Revista InterBuss - Edição 118 - 28/10/2012

Corretoras acreditam queencarroçadora caxiense leva vantagem na concorrência

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 3 • Nº 118 28 de Outubro de 2012

RETROCESSO EM BH

Empresas, montadoras e poder público articulam para colocar ônibus com chassi de motor dianteirono corredor BRT da capital mineira; Especialistas reagem

RETROCESSO EM BH

NOS DOIS ANOS DA REVISTA INTERBUSS, O PRESENTE É SEU!CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK. QUANDO CHEGARMOSA 1500 FÃS, SORTEAREMOS ESTA RÉPLICA DO MARCOPOLOPARADISO G7. E COM 2000 FÃS, SAIRÁ MAIS UMA RÉPLICA!

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INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

E FIQUEM LIGADOS! MAISPROMOÇÕES VIRÃO NOS PRÓXIMOS DIAS!

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Página 13

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Curitiba aprova o fim da duplafunção nosônibus urbanosAprovação ocorreu na Câmara Municipal. Agora, todos os ônibus deverão ter cobradoresauxiliando os motoristas 12

BH NA CONTRAMÃODO DESENVOLVIMENTO

Empresas, montadoras e poder público articulam colocar veículos mais baratos paraoperarem nos corredores BRT da capital mineira, representando um retrocesso no transporte

| As Fotos da Semana

E em breve tem atualização do Portal InterBuss! Participeenviando a sua foto de ônibus para [email protected]

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

24

| A Semana em Revista

Mesmo com lei que obriga, usuário não usa cinto de segurançaAcidente com ônibus da 1001 expôs insegurança dos passageirosque não usam o cinto 09


Página 13

ANO 3 • Nº 118 • DOMINGO, 28 DE OUTUBRO DE 2012 • 1ª EDIÇÃO - 22h16 (S)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraEm Taboão 20

EDITORIALO retrocesso em Belo Horizonte 6

SEU MURALA seção especial do leitor 23

COLUNISTAS Fábio Takahashi TanniguchiWindows 8 22

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

Obs: O Diário de Bordo,excepcionalmente, não é publicado nesta edição.

COLUNISTAS Adamo BazaniAs empresas e o social 26


Atenção leitor: a 15ª atualização da Galeria de Imagens do Portal InterBuss será feita no dia 7 de julho. Envie sua foto [email protected] e participe!

Empresas, montadoras e poder público articulam colocar veículos mais baratos paraoperarem nos corredores BRT da capital mineira, representando um retrocesso no transporte

PÔSTERIveco Eurorider 14

Iveco Latin America

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

| Testes com Iveco

Belo Horizonte irá testar ônibus movido a GásNatural VeicularIveco Eurorider vai circular em uma linha da Região Metropolitana de Belo Horizonte a partir de amanhã, em caráter de testes 21

TESTES COM IVECOBH testará Eurorider movido a GNV 21

| Deu na ImprensaAgrale completa cinquenta anos pensando no futuro com crescimentoAmpliação da área de atuação faz com que empresa cresça emvários segmentos 19


Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos ao Gustavo Bayde e ao Rodrigo Gomes pelo envio das fotos da Fetransrio 2012, e à organização do evento pela recepção.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

O que faltava aparecer nos BRTs brasileiros, apareceu, e veio da capital min-eira, região que já tem um longo histórico de renovação de frota com veículos de tecnologia inferior. Há alguns anos, a frota da região de Belo Horizonte era padronizada com veículos de motor traseiro, mesmo que alguns deles sendo de potência menor, porém o conforto era muito maior. Até veículos articulados apa-receram por lá, fazendo um transporte muito mais humano e de qualidade. Com o tempo, brechas na legislação permitiram que as em-presas passassem a comprar veículos com mo-torização dianteira, inferiores em conforto por serem adaptados de caminhões. Praticamente a frota toda, em pouco tempo, foi padronizada com esses ônibus. Agora, com o BRT na capi-tal mineira, esperava-se uma nova organização do sistema, com veículos modernos e, obvia-mente, com ônibus de motorização traseira ou central, o que é muito melhor para o passage-iro, e mais caro para o empresário. É aí que todos foram enganados. As empresas da região estão se organizando junto com a Mercedes-Benz para adquirirem ônibus com motor dian-teiro para operar nos corredores BRT. Isso é um tremendo de um absurdo e

um retrocesso gigantesco. Como que um cor-redor BRT, que deve ser um exemplo para mui-tos outros lugares, pode ser operado com veícu-los que são um verdadeiro atraso na tecnologia do transporte de passageiros? Segundo infor-mações obtidas, esses veículos seriam com três eixos, ar condicionado e embarque à esquerda. As justificativas principais são: que a BHTrans não fez exigência de tecnologia para os ônibus, deixando em aberto para que as empresas fizes-sem a compra que assim desejassem, e que o motor localizado na parte dianteira do veículo não atrapalha o embarque feito à esquerda. E os itens de conforto, como suspensão a ar, nível de ruído interno, etc? De acordo com as informa-ções, seriam cerca de 1200 veículos com essas características que operariam em conjunto com os ônibus articulados a serem comprados para a operação do BRT. Se as empresas já estão se articulando para comprar esses veículos retrógrados, al-guém tem dúvida que vão se articular também para não comprarem os veículos articulados? Até quando o poder público vai continuar aten-dendo interesses escusos de alguns empresários que resistem em comprar ônibus com motor tra-seiro ou central? O Rio de Janeiro deu o grande

O retrocesso noBRT de Belo Horizonte

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial exemplo até agora, fazendo compras corretas de

ônibus para a operação do seu primeiro corredor exclusivo, o Transoeste. Muita gente duvidou dos empresários cariocas e da capacidade da prefeitura local de fazer tal exigência de frota, sendo que a cidade tinha até então um trans-porte desorganizado e com quase a totalidade da frota composta por veículos de motor dian-teiro, e boa parte ainda com micros e midibus. Quando os primeiros articulados chegaram, foi um tapa na cara dos críticos, e a operação está aí, para todo mundo ver. Por conta da divulgação das infor-mações referentes a esses veículos de mo-tor dianteiro para o BRT de Belo Horizonte, a Mercedes-Benz entrou em contato com os responsáveis pela matéria, publicada no jornal Estado de Minas, e informou que não foi dito nada disso que foi relatado, que não há nenhum acordo, e que não há nada sobre esses veículos para o BRT mineiro. No mínimo, isso é querer subestimar a capacidade de pessoas entendidas em transporte. A crítica ao “acordo” foi pesa-da, sobretudo vinda de vários especialistas do setor. É necessário que o Brasil deixe de lado a mesquinharia e faça um transporte coletivo de qualidade para todos. Não é possível que com dois enormes eventos batendo às portas de várias cidades, o transporte coletivo con-tinue sendo um exemplo de retrocesso. Se for necessário comprar veículos com motor tra-seiro, que assim seja feito. Afinal, o usuário paga tarifa, e tarifa cara, para ter um mínimo de respeito e conforto.

REVISTAINTERBUSS Expediente

• O Globo / Yahoo Notí[email protected] “O uso do cinto de segurança não vai impedir que haja o acidente (de ônibus), mas é capaz de reduzir significativamente a quantidade e a gravidade das lesões, as-sim como o número de mortes”. A frase foi dita na quarta-feira pela inspetora da Polícia Rodoviária Federal Marisa Dreys, mestre em antropologia urbana pela UFF e autora de uma tese sobre o comportamento de mo-toristas no trânsito (“Se meu carro falasse”). A validade da mensagem foi comprovada por Maria Célia Dinez, de 60 anos, uma das vítimas do acidente com o ônibus da Viação 1001, na segunda-feira, na Rio-Teresópolis, que matou 15 pessoas e deixou 12 feridas. Sem saber, Maria cumpriu uma lei pouco con-hecida, pouco respeitada e raramente fiscal-izada - e salvou sua vida. Ela estava usando o cinto de segurança, como manda o artigo 105 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que determina que o equipamento deve ser uti-lizado tanto em linhas intermunicipais como interestaduais - a exceção são as urbanas, que aceitam passageiros em pé. Relatos de vítimas do acidente reve-laram que a maioria dos passageiros não usa-va o equipamento de proteção, embora todos os assentos o tivessem, de acordo com fiscal-ização da Agência Nacional de Transportes Terrestres feita ainda na Rodoviária de Itape-runa, de onde o veículo partiu rumo ao Rio. De acordo com o diretor técnico-operacional do Departamento de Transporte Rodoviário do estado (Detro), João Cassimiro Araújo, os ônibus de linhas intermunicipais são visto-riados anualmente para aferir suas condições de circulação, entre elas a presença do cinto. Segundo ele, as vans habilitadas para o trans-porte complementar intermunicipal são visto-riadas duas vezes por ano. Mas não há fiscal-ização para saber se os passageiros usam o

Divulgação

TRAGÉDIA NO RJ

OBRIGATÓRIO • Apesar da lei, poucos passageiros fazem o uso do cinto de segurança

A S E M A N A R E V I S T ADE 21 A 27 DE OUTUBRO DE 2012

REVISTAINTERBUSS • 28/10/12 07

Apesar da obrigação do uso do cinto de segurança em ônibus rodoviários, não há fiscalização e ospassageiros ignoram

Cinto de segurança: sem fiscalização, ninguém usa

cinto. Ele atribuiu a responsabilidade pela fiscalização ao Detran, que, por sua vez, re-passou-a ao Detro. O texto da artigo 65 do CTB diz: “É obrigatório o uso do cinto de se-gurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em situa-ções regulamentadas pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito)”. A PRF informou que fiscaliza os ônibus por amostragem e que há casos em que motoristas foram multados por infringir o CTB, ao permitir que passageiros viajassem sem o cinto. A multa é de R$ 127, com perda de cinco pontos. Na quarta-feira, o número de mor-tos no acidente na serra subiu para 15, com o falecimento de Ernestina Santos, de 81 anos.

Em estado gravíssimo, ela estava no Hospital das Clínicas de Teresópolis com traumatis-mos no crânio, no tórax e no abdômen. Em Miracema, houve muita comoção no sepul-tamento de José Neves Mota, de 59 anos, e de sua mulher Maria Aparecida, de 53, outras vítimas do acidente. Eles chegaram atrasados à rodoviária de Itaperuna para pegar o ônibus e, de táxi, percorreram mais de 50km até con-seguir embarcar. Também na quarta-feira, em Fribur-go, três carros, entre eles o de Roberta Nacif, foram atingidos por um ônibus da 1001 na Avenida Rui Barbosa, no Centro, que depois bateu num poste. Segundo ela, o motorista disse ao dono de outro veículo que o acelera-dor ficou preso.

Defensoria apura responsabilidade da ANTT no acidente da 1001

28/10/12 • REVISTAINTERBUSS08

A S E M A N A R E V I S T ATRAGÉDIA NO RJ

• Jornal do [email protected]

A Defensoria Pública da União (DPU) no Rio de Janeiro (DPU/RJ) vai apu-rar se há responsabilidade da Agência Na-cional de Transportes Terrestres (ANTT) no acidente do ônibus da Viação 1001 ocorrido na Rodovia Rio-Teresópolis (BR-116), na última segunda-feira (22). O acidente deixou 15 mortos e 14 feridos. O defensor público federal Daniel Macedo, titular do 2° Ofício de Direitos Hu-manos e Tutela Coletiva da defensoria, disse hoje (25) que é competência da agência fis-calizar o transporte estadual e interestadual. O grande número de autos de infrações apli-cados à Viação 1001, somente este ano, des-pertou o interesse da defensoria em apurar o acidente. “O fato é que a própria ANTT afir-mou que tinha feito uma vistoria nesse ôni-bus pouco antes de ele sair de seu destino. Somado a isso, existe o fato de essa empresa [Viação 1001] ter cerca de 700 autos de infra-ção, sendo 183 autos aplicados pela ANTT”, explicou. Macedo ressaltou que é preciso averiguar também se a agência está preparada para fiscalizar os ônibus de forma adequada. “O que a gente tem que verificar é se a ANTT tem estrutura suficiente para vistoriar todos os ônibus. Se não tem, ela precisa se estrutur-ar. Há a necessidade de uma fiscalização mais aprofundada, verificar se os pneus estão fora das condições de uso. Olhar se o banheiro do ônibus têm condições de higiene, isso não é

Adilson Ribeiro

ACIDENTE • Inércia da ANTT será apurada pela Defensoria Pública da União no RJ

Câmeras mostram erros de motoristas• G1 SP [email protected] Quem anda de ônibus sabe a dificul-dade que é esperar por muito tempo no ponto, além do aperto e de motoristas que não param ao sinal do passageiro. Todas essas cenas são reg-istradas por quase mil câmeras de segurança em ônibus de Diadema, no ABC, e as primeiras ima-gens mostram que quem usa o transporte público corre grandes riscos. Em um deles, o motorista não larga o celular, falando por quase cinco minutos enquan-to dirigia. Ele não tirou o telefone do ouvido por nada. Quando trocava de marcha, largava a di-reção. Às 7h, no horário de pico, outro motorista

só prestava atenção na conversa dele. O homem queria pagar a passagem, mas ficou esperando. São quatro câmeras em cada ônibus - uma fica do lado de fora. É possível ver se o motorista não parou no ponto, ou saber de quem foi a culpa num acidente. “Tudo hoje a gente tem condições de monitorar pelas câmeras: vandalis-mo contra o patrimônio, assalto contra o usuário, agressão contra funcionários, entre outras coisas, como acidentes”, diz Fernando Éder Pedroso, coordenador de planejamento de uma viação de Diadema. As outras três câmeras mostram o que acontece dentro do ônibus. A empresa diz que o monitoramento diminuiu os casos de vandalismo em mais de 70%. Uma câmera foi colocada em

cima do para-brisa, e tudo o que acontece na par-te da frente do ônibus fica registrado. ”A gente fica meio inibido para fazer nosso trabalho, mas depois se acostuma”, afirma o cobrador Ander-son Fontenelle.Os casos de fraude preocupam. O rapaz de capuz pagou a passagem para o motorista, desceu pela porta da frente e ninguém girou a catraca. “A gente verifica diariamente as imagens que são feitas na rua. Identificada a irregularidade, to-mam-se as devidas providências”, diz Carmilton Oliveira, supervisor de bilhetagem. As gravações mostram também outro lado da vida de quem anda de ônibus, como a gentileza, de quem cede o lugar para um idoso.

Diadema

suficiente”, ressaltou o defensor. A ANTT foi procurada para falar so-bre o assunto, mas até o fechamento da maté-ria não havia se pronunciado. A Viação 1001 informou, em nota, que representantes da empresa foram a hospi-tais onde vítimas no acidente estão internadas para dar assistência aos parentes e que todos os procedimentos para apoio estão em anda-mento. Já sobre a apuração de responsabili-dade pela Defensoria Pública da União, a em-

presa disse que não vai se pronunciar. Quatorze pessoas continuam inter-nadas, 12 em Teresópolis e duas no Hospital Municipal Miguel Couto, na zona sul da capi-tal fluminense. As causas do acidente estão sendo investigadas pela Polícia Civil e pela Polí-cia Rodoviária Federal. O laudo pericial que pode esclarecer as causas do acidente deve fi-car pronto em 15 dias. As principais hipóteses são defeito mecânico ou falha do motorista.


Expresso Regional segue operando após liminar

PRECARIEDADE • Dois ônibus da empresa tiveram problemas mecânicos na semana passada

DEPOIMENTO • Motorista que causou o acidente prestou depoimento: em estado de choque

São Roque/SP

• Jornal da [email protected] No sábado (20), o veículo que op-erava a linha São Roque/São Paulo apre-sentou defeito na avenida Brasil. De acordo com a assessoria de imprensa da Expresso Regional, vindo da capital, o ônibus foi atingido por uma peça metálica na interliga-ção com o eixo cardan, que é um dos princi-pais componentes do sistema de transmissão do veículo. Isso, no entanto, não impossibil-itou a chegada em São Roque. “Após efetuar o desembarque e o posterior embarque para retorno a São Paulo, o carro apresentou de-feito e foi substituído em 15 minutos, sendo que os passageiros seguram viagem normal-mente”, informou a assessoria. Já na terça-feira (23), outro veí-culo da empresa quebrou na avenida John Kennedy, próximo ao Largo dos Mendes. Segundo a assessoria de imprensa, o ôni-bus da linha Araçariguama/Itapevi tam-bém teve um desgaste no cardan, devido às condições da pista. A Expresso Regional informou, ainda, que o veículo não levava passageiros pois estava sendo recolhido para a garagem, foi consertado e voltou a operar no mesmo dia.

Retomada Cautelar No último dia 16 de setembro, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) publicou no Diário Ofi-cial a retomada cautelar de 12 linhas inter-municipais da Expresso Regional. Na semana passada, a empresa entrou com uma liminar para manutenção de seus serviços junto à população, que foi aprovada pela juíza Cynthia Thomé, da 6ª. Vara de Fazenda Pública. Isso permitiu que a Expresso Regional continuasse operando as linhas normalmente. Ao Jornal da Economia, na oca-sião, a empresa informou que não havia sido notificada da decisão antes da publica-ção no Diário Oficial. “A juíza, em primeira análise, entendeu que o processo de retom-ada cautelar impetrado pela ARTESP é ir-regular e contraditório”, disse a assessoria.

ARTESP Sobre a aprovação da liminar pela juíza, a ARTESP afirmou que pretende

recorrer da decisão. A assessoria de impren-sa da Agência informou que, desde 2010, a Expresso Regional vem sendo notificada e multada devido a inúmeras irregularidades no contrato de serviço de transporte cole-tivo de passageiros. “Depois de decorridos todos os pra-

zos oferecidos para manifestação da empresa e não tendo a mesma apresentado condições técnico-operacionais para continuar com as linhas, a ARTESP instaurou o procedimento administrativo que culminou na retomada cautelar da permissão de operação da Ex-presso Regional”, disse a assessoria.

Jornal de Economia

A S E M A N A R E V I S T A


Assaltos em ônibus assustam os usuários do transporte de Rio Claro

Violência

• Jornal [email protected]

Nos últimos dias, os roubos ocor-ridos dentro dos ônibus do transporte ur-bano têm sido muito discutidos nas redes sociais. Internautas rio-clarenses utilizam a internet como ferramenta para debater o as-sunto. Pelos relatos, percebe-se a preocupa-ção com o crescimento desse tipo de delito. Segundo os internautas, foram três assaltos em poucos dias. Os usuários questionam a utilidade das câmeras de videomonitora-mento instaladas nos veículos para coibir esse tipo de crime. Os ônibus da nova frota do trans-porte coletivo que começaram a circular em julho deste ano são equipados com três câmeras instaladas no interior dos veículos. Álvaro Bastiani, encarregado de tráfego da Rápido São Paulo, empresa responsável pelo transporte coletivo em Rio Claro, explica que, em caso de assalto, as imagens captadas pelas câmeras são encaminhadas para a polí-cia para investigação e identificação do autor do crime. Bastiani conta que a empresa regis-trou apenas um caso de assalto nesta semana. De acordo com ele, os roubos ocorrem com maior intensidade em determinadas épocas, como em finais de ano. Ele observa que nem sempre os delitos são cometidos por vários bandidos. Quase sempre é apenas um que

Jornal Cidade

pratica diversos assaltos até ser pego pela polícia. O crime geralmente é cometido por menores ou pequenos ladrões, visto que o volume de dinheiro em circulação nos ônibus é pequeno, já que a maioria das passagens é paga com cartões. Além disso, a cada troca de turno, o caixa é fechado e o dinheiro, re-colhido. As câmeras de videomonitoramento

podem não impedir o crime, mas inibem, pois a imagem do ladrão é gravada, o que facilita a identificação. Questionada sobre o assunto, a Sec-retaria Mobilidade Urbana e Sistema Viário informou “que as câmeras, bem como as ima-gens internas dos ônibus coletivos, perten-cem à empresa concessionária, que é a mais indicada a responder às questões”.

CRIMINALIDADE • Roubos nos ônibus estão assustando os usuários do transporte

• Correio do Estado [email protected]

Campo Grande/MS

25 novos ônibus equipados com GPS e climatizador chegam em breve Até o fim deste ano, 25 novos ônibus (cinco articulados) devem começar a circular em Campo Grande, conforme o diretor-presidente da Agência Munici-pal de Transporte e Trânsito (Agetran), Rudel Trindade Júnior. O contrato com o consórcio Guaicurus, declarado vencedor da licitação bilionária ontem, deverá ser assinado em 15 dias, segundo o dirigente municipal. O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) informou que os novos ônibus serão mod-ernos, com climatizadores e GPS. Trin-

dade completou que o espaço interno e o design dos modelos também serão mel-hores que os atuais. “Terão até motor den-tro das normas ambientais”, disse. Atualmente, a frota campo-grandense é de 545 ônibus. O novo con-trato prevê 60 novos veículos, que devem começar a rodar no prazo de três meses após a assinatura do contrato. Trindade acredita que o consórcio vencedor deverá substituir alguns ônibus da frota. “Mas sem contar com esses novos”, explicou. Para vencer a licitação, o consór-cio pagará R$ 20 milhões para a Prefei-tura. Conforme Trad, o dinheiro será desti-

nado à área de transporte. “Mas não vamos receber o dinheiro de uma vez. Fica para mim e para o próximo prefeito”, explicou. Trindade falou que dentro dessas melho-rias na área de transporte estão a reforma de terminais, a instalação de bicicletários nos terminais e a colocação de mais 700 abrigos de ônibus. “O dinheiro vai com-pletar o PAC da Mobilidade Urbana”, disse o diretor-presidente da Agetran. Para o prefeito, a cidade mudará o cenário de trânsito caótico. “Com esse passo, Campo Grande vai poder entrar de-finitivamente na mobilidade urbana”, pre-viu.


Três de nove empresas estão habilitadas na licitação do DF

Transporte Urbano

• R7 [email protected] O GDF (Governo do distrito Feder-al) divulgou na quinta-feira (25) o resultado do processo de licitação do novo modelo do Sistema de Transporte Público Coletivo, que inclui a renovação da frota de ônibus do DF. Apenas três empresas, de nove que partici-param, foram habilitadas para a entrega de propostas para licitação. São elas: Cidade Brasília, Pioneira e São José. O próximo passo será a abertura das propostas financeiras, que possuem o valor pedido para as operadoras pela ad-ministração do serviço. As empresas que ficaram de fora terão cinco dias úteis para recorrer e o GDF terá mais cinco dias para reavaliar estes casos. Uma das maiores em-presas de transporte público do DF, a Vi-plan, ficou de fora do processo, devido à falta de certidões. O governo acredita que até dezem-bro, a Bacia 1, que inclui Brasília, So-bradinho, Planaltina, Cruzeiro, Sobradinho II, Lago Norte, Sudoeste/Octogonal, Varjão e Fercal, já esteja operando. A expectativa do GDF é de que as empresas que vão operar nas outras quatro bacias que contemplam todo o DF, com-ecem a explorar o serviço já em janeiro. Elas vão ter 6 meses para substituir 3.500

Divulgação

NOVA FROTA • 3500 ônibus deverão ser trocados pelas novas empresas operadoras

ônibus, que serão comprados pelas empre-sas que vão amdinistrar as linhas. Os novos veículos vão ser movidos por um tipo de óleo diesel que polui menos. No dia 13 de setembro, o Ministé-rio Público do Trabalho (MPT) obteve na Justiça Trabalhista a suspensão da licitação para a concessão de ônibus para o trans-porte público do Distrito Federal. Foi de-terminada a suspensão dos efeitos do edital

até o julgamento, em primeira instância, da ação civil pública. O processo de licitação é dividido em cinco lotes, e os contratos de exploração terão validade de 10 anos de exploração. A estimativa de investimentos, por parte das empresas, é de R$ 7,7 bilhões na renovação total da frota de mais de 3 mil veículos e na implantação de tecnologia e de melhorias na infraestrutura.

• Terra [email protected]

Reino Unido

Motorista encontra gato no painel do seu ônibus após 190km. de viagem Um motorista de ônibus se sur-preendeu ao encontrar um gato preso no pai-nel do veículo após rodar cinco horas pelo condado de Devon, no Reino Unido. O cu-rioso é que Simon Mitchell rodou mais de 190 km achando que o ronronado que o ani-mal emitia durante a viagem era um barulho vindo do motor. As informações são do jor-nal britânico Daily Mail. O mistério do ronronado começou após diversos passageiros alertarem o mo-torista sobre um barulho estranho. Mitchell parou o veículo em diversas oportunidades para tentar encontrar a origem do som, mas não obteve sucesso nem checando o motor,

Reprodução

nem olhando embaixo dos bancos. “Quando carros passam por você, eles fazem um barulho, e (dessa vez) soava como miau. Eu pensava que estava ficando louco”, disse o motorista. “Eu parei várias vezes para olhar ao redor do ônibus e não encontrei nada”. Ele diz que toda vez que o veículo parava, o som estranho parava tam-bém. Somente quando o veículo retornou ao depósito, o motorista resolveu remover os painéis do veículo para ver se havia algo ali. Ele encontrou o gato dormindo tranqui-lamente. “Eu fiquei feliz em encontrá-lo, porque isso provou que eu não estava ‘lou-co’”, brinca.

• G1 Paraná [email protected]


A S E M A N A R E V I S T ADirige e Cobra

Câmara de Curitiba aprova fim da dupla função nos ônibus da cidade A Câmara Municipal de Curitiba aprovou na quarta-feira (24) o projeto de lei que proíbe a função dupla de motoristas de ônibus de Curitiba. A proposta de autoria do vereador Denílson Pires (DEM) passou em segundo turno pelo plenário e deve ainda receber a redação final antes de ser encamin-hada para apreciação do Poder Executivo. A discussão sobre o tema se prolongou e a ses-são chegou a ser estendida. O projeto já havia sido aprova-do em primeiro turno no dia 19 de abril de 2012, porém a segunda votação foi adiada por sete sessões no dia seguinte. O pedido foi feito pela bancada de oposição para que alterações fossem feitas no texto da lei, mas a proposição demorou seis meses para voltar à pauta do plenário por seguidos pedidos de adiamento. “Além do desemprego, esse modelo fere o Código de Trânsito e é uma reivindi-cação antiga, justa e plausível da categoria”, justificou Pires ao site G1. Pela lei, as empre-sas concessionárias de serviços de transporte coletivo da cidade não podem incumbir os motoristas de, simultaneamente, cobrar pas-sagem e conduzir o veículo. No caso de descumprimento, a primeira sanção é uma advertência escrita, com prazo de 30 dias para apresentação de defesa. A segunda infração deve acarretar multa de R$ 10 mil, e após o trânsito em jul-

Divulgação

Idoso atropelado por ônibus na PB

João Pessoa

• G1 [email protected] Um homem de 63 anos foi atropelado por um ônibus de turismo na noite de quinta-feira (25) no Centro de João Pessoa, próximo ao Hos-pital Edson Ramalho. O veículo passou por cima da perna do idoso. Segundo o motorista do ôni-bus, José Francisco, ele ia dobrar em uma esqui-na e fez uma curva aberta para não bater em um poste. O idoso, segundo o relato do condutor, não percebeu que ele estava entrando na rua e passou na frente do veículo. “Eu sou um pai de família, vinha devagarzinho”, comentou o motorista, que disse ter 30 anos de profissão. Ele foi encamin-hado para o Hospital de Trauma de João Pessoa, onde fez vários exames e passa por cirurgia.

Pagamento atrasa e estudantes ficam sem ônibus no Pará• G1 Vida Rural [email protected] Os estudantes da zona rural de El-dorado dos Carajás, no Pará, completam na sexta-feira (26) uma semana sem aula. Os ônibus contratados pela prefeitura para trans-portar os alunos estão parados por falta de pagamento. A família do agricultor Valter Costa mora na casa simples na zona rural de Eldo-rado do Carajás, no sudeste do Pará. Cinco filhos dele estudam numa escola que fica escola a três quilômetros da casa. Por causa da falta de transporte escolar, desde o início da semana a bola tem sido o passa-tempo da garotada. Sem transporte escolar, as salas de

aulas estão vazias. Pelos menos três mil alu-nos do município estão sendo prejudicados. A diretora de uma das maiores escolas da zona rural de Eldorado diz que suspendeu as aulas por que fica difícil trabalhar sem todos os alu-nos presentes. A equipe de reportagem não en-controu ninguém na Secretaria Municipal de Educação de Eldorado para falar sobre o as-sunto. O ouvidor da prefeitura de Eldorado dos Carajás, Omar Lúcio Silva confirmou por telefone que o aluguel dos 34 veículos está atrasado há três meses, mas garantiu que o pagamento deve ser efetuado até a próxima semana.

Eldorado dos Carajás

gado, em caso de nova reincidência, a per-missão pode ser cassada pela Prefeitura. As empresas devem ter 120 dias para adequação a partir da publicação da lei.

Repercussão Atualmente, 131 ônibus circulam em Curitiba com motoristas exercendo a fun-ção dupla. De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba (Sindi-moc), os 800 motoristas submetidos a este regime recebem acréscimo salarial de 10%, o que gira em torno de R$ 150 nos meses “cheios” dos trabalhadores. “Essa categoria tem um nível de stress muito alto, e um dos fatores que vêm contribuindo muito é a dupla

função”, apontou o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira. O possível fim da função dupla também agradou aos usuários do transporte coletivo, que reclamavam dos problemas que a situação acarretava. “A gente pega ônibus cheio todos os dias, ônibus lotado porque o motorista para pra dar troco, às vezes tem muita gente para contar moeda. A gente sem-pre acaba esperando muito tempo, e chega a pegar ônibus com 20, 30 minutos de atraso”, reclama a passageira Priscila Glick. Opinião compartilhada pela também passageira Eliane Maneiro. “A função do motorista é cuidar do trânsito, ainda mais do que jeito que está”, acrescentou.


• Bruno Freitas / Estado de Minas [email protected]

Retrocesso

Belo Horizonte articula para por ônibus de motor dianteiro em BRT Coletivos semelhantes aos tradicio-nais, de motor dianteiro, já usados nas ruas da capital, vão circular, ao lado dos ônibus ar-ticulados, nos corredores do transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês) – prin-cipal aposta de mobilidade urbana para Belo Horizonte nos próximos anos. De carona numa brecha do Decreto Municipal 15.019, documento de 53 páginas que detalha as es-pecificações dos ônibus do sistema, fabrican-tes revelaram, em feira de transporte no Rio de Janeiro, a intenção de adequar os modelos básicos com equipamentos de acessibilidade e conforto, para se adequarem às exigências da BHTrans. Tecnicamente inferiores em rela-ção aos equivalentes de motor traseiro, que custam e consomem mais, os novos ônibus devem ser produzidos até o fim do ano. A expectativa da Mercedes-Benz, principal for-necedor dos consórcios de ônibus de BH, é de que eles sejam entregues às encarroçado-ras até março. Serão necessários 90 dias para receber as carrocerias e rodar. “Estamos fechando a venda de 1,2 mil ônibus num pacote direcionado ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) e ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram). Entre as exigências dos empresários está a aplicação de suspensão a ar, eixo 6x2, ar-condicionado e câmbio automático para uso no BRT”, revelou o diretor de Vendas e Marketing de Ônibus da Mercedes-Benz, Gilson Mansur. Volvo e Iveco também con-firmaram o desenvolvimento de produtos semelhantes. Entre as exigências da BHTrans para os padrons, um dos três tipos básicos de ônibus para o BRT, estão carroceria com comprimento de 13,2m e 15m com piso alto. Como todos os ônibus de motor dianteiro oferecidos no mercado têm até 12 metros e suspensão por feixe de molas, as fábricas desenvolvem novas versões dos busões com suspensão a ar, capazes de alinhar a altura da carroceria com o acesso às estações do BRT, e terceiro eixo, o que possibilitaria coletivos ainda mais espichados, para garantir uma fa-tia de mercado entre os padrons do BRT.

BHTRANS ACEITA

Luciano Roncolato

O aproveitamento desse tipo de veí-culo, conhecido nas garagens por “cabrita”, devido ao maior ruído de funcionamento do motor, que fica dentro da cabine, e o com-portamento da suspensão, é permitido por uma brecha nas normas da BHTrans, que não aponta quais tipos de chassi devem ser usados no BRT. A não especificação de chassi é jus-tificada com o argumento de que a posição do motor não afeta a operação. “No caso do BRT, a posição do motor independe, porque a porta de acesso fica do lado esquerdo. A questão do motor dianteiro realmente atrap-alha um pouquinho o embarque das pessoas na frente, mas no geral, não é necessário para um sistema BRT entrar nesse detalhe”, argu-menta o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas. Segundo ele, se os fabricantes con-seguirem adaptar os chassis de motor dian-teiro ao sistema, não haverá problema. “Anos atrás tínhamos uma resistência muito grande a ônibus de motor dianteiro. Hoje, a indús-tria está mostrando que não é mais assim. O motor dianteiro de hoje não é mais um mero chassi de caminhão transformado em ôni-bus”, aponta. Freitas argumenta ainda que a maior preocupação do usuário não é com o tipo de ônibus, mas com a agilidade. “A maior questão é a velocidade da viagem. O passageiro quer andar rápido”, acrescenta o diretor da BHTrans.

RETROCESSO O pensamento da BHTrans é con-testado pelo professor e coordenador-geral do Núcleo de Transporte da Escola de En-

genharia da UFMG, Ronaldo Guimarães Gouvêa. Ele ressalta que o termo padron faz referência a um modelo de solução para o transporte. Desenvolvido pela extinta Empre-sa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU) no fim dos anos 1970, esse tipo de veículo trouxe como grande evolução a aplicação de motor na parte de trás como forma de reduzir o ruído e o aquecimento interno dos veículos. “Até então a maioria dos coletivos era mon-tada sob chassis de caminhões. Não sei o que está sendo aperfeiçoado nos atuais chassis de motor dianteiro, mas é um retrocesso não manter os ganhos da idéia inicial”, afirma o professor. Para ele, a escolha desse tipo de co-letivo deixa de levar o conforto em consid-eração para priorizar a viabilidade econômica do BRT. “Enquanto essa lógica não mudar, o transporte continuará sendo parametrizado pelo custo, a tarifa, e continuará sendo de má qualidade”, alerta. O Setra-BH alega que ai-nda não fechou a compra de nenhum pacote de ônibus novos. A diretora de Marketing do Sintram, Valéria Reis Couto, confirma a negociação de 1,2 mil ônibus. Segundo ela, as empresas estão solicitando os ônibus para trazer mais conforto ao usuário e convencer donos de automóveis e a usar os coletivos. “Os fabri-cantes estão fazendo os ajustes nos ônibus de acordo com a solicitação dos sindicatos. Es-tamos priorizando o máximo de conforto ao passageiro, por meio de ônibus diferenciados que atraiam os proprietários de carros com itens como ar-condicionado e suspensão mais leve”, disse. É uma nova realidade que o pas-sageiro vai pagar para ver.

REVISTAINTERBUSSI V E C O L A T I N A M E R I C AB E L O H O R I Z O N T E / M G • I V E C O


• Do Site da Transpo [email protected]

JAC Motors entrará no mercado de caminhões leves no Brasil O escopo de negócios da JAC Motors está sendo ampliado no mercado brasileiro. Além dos carros da marca, fa-mosos pelo baixo preço em relação aos concorrentes da mesma categoria, a empre-sa iniciou a importação do caminhão JAC T140 com propulsor Euro IV. A brecha en-contrada para trazer uma solução inferior a Euro V se dá pelo fato de a JAC não ter assinado o acordo de seis anos atrás, que previa que os atuais players do mercado na-cional passassem a trabalhar somente com a motorização Euro V a partir deste ano. Dessa maneira, a marca manterá a importa-ção desta versão até o final do ano. A partir de janeiro de 2013, os caminhões importa-dos já virão com os atuais propulsores para atender ao Proconve P7. Para atrair o consumidor brasileiro, a JAC oferecerá 3 anos de garantia sem limite de quilometragem. Outro argumento será sua versatilidade no transporte urbano de cargas, sendo enquadrado como VUC. Para este ano, o segmento dos VUCs deverá ab-sorver 30.000 unidades neste ano, segundo previsões da empresa. O JAC T140 é equipado com mo-tor Cummins de 140 cavalos de potência, disponíveis a 3.600 rpm e torque máximo de 28,6 kgfm a 1.600 rpm. Possui 2,45 metros de entreeixos, podendo ser implementado com baú ou carroçarias de metal/madeira. “Claro

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Volvo facilita e lança site pararevenda de caminhões seminovos• Do site da Transpo [email protected] Com o intuito de reforçar as vendas de caminhões seminovos da marca, a Volvo criou o site www.seminovosvolvo.com.br, que indica ao consumidor todas as unidades com esse perfil disponíveis para todo o Bra-sil. “É mais uma facilidade que oferec-emos aos nossos clientes. Hoje, a internet é o primeiro canal de pesquisa de quem quer

comprar um veículo seminovo. O site facilita esta busca e oferece a possibilidade de iniciar as negociações sem necessidade de desloca-mentos”, afirma Daniel Campos, responsável pelo marketing de Seminovos da Volvo. O site, no ar há duas semanas, reúne informações básicas, como fotos, quilometra-gem, informações sobre financiamentos e out-ras. “Esta é uma importante ferramenta para atingirmos os clientes da marca. O número de contatos e solicitações de compra que recebe-

mos está superando as nossas expectativas”, comenta Joao Domingos Milano, responsável comercial por Seminovos da Volvo. A iniciativa permite que o con-sumidor inicie negociação de compra online ou através do 0800 de venda de seminovos, destacado na página de vendas. “Fomos pio-neiros em oferecer seminovos de fábrica aos nossos clientes e agora lançamos nosso site para oferecer mais facilidades e informa-ções”, destaca Milano.

que nosso maior diferencial é o robusto motor Cummins de 140 cv de potência. Quem utiliza um caminhão como esse com carga total, sabe o esforço que o motorista precisa realizar para imprimir um desempenho satisfatório quando dispõe de pouca potência”, explica Sergio Habib, presidente da JAC Motors. A operação brasileira da JAC Mo-tors, liderada pelo empresário Sérgio Habib, trabalhará com caminhões de até 4,5 tonela-das. Por contrato, os caminhões JAC acima dessa especificação só poderão ser negocia-dos através da rede de concessionárias da Navistar (International – MWM). O lança-

mento oficial à imprensa especializada, bem como o início das vendas, deverão ocorrer ainda em 2012. Os consumidores do caminhão en-contrarão as mesmas facilidades dos clien-tes dos automóveis JAC, já que as mesmas estruturas de concessionárias e do Centro de Distribuição de Peças serão utilizadas para os serviços de venda e pós venda. No princípio de 2012, a redação da Transpoonline procurou a JAC Motors para repercutir o assunto, mas que no momento negou interesse no mercado de veículos com-erciais.



RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Volkswagen apresenta protótipo da nova Amarok no Salão em SP A caminhonete Amarok está sendo apresentada na conceitual versão Canyon no estande da Volkswagen no Salão Interna-cional do Automóvel de São Paulo de 2012. O protótipo se destaca por sua exótica cor “Laranja Baladi” e por detalhes que ampliam a versatilidade e garantem a exclusividade do modelo. A aplicação de um kit especial el-evou a carroceria em 40 mm e, com o uso de pneus especiais, a Amarok Canyon ficou 85 mm mais alta em relação à versão montada na fábrica da Argentina. A largura do conceito também foi aumentada, graças a ampliação das caixas das rodas em 35 mm em cada lado, que permitem o uso de pneus todo-terreno 275/65 R18 instalados em rodas tipo “Dur-ban” pintadas na cor Adamantiun Dark, com alto brilho. Como o nome sugere uma aplicação muito mais versátil e esportiva, a Amarok Canyon possui dois caiaques de fibra de car-bono fixados no assoalho da caçamba, pre-parados especificamente para essa finalidade. Os remos ficam presos na parte interna da tampa da caçamba. Os demais equipamentos: capacetes, coletes e calçados especiais tam-bém podem ser armazenados em comparti-mentos dedicados.

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Internamente, os bancos de couro recebem duas cores, sendo a superfície dos assentos na cor “sterling” e os apoios de cabeça e as laterais no tom “adamant”. As costuras são do mesmo laranja da pintura da carroceria, que também aparece em outros pontos, como nas costuras do volante de três raios e na cobertura da alavanca do câmbio, cintos de segurança e saídas de ventilação. O painel possui três instrumentos auxiliares que revelam os ângulos de subida e inclinação lat-

eral da caminhonete. Toda essa vocação off-road é impul-sionada pelo motor biturbo 2.0 TDI com 180 cavalos de potência (132 kW), que oferece torque máximo de 40,81 kgfm (400 Nm) en-tre 1.500 e 2.250 rpm. O sistema 4MOTION de tração integral selecionável, juntamente com a caixa de redução e o travamento do diferencial no eixo traseiro, garante a trans-missão de força para as rodas nas aplicações mais severas.

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Fiat lança extensão da Strada• Do site da Transpo [email protected] Para ampliar a sua versatilidade no transporte de cargas, a Fiat está lançando um extensor de caçamba para a picape Strada, que aumenta a capacidade volumétrica do comercial leve em até 250 litros. O equipa-mento, que foi desenvolvido pela engenhar-ia da montadora em parceria com a Rontan, é instalado com a tampa traseira rebaixada (suporta até 50kg). O acessório atende à resolução do Departamento Nacional de Trânsito (De-natran), possui iluminação de segurança e posição de placa suplementar. O extensor de caçamba será comer-cializado pela rede de concessionárias Fiat em todo o Brasil.


D E U N A I M P R E N S A


Nissan Frontier faz 10 anos de Brasil Em 2012, a Nissan comemora os 10 anos de vendas da caminhonete Frontier no mercado brasileiro. Desde 2002, a montadora já comercializou mais de 80.000 unidades deste modelo de aplicação mista (passeio + trabalho), que tem sua linha de montagem instalada na fábrica do Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR). A montadora tem observado um substancial crescimento nas vendas da Fron-tier nos últimos anos. Por exemplo, entre os meses de janeiro a setembro de 2010, a Nis-san negociou 5.433 unidades da caminhonete, enquanto se considerarmos o mesmo período de 2012, a rede de concessionárias da marca já vendeu 13.925 caminhonetes do modelo, o que representa um incremento de 255% no volume de novos negócios. “A série 10 Anos chega não apenas para manter o crescimento de vendas da Frontier, mas para reafirmar mais um vez o

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Boeing lança versão do seu site em português

• Do site da Transpo [email protected] Para estreitar a sua presença e rela-cionamento com o consumidor brasileiro, a Boeing lançou o site www.boeing.com.br totalmente em português. O ambiente reúne informações institucionais sobre as divisões Boeing Aviação Comercial, Boeing Defesa, Espaço e Segurança, Pesquisa e Tecnologia, Satélites, Biocombustíveis e Parcerias. Notí-

cias, vídeos, imagens e informações sobre os as aeronaves também serão facilmente encon-tradas pelo visitante do site. “Nosso objetivo é oferecer um espa-ço de fácil navegação e no idioma local, e as-sim democratizar a informação possibilitando aos brasileiros o acesso aos conteúdos divulga-dos por nós não só nos Estados Unidos, como em outros países”, afirma Ana Paula Ferreira, diretora de Comunicação da Boeing Brasil.

Mahindra lança caminhonete

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• Do site da Transpo [email protected] O principal destaque da indiana Ma-hindra no Salão do Automóvel é o lançamento da caminhonete Mahindra Genio nas versões cabine dubla e simples. É equipado com o pro-pulsor Diesel mHawk com Turbo de Geometria Variável (VGT), que entrega melhor torque. En-trega 120 cavalos de potência a 4.000 rpm. Pode tracionar até 1.260 kg de cargas. Entre as tecnologias embarcadas, de-staque para o novo computador de bordo facilita a visualização da velocidade, marcha, autono-mia, e consumo de combustível, além de ofer-ecer informações como data, hora, temperatura e umidade relativa. A caminhonete Genio também recebe sistema de áudio 2 DIN com CD, MP3, cartão SD e Pen Drive. Os controles de áudio e o piloto automático podem ser acionados no volante. O sistema de segurança é composto por freios ABS e airbag duplo na dianteira.

nosso compromisso de fazer dela a melhor e mais competitiva picape da categoria”, Tiago

Castro, gerente de Marketing de Produto da Nissan.



Agrale completa cinquentenárioe inicia novo ciclo de crescimento Consolidada no segmento de veícu-los leves, com chassis de ônibus e caminhões, a gaúcha Agrale comemora o seu cinquent-enário e inicia um novo ciclo de crescimento, com lançamento de novos produtos e pes-quisa em tecnologia. Rogério Vacari, dire-tor Executivo, confirma ampliação na linha de caminhões tanto para cima, na faixa de semipesados, como para baixo, entre os semi-leves. E acrescenta que esses desenvolvimen-tos serão todos feitos com tecnologia e capi-tal próprio. “Temos recebido uma infinidade de consultas para estabelecer parcerias, mas isso tem de atender primeiramente os inter-esses da Agrale”, diz, explicando ainda que algumas dessas ofertas querem implantar o sistema e a tecnologia originais do candidato. “Temos em nossa rede de distri-buidores um dos principais patrimônios da companhia e não vamos entregar de bandeja para qualquer um”, comenta. Por sinal, Hugo Zattera, presidente da Agrale, acrescenta que a companhia sempre foi aberta a parcerias desde o início de suas atividades e admite algumas situações em estudo. Atualmente,

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por exemplo, há dois casos de alta rentabi-lidade, com Marcopolo/Volare e Navistar, e que em nada comprometem a identidade da Agrale. Em período recente, a empresa cax-iense foi procurada por várias empresas do exterior, inclusive China e Estados Unidos. Em 2012, apesar da retração dos mercados de caminhões (com queda de 20% nas vendas) e chassis para ônibus em razão da introdução da legislação Proconve P7, a empresa prevê crescer e superar o faturamento de R$ 1 bil-hão, graças à sua diversificação de produtos.

Para isso, a Agrale tem realizado in-vestimentos contínuos no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias sustentáveis. Segundo Flavio Crosa, 3% do faturamento. Alguns exemplos recentes são a nova linha de caminhões, premiada pelo seu design e funcionalidade; o pioneirismo no desenvolvi-mento de veículos com combustíveis alterna-tivos e de fontes renováveis, como o Agrale Marruá elétrico e o ônibus híbrido diesel-elé-trico Hybridus e, ainda, a tecnologia de tração 4x4 para mini e micro-ônibus.


Germanya inicia venda de MAN no PR A concessionária Germanya, de Maringá (PR), iniciou a comercialização dos caminhões MAN TGX. O nicho dos extra-pesados representa mais de 50% das vendas de caminhões na região, que possui forte atu-ação especialmente no segmento de grãos. “Já estamos inclusive recebendo consultas para venda. Nossa expectativa ini-cial é de alcançar no curto prazo um market share de até 15% neste novo segmento. A qualidade do produto, somada ao alto padrão que a nova revenda terá, nos dá confiança para essa perspectiva”, comenta José Carlos Trevisan, diretor da Germanya. O consumidor da marca poderá optar pelo conhecido Consórcio Maggi, um sistema de compra formado por 220 cotas combinadas, com entregas programadas e prazos de pagamento que variam entre 60 e 120 meses. “A inauguração de mais essa nova

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revenda comprova nossa disposição para con-quistar esse mercado, que é altamente com-petitivo em nosso País. Temos um produto diferenciado, com propostas atrativas e, com certeza, esse empreendimento da Germanya também fará a diferença na preferência do cliente”, analisa Ricardo Alouche, diretor de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da MAN Latin America. A concessionária Germanya está localizada em frente ao Ceasa de Maringá, numa área total de 26 mil m2, com capa-

cidade para atender até 600 veículos men-salmente divididos em 26 boxes dedicados a serviços de oficina, funilaria e pintura. Do total, o showroom conta com 200 m2 de área de exposição e atendimento. A Germanya está em processo de expansão comercial, tanto que trocou sua sede de Sarandi (PR) para Maringá. Possui revendas em Paranavaí (PR) e também em Ribeirão Preto (SP). Uma nova concession-ária será inaugurada durante o primeiro se-mestre de 2013.


Roteiro por Taboão Há alguns domingos fiz um roteiro solo por Taboão da Serra, município situado a sudoeste da cidade de São Paulo. Peguei um ônibus urbano no Metrô Conceição, da linha 190TRO Taboão/Jd. São Judas Tadeu-SPO/Metrô Conceição, da Via-ção Pirajuçara, que faz a ligação entre aquele município e São Paulo. O veículo era um Caio Apache Vip II, chassi VolksBus 17-230EOD, prefixo 11.620. Logo que cheguei, o ônibus já estava de saída. Foi só eu entrar e o motorista começou sua jornada rumo a Taboão. A viagem durou cerca de 50min. No meio do caminho ele alcançou o carro da frente. Pela conversa entre o motorista e o cobrador, esse carro da frente saiu antes do horário e estava justamente no horário atrás do deles. Sendo assim, no meio do caminho acabaram ultrapassando esse car-ro, que acabou tirando o pé. Pra mim não foi tão ruim, já que, como o carro da frente estava levando todos os passageiros, o meu parou pouco nos pontos, o que fez a viagem ser mais rápida. Logo chegamos a Taboão da Serra. Desci do ônibus na Praça Nicola Vivilecchio, que fica ao lado do começo do sentido sul da Rodovia Regis Bittencourt, a BR-116 e com-ecei a fotografar ali mesmo. Nesse meio tem-po, passaram vários carros das duas empresas que operam linhas municipais: a Pirajuçara – a mesma empresa do intermunicipal que peg-uei para chegar ao Taboão – e a Fervima. As duas empresas pertencem ao mesmo grupo empresarial. Além delas, há ainda micro-ôni-bus alternativos que operam algumas poucas linhas. Depois de uns quinze minutos fotografando, vejo chegando um dos novos Caio Apache Vip II, chassi Mercedes-Benz OF1721 Euro V, ano 2012 da Pirajuçara. O prefixo dele era 866. Resolvi pegá-lo para ir até o ponto próximo ao Shopping Taboão. A linha era a “Circular 6”. No ônibus só havia o posto de motorista. Ele executava as duas funções – dirigia e cobrava. Sorte que a maio-ria dos passageiros utiliza o cartão BOM, então isso não onera tanto o tempo dele. A viagem não durou nem cinco minutos. Ele parou em um ponto em uma praça próxima. Achei que, por ser circular, ele nem parava no ponto, parando apenas no terminal principal (TP). O ônibus parou e o motorista desceu. O curioso é que ele não percebeu que eu ainda estava no veículo. Ele desceu, fechou as portas e fez uma pausa para descanso. E eu fiquei lá dentro aguardando a sua volta. Cinco minutos depois o motorista voltou e, aí, me viu no carro. Eu expliquei

que estava indo para o Shopping Taboão. Ele disse que, aos domingos, a linha parava por mais um tempo naquele ponto por causa do intervalo maior entre as partidas e que, se tivesse me visto, me passaria para o carro da frente, que partiu quando ele chegou ao ponto. Pediu desculpas e disse que em cinco minutos iria partir. Dito e feito. Cinco minutos depois já estávamos a caminho. O ônibus deu a volta na praça, cruzou a Regis e seguiu por Taboão adentro, passando pela Avenida Maria Rosa, Estrada do São Francisco e Av. Governador André Franco Montoro, que fica ao lado do Shopping Taboão. Aliás, ele passa por essa avenida na ida e na volta apenas para atender o ponto do Shopping. Eu perdi o ponto e tive de descer no ponto seguinte, novamente na Estrada de São Francisco. O ponto seguinte não era longe e,

José Euvilásio Sales Bezerra

após uma pequena caminhada, estávamos de volta à Av. Gov. André Franco Montoro. Fiquei por ali por algum tempo tirando fotos. Aliás, um ótimo ponto para fotografar. Por volta das 13h15, depois de um lanche no Shopping Taboão, começamos a viagem de volta. Desta vez, peguei um ônibus da Fervima, da linha Circular 02. No trecho Shopping Taboão-Praça Nicola Vivilecchio, as Circulares 02 e 06 percorrem o mesmo tra-jeto. O carro da Fervima, assim como o da Pirajuçara, era um Caio Apache Vip II, chassi MBB OF1721 Euro V. Uns quinze minutos depois, está-vamos de volta à Praça Nicola Vivilechio. Enquanto aguardava o ônibus da volta, foto-grafei mais um pouco. Cerca de vinte minu-tos depois, chega o ônibus da linha 190. Era novamente o 11.620, que me levou de volta ao Metrô Conceição.

TABOÃO • Caio Apache Vip II das viações Pirajuçara e Fervima, operadoras municipais de Taboão da Serra, município da Grande São Paulo

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]


T E S T E S C O M I V E C O

A Iveco assinou, na quarta-feira, 24 de outubro, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte (MG), um convênio de projeto piloto que irá testar um ônibus Eurorider movido a Gás Natural Veicu-lar (GNV) no transporte metropolitano da Grande Belo Horizonte. A iniciativa é uma parceria entre a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), a Secretaria de Estado de Transportes e Obras (Setop), a Iveco e o Sindicato das Empresas de Trans-portes de Passageiros Metropolitano (Sin-tram). Estiveram presentes na solenidade o presidente da Iveco, Marco Mazzu, o presi-dente da Gasmig, João Vilhena, e o Gover-nador do Estado de Minas Gerais, Antonio Anastasia. “Essa parceria se destaca por un ir a última novidade da Iveco, que entrou recentemente no mercado de ônibus, com o que há de mais avançado em tecnologia de combustível alternativo no País. O GNV é uma solução técnica e economicamente viável que traz verdadeiros benefícios ao meio ambiente e à economia”, afirma Mar-co Mazzu. O convênio faz parte de um projeto piloto no Estado, que vai avaliar o desen-volvimento e a adaptação do veículo nas condições reais do País, e tem duração ini-cial de seis meses. O combustível utilizado será fornecido pela Companhia de Gás de Minas Gerais, a Gasmig, sem custos. “Esta é uma das iniciativas da Gasmig para incen-tivar a utilização do gás natural em veícu-los pesados e que poderá contribuir para uma melhora significativa da qualidade do ar na região metropolitana”, aposta João Vilhena. Entre as vantagens, os motores

movidos a GNV emitem 95% menos óxido de nitrogênio, substância que causa chuva ácida e agride a camada de ozônio, e 99% menos material particulado (poeiras, fuma-ça e partículas sólidas). E, ao contrário do diesel, a queima do gás natural não produz óxido de enxofre e elimina 22% menos gás carbônico no ar. Além disso, a tecnologia reduz entre 10% e 30% o custo o peracional e a diminuição em 6 decibéis do nível de ruído, em comparação ao mesmo modelo movido a diesel. O Iveco Eurorider GNV começa a

circular a partir do dia 29 de outubro, na linha 1280 Lindeia – Via Cidade Industrial Belo Horizonte, operada pela Turilessa. O ônibus é um modelo 4x2, com motor FPT Cursor 8, câmbio automático e suspensão pneumática, desenvolvido na Europa. Pos-sui, ainda, chassi flexível, indicado para aplicações variadas, que possibilita mais conforto, resistência, flexibilidade e co-modidade aos usuários. O veículo é ideal para aplicação rodoviária e urbana, com ca-pacidade para 42 passageiros sentados, fora o motorista, e 35 em pé.

• Da [email protected]

BELO HORIZONTE VAITESTAR IVECO EURORIDER MOVIDO A GÁS NATURALÔnibus foi entregue ao governador de Minas Gerais na última quarta-feira; Testes vão começar amanhã, na linha 1280

INÍCIO DOS TESTES • Marco Mazzu, presidente da Iveco Latin America, entrega chaves do Eurorider GNV a Antonio Anastasia, governador de Minas Gerais


PARADA DIGITAL Fábio T. [email protected]

No último dia 25 foi realizado o evento de lançamento do novo Windows 8, com a promessa de revolucionar a ex-periência do usuário. Com a nova interface Metro, um mosaico no qual é possível entrar em todos os programas adaptados a ela, o Windows passa a contemplar uma experiência mais adequada para desktops touchscreen (rarís-simos por aqui) e tablets híbridos. A tentativa de aproximar a ex-periência em um desktop com Windows da experiência de usar o Windows Phone em um smartphone é visível. Entretanto, a Microsoft garante que continuará desenvol-vendo versões diferentes, uma para smart-phones e outra para desktops, notebooks e tablets híbridos. Além disso, outro destaque está na integração com os serviços do Windows Live, desde o momento do login na máqui-na até a possibilidade de sincronização de pastas com o serviço de nuvem SkyDrive. Outro destaque está na loja de apli-cativos, a Windows Store, inspirando-se na experiência de sistemas móveis como An-droid e iOS, nos quais o usuário adquire/baixa aplicativos que ficam centralizados em uma loja. O preço para upgrade de um Win-dows antigo (XP, Vista ou 7) para o Win-dows 8 Pro é de R$ 69,00, o que mostra uma estratégia mais agressiva da Microsoft, que também será mais evidente através de campanhas publicitárias de impacto. Aí pode vir a pergunta: então qual o motivo do título da coluna especular um possível fracasso do Windows? A resposta é simples: nem tudo o que é bonito na teoria pode funcionar na prática, ainda mais tentar revolucionar uma interface tão consolidada por duas áreas de trabalho. Sim, entendeu muito bem, são duas áreas de trabalho: uma da interface Metro, onde são acessados aplicativos adap-tados ao novo Windows; e a interface tradi-cional, sem menu Iniciar, onde o usuário poderá continuar usando programas para Windows 7, Vista ou XP. O usuário comum terá condições de se adaptar a duas áreas de trabalho? E o usuário corporativo, não perderá produtividade ao ter que lidar com duas interfaces? Até que ponto as mudanças poderão facilitar ou prejudicar a usabilidade do sistema? Vale lembrar que desenvolvedores de jogos já começam a querer abrir novos horizontes, como o caso da Valve, que está em um árduo trabalho de levar o Steam para o Ubuntu (sistema Linux), abrindo passa-

Windows 8 – Revolução ou fracasso?

gem para que dezenas de jogos passem a ter compatibilidade com o sistema. Isso significa que muita gente está apostando que parte dos usuários do Windows 7 ou XP irão migrar naturalmente para outro sistema, com ênfase no Linux como opção para quem também não quer ou não pode usar um Mac. Outra questão é que o Windows 7 já se consolidou no mercado como um sistema estável e confiável, já ultrapas-sando o número de usuários do Windows XP. E raramente a Microsoft tem acertado em versões que vêm logo depois de uma que se consolida no mercado, vide o Vis-ta. Enfim, a dúvida está no ar. Ver-emos os próximos capítulos.

É possível comprar o Windows 8 pelo site www.windows.com.br.


S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

EM OUTUBROThiago Fernandes na Rodoviária de Vinhedo, fazendo registro dos ônibus urbanos emetropolitanos que estavam passando pelo local.

Pesquisa da Semana

A PARTIR DE HOJE, CONTINUE VOTANDO NA MESMA ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais? VISITE:www.portalinterbuss.com.brE VOTE!

ATÉ ONTEMESTAVA NO AR A SEGUINTE ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais?

28,4% • Volvo

41,98% • Scania

Em Vinhedo

INTEGRAÇÃO DIFERENTE

Este é o terminal de integração do bairro da Capela, na cidade de Vinhedo, localizada na RegiãoMetropolitana de Campinas. Ao desembarcar no terminal com uma linha metropolitana, você podepedir ao fiscal um bilhete de integração para usar uma linha urbana, ou vice-versa.

19,34% • M. Benz 7,0% • MAN/Volks

2,06% • Agrale1,23% • Outras


A S F O T O S D A S E M A N A

DIVULGAÇÃO DAVID ANDRÉ BARITONOCiferal Padron Rio Volvo B58 • Santa Edwiges

RAPHAEL MALACARNEMarcopolo Paradiso G6 1200 Volvo B7R • Monte Serrat

WILLIAM BISPOCaio Apache Vip II MBB OF-1418 • Vila Galvão

RODRIGO VIEIRAMonobloco MBB O-400RSL• Jhow Tur

DIVULGAÇÃO MATEUS BARBOSAMB Citaro • Mercedes-Benz

ADRIANO MINERVINOCaio Apache Vip II MBB OF-1721 E5 • Linave

Comunidade Mercedes-Benz no Facebook • www.facebook.com/groups/129417520494728/

Comunidade Volvo do Brasil no Facebook • www.facebook.com/groups/114434498661634


Flickr Busologando • www.flickr.com/busologando

Comunidade Scania Bus L.A. no Facebook • www.facebook.com/groups/123769764390312

SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

MATEUS C. BARBOSAMarcopolo Paradiso G6 1200 Scania K360 • Cometa

DIVULGAÇÃO ANDERSON RIBEIROIrizar PB Scania K480 • Tates

GUSTAVO BAYDEMarcopolo Paradiso GV 1450LD MBB O-400RSD • Paraúna

GUSTAVO BAYDEMarcopolo Gran Viale Volvo B12M • Metropolitana

MÁRCIO DOUGLASMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD • Andorinha

MÁRCIO DOUGLASMarcopolo Paradiso G6 1550LD Scania K124IB • Expresso São Luiz

Expresso Bus • www.expressobus.blogspot.com


Companhias participam de ações e patrocinam iniciativas para o bem estar do próximo

Empresas de Transportesque se preocupam com o social

A imagem das empresas de ônibus isoladas da comunidade, tendo apenas o con-tato comercial pelas atividades de transportes tem mudado com o tempo. Cada vez mais companhias do setor, sejam transportadoras ou fabricantes, estão conscientes de que elas só existem, lucram e crescem por causa das pessoas. E o bem estar das pessoas vai refletir num bom ambiente de atuação. Muito mais que isso porém o lado humano, com a satisfação de ajudar o semel-hante, também fala alto. No ABC Paulista, a Metra, opera-dora do Corredor Metropolitano ABD, de-senvolve várias ações sociais e ambientais. Desta vez, no dia 08 de novembro, no Teatro Municipal de Santo André, a empresa vai ser homenageada no 13º Prêmio Investidor So-cial, pelas ações em prol da Instituição Amé-lia Rodrigues. A entidade dá auxílio a crianças e adolescentes de até 17 anos e suas famílias de comunidades carentes de Santo André há 25 anos. Hoje atende a 260 crianças, com auxí-lios psicológico, psicopedagógico, médico, odontológico, além de desenvolver projetos como Educação Infantil, Centro da Juven-tude, Centro Pré-Adolescente, Iniciação Pro-fissional e cursos para geração de renda e ori-entação a gestantes. A Metra é uma das auxiliadoras da Instituição. Ainda no ABC Paulista, a Leblon Transporte de Passageiros, que opera em Mauá, participa da campanha de doação de próteses auditivas da ONG – Organização Não Governamental - Novo Jeito. A empresa de ônibus já atuou com a mesma ONG na distribuição de cadeira de rodas. A ONG Novo Jeito atua em diversas frentes de ação social, incluindo também dis-tribuição de roupas e cobertores, e nasceu no Nordeste com a organização de membros de várias comunidades. Com a ajuda da internet ganhou dimensões nacionais. Na sexta-feira, dia 26 de outubro, a Leblon encerrou a 2ª Sipat/Sidequal, semana de prevenção de acidentes e de qualidade, e durante as atividades e palestras estimulou os funcionários a ajudarem com o Novo Jei-to. E para ajudar é simples, não precisa dar dinheiro e mesmo quem não é funcionário da empresa também pode. Basta “curtir” a página do Facebook do Novo Jeito. A cada 500 “curtidas”, um aparelho será doado pelos colaboradores da instituição. O objetivo de

vincular as doações à página do Facebook é justamente tornar o projeto mais conhecido e mais abrangente. O endereço é: http://www.facebook.com/novojeito?fref=ts A Marcopolo, fabricante de Carro-cerias de Ônibus, patrocina o inédito Con-curso Cultural Administrador do Futuro, da FSG – Faculdade da Serra Gaúcha. O objetivo principal da ação é descobrir e estimular o potencial de jovens com capacidade de administrar e assumir car-gos estratégicos e que precisam de oportuni-dade. Foram selecionados 14 estudantes de administração que vão participar do con-curso formado por oito etapas. Haverá atividades, trabalhos e pro-vas e ao final do concurso, o vencedor rece-berá proposta de emprego de uma das com-panhias situadas na Serra Gaúcha. Além da Marcopolo, o Concurso

Cultural Administrador do Futuro tem como parceiros a Agrale, Evolutiva Consultoria em Gestão de Pessoas, Grupo Alltech, Promob e Randon. A FSG também conta com o apoio da Croasonho, Impacto Positivo, Generosi Seguros, Excelência Consultores e Keko. O Setransp – Sindicato das Empre-sas de Ônibus de Curitiba e Região Metro-politana realiza a Campanha Eficientes que visa aumentar a inclusão de portadores de de-ficiências físicas, auditivas, visuais e mentais no mercado de trabalho. Para isso, conta com ajuda das via-ções de Curitiba e municípios vizinhos para a contratação deste público. As empresas de ônibus já possuem portadores de deficiência em seus quadros mas devem colaborar ainda mais. Para isso, o sindicato patronal também busca parceria com instituições de ensino e assistência so-cial.

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

COMPROMISSO • Empresas e entidades ligadas ao transporte de passageiros têm colaborado com ações sociais fazendo com que sua ligação com a comunidade não seja apenas restrita ao desenvolvimento de suas atividades comerciais. Metra, Leblon,Marcopolo e o Setransp, de Curitiba, possuem iniciativas novas em andamento

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Revista InterBuss - Edição 118 - 28/10/2012