a enor me gama de co res. “Para atrair clien tes as lo jas de vem es for çar­se para se trans for mar em ver da dei ros cen tros de en tre te ni men to, para en can tar o con su mi dor.”

In de pen den te men te de ou tros fa to res para que esse ob je ti vo seja al can ça do, o pa pel da em ba la gem é de ci si vo. “Ela pre ci sa ter apa rên cia agra dá vel e con vin cen te, ter todo tipo de ins tru ção, ser fá cil de trans­por tar e de guar dar”, diz. “Sem em ba la gens as sim, o con su mi dor vai en con trar na loja um amon toa do de coi sas que não sabe para que ser­vem.” É pena que isso ocorra, pois, se gun do ele, cer ca de 90% dos com­pra do res de lo jas do seg men to são con su mi do res fi nais.

tor nou-se co mum no Bra sil o uso da ex pres são “shop ping da cons-tru ção” para de fi nir es ta be le ci men-tos onde as pes soas po dem en con-trar des de pran chas de ma dei ra, pre gos e tin tas até ser ras, mar te los e pin céis. No en tan to, nes ses lo cais, tam bém co nhe ci dos como lo jas de bri co la gem, do-it-your self ou faça-você-mes mo, o que me nos se en con tra é ma te rial de cons tru-ção – isto é, ti jo los, ci men to, fer ro. “Esse é um con cei to que não exis te em par te al gu ma do mun do” , afir-ma Eduar do Vi dal, pre si den te da

pial-Legrand: embalagens com caráter auto-explicativo

Bri co la ge, pro mo to ra de uma fei ra anual de mes mo nome di re cio na da ao seg men to de faça-você-mesmo.Se gun do Vi dal, em pre sá rios e exe cu-ti vos da área es tão em pe nha dos em evi tar o con cei to de “shop ping da cons tru ção” e, ao mes mo tem po, em re for çar o de do-it-your self. Ba si ca-men te, nes te não se in clui riam os ma te riais de cons tru ção pro pria men-te di tos, tipo “areia e cal”. En tram fer ra men tas e ma te riais uti li za dos em re for mas, aca ba men tos, ar te sa-na to, de co ra ção, jar di na gem e ou tras ati vi da des se me lhan tes.

Construção ou bri co la gem?

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Page 16: Revista EmbalagemMarca 006 - Novembro 1999

afir ma ção ge né ri ca de que a em ba la gem deve ar ma­ze nar, pro te ger, trans por tar e con ven cer o con su mi dor

a com prar o pro du to não vale para pro du tos ci rúr gi cos – do al go dão ao bis tu ri. Nes se caso deve ser prio ri­za da a fun ção pro te to ra.

Para hos pi tais e clí ni cas mé di­cas, a ga ran tia de pro te ção con tra in fec ções sig ni fi ca bons ne gó cios. As pes soas que rem sair do hos pi tal com me lhor saú de do que ao en trar, e as que po dem pa gar por isso for­mam um bom mer ca do. Foi em par te o que per mi tiu à Ad di son In dús tria e Co mér cio, em pre sa de São Pau lo pio nei ra na pro du ção na cio nal de em ba la gens para es te ri­li za ção (bo bi nas e en ve lo pes), man­ter es pa ço no seg men to, dis pu ta do por mul ti na cio nais. Mas foi tam­bém sua es tra té gia de mar ke ting an co ra da na qua li da de.

Em 1979, quan do a Ad di son foi ins ta la da, o pa pel que se usa va para fins ci rúr gi cos no Bra sil era o de em bru lho, tipo kraft, “adap ta do”, con ta o su per vi sor de ven das da em pre sa, Sid nei de Car va lho. Na épo ca, um di re tor trou xe da Ale ma­nha para o país a pri mei ra par ti da de pa pel com tec no lo gia ade qua da para acondicionar ma te riais e ins­tru men tos hos pi ta la res. Era o pa pel grau ci rúr gi co, com ga ran tia de es te ri li da de dos pro du tos (ver o

CASE

de pro du tos si mi la res no ex te rior e, prin ci pal men te, de vi do a um re la­cio na men to es trei to com o mer ca­do. “Ou vi mos constan te men te a in dús tria usuá ria, os mé di cos e as en fer mei ras nos hos pi tais para sa ber se a em ba la gem aten de às suas ne ces si da des”, ele con ta.

Além des se re la cio na men to, Car va lho apon ta como van ta gem com pe ti ti va o fato de a Ad di son ser uma in dús tria, equi pa da com má qui nas de úl ti ma ge ra ção. “Isso per mi te pro du zir em ba la gens de to das as di men sões, com lo go ti pos im pres sos, e en tre gar em pra zos cur tos, agi li da de que um im por ta­dor não tem.”

a qua dro). Na con fec ção da em ba la­gem, para ga ran tir per fei ta bar rei ra bac te rio ló gi ca, con for me o tipo de pro du to a ser acon di cio na do o pa pel é com bi na do com um di fe ren te tipo de fil me plás ti co la mi na do (po lie ti­le no, po liés ter ou po li pro pi le no).

A for ça do pre ço

Mas se gu ran ça, so zi nha, é su fi­cien te para es ti mu lar ven das? No Bra sil, mes mo para pro du tos im pres cin dí veis como esse, pre ço ain da pa re ce ser o prin ci pal atri bu­to. Mas, quan do há res pon sa bi li da­de e fis ca li za ção, itens nor mal men­te agre ga dos a em ba la gens de con­su mo de mas sa são mui to im por­tan tes do pon to de vis ta mer ca do ló­gi co para pro du tos ci rúr gi cos.

Con ve niên cia é um. As em ba la­gens da Ad di son têm, por exem plo, um in di ca dor do pon to de aber tu ra e cor te em meia­lua num dos la dos, pro pi cian do ra pi dez e se gu ran ça. Têm tam bém in di ca do res de co res para an tes e de pois da es te ri li za ção: de pen den do do pro ces so, há a in for­ma ção de que o in di ca dor muda para rosa (es te ri li za ção a va por) ou mar rom (óxi do de eti le no).

Se gun do Car va lho, me lho ra­men tos como es ses, ou ain da a se la­gem tri pla e a des cri ção das di men­sões da em ba la gem com des ta que, são in cor po ra dos per ma nen te men­te, como re sul ta do de ob ser va ção

A prioridAde éprotegerA função básica da embalagem cirúrgica

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o pa pel grau ci rúr gi co tem ca rac te­rís ti cas que o tor nam mui to es pe­cial. para co me çar, é ela bo ra do com 100% de ce lu lo se, sem mi ne­rais. As sim, quan do in ci ne ra do, pra ti ca men te não dei xa re sí duos. Tem fi bras de ce lu lo se lon gas e cur tas, de modo que os poros de sua tra ma têm no má xi mo 22 mi cra, que é me nos que a me nor das bac­té rias exis ten tes no ar. para atra­ves sá­lo a bac té ria pre ci sa ria ter meios fí si cos pró prios – como mãos ou den tes – ou bus car ca mi­nhos. para isso pre ci sa ria ser in te li­gen te, o que im pli ca pos suir um cé re bro que não pos sui.

Muito especial

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Auto-adesivo plástico sobre superfície curva

CAPA

mídiA bArAtA e eficAzai lon ge o tem po em que os profissionais de marketing, in ge nua­men te, re le ga vam o ró tu lo e a em ba la gem à

con di ção de me ros fi na li za do res do pro du to. Com a pro gres si va su pres são da fi gu ra do ven de dor e a in ten si fi ca ção da guer ra por vi si­bi li da de no pon to­de­ven da, o ró tu lo as su miu pa pel fun da men tal em suas múl ti plas fun ções. Hoje ele tem a mis são de, a um só tem­po, trans mi tir o má xi mo de in for­ma ções, despertar o ap pe ti te ap peal e ter ape lo pre mium, além de re for çar a ima gem de mar ca e, so bre tu do, de qua li da de.

To da via, em bo ra seja es sen­cial para a so bre vi vên cia dos pro­du tos no mer ca do, ain da há em pre sas que in ves tem for tu nas em pu bli ci da de em mí dias ca rís­si mas, sem pen sar pri mor dial­men te no ró tu lo – e, por ex ten são, na em ba la gem em que é apli ca do – como a mais uni ver sal fer ra­men ta de mar ke ting. É a mí dia mais aces sí vel e mais ba ra ta, pois leva a men sa gem ao con su mi dor no mo men to da com pra e no do con su mo, nas mais di ver sas si tua­ções e sem cus tos adi cio nais.

Mas quais as téc ni cas e os ma te riais ade qua dos para cada tipo de apli ca ção? Com o de sen­vol vi men to tec no ló gi co, as pos si­bi li da des são hoje in con tá veis e aten dem pra ti ca men te a cada caso es pe cí fi co. Acer tar na es co lha e fo

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rótuloseles in for mam, atra-

em e re for çam a ima gem de mar ca,

sem cus tos adi cio nais. e es tão cada vez me lho res

nos de ta lhes é que pode aju dar um pro du to ou uma mar ca a ter êxi to ou não.

Con vém ain da lem brar que a cria ti vi da de con ti nua sen do uma fer ra men ta in subs ti tuí vel. É ela que gera a di fe ren cia ção que cau­sa im pac to e pode in fluir na de ci­são do con su mi dor, na que le ín fi­mo pe río do e na que la cur ta dis­tân cia – de um bra ço – em que ele fica pe ran te o pro du to ex pos­to na gôn do la. A in dús tria de ro tu la gem no Bra sil se equi pa ra tec no lo gi ca men te ao que há de me lhor no mun do. Por tan to, para es co lher é sem pre útil ob ser var o que sur ge no mer ca do.

Clear la bels e slee ves

Uma ten dên cia cres cen te é a de uso de ró tu los auto­ade si vos e de slee ves. Não há da dos no Bra sil, mas o que ocor re nos Es ta dos Uni dos e na Eu ro pa aca ba sen do apli ca do no país – e o que se ob ser va lá fora é o avan ço des ses ti pos de ro tu la gem. “De pois dos cos mé ti cos e dos far ma cêu ti cos, os pro du tos de hi gie ne e lim pe­za, be bi das e ali men tos es tão mi gran do para o auto­ade si vo”, diz Sílvia Baggio, gerente de marketing da Pro des maq, uma das gran des for ne ce do ras brasil­eiras de auto­ade si vos.

Um exem plo é o da edi ção es pe cial do ama cian te de rou pas Fofo, da Gessy Le ver. A em ba la­gem em for ma de urso exi giu um

vGuilherme Kamio

Page 18: Revista EmbalagemMarca 006 - Novembro 1999

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No-label look: em diversas categorias

com cola à base de água pe los auto­ade si vos.

No se tor avan ça tam bém o ró tu lo­bula des do brá vel, com ins­tru ções de uso do pro du to. O re sul ta do é eco no mia de em ba la­gens se cun dá rias de pa pel­car tão, pois dis pen sa o uso de car tu chos. Esse tipo de rótulo é ofe re ci do pela No vel print, ou tra gran de pro du to ra de auto­ade si vos, e já é uti li za do por em pre sas como a Abbot e a BYK, entre outras empresas da área farmacêutica. Além dessa finalidade utilitária, os rótulos adesivos desdobráveis são um bom veículo em pro­moções, quando colados nas embalagens ou nas tampas.

Ou tra so lu ção cria ti va é a im pres são com tin ta rea ti va, para

ró tu lo que se fir mas se na su per fí­cie cur vi lí nea e fos se re sis ten te. Para conseguir esse resultado, a Pro des maq uti li zou filmes de polietileno. Filmes plásticos têm sido a es co lha de quem pro cu ra ró tu los re sis ten tes à água, à umi­da de e ao tem po, e que ofe re ça pos si bi li da des de apli ca ções com for te ape lo vi sual.

Des ta ca­se, no caso dos rótu­los plásticos, o cha ma do no­la bel look, efei to da im pres são so bre fil mes trans pa ren tes. Co nhe ci dos pelo jar gão em in glês (clear la bels), são usa dos so bre tu do em embalagens de produtos cos mé ti­cos, mas já co me çam a apa re cer em recipientes de be bi das, de pro du tos de lim pe za e de produ­tos ali men tí cios.

A força do conjunto

Com re sul ta dos no tá veis quan do a em ba la gem é de vi dro, PET ou ou tros ma te riais trans lú ci dos, o clear la bel tira pro vei to do con­cei to de que o di fu sor de men sa­gem não é ape nas o ró tu lo. O que leva ao for ta le ci men to da mar ca e mui tas ve zes à ven da do pro du to é o con jun to de atri bu tos vi suais da em ba la gem – ró tu lo, re ci pien­te, fe cha men to, con teú do e sua cor. Exem plos bem su ce di dos no ex te rior são os do chá ge la do Ari­zo na, da be bi da Or bitz, um não­car bo na ta do à base de fru tas com es fe ras de gel em sus pen são, e da Sut ter Home, em pre sa ca li for nia­na que coloca o ró tu lo em vi nhos e mo lhos pron tos.

No se tor far ma cêu ti co, o uso de auto­ade si vos também vem registrando sensível crescimento. No caso, isso se dá ba si ca men te por que o auto­adesivo per mi te ro tu la gem mais rá pi da e com ris­cos qua se ine xis ten tes de tro ca de produtos, pois as bo bi nas de ró tu­los não se mis tu ram. Assim, os laboratórios estão passando a subs ti tuir os seus ró tu los de pa pel

ga ran tir a pro ce dên cia do pro du­to, como no caso dos ró tu los for­ne ci dos pela Pro des maq para a indústria farmacêutica. Ela só se tor na vi sí vel quan do a lo go mar ca é ras pa da com me tal, e pro cu ra aten der pro du tos que não são co mer cia li za dos em car tu chos.

Menos operações

Na prática, as apli ca ções do ró tu­lo auto­ade si vo podem ocor rer nos se to res mais dís pa res. A Ajax Ba te rias, por exemplo, ado tou­o para seu pro du to. “O rótulo é fei­to de po li pro pi le no com im pres­são blin da da, que ga ran te in vio la­bi li da de e re sis tên cia a al tas tem­pe ra tu ras e à ação de pro du tos quí mi cos”, diz José Fer nan do Pi rut ti, su pe rin ten den te co mer­cial da No vel print. Além de maior vida útil, o ró tu lo ga nhou uma par te in fe rior des ta cá vel, que é o cer ti fi ca do de ga ran tia. “A ta re fa de co lo ca ção do cer ti fi ca do, uma ope ra ção a mais na hora de acon­

di cio nar o pro du to, foi eli mi na da”, diz Már­cia Go mi de, ge ren te de pro du tos da Ajax.

Pi rut ti con ta que, em vi si ta à La bel Expo 1999, rea li za da re cen­te men te em Bru xe las, na Bél gi ca, pôde ob ser­var não só o que há de mais avan ça do em tec­no lo gia de equi pa men­tos, ma te riais e pro ces­sos para a pro du ção de auto­ade si vos, mas

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rótulo-bula: economia de embalagem

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ou tra for te ten dên cia: a cres cen te exi gên cia dos clien tes de ad qui ri­rem so lu ções in te gra das, não itens se pa ra dos. “Na fei ra, foi pos sí vel ob ser var que a tec no lo gia do auto­ade si vo reú ne em sua ca deia to dos os ele men tos ne ces sá rios para esse tipo de so lu ção, de for ma efi cien­te, mo der na e em cons tan te evo lu­ção”, ele diz.

Mais alternativas

As for mas de di fe ren cia ção se mul ti pli cam. Ob via men te, acos­sa dos pelo plás ti co, os pro fis sio­nais da in dús tria de pa pel dão asas à ima gi na ção. Com o aper­fei çoa men to da tecnologia, dos equipamentos e da qua li da de dos produtos, eles se es for çam por mu dar o es tig ma de que os ró tu­los de pa pel ser vem ape nas para pro du tos sem va lor agre ga do.

É o caso dos pa péis me ta li za dos, uti li za­dos por cer ve jas e por di ver sos vi nhos. A adoção de rótulos desse tipo é con si de ra­da uma ten dên cia mun dial ir re ver sí vel den tro da Má la ga, em pre sa pau lis ta es pe­cia li za da em me ta li za­ção de pa péis. “O ró tu lo me ta li za do ga nha em vi sual e é mui to mais re sis ten te que os de pa pel con­

ven cio nal”, lem bra Elia na Agas si, ge ren te co mer cial da em pre sa. Ela ar gu men ta que, além de agre gar va lor e con fe rir ape lo top de li nha aos pro du tos, o ró tu lo me ta li za do é mais di fí cil de fal si fi car. A Má la­ga apos ta de tal for ma na ten dên­cia que está in ves­

tin do no au men to de sua ca pa ci da­de pro du ti va. Dentro de um inves­timento de 3,5 milhões de dólares, a empresa acaba de im por tar da Itá lia uma Ga li leo, má qui na de tra ta men to de plas ma no sis te ma de me ta li za ção em alto­vá cuo, a pri mei ra da Amé ri ca La ti na.

Por sua vez, a Avery Den ni­son, uma das maio res for ne ce do­ras mun diais de fil mes para auto­ade si vos, já dis po ni bi li za no Bra­sil sua li nha de pa péis es pe ciais Cu vée, tam bém des ti na da ao seg­men to de be bi das fi nas. Os pa péis des sa li nha, se gun do Mai ra Tri­ve lat to, ge ren te de mar ke ting da em pre sa, são re sis ten tes à água, ao gelo e à umi da de. Re ce bem, também, tra ta men to an ti fun gos. Nessa li nha há os ró tu los re mo ví­veis Fas son R330 e R100, que

per mi tem reu ti li zar a em ba la gem e po dem ser co le cio na dos.

O mer ca do de be bi­das é o que mais apre­sen ta va ria ções de ró tu los. Com o PET se afir man do como ma te rial mais usa­do no seg men to e abrin do enor me de man da pe los ró tu los plás ti cos, as in dús trias de ou tras re si nas e do vi dro pro cu ram ofe re cer alternati­vas de di fe ren cia­ção.

Edições comemorativas

Uma dessas possibilidades é o Ap plied Ce ra mic La bel, ou ACL. Nes se pro ces so, co nhe ci do por pi ro gra vu ra em por tu guês, o ró tu lo é in te gra do ao vi dro du ran­te a fa bri ca ção, ga ran tin do du ra­bi li da de e enrique cendo a ima­gem do pro du to. “Ex pe riên cias já fo ram fei tas em pro du tos com­mo di ties, como a cer ve ja Ba va ria long­neck de 350ml, que fi cou com ape lo vi sual mui to for te”, diz Jú lio Bar be do, da Cis per, em pre sa for ne ce do ra da tec no lo­gia, que per mi te im pres­são em até qua tro co res. “É per fei ta para edi ções co me mo ra ti­vas, que mui tas ve zes são co le cio na das, como de ve rá ocor­rer na pas sa gem do mi lê nio”, ele con­sidera.

Já o Plas ti­Shield, ró tu lo tam­bém da Cis per for­ma do por duas ca ma das de po lies­ti re no, tem a van ta­gem de man ter por mais tem po a tem­

metalização: imagem

premium

Aplicação de auto-adesivo num produto inusitado

AcL: valor agregadoVariações em papel, com hot-stamping e clear label

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ro, a Slee ver pro me te que a par tir de maio de 2000 toda a pro du ção do ma te rial se rá feita no país. “In clu si ve a im pres são, o que di mi nui rá os cus tos en tre 30% e 40%”, se gun do Fres nel.

As téc ni cas e os ma te riais, en fim, se aper fei çoam sem pa rar. Mas há quem acre di te que o de sen vol vi men to da ro tu la gem no país po de ria ser bem maior. “Fal ta co mu ni ca ção en tre o for ne ce dor e o usuá rio fi nal do ró tu lo”, acre di ta Mar cos Ros si, di re tor da trans for­ma do ra Mack Co lor. “O pa pel de apre sen tar no vi da des fica mui tas ve zes por con ta dos trans for ma do­res, o que é in su fi cien te”, ele diz. A seu ver, “os dis tri bui do res de ma te rial de ve riam se cons cien ti­zar de que, di vul gan do ma ci ça­men te seus pro du tos, a procura crescerá”.

pe ra tu ra do con teú do. A ca ma da in ter na, de po lies ti re no ex pan di­do, ga ran te ri gi dez du ran te a apli ca ção do ró tu lo; a ex ter na, feita de po lies ti re no não­ex pan­di do, dá as pec to de li su ra à em ba­

la gem. Ou tra al ter na ti va na

área do vi dro é a pré­ro tu la gem com BOPP en co lhi do ter mi ca­men te, ofe re ci da pela CIV – Com pa nhia In dus trial de Vi dros. O ma te rial per mi te im pres são em ro to­gra vu ra em até nove co res, com boa re so lu ção grá fi ca. A subs ti tui ção de ró tu los de pa pel pelo de BOPP au men ta cus tos, mas, se gun do

Lu cia na As sis, ge ren te de mar ke­ting da em pre sa, “aca ba com pen­san do, pelo ga nho de ima gem”. Um produto rotulado com BOPP é o suco Santál Active, da Parmalat. Por ser apli ca do em 360 graus, tem vi si bi li da de maior, ar gu men ta Luciana.

Nes te úl ti mo as pec to, a gran­

bOPP: ganho de imagem

Sleeves da Sleeverinternational

de sen sa ção é o slee ve, ca ma da de po lies ti re no orien ta do (OPS) que re co bre to tal men te a em ba­la gem, dan do­lhe as pec to mui­to es pe cial. É apli ca do prin ci­pal men te em re ci pien tes de vi dro, mas pode ser usa do em ou tros ma te riais, diz Gi les Fres­nel, di re tor co mer cial da Slee­ver In ter na tio nal, em pre sa fran ce sa que dis po ni bi li za a tec no lo gia no Bra sil. “O slee ve é o úni co ró tu lo real­men te ter moen co lhí vel, por pos suir po der de re tra ção de 85%”, ele afir ma. “Isso pos si bi li ta en vol ver por in tei ro for­mas ou sa das de em ba la­gens.” Be bi das com alto va lor agre ga do uti li zam o slee ve para real çar seu ca rá ter pre mium, como o Chan don Mil­lé nai re, cham pa nhe co me mo ra ti vo do ano 2000 lan ça do pela Chan don.

Também apro vei tan­do o mote do mi lê nio, a Brah ma pre pa rou uma edi ção es pe cial de 4 mi lhões de gar ra fas de Brah ma Chopp de 600ml. O de sign, que lem bra uma gar ra fa de cham pa nhe, foi de sen vol vi do pela agên cia Ani mus. A gar ra fa é da Cis per, e o ró tu lo, da Slee ver In ter na tio nal.

A Da ve ne, a Aji­no­moto e a San tis ta tam bém já ado ta ram o slee ve. No caso da Aji­no­moto, o slee ve, apli ca do em em ba la­gem de PET, é im pres so em ro to­gra vu ra a sete co res. “O fras co tem sa liên cias para fa ci li tar o ma nu seio, en tão se ria im pos sí vel usar ou tro sis te ma de rotulagem”, ex pli ca Iwao Nis hi ta ni, coor de­na dor de pes qui sa e de sen vol vi­men to da em pre sa. “O slee ve fun cio na tam bém como la cre, des ta cá vel”, ele res sal ta. Apos­tan do fir me no mer ca do bra si lei­

Plasti-Shield mantém a temperatura

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LOGÍSTICA

planejar para

para ban car os al tos in ves ti men tos que a ati vi da de exi ge, elas co nhe­cem mui to bem a ma lha viá ria do país. “Sem dú vi da há trans por ta do­ras com know­how para atuar como ope ra do ras lo gís ti cas”, re co nhe ce o exe cu ti vo da Dan zas.

Custos transparentes

Uma de las é a Atlas, que tem como car ro­che fe o trans por te de pro du tos far ma cêu ti cos. Há qua tro anos, a em pre sa criou a Hér cu les Sis te mas Lo gís ti cos. Além de ser res pon sá vel por to dos os pro ces sos lo gís ti cos da Atlas, a Hér cu les pres ta ser vi ços de ar ma ze na gem, se pa ra ção fra cio na da de pro du tos e dis tri bui ção de mer ca­do rias para ou tras em pre sas. Keu le de As sis, su per vi sor co mer cial da Hér cu les, con ta que o iní cio das ati­vi da des da em pre sa coin ci de com a primeira metade dos anos 90, quan­do a lo gís ti ca pas sou a ser re co nhe­ci da no mer ca do bra si lei ro de trans­

ar ma ze na men to dos fa bri can tes. Hoje, até a mo vi men ta ção in ter na de pro du tos nas fá bri cas che ga a ser re pas sa da a ter cei ros.

“Nos sos clien tes não pre ci sam preo cu par­se com dis tri bui ção e ge ren cia men to de es to que, po den do de di car­se ex clu si va men te a seu core bu si ness”, afir ma Fa bio Fi li pi­ni, coor de na dor de mar ke ting da Dan zas. Além dis so, a pres ta ção de ser vi ços lo gís ti cos agre ga va lor aos pro du tos, se gun do Fi li pi ni. “So mos uma par te da ima gem do clien te pe ran te seus con su mi do res.”

O cer to é que esse seg men to tem gran des pers pec ti vas de cres ci men­to e é visto como uma ferramenta administrativa moderna e indispen­sável. Daí a ten dên cia de mui tas trans por ta do ras ex pan di rem suas áreas de atua ção e pas sa rem a tra ba­lhar tam bém como ope ra do ras lo gís ti cas. Para as gran des do se tor, a mu dan ça é na tu ral. Além de ca ci fe

lan ça men to na cio­nal do úl ti mo CD do pa dre Mar­ce lo Ros si trou­

xe um de sa fio para a gra va do­ra Uni ver sal. No mes mo dia, cer ca de 1 mi lhão de dis cos de ve­riam che gar a di fe ren tes lo jas de shop pings cen ters de gran des ca pi tais, re ven das do in te rior do país e até pe que nas ci da des da re gião ama zô ni ca. Se isso não acon te ces se, os fãs mais ar do ro sos do sa cer do te, es pa lha dos por todo o Bra sil, dei xa­riam de com prar o CD na data pro­gra ma da pela gra va do ra.

Con tu do, o cro no gra ma de dis­tri bui ção foi cum pri do à ris ca. Para isso, ne nhum fun cio ná rio da gra va­do ra pre ci sou preo cu par­se com con tro le de ar ma ze na men to, ge ren­cia men to de es to que ou dis tri bui­ção. Es sas ta re fas fi ca ram a car go de uma em pre sa es pe cia li za da em pla ne ja men to lo gís ti co: a Dan zas, re pre sen tan te da suí ça Dan zas World Wide, que há sete anos pres ta ser vi­ços para a gra va do ra.

O con tra to en tre a Dan zas e a Uni ver sal ilus tra uma ten dên cia já con so li da da no mer ca do de trans­por tes: a ter cei ri za ção do ge ren cia­men to lo gís ti co, so bre tu do em fun­ção da di mi nui ção das áreas de

o

prosperarGe ren cia men to lo gís ti co, uma ten dên cia recenteque já se consolidou

leandro Haberli

Conhecimento da malha viária é fundamental

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por te de car gas. A mu dan ça foi im pul sio na da, en tre ou tros fa to res, pelo en ca re ci men to da ma nu ten ção de ar ma zéns pe las em pre sas.

“Es to que é uma coi sa cara”, lem bra As sis. “Nele, o ca pi tal de giro, que in clui ma té ria­pri ma e pro du tos fi nais, fica pa ra do.” Está aí mais uma ex pli ca ção da ten dên­cia. Com o aque ci men to da eco no­mia após a im plan ta ção do Pla no Real, as em pre sas ti ve ram de trans­for mar seus es to ques em pro du ção. Se gun do o su per vi sor co mer cial da Hér cu les, a lo gís ti ca ter cei ri za da tor na os cus tos mais trans pa ren tes. “Em gran des em pre sas, é mais fá cil es con der er ros”, ele diz.

A verdade é que o mer ca do cresce e atrai cada vez mais as gi gan tes dos ser vi ços. Em maio do ano pas sa do, por exem plo, a Mira Trans por tes, da re gião Cen tro­Oes­te do país, abriu sua provedora, a

Tar get Lo gis tics, que logo as su miu o ge ren cia men to do es to que de an ti­gos clien tes, como a Cya na mid, da área agro quí mi ca. Mes mo an tes de ini ciar ati vi da des como pro ve dora lo gís ti ca, a Mira já dis pu nha de es tru tu ra para fra cio na men to de dis­tri bui ção. “Como trans por ta do ra, já tí nha mos 90% da es tru tu ra ne ces sá­ria”, in for ma Car los Al ber to Mira, vice­pre si den te da Mira Trans por­tes. Com uma fro ta de mais de 200 ca mi nhões e áreas de ar ma ze na­men to pró prias, o que fal ta va à Mira na área lo gís ti ca eram sis te mas de ges tão in te gra dos. “Ad qui ri mos so fis ti ca dos soft wa res que ge ren­ciam to das as ati vi da des da ca deia de abas te ci men to”, ele afirma.

Naturalmente, nem to das as gran des trans por ta do ras já ofe re­cem ser vi ços tí pi cos do pla ne ja­men to lo gís ti co. Talvez seja uma questão de tempo. Em bo ra ofe re ça

al gu mas ati vi da des ca rac te rís ti cas de um ope ra dor lo gís ti co, a Ita pe­mi rim Car gas, ou tra gi gan te do se tor, por exemplo, ain da não en trou com for ça to tal nes se mer ca do – mas es tu da suas ca rac te rís ti cas e sua le gis la ção es pe cí fi ca. “Al gu­mas ações têm sido im ple men ta das com clien tes de ter mi na dos, mas nada que jus ti fi que de fi nir nos sa em pre sa como ope ra do ra de lo gís ti­ca in te gra da”, diz o di re tor su pe rin­ten den te, José Luiz San to lin. Ele diz acre di tar que em bre ve a lo gís­ti ca do mi na rá to dos os seg men tos de se tor de trans por te de car gas.

Custos altos

A realidade é que, além de de pen­der da qua li da de e da for ça da mar­ca, um pro du to não al can ça êxi to co mer cial sem es tra té gias ade qua­das de dis tri bui ção, ex pe di ção e mo ni to ra men to. Mes mo os que já

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Organização e controle nos depósitos: à esquerda, Hércules/atlas; à direita, Danzas

es tão no mer ca do há mui to tem po pre ci sam de res pal do do ge ren cia­men to lo gís ti co. O mercado está atento a isso, já que, segundo a ABML – As so cia ção Bra si lei ra de Mo vi men ta ção e Lo gís ti ca, em 1998 as ati vi da des de lo gís ti ca re pre sen ta ram 7% do Pro du to In ter­no Bru to bra si lei ro, num cresci­mento de 20% em relação a 1997.

Mas nem tudo são flo res. Na que­le ín di ce es tão in cluí das em pre sas que ten tam fa zer as ses so ria lo gís ti­ca sem es tar pre pa ra das. Por isso a As log – As so cia ção Bra si lei ra de Lo gís ti ca, em par ce ria com a Fun­da ção Ge tú lio Var gas e a ABML, ela bo rou um ma nual con cei tuan do as atri bui ções do ope ra dor lo gís ti­co, co nhe ci men tos bá si cos e equi­pa men tos ne ces sá rios à sua atua­ção. Se gun do o pre si den te da en ti­da de, José Ade nil do da Sil va, o tra ba lho aju dou mui tos em pre sá rios a dis tin guir os ope ra do res lo gís ti cos atuantes no mer ca do.

Ao lado des se fato, os cus tos lo gís ti cos são con si de ra dos al tos no Bra sil. In cluin do o pre ço do fre te de trans por te, a ati vi da de re pre sen ta cer ca de 10% do cus to fi nal do pro­du to, per cen tual alto se com pa ra do ao de ou tros paí ses. Nos EUA e na Eu ro pa, é de no má xi mo 5%. Um

dos mo ti vos do en ca re ci men to é a au sên cia de ges tão in te gra da en tre as di ver sas fun ções lo gís ti cas, como trans por te, ar ma ze na men to, pro ces­sa men to de pe di dos etc. A si tua ção é agra va da pe las di men sões do país e pela pre cá ria in fra­es tru tu ra de trans por te. Para com ple tar, a me ca­ni za ção é baixa e fal ta coo pe ra ção en tre for ne ce do res e clien tes das ca deias de su pri men to.

“Te mos de lem brar que esse é um tipo de ne gó cio mui to novo no Bra sil”, relata Ar tur Hill, es pe cia lis­ta em supply chain da An der sen Con sul ting. A pró pria de fi ni ção de ope ra dor lo gís ti co, como ele diz, ain da está em evo lu ção. Hill ob ser­va ain da que mui tos pro ve do res de ser vi ços lo gís ti cos es tão de sen vol­ven do seus pre ços de for ma ex pe ri­men tal, o que gera or ça men tos com cus tos su pe res ti ma dos. “A con se­quên cia é que mui tos ope ra do res não es tão con se guin do de sem pe­nhar sua fun ção in te gra do ra nem resolver os problemas de produtivi­dade de seus clientes.”

Para manter­se no mercado, o se gre do é pla ne jar e con tro lar. “As em pre sas com com pe tên cia para pla ne jar são as que têm maior van­ta gem com pe ti ti va”, ava lia o con­sul tor. Ao mes mo tem po, ele ensina,

é fun da men tal con tro lar a efi ciên cia ope ra cio nal, por meio de in di ca do­res de de sem pe nho.

Ca mi nhos in ter nos

Nos ca sos em que o vo lu me mo vi­men ta do jus ti fi ca, o mer ca do bus ca so lu ções ge ren ciais in ter nas. É o caso do gru po ata ca dis ta Mar tins, de Uber lân dia (MG). A em pre sa fun dou a Mar bo Lo gís ti ca In te gra­da, para oti mi zar a dis tri bui ção de mer ca do rias en tre for ne ce do res e re ven de do res. A ta re fa faz par te da cha ma da lo gís ti ca de su pri men to, res pon sá vel por pla ne jar o elo de li ga ção en tre os com po nen tes da ca deia de abas te ci men to.

O pla ne ja men to de pro je tos para uni da des de des pa cho tem sido alvo das aten ções da di vi são de lo gís ti ca do gru po. O ob je ti vo é es ta be le cer o em pi lha men to má xi mo ade qua do e re du zir o es pa ço ne ces sá rio para o trans por te. “Mui tas trans por ta do ras con tra riam a iden ti fi ca ção de em pi­lha men to, que muitas vezes não vem discriminado corretamente”, afirma Má rio Ja cob Yu nes, ge ren te co mer cial da Mar bo. Ele fala com co nhe ci men to de cau sa: com mais de 155 000 clien tes e cer ca de 700 for ne ce do res, o grupo Martins gira 1,3 bi lhão de dó la res por ano.

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LOGÍSTICA

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Obrigações legais transformam-se em oportunidades de marketing

tanque ecOlógicO

de car gas está apro vei tan do para ofe re cer ser vi ços nes se seg men to, es pe ci fi ca men te na área de lí qui­dos quí mi cos. É a Tank pool, de São Pau lo, que alu ga mi ni tan ques de aço ou de po lie ti le no de alta den si da de (PEAD), com ca pa ci da­de para 1 000 li tros. Nos Es ta dos Uni dos, onde o sis te ma sur giu há cin qüen ta anos, os mi ni tan ques são co nhe ci dos como IBCs, si gla de In ter me dia te Bulk Con tai ner. Lá, os IBCs da Tank pool têm sido em pre ga dos es pe cial men te para o trans por te de óleos lu bri fi can tes, tin tas e lí qui dos far ma cêu ti cos.

Resíduos mínimos

Os ape los prin ci pais des se ser­vi ço são se gu ran ça con tra aci den­tes am bien tais e ra cio na li za ção lo gís ti ca. O que di mi nui os ris cos de aci den tes, se gun do Da niel Von Sim son, di re tor da Tank pool, é o sis te ma de vál vu las. Do ta do de inú me ros ti pos de man guei ras e man go tes, ele per mi te que o IBC trans fi ra o lí qui do trans por ta do para ou tro re ci pien te, sem va zar.

Além des sa van ta gem, os re sí­duos dos lí qui dos trans por ta dos, quan do exis tem, são mí ni mos. Isso é pos sí vel gra ças ao fun do afu ni la do dos IBCs, que pro por­cio na dre na gem com ple ta. Os tam bo res, con cor ren tes di re tos no trans por te de lí qui dos, che gam a re ter 3% do lí qui do en va sa do. O preo cu pan te é que a maio ria des­ses re sí duos é eli mi na da a esmo, sem qual quer tipo de tra ta men to.

“O tra ta men to dos re sí duos das

nº 4, pág. 38). Os re sí duos dos tam bo res usa dos para o trans por te de car ga quí mi ca, por exem plo, de ve rão re ce ber tra ta men to ade­qua do, não po den do ser eli mi na­dos de for ma pre ju di cial ao am bien­te. Tra ta­se de uma exi gên cia le gal, mas já há em pre sas que vêem aí uma opor tu ni da de de ga nhar di nhei ro, pres tan do ser vi ço e ofe­re cen do aos po ten ciais clien tes ga nhos lo gís ti cos e de ima gem.

Ocor re que cres ce sem pa rar, no mun do in tei ro, a op ção das em pre sas e dos con su mi do res fi nais pela com pra de pro du tos ob ti dos por meios não agres si vos à na tu re za. É mais uma for ma de pres são. Mas, como nas leis da fí si ca, tam bém nas de mer ca do uma for ça de pres são cor res pon de a uma de con tra pres são. As sim, vis ta do ân gu lo da opor tu ni da de, a al ter na ti va eco lo gi ca men te cor re ta pode abrir e am pliar mer ca dos.

Por isso, an tes mes mo de o po der pú bli co pôr em prá ti ca a por ta ria 204, uma em pre sa de trans por te

bri ga das a ade quar­se até o ano 2000 aos ri go ro sos cri té rios de ho mo lo ga ção de car­

gas pre vis tos na por ta ria 204 do Mi nis té rio dos Trans por tes, de 1997, as em pre sas trans por ta do ras es tão en fren tan do inú me ros pro­ble mas re la cio na dos com o meio am bien te (ver Em ba la gEmmar ca

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iBc da Tankpool:

economia na área ocupada

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car gas lí qui das trans por ta das pe los IBCs é cer ti fi ca do por ór gãos go ver na men tais, como a CE TESB”, ga ran te o di re tor da em pre sa, que tra ba lha em par ce ria com a nor te­ame ri ca na Hoo ver, pio nei ra na uti li za ção de mini­tan ques para o trans por te de lí qui­dos quí mi cos.

Von Sim son as se gu ra que os IBCs pro pi ciam van ta gens tam­bém do pon to de vis ta da lo gís ti ca (ver o qua dro). “Uma de las é que o mi ni tan que não pre ci sa re tor nar ao lo cal em que a car ga foi en va­sa da”, ele diz. Den tro de um sis te­ma de par ce rias com ou tras trans­por ta do ras, a Tank pool pro cu ra ter sem pre uma car ga pro gra ma da para ser trans por ta da a par tir do des ti no da an te rior.

Área menor

Se gun do o di re tor da Tank­pool, o de sign dos IBCs traz uma van ta gem adi cio nal. Seu for ma to fa ci li ta o apro vei ta men to do es pa­ço ne ces sá rio para o ar ma ze­na men to e o trans por te. Exem­plo: cin co tam bo res, ocu pam uma área de 1,64 me tro qua­dra do, en quan to um mi ni­tan que ocu pa 1,24 me tro qua dra do. Como as duas op ções se equi va lem em ca pa ci da de, 1 000 li tros, o IBC re pre sen ta uma eco no mia de 24% em re la ção à área ocu pa da pe los tam bo res. Ou tro avan ço do IBC é sua

es tru tu ra mon ta da so bre pa le tes, que per mi te di mi nuir cus tos com mão­de­obra para car re gar e des­car re gar.

Com pa ra do a ou tras al ter na ti­vas de trans por te de car gas lí qui­das, o IBC é uma op ção cara. Em geral, cum prir leis de con tro le am bien tal sig ni fi ca mais des pe­sas. Por isso mes mo, seu uso

im pli ca mu dan ça de men ta li da de – que fe liz men te pa re ce es tar co me çan do a acon te cer. “A por ta­ria 204 do Mi nis té rio dos Trans­por tes, so ma da às re cen tes preo­cu pa ções am bien tais, tem fei to al guns em pre sá rios co me ça rem a pen sar no uso dos IBCs, em subs­ti tui ção a ou tros sis te mas”, co me­mo ra o di re tor da Tank pool.

Os prin ci pais con cor ren tes do IBC são o ca mi nhão­tan que e o

tam bor. Mui to em pre ga do no trans por te de com bus­tí veis, o ca mi nhão é mais eco nô mi co, pois tem ca pa ci da de ex pres si va­men te su pe rior, cer ca de 20 000 li tros, em mé dia. O tam bor, ape sar de com­por tar ape nas 200 li tros, tam bém é mais ba ra to, por que em mui tos ca sos não é re tor nável e não pre ci sa ser la va do. Isso

di mi nui os gas tos da trans por ta do ra.

Facilidade de transporte e redução de custos

A Tank pool de sen vol veu um soft-wa re para ge ren cia men to lo gís ti co. O pro gra ma atua na oti mi za ção do tem po de en tre ga, além de per mi tir di mi nui ção dos ín di ces de ex tra-vio. Fru to da par ce ria en tre a Tank-pool e uma em pre sa ar gen ti na, a car mo col Ser vi cios Am bien ta les, o dis po si ti vo é um soft wa re de ras-trea men to de car ga. O pro gra ma, ba ti za do de cHiS — con tai ner

Gerenciamento por código de barras

Han dling in for ma tion System, ge ren cia as car gas por meio do uso de có di go de bar ras. As sim, toda vez que um tan que é preen-chi do, um scan ner de lei tu ra óti ca re co nhe ce as es pe ci fi ca ções da car ga. O pro ce di men to, re pe ti do em to das as eta pas que com põem a ca deia de dis tri bui ção, per mi te o con tro le das quan ti da des trans por-ta das.

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Liliam Benzi, de Las Vegas

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EQUIPAMENTOS

máquinas do jeito que o

de sen vol vi das para aten der ne ces si­da des es pe cí fi cas de um clien te. Foi sob esse cli ma que se rea li zou a ter­cei ra edi ção da Pack Expo Las Ve gas, or ga ni za da pelo PMMI — Pac ka ging Ma chi nery Ma nu fac tu­rers Ins ti tu te, dos Es ta dos Uni dos, en tre 18 e 20 de ou tu bro.

Er go no mia

En tre os 600 ex po si to res no ta va­se tam bém for te ten dên cia de de sen­vol ver má qui nas e equi pa men tos com qua li da des er go nô mi cas. O PMMI de tec tou em pes qui sa que nove de cada dez en tre vis ta dos con­

si de ram as qua li da des er go nô mi cas de uma má qui na ao com prá­la. “As in dús trias de em ba la gem con si de­ram a se gu ran ça e o con for to de seus fun cio ná rios ao com pra rem uma má qui na”, ana li sa Char les D. Yus ka, pre si den te da en ti da de. Se gun do ele, en quan to bus ca rem au men to de pro du ti vi da de e de efi­ciên cia, as em pre sas con ti nua rão a con si de rar os as pec tos er go nô mi­cos na com pra de má qui nas.

Como a idéia é aten der a to dos os mer ca dos, as má qui nas semi­au­to má ti cas tam bém são uma rea li da­de. Aliás, nos EUA elas es tão sen do

in dús tria de má qui nas de em ba la gem in sis te: já não bas ta ofe re cer mons tros que pos sam

aten der ín di ces gi gan tes cos de pro­du ti vi da de. São ne ces sá rios equi pa­men tos cada vez mais au to ma ti za­dos e mais fle xí veis, que ga ran tam pro du ti vi da de com a me lhor re la­ção cus to/be ne fí cio e fle xi bi li da de para mu dar os ser vi ços de for ma rá pi da e eco nô mi ca, de modo a aten der as os ci la ções do mer ca do.

Mui tas em pre sas já es tão tra ba­lhan do in clu si ve com o con cei to de cus tom made, ou seja, má qui nas

ana Pac kex po sobressai tendência ao atendimento customizado

má qui na em ba la do ra que in te gra a for ma ção de ban de jas de car tão ou cor ru ga do com a apli ca ção de fil me shrink (en co lhí vel) de PeBdL (po lie ti le no li near de bai xa den si­da de). in di ca da para for mar em ba­la gens múl ti plas de 12, 15, 24 e 30 uni da des em dois an da res. (dou­glas ma chi ne LLC)

o novo sis te ma ins pe cio na sol­

das com hot melt, iden ti fi can do

fa to res crí ti cos que afe tem a

for ça e a du ra bi li da de do fe cha­

men to. a gran de van ta gem é

po der ser in te gra do à li nha de

pro du ção. (nord son)

Em ba la gem in te gra da Ve ri fi ca ção em tem po real

Re co nhe ci men to ins tan tâ neo

As principais novidades

a nova ro tu la do ra 8FL é ideal para o tra ba lho com em ba la gens de pro­

du tos far ma cêu ti cos, pois per mi te o con tro le das em ba la gens sem a

ne ces si da de de um sis­te ma se pa ra do. Há um mi cro pro ces­

sa dor que mo ni to ra a po si ção de cada em ba la gem, in di can do a re mo­

ção ou a in clu são de al gum item. (new man ma chi nery)

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cada vez mais uti li za das para eli mi­nar ati vi da des ma nuais re pe ti ti vas. Ou tro es tu do iden ti fi cou 21,3% de 407 en tre vis ta dos ana li san do a via­bi li da de de ro bo ti zar suas li nhas nos pró xi mos doze me ses.

Nú me ros pro mis so res

Se o mer ca do nor te­ame ri ca no for to ma do como base, é bem pro vá vel que a de man da por má qui nas de em ba la gem man te nha ní veis de cres ci men to con si de rá veis mes mo em paí ses em de sen vol vi men to como o Bra sil. De acor do com a PMMI as cor po ra ções nor te­ame ri­ca nas de vem fe char este ano com um au men to en tre 5% a 6% em seus in ves ti men tos em bens de ca pi tal (má qui nas). Sete de cada dez fa bri can tes de em ba la gem

cliente quer

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en tre vis ta dos de mons tra ram in ten­ção de in ves tir mui to mais em má qui nas de em ba la gem este ano do que in ves ti ram em 1998.

De um to tal de 362 en tre vis ta­dos, 37,8% dis se ram ter pla nos para au men tar a com pra de má qui­nas de em ba la gem; 33,2% pla ne­jam gas tar a mes ma quan tia em equi pa men tos e 29% in di ca ram que seus in ves ti men tos em má qui nas se rão me no res este ano. O se to res onde ha ve rá maior con cen tra ção de in ves ti men tos são: far ma cêu ti cos/mé di cos (12% a 15%), be bi das (12% a 14%), ali men tos (7% a 9%), hard wa re e pro du tos in dus­triais e au to mo ti vos (4% a 6%), e bens não du rá veis (1% a 3%).

Por ou tro lado, três seg men tos gas ta rão me nos com má qui nas este

ano: pro du tos de con su mo/co mer­ciais du rá veis (­2% a ­5%), pro du­tos quí mi cos (­8% a ­10%) e pro du­tos de hi gie ne pes soal (­4% a ­6%). Os de mais seg men tos – im pres so­res, con ver te do res e ou tros – te rão pra ti ca men te a mes ma de man da re gis tra da em 1998.

A pes qui sa de ta lha ain da os mo ti vos ci ta dos pe las em pre sas de em ba la gem para in ves ti rem em no vas má qui nas: ex pan são da pro­du ção/ca pa ci da de de em ba la men to (23,6%); subs ti tui ção de equi pa­men tos an ti gos para au men tar a efi­ciên cia (19,6%); lan ça men to de no vos pro du tos (13,8%); au to ma ção para re du ção de cus tos (10,7%).

Para Sér gio Ha ber feld, pre si­den te da Abre — As so cia ção Bra si­lei ra de Em ba la gem, pre sen te à

a nova sé rie de ro bôs sP100X é com pos ta por equi­pa men to de qua tro ei xos que ofe re cem fle xi bi li da de em al tas ve lo ci da des, pa le ti­zan do itens pe sa dos (de 100 a 250 kg). os ro bôs tra ba lham em 360° e po dem ali­men tar di fe ren tes ti pos de es ta ções de tra ba lho. (mo to man)

Pa le ti za ção pe sa da

os no vos bra ços apli ca do res de ró tu los po dem ser ins ta la dos di re ta men te em qual­quer im pres so ra marsh. as lar gu ras dis po ní­veis são 12”, 18”, e 24” e a sim ples adi ção dos mó du los per mi te apli car ró tu los de di fe­ren tes lar gu ras sem mu dan ça de pa râ me tros. (marsh Com pany)

Iden ti fi ca ção de pa le tes

as es tei ras trans por ta do ras mag ne roll fo ram pro je ta­das para criar bai xo acú mu lo de pres são di nâ mi ca en tre as má qui nas. uti li zan do li mi ta do res mag né ti cos de tor que em cada ci lin dro, a nova es tei ra ga ran te uma ope ra ção se gu ra e com trans mis são de tor que con tro la da mes mo em ope ra ções de alta ve lo ci da de. (Gebo Cor po ra tion)

Bai xa pres são em trans por te

a par tir de cai xas de pa pe lão ve lhas, a easy Pack pro duz ma te rial de cus­

hio ning para em ba la gens de

trans por te. a má qui na pode tra ba­lhar com cai­xas de quais­quer for ma to

e ta ma nho. (to men ame ri can inc.)

Rea pro vei ta men to de ma te rial

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Pack Expo Las Ve gas 99, guar dan­do­se as de vi das pro por ções, a si tua ção da in dús tria bra si lei ra de em ba la gem não di fe re mui to da nor te­ame ri ca na. “Hoje a mo der ni­za ção tec no ló gi ca, atra vés de má qui nas mais rá pi das e eco nô mi­cas, é uma ques tão de so bre vi vên­cia”, ele con si de ra. “O ní vel de tec no lo gia de uma em pre sa é que di ta rá o seu po si cio na men to e mes­mo a sua ma nu ten ção num mer ca­do tão com pe ti ti vo como o atual.”

O pre si den te da PMMI com ple­ta: “O au men to da efi ciên cia e da pro du ti vi da de são his to ri ca men te fa to res fun da men tais nas de ci sões de com pra de má qui nas e equi pa­men tos. A ne ces si da de de re du zir os cus tos ope ra cio nais face ao au men­to da com pe ti ti vi da de é a prin ci pal ra zão para os fa bri can tes de em ba­la gem com pra rem no vas má qui nas. Quan to mais au to ma ti za da for a li nha de em ba la gem, ne ces si tan do de me nos ope ra do res, me no res se rão os cus tos ope ra cio nais.”

Em 1998 as ven das de má qui­

nas de em ba la gem nos EUA cres­ce ram 2%, ge ran do 4,5 bi lhões de dó la res. A pre vi são é de que con ti­nuem cres cen do a ta xas cu mu la ti­vas anuais de 3,9% nos pró xi mos três anos, atin gin do 5,1 bi lhões de dó la res em 2001 (não in cluí das pe ças, que nor mal men te re pre sen­tam 20% do to tal). Em con tra par ti­da, em 1998 as ex por ta ções nor te­ame ri ca nas de má qui nas de em ba­la gem (en car tu cha dei ras, for ma do­ras de ban de jas, en che do ras e ro tu­la do ras) caí ram 11%.

“Os fa bri can tes fo ram afe ta dos pe las os ci la ções da eco no mia in ter­

a nova ro tu la do ra Har land Pul sar 24 apli ca ró tu los de Ps ul tra fi nos – fren te e ver so – em gar ra fas de cer­

ve ja a ve lo ci da des al tís si mas (2 000 gar ra fas/mi nu to). o ní vel de pre ci são é ou tro di fe ren cial: apro xi ma da men te 1/32 po le ga da nes­sas ve lo ci da des. (Har land ma chi ne systems)

Re vo lu ção em ro tu la gem

a for ma do ra de cai xas Boix FP­4se tra ba lha à ve lo ci da de de 1 400 cai­

xas/hora e pode mon tar 23 di fe­ren tes ti pos de aber tu ra. a má qui na é bas tan te fle xí vel, po den do tra ba lhar com cai xas pe que nas, de 30 x 40cm, e gran­

des, de 60 x 60cm. (ma tik north ame ri ca)

For ma dor de cai xas

a im pres so ra por trans fe rên cia tér­mi ca Print PRo Xpres sion é úni ca na im pres são di re ta em car tões como os das em ba la gens blis ter. sua re so lu ção é de até 300 dpi em ve lo­ci da des su pe rio res a 10 po le ga das/se gun do; a lar gu ra da im pres são pode ser su pe rior a 6 po le ga das. (Coms tar Prin ting so lu tions)

Im pres são di re ta

o Fas tstuff é um sis te ma ino va dor de em ba la gem que ali men ta, amas­sa e cor ta au to ma ti ca men te pa péis re ci cla dos, for man do bo bi nas que se rão rea pro vei ta das como ma te rial de cus hio ning em em ba la gens de trans por te. (Fas ttrack systems)

Inovação em cus hio ning

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Má qui nas de em ba la gem na In ter net

a Pmmi lan çou na Pack expo Las Ve gas o Pack search que pode ser aces sa do no site pac kex po.com. o Pack search per mi te aos pro fis sio­nais de em ba la gem lo ca li zar de for­ma rá pi da e fá cil pro du tos, tec no lo­gias e in for ma ções de em pre sas da área. as in for ma ções con ti das no site não se li mi tam às em pre sas

as so cia das à Pmmi.Po dem ser lo ca­li za das em pre sas de todo o mun do. Para fa zer a bus ca, bas ta es pe ci fi­car a má qui na, o ma te rial, o com po­nen te, o ser vi ço ou a em pre sa de em ba la gem de se ja da. em pou cos mi nu tos o Pack search se le cio na to das as in for ma ções re fe ren tes ao tema, em ní vel glo bal.

na cio nal”, ex pli ca Char les Yus ka. Mas ele acre di ta que, com a pre vi­são de cres ci men to de 6,2% nas ven das de má qui nas de em ba la gem este ano, os pro du to res nor te­ame­ri ca nos po de rão for ta le cer seu po si­cio na men to no mer ca do glo bal e em mer ca dos­cha ve como Mé xi co, Bra sil, Ja pão e Chi na. En tre 1993 e 1997 as im por ta ções bra si lei ras de má qui nas de em ba la gem nor te­ame ri ca nas cres ce ram 385%, al can çan do 282 mi lhões de dó la­res. O Bra sil é o país la ti no­ame ri­ca no que mais com pra má qui nas dos Es ta dos Uni dos.

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crescente industraliza­ção do Nor des te abre oportunidades para a in dús tria de em ba la­

gem. Mas o que ain da pou cos per­ce be ram é que as so lu ções apre sen­ta das para a re gião, como para qual­quer ou tra área, de vem ser es pe cí fi­cas, res pei tan do os usos e cos tu mes lo cais. Fazer em ba la gens cus to mi­za das, ade qua das aos re qui si tos do pro du to e ple na men te de acor do com os an seios e as ne ces si da des dos con su mi do res, é uma tendência mundial. Isso pode ser ilus tra do com ca ses apre sen ta dos du ran te o I Con gres so Re gio nal de Em ba la­gem, rea li za do em 7 e 8 de ou tu bro pela Abre — As so cia ção Bra si lei ra de Em ba la gem, em Re ci fe.

Contra a mesmice

Ao ser lan ça do, há dois anos, o re fri ge ran te Fre vo foi idea li za do para ade quar­se ao gos to do nor des­ti no. Foi cria do um pro du to bem mais doce que os da con cor rên cia. Para ali nhar o pro du to ao mer ca do, a Re fri ge ran tes Fre vo de ci diu tra­ba lhar ape nas com em ba la gens des­car tá veis, con ta Cláu dio Fer nan des, su pe rin ten den te da em pre sa.

Essa es tra té gia está li ga da ao pre ço fi nal do pro du to. “Que ría mos fu gir da mes mi ce das gran des em pre sas, que che ga vam a ven der re fri ge ran tes com pre ços cer ca de 20% su pe rio res aos da re gião Su des­te”, lem bra Fer nan des. “Isto para o con su mi dor nor des ti no, cuja ren da per ca pi ta é 1/3 in fe rior”, ele com­pa ra. “Daí as em ba la gens des car tá­veis, que re du zem os cus tos com

me e 6% em fa tu ra men to. To das as gar ra fas de PET são ro tu la das com fil mes plás ti cos, re sis ten tes à umi­da de. No pró xi mo ano a em pre sa deve lan çar uma gar ra fa de PET de 400ml. Com o ca sa men to per fei to pro du to de qua li da de e bom pre ço + em ba la gens que res pei tam as ne ces si da des lo cais, a Fre vo é a se gun da mar ca de re fri ge ran tes do Nor des te, quatro pon tos atrás da lí der. Um ano após o seu lan ça men­to, em 1998, ela de ti nha 25% do mer ca do da ci da de de Re ci fe.

Es ses nú me ros cha mam a aten­ção para ou tra rea li da de: a par ti ci­pa ção dos re fri ge ran tes en va sa dos por en gar ra fa do res in de pen den tes in co mo da cres cen te men te os gran­des. En tre 1992 e 1996, sua par ti ci­pa ção no mer ca do pu lou de 3% para 20%. De vem fe char este ano com algo ao re dor dos 32%.

Be le za afro

Ou tro bom exem plo de em ba la gem “nor des ti na” que deu cer to é o da li nha de pro du tos ca pi la res Styl Re pair, da Ka ri na Cos mé ti cos. “Como o pro du to é ade qua do a ca be los en ca ra co la dos, bus ca mos o ver me lho como cor do fras co plás­ti co”, ex pli ca Adria na Cre pal di Vi cen te, atual ge ren te de pro du to da Pier re Ale xan der que na épo ca par­ti ci pou do pro je to da Ka ri na. “Essa cor tem raí zes afro­ét ni cas, que são as mes mas de nos so pú bli co­alvo.”

Os ró tu los são im pres sos em co res vi bran tes e hot stam ping, as tam pas são ama re las e o for ma to, ci lín dri co. O projeto de design foi desenvolvido visando estabelecer o

a

38 – embalagemmarca • nov 99

dis tri bui ção e co le ta.”Hoje a Fre vo tra ba lha com gar­

ra fas de PET de 250ml, 1 li tro e 2 li tros, e la tas de alu mí nio de 350ml. A gar ra fa de 2 li tros res pon de por 33% do vo lu me acon di cio na do pela em pre sa e por 55% de seu fa tu ra­men to. O uso des sas em ba la gens é in cen ti va do em pe que nos es ta be le­ci men tos, em subs ti tui ção aos post mix das gran des mar cas. “Ao in vés de ter o post mix, que de man da in ves ti men tos e uma água de qua li­da de, o co mer cian te ven de o con­teú do da PET de 2 li tros em co pos”, ex pli ca Fernandes.

No caso da garrafa de 250 ml, com par ti ci pa ção de 50% em vo lu­me e 30% em fa tu ra men to, a es tra­té gia visa atin gir o pú bli co in fan til nas es co las. Fer nan des diz que a for ma ar re don da da da gar ra fa imi ta uma bola para que, de pois de con­su mi do o pro du to, seja usa da como brin que do. “En ten de mos que é fun­da men tal criar o con su mi dor des de a in fân cia, para que ele seja fiel à mar ca tam bém quan do adul to.”

Já a gar ra fa de 1 li tro par ti ci pa com 8% em vo lu me e em fa tu ra­men to, e as la tas, com 8% em vo lu­

à la nordesteCon gres so mos tra opor tu ni da des na cus to mi za ção de em ba la gens

REGIONALIZAÇÃO

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ni ve la men to óti co das em ba la gens nas gôn do las. Com me nos de um ano no mer ca do, a li nha Styl Re pair re pre sen ta 20% do fa tu ra men to da Ka ri na e já co me ça a dei xar al gu­mas mar cas con cor ren tes para trás.

Approach Bombril

Empresas de grande por te também apos tam na re gio na li za ção de seus pro du tos e em ba la gens. A Bom bril, por exemplo, lan çou re cen te men te uma pa lha de aço es pe cí fi ca para a re gião. O mer ca do tes te está sen do o Cea rá mas a em pre sa apos ta no su ces so do pro du to, vis to que o Nor des te é o maior mer ca do bra si­lei ro para a ca te go ria.

A Bom bril tem um ap proach di fe ren cia do no que se re fe re a em ba la gem. Al fre do Mot ta, ge ren­te da mar ca Bom Bril, en ten de que pro du tos com mo di ties, como os de lim pe za, de vem usar a em ba la gem para agre gar va lo res per cep tí veis aos con su mi do res, mes mo que isso sig ni fi que usar ma te riais mais ca ros. “O im por tan te é que a em ba­la gem ga ran ta, pre fe ren cial men te, a li de ran ça para o pro du to.”

Um exem plo des sa pos tu ra é o do re cém­lan ça do lim pa dor Bom Bril em em ba la gem pe ro li za da,

uma ino va ção que já con quis­tou a vice­li de ran ça em sua ca te go ria. Ou tras ar mas de em ba la gem uti li za das pela em pre sa são co res cí tri cas, no vos for ma tos e a vei cu­la ção de pu bli ci da de no ver so, como na lã de aço.

Caixa para frutas

Mes mo um se tor em que boa par te da pro du ção é ex por ta da está ca ren te de de boas em ba la gens. É o caso do setor de fru tas, es pe cial men te as pro­du zi das no Vale do Rio São Fran cis­co. Qua tro fa bri can tes de cai xas de pa pe lão on du la do acor da ram para esse mer ca do e se ins ta la ram na re gião. Além de aten der às ne ces si­da des lo cais, como ma nu ten ção da fru ta por até dois me ses, es sas in dús­trias têm a mis são de subs ti tuir as cai xas atualmente im por ta das pelo sis te ma de draw­back da Áfri ca do Sul e da Es pa nha.

Ar man do Por to Pi men tel, di re­tor da Ri ge sa, con ta que a em pre sa está ten do bons re sul ta dos com um lan ça men to re cen te, a cai xa Pla­form, sob licença da empresa da es pa nho la Car ti sa. Com tecnologia de produção diferenciada e usando

mio lo produzido com fibras vir­gens, tipo se mi quí mi co, o desem­penho da caixa é superior ao das embalagens tradicionais, sobretudo em ambientes refrigerados, com alta umi da de. Ademais, o desenho per mi te melhor exposição dos produtos, que si to fun da men tal nos mer ca dos de frutas.

A im pres são da Pla form é ou tro di fe ren cial: seis co res em fle xo gra­fia. “É uma cai xa bem ao gos to do con su mi dor eu ro peu, acos tu ma do com em ba la gens de fru tas, es pe­cial men te tro pi cais, co lo ri das e cha­ma ti vas”, diz Pi men tel. Ou tra van­ta gem é que a nova cai xa tor nou pos sí vel au to ma ti zar li nhas de acon­di cio na men to, atin gin do pro du ções de 25 000 uni da des/dia.

as caixas Plaform

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sai caroonsiderando que o ba ra to pode sair caro, a Du Pont do Bra sil, na bus ca de soluções em

em ba la gem, aplica a ló gi ca de que não se deve fa zer eco no mia em de tri men to da qua li da de. Com isso, a em pre sa ga ran te que a maio ria dos des per dí cios pode ser evi ta da. Melhor: com pro ces­sos pro du ti vos ade qua dos, as vendas podem crescer.

“O cri té rio para o pla ne ja men­to de uma em ba la gem não pode ser só o pre ço”, con si de ra Wal mir Sol ler, coor de na dor de em ba la gens da Du Pont. As sim, nem pen sar em com po nen tes ba ra tos que não apre­sen tem bom de sem pe nho.

Ciclo de vida

Para re du zir des per dí cios, é fun­da men tal ana li sar o ci clo de vida da em ba la gem, des de sua con cep ção até a che ga da ao con su mi dor fi nal. Foi o que fez um fa bri can te na cio nal de ra ção para ani mais, cujo nome Sol ler diz não es tar au to ri za do a re ve lar. A em pre sa uti li za va sa cos mo no ca ma da de po lie ti le no de bai­xa den si da de (PEBD). O pro ce di­men to, ape sar de mais eco nô mi co, dava pro ble mas, so bre tu do de vi do ao rom pi men to da se la gem das em ba la gens em li nha. Além dis so, a im per mea bi li da de era in su fi cien te e

CASE

im por tan tís si mo: a iden ti fi ca ção do cha ma do cus to ocul to, isto é, o con jun to de des pe sas re la ti vas a per das ao lon go do pro ces so de pro du ção. “A maio ria das em pre­sas não in clui o cus to ocul to no or ça men to de um pro je to de em ba la gem”, diz Sol ler. “Que re­mos mu dar essa vi são.”

Ou tro exem plo: a em pre sa nor­te­ame ri ca na Farm land Foods em pre ga va uma em ba la gem ter­mo for ma da para acon di cio na­men to de ba con. A gor du ra do ali men to se mis tu ra va ao ma te­

rial se lan te, tor nan do o fe cha men to ine fi caz. A Farm land pas sou en tão a uti li zar um novo fil me, o Cur lon 1800, que con tém a re si na Surlyn. O ma te rial se adap tou bem à se la­gem em má qui nas de alta ve lo ci da­de, per mi tin do que fos sem ro da das 100 em ba la gens por mi nu to, o do bro da quan ti da de an te rior.

Ca sos as sim mos tram que, além de con si de rar os cus tos ocul tos, é pre ci so es tu dar es tra té gias para eli­mi ná­los. Deve­se tam bém con si de­rar que a de fi ni ção do pro ces so pro du ti vo e dos sis te mas de dis tri­bui ção de pen de do tem po que o pro­du to fi ca rá ex pos to nas pra te lei ras, das con di ções de ar ma ze na gem e do seu pú bli co­alvo. De fi ni do isso é pos sí vel de fi nir a em ba la gem ideal, a cus tos com pe ti ti vos.

cper mi tia o con ta to da gor du ra da ra ção com a mão do con su mi dor na hora da com pra. Com o vi sual da em ba la gem pre ju di ca do, uma quan­ti da de ex pres si va do pro du to era re jei ta da nos pon tos­de­ven da.

A subs ti tui ção do PEBD por uma re si na io no mé ri ca se lan te, o Surlyn, da Du Pont, re sol veu o pro­ble ma da mi gra ção de gor du ra e da se la gem de fi cien te. O pre ço da em ba la gem au men tou 15%, mas, se gun do Sol ler, isso foi com pen sa­do pelo au men to da ve lo ci da de nas li nhas e pela di mi nui ção das per das de em ba la gens com se la gem in sa­tis fa tó ria. “Ou tra van ta gem foi a me lho ria da ima gem do pro du to pe ran te os com pra do res”, ele diz.

Com esse caso, o coor de na dor de em ba la gens da Du Pont do Bra sil cha ma a aten ção para um pon to

o baratoNa es co lha da em ba la gem é pre ci so le var em con ta o cus to ocul to

foto

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42 – embalagemmarca • nov 99

Sem con fu São na eS co lha

No vos sa bo res e em ba la gemA Par ma lat apre sen ta novo pa drão vi sual nas em ba la gens de toda a sua li nha de chás pron tos. A ino va ção vem para acom­pa nhar o lan ça men to de ver sões light dos chás em lata e de no vos sa bo res (tan ge ri na e fru tas ver me­lhas). A li nha já con ta va com os sa bo res pês se go, li mão, mate­li mão e maçã, em cai xi nhas te tra brik de

Ho me na gem para pre sen tearCom pre vi sões de cres ci­

men to em vo lu me en tre

10% e 12% e fa tu ra men to

de cer ca de R$ 30 mi lhões

para este Na tal, a Vis con ti

apos ta em so fis ti ca ção na

sua li nha de pa neto nes.

As tra di cio nais la tas

de co ra ti vas que acon di­

cio nam os pa ne to nes de

1kg fo ram re de se nha das

es pe cial men te para tra zer

ima gens do des co bri men­

to do Bra sil, em alu são

aos 500 anos do mo men­

to his tó ri co, mos trando as

ca ra ve las de Pe dro Ál va­

res Ca bral e, em pri mei ro

pla no, as fa tias do qui tu te

com iluminação especial

Para aten der à cres cen te de man da de con su mi do res que se preo cu pam com a saú de e a for ma, a Sa dia lan çou a ver são light de sua con sa gra da mar ga ri na Qualy. A em ba la gem, que des ta ca o logo “light” em azul para di fe ren ciação na gôndola da tra di cio nal, foi de sen vol vi da pela Bench mark De sign To tal. Dis po ní vel em po tes de 250g e 500g, com sal, a nova Qualy Light pro me te per­ma ne cer com o mes mo aro ma, cre mo si da de, sa bor e tex­tu ra da sua “irmã”. A prin ci pal preo cu pa ção na cria ção da nova em ba la gem foi a pre ser va ção da iden ti da de da mar ca, po rém fa ci li tan do ao má xi mo a es co lha do con su­mi dor nos pon tos­de­ven da pela di fe ren cia ção de de sign.

200ml e 1 li tro. As ver sões diet nos sa bo res pês se go e mate­li mão em cai xi­nhas 1000 ml es tão sen do subs ti tuí das por ver sões light, en quan to os mes­mos sa bo res, ao lado dos no vos, es tão sen do co mer cia li za dos em la tas de 330ml. Se gun do a pró­pria Par ma lat, a lata será es ten di da aos ou tros sa bo res.

Xan dô com tampa de roSca

A em ba la gem do lei te

tipo A e do suco de

la ran ja da La ti cí nio Xan­

dô con ta ago ra com tam­

pa de ros ca. An tes de

pro mo ver a mu dan ça da

tam pa e do bo cal das

gar ra fas, a em pre sa rea­

li zou uma pes qui sa de

mer ca do que de mons­

trou a pre fe rên cia dos

con su mi do res pela tam­

pa de ros ca. A Xan dô

pas sou en tão a de sen­

vol ver, jun to aos for ne­

em uma mesa com deco­

ração natalina. Sob o slo­

gan “Des cu bra a rota de

um Na tal azul”, a cam pa­

nha da Vis con ti apre sen ta

as la tas co me mo ra ti vas

como op ção ideal para

pre sen tear. E há mais

no vi da des: o bolo na ta li­

no Mon te Bian co, sem

fru tas cris ta li za das, ga nha

uma nova ver são, com

Gla cê, em for ma to ar re­

don da do e com em ba la­

gem em papel car tão

azul. Toda a cam pa nha

dos pa neto nes foi cria da

e de sen vol vi da pela

Ko mat su Co mu ni ca ção.

ce do res, es tu dos e tes­

tes com a nova em ba la­

gem, relacionados com o

ma nu seio e com a pre­

ser va ção da qua li da de

dos pro du tos.

foto

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ão

Page 34: Revista EmbalagemMarca 006 - Novembro 1999

A Nis sin, em pre sa de pro­

du tos ali men tí cios, está

lan çan do uma nova li nha de

mas sas, o Spag het ti Nis sin,

com qua tro ti pos de tem­

pe ros: chi nês, ita lia no,

es pa nhol e fran cês. As

em ba la gens fo ram cria­

das pela Es bo ço De sign

e mos tram a foto do pro­

du to pron to, com fun­

do azul. Um splash

traz o nome de cada

sa bor do macarrão e uma ban dei­

ri nha iden ti fi ca o país de ori gem do tem pe ro.

Display

44 – embalagemmarca • nov 99

Ino va çõeS quen teS para oS frIoS

Atuan do no mer ca do de frios e car nes suí nas há mais de qua ren ta anos, a Ba tá via apre sen ta no vi da­des na sua li nha de pro­du tos e em suas em ba la­gens. os frios fa tia dos Ba ta vo es tão sen do lan­ça dos no mer ca do em em ba la gem de 200g, ideal para o con su mo rá pi do – por en quan to, es tão dis­po ní veis os sa la mes ham­bur guês e ita lia no. Já a li nha de frios e car nes suí­nas, com pos ta por 80 itens, está com novo de sign de em ba la gens, com ape lo mais mo der no e bus can do iden ti da de

vi sual úni ca. Com pre do­mi nân cia do bran co e azul, to das as no vas em ba la gens tra zem o lo go ti po pa dro ni za do na par te su pe rior. des ta cam­se, ain da, a mar can te fi gu­ra da ho lan de sa e as fo tos dos pro du tos. ou tra ino­va ção da Ba tá via é o lan­ça men to das em ba la gens de 500g de pre sun to, apre sun ta do e pre sun to de fu ma do com o prá ti co zip abre­fe cha. o dis po­si ti vo, além de fa ci li tar aber tu ra e ma nu seio, con ser va os pro du tos por mais tem po den tro da pró pria em ba la gem.

deS ta que na gôn do la

A Hem mer, tra di cio nal fa bri can te de con ser vas de San­ta Ca ta ri na, está lan çan do três no vos sa bo res na sua li nha de xa ro pes: tan ge ri na, ma ra cu já e pês se go. Os ró tu los das gar ra fas plás ti­cas de um li tro ga nha ram co res mar can tes, para ga ran tir maior des ta que no pon to­de­ven da O xa ro pe é um con cen tra do fei to à base de fru tas, açú car e água, co lo ri do e aro ma ti­za do. Cada gar ra fa ren de nove li tros de suco.

Xaropes para o verãoeS pa gue te InternacIonal

A li nha de mas sas da Pa vio li teve as em ba la­gens re de se nha das pela gAd’de sign, ga nhan do as co res ver me lha e ver de, para re lem brar a itá lia. os pa co tes plás ti cos têm uma gran de área de trans pa­rên cia, res sal tan­do os pro du tos. A lo go mar ca foi pri vi le gia da

Pa vio li re for mu la em ba la gensem to dos os la youts e tam bém ga nhou des ta que o avi so de que a mas sa é fres ca e fei ta com ovos.

co mer cia li za do em duas

ver sões: sus pen são oral

e com pri mi dos mas ti gá­

veis, nos sa bo res men ta e

mo ran go. O objetivo da

mudança de embalagem é

dar mais vi si bi li da de ao

pro du to no pon to­de­ven­

da. “Como fi cam ex pos tos

na gôn do la, tor na­se

in dis pen sá vel con tar com

uma em ba la gem mo der­

na”, diz Car los Cé sar

Ben tim Pi res, ge ren te res­

pon sá vel pelo pro du to.

O gru po Aché está

mo der ni zan do as em ba la­

gens do an tiá ci do Mylan­

ta Plus. O me di ca men to é foto

S:

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ão

Page 35: Revista EmbalagemMarca 006 - Novembro 1999

Para apre sen tar ao con su mi dor uma li nha de pro du tos com nova iden ti da de vi sual, a in dús­trias mül ler de Be bi das de sen vol veu um novo ró tu­lo para a Ca ni nha 29, uma das mar cas po pu la res da em pre sa, que fa bri ca tam­bém a Ca ni nha 51. Com pro du ção men sal de 180 mil dú zias, a 29 é di ri­gi da ao pú bli co ha bi­tua do ao con su mo da “ca cha ça de gar ra fa”, como é po pu lar men te co nhe ci da a aguar­den te co mer cia li za da em gar ra fas de vi dro âm bar de 600ml. o novo la yout do ró tu lo va lo ri za o lo go ti po, nas co res ver me lha, la ran ja e bran ca.

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46 – embalagemmarca • nov 99

A Da ve ne está di ver si fi can do a atua ção na área de cos mé ti cos in fan tis com o lan ça men to dos pro­du tos com os per so na gens da Tur­

Tur ma da Mô ni ca Da ve nema da Mô ni ca, de Mau rí cio de Sou­za. As em ba la gens er go nô mi cas são co le cio ná veis (a base vira um “por ta­tre co”) e têm co res vi vas e atraen tes, para cha mar a aten ção das crian ças. A Da ve ne rea li zou tes­tes por dois me ses até che gar aos atuais pro du tos, com in gre dien tes na tu rais e sua ves, sem a uti li za ção de ne nhum in gre dien te ani mal. En tre as no vi da des da li nha Tur ma da Mô ni ca es tão as co lô nias, em so fis ti ca das em ba la gens de vi dro.

ró tu lo novo da ca nI nha 29

pro du toS vIl le re for mu la doS

Com no vas co res – ver de es cu ro e co bre – nova as si na­tu ra e lo go ti po, as em ba la gens dos óleos e da mar ga ri­na vil le, da San tis ta, es tão mais so fis ti ca das. As la tas e gar ra fas de vi dro do azei te se guem o mes mo pa drão do azei te es pa nhol, com co res es cu ras e dou ra do. os ró tu­los das gar ra fas de Pet dos óleos de gi ras sol e ca no la são me ta li za dos, para dar maior no bre za ao pro du to. A em ba la gem da mar ga ri na de gi ras sol se gue o pa drão clean, e as da tas de fa bri ca ção e va li da de ago ra são im pres sas na tam pa, para pro por cio nar maior vi si bi li da­de ao con su mi dor. As mu dan ças fi ca ram a car go da ofi ci na d’ de sign, que tam bém criou a nova as si na tu ra dos pro du tos: “vil le. de bem com a saú de”.

farné SeragInI

A Se ra gi ni De sign está se as so­

cian do ao es cri tó rio fran co­ita lia­

no Far né­Rou let, crian do a Far né

Se ra gi ni.

Bran dIng on-lIne

Quem se en con tra com

pro ble mas para cria ção de

mar cas já pode con sul tar

o site da JR Brands (www.

jrbrands.com.br). Cria da pelo

es cri tor e con sul tor José

Ro ber to Mar tins, a pá gi na

per mi te a cria ção de no mes

no vos, en co men da de so lu­

ções de iden ti da de grá fi ca

em 24 horas ou me nos, sa ber

como a mar ca é ava lia da, ler ar ti­

gos e pes qui sas so bre mar cas,

mar ke ting e co mu ni ca ção, fa zer

down load do li vro O Im pé rio das

Mar cas, con tra tar ser vi ços pu bli ci­

tá rios e com prar o soft wa re Na me­

Buil der Bra sil 1.0 – pro gra ma que

aju da a criar mar cas por ca te go ria,

além de ge rar no mes com so ta que

bra si lei ro.foto

S:

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ão

Page 36: Revista EmbalagemMarca 006 - Novembro 1999

Ações simples podem evitar dores

de cabeça na distribuição. Um

exemplo disso é dado pela sub­

sidiária francesa

da Beiersdorf (que

produz e embala

produtos da

Nivea). Com

produção focada

em cosméticos,

essa unidade

exporta cerca de 70% do que pro­

duz, principalmente para Alemanha,

Itália, Espanha e Bélgica. Para ras­

trear a produção e

identificar even­

tuais problemas, a

empresa conta

com onze codifi­

cadoras ink­jet

Jaime 1000 S4

Plus, da Imaje.

Display

48 – embalagemmarca • nov 99

facIlItando o controle

de caBeça para BaIXo

A li nha Gran’Dia de bis coi tos, da Da no ne, está ga nhan do no vas em ba la gens. A mudança faz par te da es tra té gia de re vi ta li za ção da lin gua gem vi sual da marca. A re for mu la ção, que fi cou a car go da Otto De sign, ver ti ca li zou as em ba­la gens, para acon di cio nar o novo for ma to do bis coi to e pos si bi li tar uma ex po si ção em con jun to, propi­ciando a formação de desenhos na gôndola. Com ape lo à com po si ção do pro du to, à base de ce reais, com fru tas, lei te e mel adi cio na dos, as em ba la gens se rão su por ta das por ma te riais di fe ren cia dos de PDV.

Gran’Dia re vi ta li za da

A Spri te, re fri ge ran te sa bor li mão da Coca­Cola, está indo ao mer ca do com uma mu dan ça pou co usual. o ró tu lo das em ba la gens des car tá veis está sen do im pres so de ca be ça para bai xo.Se gun do o de par ta men to de mar ke­ting da em pre sa, a ir re ve rên cia, re pre sen ta da pela mu dan ça da em ba la gem, será ca paz de iden ti fi­car o pro du to jun to ao fi lão com pos­to pe los “tee na gers”. Por en quan to, a ino va ção está res tri ta à gran de São Pau lo, à re gião de Cam pi nas e ao mato gros so do Sul – áreas co ber tas pela Pa nam co, dis tri bui do­ra bra si lei ra da gi gan te ame ri ca na. mas até ja nei ro de 2000 será en con­tra da em todo o Bra sil.

Mais no vi da des em cos mé ti cagrip pes & gobé e o pro je to grá fi co fi cou a car go da agên cia na cio nal de zign com Z. A par ce ria fran co­bra si lei ra re sul tou nas tam pas disk­top – sis te ma que ga ran te pra ti ci da­de na aber tu ra dos pro du tos – e em

co res di fe ren tes para cada fa mí lia de pro du tos. os fras­cos têm li nhas re ti lí neas, o que pro pi cia fa ci li da de de

ma nu seio. Com isso, a em pre sa pre ten de

au men tar em 20% o vo lu me de ne gó cios

em pro du tos para ca be lo em um ano.

Selo ecológIco

As em ba la gens de pa pel car tão es tão re ce ben do o selo “Apro va­do pela Na tu re za”. A cam pa nha dos pro du to res res sal ta as qua li­da des eco ló gi cas da embalagem.

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A Na tu ra lan çou uma li nha para tra­ta men to de ca be los, que con ta com 18 no vos pro du tos, en tre xampus, con di cio na do res e fi na li za do res. Ba ti za da de Na tu ra in te ra ge, o lan­ça men to teve suas em ba la gens cria das pelo bu reau fran cês des­

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EVENTOS

• Pack De sign Show – se rão apre sen ta das as úl ti mas no vi da­des e ten dên cias em de sign de em ba la gem e pro je tos de re fe rên­cia e des ta que em cria ção de em ba la gem. Dia 30 de no vem bro, no Ho tel Me liá, em São Pau lo. In for ma ções: (11) 259­4489.

• GPE – Gru po de Pro fis sio nais de Em ba la gem – lan ça men to ofi­cial do GPE, com sede na As so cia­ção Bra si lei ra de Em ba la gem (ABRE). Dia 24 de no vem bro, às 18h30m na Casa Rho dia, em São Pau lo. In for ma ções: (11) 282­9722.

• I Se mi ná rio Re gio nal de De sign, Mar ke ting e Lo gís ti ca de Em ba la gens – pro mo vi do pelo Ibra log (Ins ti tu to Bra si lei ro de Lo gís ti ca) para pro fis sio nais da área de de sign, mar ke ting e lo gís­ti ca, tem o ob je ti vo de des ta car a im por tân cia da em ba la gem como in te gra do ra lo gís ti ca para os se to­res de ali men tos, be bi das, saú de, be le za, lim pe za, au to mo ti vo, fa bri­can tes de em ba la gens em ge ral, em pre sas de lo gís ti ca e de trans­por tes. En tre os pa les tran tes es tão Nyssio Fer rei ra Luz, pre si den te do Ibra log, Luís Madi, coor de na dor do Ital, Gra ham Wal lis, di re tor do Da ta mark, Vic tor Myer freund, di re­tor co mer cial da Cho co la tes Ga ro­to, e Ma ria Inês Mu rad, ge ren te de mar ke ting da Gessy Le ver. Du ran­te o even to, será ofi cia li za do o con vê nio de coo pe ra ção téc ni ca en tre o Ibra log e o Ital/Ce tea. Dias 2 e 3 de de zem bro no au di tó rio do Mi nas Tra de Cen ter, em Belo Ho ri­zon te (MG). In for ma ções pelo tele­fone (31) 444­4794 ou no site do Ibralog (www.ibralog.org.br).

esta se ção en con tram-se, em or dem al fa bé ti ca, os nú me ros de te le fo ne das em pre sas ci ta das nas re por ta gens da pre sen te edi ção. Em ba la gEm­mar ca fica à dis po si ção para outras in for ma ções.

Como Encontrar

Kraft Lacta Suchard Brasil0800 115 553

Lindoya (11) 3315­8800

Liotécnica (11) 494­6444

Mack Color (11) 6941­4499

Málaga Produtos Metalizados (11) 7201­4630

Martins ­ Divisão Marbo Logística Integrada

(34) 230­3003

M Design (11) 833­0969

Mira Transportes/Target Logística(11) 229­0455

New Design (11) 5505­3200

Novelprint (11) 268­4111

Nutrimental (41) 283­3344

Ouro Fino (41) 321­3001

Perrier Vittel do Brasil(21) 553­1702

Pial Legrand (11) 522­5544

Prodesmaq (19) 876­5000

Rhodia­ster (11) 5188­1300

Rigesa (19) 869­9301

Sette Mineral (11) 7802­1002

Sleever International(11) 5641­3356

Tankpool (11) 816­1811

Yoki Alimentos (11) 740­4101

ABINAM­ Associação Brasileira da Indústria Nacional de Águas Minerais (11) 816­0484

ABML ­ Associação Brasileira de Movimentação e Logística (11) 549­4954

Ajax Baterias (14) 230­1933

Aji­no­moto (11) 5080­6700

Andersen Consulting(11) 5188­3000

Arcor (11) 3046­6800

Arisco 0800 111 800

Art3 Design (11) 3862­9597

ASLOG ­ Associação Brasileira de Logística

(11) 5084­2267

Avery Dennison/Fasson0800 557 600(19) 876­7600

Bombril­Cirio (11) 455­7700

CISPER (11) 206­8000

CIV (81) 271­0122

Crystal (11) 547­7820

Danzas Logística (11) 6464­1047

Deca (11) 3874­1847

Du Pont do Brasil (11) 7266­8382

Datamark (11) 870­1810

Gessy Lever (19) 965­4520

Hércules Serviços Logísticos (11) 7295­0644

Itapemirim Cargas (11) 6465­8402

N

A Ex po Drink – Fei ra In ter na cio­nal de Be bi das, foi adia da para o ano que vem, de 30 de agos to a 1º de se tem bro, em São Pau­lo. Informações pelo telefone (11) 3063­2911.

nov 99 • EmbalagemMarca – 49

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Almanaque

50 – embalagemmarca • nov 99

O de sen vol vi men to da tec no lo gia de me tais du ran­te o sé cu lo XIX re pre sen­tou a pri mei ra opor tu ni da­de real para fa bri can tes e in ven to res in te res sa dos em sa tis fa zer a de man da de uma so cie da de afluen te por pro du tos se gu ros. O re sul ta do foi uma en xur ra­

Mui tas pes soas su põem que o nome do an tiá ci do Eno te nha a ver com o ra di cal da pa la vra eno lo gia, já que o pro du to é um de ri va do do áci do tar tá ri co, ob ti do como sub pro du to da in dús tria do vi nho, ou seja, de uvas. No en tan to, essa re la ção não exis te. O que ocor­reu foi o que se cos tu ma cha mar de fe liz coin ci dên cia: em 1920, o la bo ra tó rio Bee cham, até hoje fa bri can te do fa mo so Sal de Fru ta, com prou a mar ca e a fór mu la do fa bri can te ori gi nal in glês, J. C. Eno. Pro du zi do des­de 1846, o Sal de Fru ta Eno foi lan ça do no Bra sil em 1928. Foi acon di cio na do em fras co de vi dro até 1990, quan do pas sou para PET, com for ma to idên ti co.

Vem da uva, mas o nome é mera coincidência

Revolução industrial

Em 1815, o go ver no fran cês ofe re ceu um prê mio a quem in ven tas se uma ma nei ra de man ter os ali men tos fres cos por lon go tem po e trans por tá­veis a gran des dis tân cias. O con cur so foi ven ci­do por Ni cho las Fran çois Ap pert (1750­1841). Par tin do do prin cí pio de que o ar es tra ga va os ali men tos, ele criou o pro ces so de con ser va ção dos ali men tos por aque ci men to. Com isso, Appert ga nhou um lu gar na his tó ria como fun­da dor da in dús tria de pro ces sa men to de ali men­tos. Do go ver no fran cês, ele recebeu uma me da­lha de ouro e o tí tu lo de “ben fei tor da hu ma ni da­de”. A Fran ça era en tão go ver na da por Na po­leão Bo na par te, que lan ça ra o con cur so com a fi na li da de de fa ci li tar o abas te ci men to de suas tro pas nas guer ras de con quis ta. Os ali men tos con ser va dos pelo pro ces so de Ap pert es trea­ram na guer ra ain da em 1815, na ba ta lha de Wa ter loo, aquela que foi o fim da trajetória do imperador.

Estréia em Waterloo

19501928 1980

da de pa ten tes nos Es ta­dos Uni dos, in cluin do a pri mei ra em ba la gem des­car tá vel (lata de con ser va com cin to re mo ví vel) e a tam pa tipo crown. Fo ram in ven ta das res pec ti va­men te em 1885 e 1892, am bas por Wil liam Pain ter.

Além do champagne, o abade Don Pérignon criou o sistema de fechamento até hoje usado nas garra­fas. O gás do novo vinho “expulsava” as rolhas de madeira usadas até então. Ele as substituiu por rol­has de cortiça amarradas com arame. Ano: 1670.

Boas idéias permanecem

Faz tempo. . .Atual men te, com o cres­cen te ten dên cia de ven­das em auto­ser vi ço, pro du tos im pres cin dí­veis, como o ci men to, são acon di cio na dos em em ba la gens vis to sas e atraen tes. O ob je ti vo, se gun do os es pe cia lis tas, é le var o dono da loja a ex por a mer ca do ria, para

que o con su mi dor a veja e, cla ro, a com pre. A Companhia Lupton já caprichava em 1900.