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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Administração
Bruna Catallão
Mirian Heloisa Fogolin
Pedro Luiz Fogolin Filho
LOGÍSTICA REVERSA:
Uma alternativa para reduzir custos
Promilat Indústria e Comércio de Laticínios Ltda.
Promissão-SP.
LINS – SP
2012
BRUNA CATALLÃO
MIRIAN HELOISA FOGOLIN
PEDRO LUIZ FOGOLIN FILHO
LOGÍSTICA REVERSA:
Uma alternativa para reduzir custos.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração sob a orientação das professoras Ma. Máris de Cássia Ribeiro Vendrame e Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva.
LINS – SP
2012
Catallão, Bruna; Fogolin, Mirian Heloisa; Fogolin, Pedro Luiz Logística Reversa: Uma alternativa para reduzir custos. Promilat
Indústria e Comércio de Laticínios Ltda. / Bruna Catallão; Mirian Heloisa Fogolin; Pedro Luiz Fogolin Filho. – – Lins, 2012.
78p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2012.
Orientadores: Máris de Cássia Ribeiro Vendrame; Heloisa Helena Rovery da Silva
1. Logística Reversa. 2. Redução de Custos. 3. Promilat Ltda. I
Título.
CDU 658
C355l
BRUNA CATALLÃO
MIRIAN HELOISA FOGOLIN
PEDRO LUIZ FOGOLIN FILHO
LOGÍSTICA REVERSA:
Uma alternativa para reduzir custos
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Bacharel em Administração.
Aprovada em: ___/___/___
Banca Examinadora:
Professora Orientadora: Ma. Máris de Cássia Ribeiro Vendrame Titulação: Mestre em Administração pela Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP.
Assinatura: _________________________________
1º Profº (a): _____________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _________________________________
2º Profº (a): _____________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _________________________________
A DEUS...
Dedico ao senhor por tudo que me proporciona na vida.
À minha mãe e meu pai, Maria José Andrade Fogolin e Pedro Luiz
Fogolin, os quais amo muito, pelo exemplo de vida e família, a meus irmãos,
Pedro Luiz Fogolin Filho e Carlos Eduardo Fogolin por tudo que me ajudaram
até hoje, a meu namorado Emerson Gatti por entender minhas ausências e
oferecer todo o apoio para que pudesse realizar meu trabalho, a minha amiga
em especial Bruna Catallão pelo companheirismo e amizade, e a todos que
acreditaram em mim na realização desse sonho.
Amo muito vocês!
Mirian Heloisa Fogolin
Dedico este trabalho primeiramente a Deus que permitiu que este se
fizesse, dedico também a meus familiares, minha mãe e meu pai que sempre
apoiaram minhas ideias a minha irmã Mirian Fogolin, por encarar este desafio
ao meu lado, também a Bruna Catallão, pelo companheirismo no
desenvolvimento deste trabalho, não poderia me esquecer de agradecer minha
noiva Graziele Mendonça por entender minhas ausências e por me oferecer o
apoio fundamental para que jamais desistisse de meus sonhos, deixo a todos o
meu muito obrigado.
Pedro Luiz Fogolin Filho
Em primeiro lugar agradeço a Deus. Dedico este trabalho a toda minha
família especialmente meus pais Márcia e Carlos, meu marido Thiago, que me
compreenderam e me apoiaram incentivaram, tiveram enorme paciência nos
momentos em quais não pude lhes dar minha atenção durante esta jornada.
Aos amigos do grupo, Pedro e Mirian, por juntos realizarmos esse sonho. Aos
professores, a orientadora Máris e a pró-reitora Heloísa, pela dedicação e
compreensão dada ao grupo, pelos ensinamentos que contribuiu para a
realização deste trabalho.
Obrigada a Todos!
Bruna Catallão
AGRADECIMENTOS
A DEUS
Por nos proporcionar a oportunidade e alegria de conviver com pessoas
maravilhosas, por oferecer muita força, luz e coragem para superar as
dificuldades na elaboração deste trabalho.
A EMPRESA PROMILAT E FUNCIONÁRIOS
Por nos abrir as portas para realização do trabalho, contribuindo de
forma significativa, cedendo dados, informações, entre outros fatores
relevantes. Muito obrigado a toda equipe, que nos recebeu de braços abertos.
A NOSSA PROFESSORA ORIENTADORA MÁRIS C. R. VENDRAME
Por aceitar o convite pelo seu profissionalismo, competência e pela sua
dedicação, orientando em todos os passos de nossa pesquisa, pela amizade
que conquistamos no decorrer destes anos, pelos ensinamentos em sala de
aula, que Deus ilumine muito e proporcione tudo de melhor em sua vida!
AO UNISALESIANO E A TODOS OS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS
Pelos ensinamentos, dedicação, amizade e qualidade nos tornando
os melhores profissionais.
AOS AMIGOS E COLEGAS
Por todos os momentos bons e difíceis que passamos juntos nestes
quatro anos de aprendizado. Vocês tornaram esta fase muito especial e
agradável.
Bruna Catallão
Mirian Heloisa Fogolin
Pedro Luiz Fogolin Filho
RESUMO
Nos últimos anos a logística reversa adquiriu maior importância, devido às mudanças ambientais e o reconhecimento dos consumidores. A iniciativa relacionada à logística reversa tem trazido consideráveis retornos para as empresas, economia com a utilização de embalagens retornáveis ou com reaproveitamento de matérias para produção, os quais estimulam cada vez mais novas iniciativas. Além disto, os esforços em desenvolvimento e melhorias nos processos de logística reversa podem produzir também retornos consideráveis que justificam os investimentos realizados. Este trabalho vem explicitar a importância da logística reversa no setor produtivo da empresa Promilat/SP, como uma oportunidade de adicionar valor à imagem da empresa junto à sociedade com relação aos aspectos ambientais e a sua responsabilidade social. Com a prática da logística reversa cria diferenciais competitivos e gera gestão integrada do ciclo do produto e dos custos envolvidos ao longo de vida, possibilitando a redução de custos e gerando vantagem frente aos seus concorrentes. Devido a legislações ambientais mais rígidas e maior consciência por parte dos consumidores as empresas estão não só utilizando uma maior quantidade de materiais reciclados, mas como também se preocupando com o descarte ecologicamente correto. Com isso todas as empresas têm feito da logística reversa uma grande estratégia em seu planejamento de negócio. A pesquisa levou em consideração as práticas da logística reversa juntamente com atividades de reaproveitamento de produtos e embalagens.
Palavras-chave: Logística reversa. Redução de custos.
ABSTRACT
In recent years, reverse logistics has become more important due to environmental changes and consumer recognition. The initiative related to reverse logistics has brought considerable returns for businesses, saving with the use of returnable containers or reuse of materials for production, which increasingly stimulate new initiatives. Moreover, efforts towards development and improvements in reverse logistics processes can also produce considerable returns that justify the investment. This work comes explain the importance of reverse logistics in the productive sector of the company Promilat-SP, as an opportunity to add value to the company's image in the society with respect to environmental and social responsibility. With practice of reverse logistics creates competitive advantages and generate integrated management of the product cycle and the costs involved throughout life, enabling reduced costs and generating advantage over their competitors. Due to stricter environmental laws and greater awareness by consumers companies are not only using a larger amount of recycled materials, but it also is worrying about the environmentally friendly disposal. With that all companies have done a great reverse logistics strategy in your business planning. The research took into account the practices of reverse logistics activities along with reusing products and packaging.
Keywords : Reverse Logistics. Cost Reduction.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Produtos Montanha Barnca ............................................................... 15
Figura 2: Produtos Promilat .............................................................................. 16
Figura 3: Principais Fornecedores da Promilat ................................................. 17
Figura 4: Clientes Promilat ................................................................................ 18
Figura 5: Organograma Funcional da Empresa Promilat .................................. 19
Figura 6: Empresas Concorrentes da Promilat no Segmento de Laticínios ...... 20
Figura 7: Frota de Caminhões da Promilat ....................................................... 22
Figura 8: Visita de Estudantes na Promilat ....................................................... 23
Figura 9: Processo Logístico Direto e Reverso ................................................. 40
Figura 10: Símbolo Reciclagem ........................................................................ 46
Figura 11: Processo de produção da massa do requeijão ................................ 60
Figura 12: Processo de produção do requeijão balde 3,6 quilos ..................... 61
Figura 13: Processo de produção do requeijão bag de 5quilos ....................... 62
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Componentes utilizados para produção do requeijão.......................57
Quadro 2: Produção do requeijão balde três quilos e seiscentos......................57
Quadro 3: Produção do requeijão bag de cinco quilos......................................58
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
MPS - Plano Mestre de Produção
PPCP - Programação e Controle da Produção
PEAD – Polietileno de Alta Densidade
Sumário
INTRODUÇÃO.................................................................................................. 11
CAPÍTULO I – PROMILAT LTDA..................................................................... 13
1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA........................................................................... 13
1.1 Visão....................................................................................................... . 14
1.2 Missão.................................................................................................... . 14
1.3 Valores................................................................................................... .. 14
1.4 Crenças................................................................................................. .. 15
1.5 Produtos................................................................................................. . 15
1.6 Processos Básicos de Industrialização do Leite..................................... 16
1.7 Fornecedores......................................................................................... . 17
1.8 Clientes................................................................................................... . 18
1.9 Organograma.......................................................................................... 19
1.10 Concorrentes......................................................................................... .. 20
1.11 Projeto de Expansão............................................................................ ... 21
1.12 Recursos Humanos.............................................................................. ... 21
1.13 Logística da Empresa............................................................................. . 21
1.14 Responsabilidade Social e cultural......................................................... . 22
CAPÍTULO II – LOGÍSTICA ............................................................................. 24
1 LOGÍSTICA................................................................................................ 24
2.1 Origem.................................................................................................... . 24
2.2 Eras da Logística.................................................................................... . 25
2.2.1 Primeira era......................................................................................... . 25
2.2.2 Segunda era........................................................................................ . 25
2.2.3 Terceira era......................................................................................... . 25
2.2.4 Quarta era................................................................................... ......... 26
2.2.5 Quinta era............................................................................................ 26
2.3 Responsabilidades da logística................................................ ............... 26
2.4 Missão da logística.................................................................................. 27
2.5 Objetivos da logística.............................................................................. . 27
2.6 Benefícios da logística........................................................................... . 28
2.7 Funções da logística.............................................................................. . 29
2.8 Estocagem de um sistema logístico........................................... ............ 29
2.9 Manuseio de materiais........................................................................... . 30
2.10 Tipos de logística.................................................................................... . 31
2.10.1 Logística de transporte....................................................................... . 31
2.10.2 Logística de marketing................................................................ ........ 32
2.10.3 Logística industrial...................................................................... ......... 32
2.10.4 Logística empresarial................................................................... ....... 33
2.10.5 Logística integrada............................................................................. . 34
2.10.6 Logística verde................................................................................... . 35
2.10.7 Logística reversa................................................................................ . 36
2.10.7.1 O âmbito econômico e social da logística reversa.............................. 38
2.10.7.2 A logística reversa e o meio ambiente........................................ ........ 38
2.10.7.3 Logística reversa: sinônimo de ciclo de vida...................................... 39
2.10.7.4 A logística reversa como forma de diferencial competitivo ................. 41
2.11 Reciclagem............................................................................................. . 41
2.11.1 Etapas da reciclagem............................................................................ . 43
2.11.2 Tipos de reciclagem............................................................................... 44
2.11.3 Benefícios da reciclagem....................................................................... 44
2.11.4 Símbolo da reciclagem........................................................................ . 45
2.12 Gestão de custos.................................................................................... . 47
2.12.1 Tipos de custos........................................................................... ......... 47
2.12.1.1 Custos diretos..................................................................................... . 47
2.12.1.2 Custos indiretos.................................................................................. . 47
2.12.1.3 Custos fixos........................................................................................ . 48
2.12.1.4 Custos variáveis......................................................................... ......... 49
2.12.1.4.1 Custos semi-variaveis ou semi-fixo................................................. . 53
2.13 A importância da logística reversa para redução de custos no processo
produtivo..................................................................................................... ....... 49
CAPÍTULO III – A PESQUISA .......................................................................... 55
3 INTRODUÇÃO............................................................................. ............... 55
3.1 Relato e discussão sobre logística reversa na Promilat – Promissão-
SP..................................................................................................................... 56
3.1.1 Custo de produção do requeijão.......................................................... 57
3.2 Processo produtivo do requeijão................................................ ............ 59
3.2.1 Processo produtivo do requeijão......................................................... . 59
3.2.2 Processo produtivo do requeijão balde............................................... 60
3.2.3 Processo de produtivo do requeijão bag............................................. 61
3.3 Parecer final do caso............................................................................. 62
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO .................................................................... 63
CONCLUSÃO................................................................................................... 64
REFERÊNCIAS ............................................................................................... 65
APÊNDICES .................................................................................................... 72
11
INTRODUÇÃO
A logística reversa é a área da logística empresarial que planeja, opera e
controla fluxo e informações logísticas correspondentes ao retorno de bens ao
seu ciclo produtivo de origem ou a sua destinação como matéria prima a outro
ciclo produtivo. A logística reversa insere-se em um processo de revisão
conceitual da manufatura na medida em que esta passou a discutir os impactos
econômicos e ambientais da produção mais limpa em suas estratégias de
negócios (ADLMAIER; SELLITTO, 2007).
Segundo Ballou (1993), a logística reversa estuda a melhor forma de se
atingir um melhor nível de rentabilidade na distribuição de produtos até o
consumidor, planejando, organizando e controlando o movimento e estocagem,
de forma a proporcionar facilidade no fluxo de mercadorias.
No Brasil, a logística surgiu nas universidades a partir de 1990. Durante
esse período, a logística estava integrada ao marketing, passando a ser um
instrumento de manutenção da competitividade empresarial (ALVARENGA,
NOVAES, 2000).
A logística reversa é a área responsável por um fluxo reverso de
produtos, seja qual for o motivo: reciclagem reusa recall, devoluções entre
outras. A importância deste processo reside em dois extremos: em um, as
regulamentações, que exigem o tratamento de alguns produtos após seu uso, o
segundo, a possibilidade de agregar valor ao que seria lixo.
Segundo Lacerda (2002), a utilização de embalagens retornáveis ou o
reaproveitamento de materiais em processos produtivos tem proporcionado
economia para as empresas que utilizam estas práticas o que vem cada vez
mais despertando interesse em adotá-las.
Com o objetivo de caracterizar a logística reversa e mostrar as
oportunidades de redução de custos e a crescente sensibilidade ecológica
relacionada ao meio ambiente foi realizada uma pesquisa de campo no período
de fevereiro a outubro de 2012 na Promilat-SP.
A Promilat indústria e comércio de laticínios, esta localizada no
município de promissão, no noroeste do estado de São Paulo, os produtos da
Promilat são distribuídos em São Paulo capital e em alguns comércios da
região. A empresa trabalha com um variado portfólio de produtos para atender
12
a rede Habib’s e também ao mercado de varejo na região, investindo cada vez
mais na qualidade de seus produtos para garantir a satisfação do cliente e
conquistar novos mercados.
Para realização da pesquisa utilizou-se dos métodos de observação
sistemática, histórico e de estudo de caso descrito no capitulo III desta
monografia.
A pergunta problema que norteou este trabalho foi: Até que ponto a
logística reversa pode contribuir para a sustentabilidade financeira e ambiental
da organização?
Em resposta a tal questionamento surgiu a seguinte hipótese: A Promilat
através de sua prática de reciclagem, embalagem e responsabilidade sócio
ambiental adota a logística reversa como alternativa para otimizar seus custos
e garantir a sua sustentabilidade financeira no exercício de seu processo
produtivo.
O trabalho está assim estruturado:
O capítulo I, discorre sobre a evolução histórica da empresa em estudo.
O capítulo II, descreve a fundamentação teórica sobre logística, logística
reversa e redução de custos.
O capítulo III, demonstra a pesquisa realizada na empresa.
Por fim vem a proposta de intervenção e a conclusão.
13
CAPÍTULO I
A EMPRESA
A Promilat indústria e comércio de laticínios está localizada no município
de promissão, no noroeste do estado de São Paulo e tem como cidades
vizinhas: ao norte Ubarana e Avanhandava, ao sul Getulina e Guaiçara, e a
leste a cidade de Alto alegre.
Distante 460 km da capital do estado é cercada por cidades
relativamente grandes como Bauru, Araçatuba, Marília e São José do Rio
Preto.
Atualmente, no município, encontram-se três tipos de economia forte
sendo elas a pecuária e agricultura de grande volume e agricultura de
subsistência que são os assentamentos da reforma agrária que também
contribuem para o desenvolvimento do município. No setor de pecuária
destaca-se o frigorifico Marfrig que produz tanto para consumo interno como
para exportação. No setor agrícola a usina Equipav que no ano de 2011 foi
comprada pelo grupo indiano Renuka tornando-se assim Renuka do Brasil,
hoje é uma das maiores usinas produtoras de açúcar e álcool do estado de São
Paulo.
1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EMPRESA
No ano de 1997 o grupo Habib’s visando sua expansão em território
nacional, teve a ideia de criar um laticínio que fornecesse produtos de origem
láctea, como o queijo minas frescal utilizado em grande quantidade para
rechear as esfirras vendidas em todas as lojas da rede Habib’s no Brasil e
também o requeijão cremely utilizado principalmente no recheio de pizzas e
coxinha, com intuito de conseguir preços mais competitivos e a padronização
de seus produtos já que se trata de uma rede de franquias. Naquela ocasião os
principais produtos lácteos utilizados pela rede eram comprados de marcas
famosas o que encarecia o produto final no mercado, reduzindo assim o poder
competitivo da rede Habib’s.
14
Com esta ideia foi feito um estudo da bacia leiteira nacional, foi
constatado que a região noroeste paulista tinha grande potencial leiteiro. Foi
então, através de influências politicas, que o prefeito do município concedeu ao
grupo um terreno com área suficiente para que fosse feita as instalações
industriais da Promilat, em setembro de 1997 iniciaram-se as atividades do
laticínio do grupo Habib’s, então chamado de Promilat indústria e comércio de
laticínios.
A Promilat também conta com filiais na cidade de São Paulo capital que
funciona como distribuidora de produtos, conta também com três postos de
capitação de leite localizados em pontos estratégicos, um posto na Cidade de
São Pedro do Turvo que fica a oeste do estado, outros dois postos localizados
nas cidades de Santa Rita d’ Oeste e São Sebastião do Pontal/MG ao norte do
estado.
1.1 Visão
A visão atual da Promilat é expandir seu portfólio de produtos e divulgar
a marca Montanha Branca que é utilizada somente no leite pasteurizado de
modo a conquistar novos clientes, com importante diferencial que é a qualidade
de seus produtos.
1.2 Missão
Atender primeiramente a rede Habib’s com produtos de alta qualidade e
padrão, garantindo assim o abastecimento da rede, contribuindo com
desenvolvimento econômico e social da região.
1.3 Valores
Baseada em princípios éticos a Promilat prega entre seus
colaboradores, clientes e fornecedores, que a honestidade, integridade e
justiça formam as bases do relacionamento humano e o caráter de cada
indivíduo dentro e fora da empresa.
15
1.4 Crenças
Há 14 anos a Promilat e seus gestores acreditam no potencial humano,
e no desenvolvimento de cada colaborador e no valor profissional que cada um
pode trazer para empresa. Por esse motivo trabalha com recrutamento interno,
pois uma empresa só obtém sucesso se valorizar pessoas, é por meio delas
que tudo se realiza.
1.5 Produtos
A Promilat trabalha com um variado portfólio de produtos para atender a
rede Habib’s e também ao mercado de varejo na região em que está instalada
os principais produtos são: minas frescal, ricota fresca, requeijão tipo cremely,
queijo processado sabor cheddar, mussarela tradicional, mussarela tipo bolinha
de búfala, parmesão peça, parmesão ralado, manteiga, creme de leite, bebida
láctea sabores morango e pêssego, iogurte de frutas, queijo prato eo leite
pasteurizado integral.
Investindo cada vez mais na qualidade de seus produtos para garantir a
satisfação de seus clientes e conquistar novos mercados consumidores,
buscando estar sempre a frente de seu tempo, a Promilat não mede esforços
para satisfazer seus clientes.
Figura 1: Produtos Montanha Branca
Fonte: Elaborado pelos autores, 2012.
16
Figura 2: Produtos Promilat
Fonte: Elaborado pelos autores, 2012.
1.6 Processos básicos de industrialização do leite
A matéria prima conhecida como leite in natura chega ao laticínio por
meio de caminhões tanque, que coletam o leite que fica em tanques de
expansão, também conhecidos como balões de leite, refrigerados a 4C° na
fazenda, a fim de garantir a qualidade do produto os caminhões são equipados
com tanques isotérmicos. Ao chegar à plataforma de recebimento de leite no
laticínio o leite passa por uma bateria de análises antes de ser descarregado,
caso as analises apresentarem índices insatisfatórios o leite é devolvido ao
produtor.
No processo de descarregamento do leite ele é novamente refrigerado e
armazenado em tanques conhecidos como balões de leite cru. Feito este
procedimento o leite é bombeado para o pasteurizador, equipamento que faz o
processo de pasteurização do leite que consiste no aquecimento do leite há
temperatura de 76C°,o leite passa também pelo processo de centrifugação feito
pelo equipamento conhecido como centrífuga, este equipamento faz a retirada
de sujidades do leite e também padroniza o leite retirando o creme de leite que
nada mais é do que a gordura do leite, produto este que mais adiante vai se
17
transformar em manteiga. Após sofrer todos esses processos o leite tem
distintos destinos de acordo com cada item a ser produzido que ao final do
processo produtivo cada produto e armazenado em camarás fria, ate ser
expedido.
1.7 Fornecedores
Figura 3: Principais fornecedores da Promilat
Fonte: Elaborado pelos autores, 2012.
A Promilat conta com vários fornecedores principalmente na área de
embalagens como a empresa Artvac que fornece embalagens termoencolhivel,
para queijos como mussarela, prato, minas frescal entre outros, ainda no setor
de embalagens a principal fornecedora de baldes onde é colocado o requeijão
cremely e o cheddar é a groupack fornecendo mais de vinte mil baldes mês
para Promilat. Os produtos de limpeza são fornecidos pela nippon chemical, e
os ingredientes lácteos, essenciais para produção de queijos e iogurtes são
adquiridos de diversas empresas, como o coalho, fermentos, polpa de frutas,
aromas, amidos dentre outros são fornecidos por empresas como, Bela vista
fermentos, Borsato preparado de frutas, Horizonte amidos, CapLab
fornecedora de materiais para o laboratório essenciais para liberação de
18
produtos após a produção, trabalha também com a empresa Dinamic
fornecedora de garrafas para o iogurte com variados fornecedores é possível
obter o melhor preço seguido de melhor qualidade.
1.8 Clientes
Figura 4: Clientes Promilat
Fonte: Elaborado pelos autores, 2012.
Atualmente cerca de 80% de seus produtos são destinados ao
abastecimento da rede Habib’s, os 20% restantes são vendidos no atacado
para empresas do ramo alimentício, supermercados e refeitório de empresas
como GRSA e rede Dia Brasil, Amigão supermercados, Grupo Marfrig e JBS.
Dentro do grupo Habib’s são fornecidos derivados lácteos ás cozinhas
centrais localizadas estrategicamente em cada estado por ordem de fundação:
São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Goiânia/GO, Belém/PA, Fortaleza/CE,
recife/PE, Ribeirão Preto/SP, Curitiba/PR, Salvador/BA, Canoas/RS, Belo
Horizonte/MG, Manaus/AM e Campo Grande/MS. Também abastece outras
unidades ligadas ao grupo como a padaria Arabian Bread e o restaurante de
19
comida italiana Ragazzo cliente este que consome grande parte de sua
produção de requeijão.
O leite pasteurizado integral, industrializado na Promilat é bastante
conhecido na região, pois o seu consumo dentro da rede é pequeno, então ele
é destinado a supermercados, padarias, escolas, restaurantes, hotéis,
refeitórios de empresas tanto na região de Promissão, Marília, Araçatuba e
Lins, na cidade de São Paulo onde está localizada sua filial, são
comercializados cerca 90% de toda a produção.
1.9 Organograma
Figura 5: Organograma funcional da empresa
Promilat
EMPRESA PROMILAT Organograma
Diretoria Geral
FilialSão Pedro do
Turvo
Filial Santa Rita d`Oeste
FilialSão Sebastião do
Pontal
FilialSão Paulo
MatrizPromissão
1
MatrizPromissão
DeptoVendas
Manutenção
Compras Industria
Controle de Qualidade
Recepção
Transportes
DptoFiscal e Contábil
Captação de Leite
TI
Recursos Humanos
Financeiro
GerenciaOperacional
GerenciaAdministrativa
2Industria
Laboratório Físico-Químico e
Microbiológico
Pasteurização e Beneficiamento
AlmoxarifadoEstação de
Tratamento de Efluentes
Produção de Queijos Frescos
Empacotamento de Leite, Creme e
ManteigaExpedição
Lavagem de Caixas
Embalagem
PlataformaRecepção de Leite
Produção de Queijos Maturados
Produção de Queijos
Processados
A
Fonte: Promilat, 2012.
20
O organograma é dividido em partes distintas, o setor de gerência
administrativo é controlado pelo gerente administrativo onde são atribuídos os
setores de compras de suprimentos e insumos para produção, o setor vendas
que é responsável pela retirada de pedidos da rede e transferido para o setor
de produção, e também o RH que controla o pagamento dos funcionários,
gerencia também a TI, financeiro, contábil e captação de leite responsável pela
politica leiteira do leite na região.
A indústria é controlada pelo gerente industrial que comanda toda a
produção e o controle de qualidade dos produtos contando com
aproximadamente 116 funcionários que trabalham em três turnos. Responsável
também pela logística de transportes e manutenção de maquinas e
equipamentos, cada setor e controlado por um encarregado responsável pela
produção de determinado produto e consequentemente pelos funcionários que
trabalham no setor, com autonomia para resolver pequenos problemas
referentes à produção.
1.10 Concorrentes
Figura 6: Empresas concorrentes da Promilat no segmento de laticínios.
Fonte: elaborado pelos autores, 2012.
21
Os principais concorrentes da Promilat no segmento de laticínios são: o
laticínios Salute especializado na produção de iogurtes, está localizado na
cidade de São Carlos e outro principal é o laticínios Catupiry com mais de cem
anos de tradição, produz o requeijão com a marca Catupiry concorrente direto
da marca Cremely feito pela Promilat e distribuído em toda a rede Habib’s do
Brasil, as demais marcas concorrem em questão de captação de leite no
estado de São Paulo que competem em um mercado bastante concorrente.
1.11 Projeto de expansão
A Promilat pretende expandir o setor fabril em aproximadamente 10%
para implantação de um novo setor de produção onde serão produzidos os
novos produtos com a marca Montanha Branca.
1.12 Recursos humanos
O setor de RH conta com duas funcionárias que cuidam da
documentação, pagamentos e contratação de todos os funcionários da matriz e
também das filiais, em São Paulo, são Sebastião do Pontal em Minas Gerais,
Santa Rita do Oeste em São Paulo.
1.13 Logística da empresa
Atualmente a Promilat possui frota própria, para efetuar as suas
entregas em todas as centrais do Habib’s no Brasil desde a cidade de Canoas
no estado do Rio Grande do Sul até Fortaleza no estado do Ceará percorrendo
cerca de 70.000km por mês somente dentro da rede e mais 23.700km para
transportar o leite in natura para produção de queijos em sua matriz. Contando
com 4 carretas tanque sendo duas alugadas e duas próprias com capacidade
para transportar 26.000 litros de leite cada tanque por viagem, 6 carretas tipo
baú com capacidade para 24.000 quilos de produtos e 4 caminhões truck com
capacidade para 14.000 quilos de produtos, possui também 4 veículos
menores para entrega de produtos em supermercados das cidades vizinhas
totalizando 13 veículos.
22
Segundo Lambert, “O papel da logística nas organizações é complementar as ações do marketing da empresa, visando garantir vantagens e diferenciais no mercado, “proporcionando um direcionamento eficaz do produto ao cliente e colocando o produto no lugar certo no momento certo” (1998, p.132).
Figura 7: Frota de caminhões Promilat
Fonte: elaborado pelos autores, 2012.
1.14 Responsabilidade social e cultural
A Promilat realiza um trabalho beneficente com as instituições do
município que cuidam principalmente de crianças carrentes e idosos, com
doações mensais de leite e mantimentos, além do leite doado pela empresa os
funcionários também contribuem com roupas e agasalhos.
Constantemente a Promilat recebe a visita de estudantes desde o ensino
fundamental, que são as escolas municipais e as faculdades de cidades
vizinhas como Unip de Araçatuba e Unisalesiano de Lins, oferece também
estagio aos estudantes de química, nutrição, engenharia de alimentos e
veterinária, estudantes estes que buscam conhecer um pouco mais sobre o
leite e seus derivados.
23
Figura 8: Visita de estudantes na Promilat
Fonte: Elaborado pelos autores, 2011.
Durante as visitas os estudantes tem a oportunidade de conhecer todo o
processo de fabricação de queijos, iogurte, manteiga, requeijão entre outros
sempre acompanhados pelos supervisores de produção e qualidade, que
durante a visita explicam todo o processo de produção do laticínio desde a
chegada do leite na plataforma de recepção, a preparação do leite para se
transformar em queijo o processo de embalagem, armazenamento e por fim a
expedição dos produtos. Após o passeio pela indústria todos são convidados a
degustar alguns de seus produtos como o queijo minas, mussarela e o iogurte
bastante apreciado pelos mais jovens, de acordo com a foto acima.
24
CAPÍTULO II
LOGÍSTICA
2 LOGÍSTICA
2.1 Origem
A logística originou-se no século XVIII, no reinado de Luiz XIV onde
existia o posto de Marechal – General de Lógis – responsável pelo suprimento
e pelo transporte do material bélico nas batalhas. (QUARESMA DIAS, 2005).
O sistema logístico foi desenvolvido com intuito de abastecer,
transportar e alojar tropas. Desde os tempos bíblicos, os líderes militares já
utilizavam à logística. (QUARESMA DIAS, 2005).
As guerras eram longas e geralmente distantes e eram necessários
grandes e constantes deslocamentos de recursos, propiciando que os recursos
certos estivessem no local certo e na hora certa. Este sistema operacional
permitia que as campanhas militares fossem realizadas, e contribuía para a
vitória das tropas nos combates. (POZO, 2004).
A partir do momento em que os militares começaram a perceber o poder
estratégico que o sistema logístico possuía, deu-se mais atenção ao serviço de
apoio que as equipes prestavam no sentido de deslocamento de distribuição de
equipamentos, armazenagem, suprimentos e socorro médico nas batalhas.
(POZO, 2004).
Consequentemente, despertou-se o interesse em estudos nesta área
que foi evoluindo após os resultados observados na Segunda Guerra Mundial
em relação ao sistema logístico utilizado pelos militares. (POZO, 2004).
Existem algumas versões para a origem da palavra logística: alguns
autores afirma que ela é vem do francês Logistique e tem como uma de suas
definições a parte da arte da guerra que trata do planejamento, realização de
projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição,
reparação, manutenção e evacuação de material para fins operativos ou
administrativos. Logística também pode ser definida como a satisfação do
cliente ao menor custo total (POZO, 2004).
25
Pode-se dizer então que os termos logísticos e cadeia de suprimentos
tem o mesmo significado, já que ambos têm a finalidade de satisfazer o cliente
com menor custo possível. Outros historiadores defendem que a palavra
logística vem do antigo grego logos, razão que significa a arte de calcular,
pensar e analisar detalhes de uma operação. (OLIVEIRA, 2007).
2.2 Eras da logística
Os professores John L. Kent. Jr. e Daniel J. Flint estudaram a evolução
do pensamento de logística em cinco eras:
2.2.1 Primeira era
A primeira era, denominada do campo ao mercado, teve seu início
situado na virada para o século XX, sendo a economia agrária sua principal
influência teórica. A principal preocupação, no caso, era com questões de
transporte para escoamento da produção agrícola. (FIGUEIREDO; ARKADER,
2007).
2.2.2 Segunda era
Rotulada de funções segmentadas, a segunda era, apesar dessa
evolução, até a década de 40 havia poucos estudos e publicações sobre o
tema.
A partir dos anos 50 e 60, as empresas começaram a se preocupar com
a satisfação do cliente. Foi então que surgiu o conceito logístico empresarial,
motivado por uma nova atitude do consumidor. (FIGUEIREDO; ARKADER,
2007).
2.2.3 Terceira era
A terceira era, denominada de funções integradas, vai do inicio da
década de 70.
26
Como seu nome indica, trata-se do começo de uma visão integrada nas
questões logísticas, explorando-se aspectos como custo total e abordagem de
sistemas. (FIGUEIREDO; ARKADER, 2007).
Pela primeira vez, o foco deixa de recair na distribuição física para
englobar um aspecto mais amplo de funções, sobre influência da economia
industrial. (FIGUEIREDO; ARKADER, 2007).
É interessante observar que é neste período que se presencia o
aparecimento, tanto no ensino quanto na prática da logística, de um
gerenciamento consolidado das atividades de transportes de suprimentos e
distribuição, armazenagem, controle de estoques e manuseio de materiais.
(FIGUEIREDO; ARKADER, 2007).
2.2.4 Quarta era
Na era seguinte, após os anos 80, a logística passa a ter realmente um
desenvolvimento revolucionário, empurrado pelas demandas ocasionadas pela
globalização, pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de
computadores na administração. (FIGUEIREDO; ARKADER, 2007).
Nesse novo contexto da economia globalizada, as empresas passam a
competir em nível mundial, mesmo dentro de seu território local, sendo
obrigadas a passar de moldes multinacionais de operações para moldes
mundiais de operação. (FIGUEIREDO; ARKADER, 2007).
2.2.5 Quinta era
A quinta era que vai de meados da década de 80 até o presente, tem
ênfase estrategicamente, como indica o rótulo que lhe foi atribuído: a logística
como elemento diferenciador. (FIGUEIREDO; ARKADER, 2007).
2.3 Responsabilidades da Logística
A logística é a área da gestão responsável por prover recursos,
equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de
uma empresa. A logística está intimamente ligada às ciências humanas, tais
27
como: à administração, a contabilidade, a estatística e o marketing, envolvendo
diversos recursos da engenharia, tecnologia, do transporte e dos recursos
humanos. (HARA, 2005).
Fundamentalmente, a logística possui uma visão organizacional
holística, onde esta administra os recursos materiais, financeiros e pessoais,
onde exista movimento na empresa, gerenciando desde a compra e entrada de
materiais, o planejamento de produção, o armazenamento, o transporte e
a distribuição dos produtos, monitorando as operações e gerenciando
informações. (HARA, 2005).
Segundo Hara (2005), a logística trata de todas as atividades de
movimentação e armazenagem, que tem como objetivo facilitar o fluxo de
produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até a finalização do
produto, assim como, os fluxos de informações que colocam os produtos em
movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos
clientes a um custo razoável.
2.4 Missão da logística
De acordo com Bowersox e Closs (2001), a logística existe para atender
às necessidades dos clientes, de modo a facilitar as operações relevantes de
produção e marketing. O desafio é equiparar as expectativas de serviços e os
gastos de modo a alcançar os objetivos do negócio.
É possível atingir qualquer nível de serviço logístico se a empresa
estiver disposta a alocar os recursos necessários. O serviço logístico
representa um equilíbrio entre prioridade de serviço e custo. Quanto mais
significativo for o impacto da falha do serviço sobre o cliente, maior será a
prioridade dada ao desempenho logístico. (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
A medição do desempenho do serviço logístico se dá em termos de
disponibilidade, desempenho operacional e confiabilidade do serviço.
(BOWERSOX; CLOSS, 2001).
2.5 Objetivos da logística
28
Conforme Kotler e Armstrong (2003), infelizmente, nenhum sistema de
logística pode maximizar o atendimento ao cliente e minimizar o custo de
distribuição ao mesmo tempo.
Um processo logístico efetivo é essencial para satisfazer o cliente e
ganhar vantagem competitiva. Melhorar a qualidade do serviço que a logística
fornece, aumenta a participação do mercado e a margem de lucro. (KOTLER;
ARMSTRONG, 2003).
Ao mesmo tempo, focalizar as reais necessidades do cliente elimina
custo de serviço não valorizado. Melhorar a produtividade do processo logístico
também reduz custo. Juntas, essas ações ajudam a tornar os produtos e
serviços mais atraentes ao mercado. (KOTLER; ARMSTRONG, 2003).
2.6 Benefícios da logística
Ao ser corretamente entendida e aplicada, a logística permite
desenvolver estratégias para a redução de custos e o aumento de nível de
serviço ofertado ao cliente. Com essas duas condições, isoladamente ou em
conjunto, possibilitam o estabelecimento de diferenciais competitivos,
justificando-se que este caminho escolhido por um número crescente de
empresas para buscar vantagens sobre a concorrência.
Segundo Guimarães e Jardim (2005), a utilização da logística pode
permitir a uma empresa:
a) penetrar rapidamente em novos mercados;
b) dividir custos e riscos;
c) ter acesso a soluções inovadoras, com a utilização de tecnologia da
informação, através de hardware e software, para o gerenciamento e
controle de centros de distribuição.
Guimarães e Jardim (2005) enfatizam que a logística gera
adicionalmente melhorias como:
a) melhoria do nível de serviço ao cliente: pontualidade na entrega,
rastreabilidade de carga, redução do tempo de ciclo;
b) melhoria da qualidade dos serviços: que pode resultar em maior
disponibilidade de estoques, menores tempos de ciclo e maior
pontualidade nas entregas;
29
c) melhoria da malha logística: tamanho da frota, capacidade de
veículos, localização dos centros de distribuição.
2.7 Funções da logística
Em uma economia cada vez mais dependente de resultados
operacionais, em que as empresas lutam para manter sua participação no
mercado, o sucesso das operações passou a ser vital. Neste cenário, a
logística é a ferramenta de maior impacto na melhoria dos resultados
operacionais, pois é com ela que as empresa podem obter grandes reduções
de custo e melhorias de desempenho.
De acordo com Kotler e Armstrong (2003), as funções mais importantes
da logística incluem processamento de pedidos, armazenagem, manuseio de
materiais, gerenciamento de estoques e transportes.
Podem-se incluir ainda os sistemas de informação. Os pedidos podem
ser processados de diversas formas - por correio, telefone, vendedores, fax,
internet e EDI. (KOTLER; ARMSTRONG, 2003).
Em alguns casos até os próprios fornecedores geram pedidos para seus
clientes recebendo diariamente relatórios com informações de vendas dos
produtos. Essas informações são recebidas e analisadas pelos fornecedores
que produz um novo pedido e reenvia ao cliente aguardando sua aprovação.
(KOTLER; ARMSTRONG, 2003).
Após o recebimento da aprovação do pedido pelo cliente, outro passo
importante é o processamento com rapidez e precisão, acelerando assim o
ciclo pedido - expedição - cobrança. (KOTLER; ARMSTRONG, 2003).
2.8 Estocagem de um sistema logístico
Devem decidir quantos e de que tipos de depósitos irão precisar, onde
serão localizados. Quanto maior o número de depósitos, mais rapidamente os
produtos serão entregues. No entanto, se a empresa tiver muitos depósitos em
localidades diferentes, os custos de armazenagem serão mais altos.
O armazenamento de materiais é uma atividade especializada e consiste
em armazenar adequadamente os materiais para que seja possível sua rápida
30
recuperação e a manutenção dos níveis de qualidade para que a entrega seja
facilitada. (MARTINS, 2006). O bom armazenamento também ajuda a diminuir
o espaço alocado, a estocagem dos materiais e consequentemente os custos
relacionados a ela.
Segundo Rosenbloom (2002), o componente armazenamento ou
estocagem de um sistema logístico diz respeito à guarda dos produtos até que
eles possam ser vendidos. O armazenamento pode ser um dos mais
complexos componentes de um sistema logístico porque, ao considerar opções
para armazenamento, a empresa frequentemente enfrenta várias decisões
críticas, e cada uma delas pode ser difícil e complexa de se lidar. As mais
básicas dessas decisões são: a localização das instalações, o número de
unidades de armazenamento, o tamanho das unidades, o projeto das unidades,
incluindo layout, sistemas internos e a questão da propriedade.
2.9 Manuseio de materiais
Segundo Rosenbloon (2002), o manuseio de materiais envolve todas as
atividades e equipamentos ligados à acomodação e movimentação de produtos
em área de armazenamento. A manutenção dos estoques pode atingir de um a
dois terços dos custos logísticos, o que torna a manutenção de estoques uma
atividade chave da logística.
Selecionar o equipamento adequado para manuseio físico dos produtos,
incluindo o próprio prédio do armazém, constitui o subsistema do manuseio dos
materiais na administração da distribuição física. (ROSENBLOON, 2002).
Um equipamento bem apropriado para a tarefa pode minimizar
prejuízos decorrentes de quebra, dano se furto. Um equipamento eficiente
pode reduzir os custos de manuseio, bem como o tempo necessário para
realizá-lo. (ROSENBLOON, 2002).
A conteinerização é um sistema de manuseio da carga que se tornou
uma prática padrão na distribuição física. Os carregamentos de produtos são
colocados em grandes contêineres de metal ou madeira. Os contêineres são
transportados fechados, desde o momento em que deixam as instalações do
expedidor, até que cheguem ao seu destino. (ROSENBLOON, 2002).
31
A conteinerização minimiza o manuseio físico, reduzindo as avarias,
diminuindo o risco de furto e permitindo um transporte mais eficiente.
(ROSENBLOON, 2002).
2.10 Tipos de logística
2.10.1 Logística de transporte
De acordo com Caixeta (2007), logística de transporte é responsável
pelo deslocamento de bens de um ponto a outro, respeitando a integridade da
carga e atendendo aos prazos estipulados. Apesar de não agregar valor ao
produto, é essencial para que cheguem ao seu ponto de aplicação para
garantir o retorno investi do pelos agentes econômicos envolvidos no
processo.
O subsistema transportes é o de maior risco e custo carecendo de uma
necessidade de gerenciamento especial. Diante disso, o subsistema transporte
precisa ser gerenciado de perto. Geralmente, as empresas capacitadas para
fornecer um transporte mais ágil, podem cobrar mais caro pelo serviço, e
quanto mais ágeis for à entrega, menor será o tempo que o estoque ficará em
movimentação e indisponível. Sendo assim, é de extrema importância ter o
equilíbrio entre a velocidade e o custo do transporte. (CAIXETA, 2007).
Segundo Bowersox e Closs (2001), as necessidades de transporte são
atendidas de três maneiras básicas:
a) pode-se ter uma frota exclusiva de veículos;
b) pode-se fazer contratos com empresas de transportes;
c) pode-se contratar os serviços de várias transportadoras que ofereça
diversos serviços de transporte de cargas individuais.
Segundo Martins (2006), possuir os próprios meios de distribuição exige
imobilização de recursos, grande investimento inicial e manutenção constante,
que vem levando as empresas a fazer cada vez mais uso de terceiros.
A gerência de transporte deve prover, a qualquer tempo, os serviços de
transportes necessários, dentro do orçamento operacional aprovado. Também
é responsabilidade da gerência de transporte a pesquisa de meios alternativos,
32
pelos quais o transporte possa ser efetuado com redução do custo logístico
total. (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
2.10.2 Logística de marketing
Deve-se ter a clareza de que ambos os setores trabalham em função de
gerar lucro para a empresa, um lucro suficientemente grande para valer a pena
à existência do negócio. E isto ocorre quando é possível vender produtos a um
preço acima dos gastos totais de disponibilizá-lo ao mercado. (COELHO;
FOLLMANN; RODRIGUEZ, 2008).
Um consumidor faz a sua compra quando percebe que o desembolso
que irá fazer será um bom negócio para ele, isto é, perceber uma relação de
valor favorável para ele no processo de aquisição. (COELHO; FOLLMANN;
RODRIGUEZ, 2008).
Desta forma, tem-se por um lado o marketing, trabalhando para que o
cliente esteja disposto a gastar o maior valor possível com o produto. Isto é
feito de diversas maneiras, dentre elas pode-se citar a propaganda com
pessoas ou situações que geram uma sensação de glamour e status.
(COELHO; FOLLMANN; RODRIGUEZ, 2008).
Por outro lado tem-se a logística, que visa disponibilizar o produto nas
condições ideais para o consumo. E isto tem duas frentes: pode-se aumentar a
percepção de valor, auxiliando o marketing no convencimento do cliente, ou
pode-se trabalhar na redução de custos do processo de distribuição. O que se
pretende é propor um meio para que a logística seja mais efetiva na
valorização do produto oferecido, agindo integradamente com a área de
marketing. (COELHO; FOLLMANN; RODRIGUEZ, 2008).
2.10.3 Logística industrial
De acordo com Christopher (apud KUEHNE, 2004), a logística industrial,
no que tange a parte interna das organizações, acompanha fluxo do pedido
desde o plano mestre de produção (MPS) através dos pedidos. Esta área é
mencionada como planejamento, programação e controle da produção (PPCP).
Menciona também que todas as abordagens logísticas, embora diferentes
33
conceitualmente, podem e devem ter uma inter-relação com aplicações
distintas. O elo representado pela logística industrial objetiva que os resultados
melhorem o desempenho de todos os outros elos, colaborando para a melhoria
do nível de serviço de todo o contexto da logística empresarial.
Conforme Martins (2006), o primeiro conceito de logística industrial
apareceu no final do século XIX, nos Estados Unidos, com a sistematização do
conceito de produtividade, onde a procura por melhores métodos de trabalho e
processos de produção eram incessantes.
2.10.4 Logística empresarial
Atualmente as empresas brasileiras vivem momentos extremamente
desafiadores. Este novo cenário é caracterizado pela busca por maior
competitividade, maior desenvolvimento tecnológico, maior oferta de produtos e
serviços adequados às expectativas dos clientes e maior desenvolvimento e
motivação. (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
A logística empresarial visa satisfazer as necessidades dos clientes, e
ao mesmo tempo arranjar os recursos e esforços da empresa em sua
produção, distribuição e competitividade. (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Conforme Bowersox e Closs (2001), as atividades principais estão
baseadas no transporte, na manutenção de estoques e no processamento de
pedidos. Aliadas a estas, desenvolve-se a administração de materiais na
armazenagem, no manuseio e obtenção de matéria prima, na programação de
produtos e na manutenção de informação.
A distribuição física e a administração de matérias são as operações
chaves da logística empresarial, de outro modo, a empresa não satisfaria os
interesses de seus clientes nem as expectativas próprias, aplicando esforços e
recursos exageradamente. (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
“A logística empresarial tem como meta garantir a disponibilidade de
produtos e materiais nos mercados e pontos de consumo com a máxima
eficiência, rapidez e qualidade, com custos controlados e conhecidos.”
(CAIXETA, 2007, p.211).
Com a abertura de mercados ao comércio internacional, migração de
capitais, uniformização e expansão tecnológica, avanço do comércio eletrônico
34
e expansão dos meios de comunicação, percebe-se que há uma constante
mudança nos hábitos e conceitos, procedimentos e instituições.
Globalização implica na uniformização de padrões econômicos e
culturais em âmbito mundial. O mundo passou a ser visto como uma referência
para obtenção de mercados, locais de investimento e fontes de matérias-
primas. (POZO, 2002).
Nesse universo de crescentes exigências em termos de produtividade e
de qualidade do serviço oferecido aos clientes, as organizações passaram a se
preocupar mais com a qualidade do fluxo de bens dentro do processo
produtivo, com o objetivo de atender bem ao cliente e consequentemente
fidelizá-lo, mas para isso houve a necessidade de mudarem suas estratégias.
Uma das soluções encontradas para amparar tais mudanças foi à logística
empresarial. (POZO, 2002).
De acordo com Pozo (2002), logística empresarial trata de todas as
atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos
desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final,
assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento,
com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um
custo razoável.
Segundo Ribeiro e Gomes (2004), logística empresarial é o processo de
gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenamento de
materiais, peças e produtos acabados, sua distribuição, pela organização e
pelos seus canais de marketing de modo a poder maximizar as lucratividades
presentes e futuras por meio de atendimento dos pedidos a baixo custo.
Porém, atualmente, somente a logística não basta para conquistar e fidelizar o
mercado consumidor há uma mudanças na visão de consumo na sociedade
moderna, qual tem-se preocupado com as questões que tratam do equilíbrio
ambiental.
2.10.5 Logística integrada
De acordo com Bowersox e Closs (2001), a logística integrada é vista
como a competência que vincula a empresa a seus clientes e fornecedores. As
informações recebidas de clientes e sobre eles fluem pela empresa na forma
35
de atividade de vendas, previsões e pedidos. As informações são filtradas em
planos específicos de compra e de produção. No momento do suprimento de
produtos e materiais, é iniciado um fluxo de bens de valor agregado que resulta
na transferência de propriedade de produtos acabados aos clientes.
Logística integrada é a gestão do planejamento, operação e controle de
todo o fluxo de mercadorias e informações desde a fonte fornecedora até o
consumidor. (DIAS, 2005).
2.10.6 Logística verde
Conforme Donato (2008), a preservação do meio ambiente também está
diretamente ligada aos diversos sistemas logísticos. Surgindo assim a Logística
Verde ou Ecologística entre o final do século XX e inicio do XXI. A logística
Verde ou Ecologística é a parte da logística que se preocupa com os aspectos
e impactos ambientais causados pela atividade logística. Por se tratar de uma
ciência em desenvolvimento ainda existe uma grande confusão conceitual a
respeito deste conceito. Muitas pessoas confundem logística verde com
logística reversa.
Conforme Donato (2008), alguns fatores que deu início a movimentação
da logística verde, tais como:
a) a crescente poluição ambiental decorrente da emissão dos gases
gerados pela combustão incompleta dos combustíveis fósseis durante
os diversos sistemas de transportes;
b) a crescente contaminação dos recursos naturais como consequência
de cargas desprotegidas, tais como: caminhões com produtos
químicos que acidentam e contaminam rios, navios petroleiros que
contaminam os oceanos;
c) movimentação e armazenagem destacou-se como fator de extrema
importância que forma os impactos causados por vazamento dos
diversos produtos contidos através de rompimento dos diques de
contenção, utilizados pela armazenagem de resíduos da atividade
produtiva (mineração e celulose);
d) a necessidade de desenvolvimento de projetos adequados à efetiva
necessidade do produto contido, de forma a evitar qualquer ações
36
geradas pelo transporte ou armazenagem não causem avarias à
embalagem em produtos químicos, petroquímicos, defensivos
agrícolas e farmacêuticos.
O objetivo principal da logística verde é o de atender aos princípios de
sustentabilidade ambiental como o da produção limpa, onde a responsabilidade
é do começo ao fim, ou seja, quem produz deve se responsabilizar- se também
pelo destino final dos produtos gerados, de forma a reduzir o impacto ambiental
que eles causam. Assim, as empresas devem organizar canais reversos,
retorno de materiais após seu ciclo de utilização, para terem a melhor
destinação, seja por reparo, reutilização ou reciclagem. A logística verde será
um referencial importante para as empresas que queiram ter um diferencial
competitivo no mercado. (DONATO, 2008).
Um dos desafios dos empresários que atuam na logística verde é
construir um modelo de distribuição reversa com parte da cadeia de
distribuição direta, pois com a rapidez que um produto é lançado no mercado, o
rápido avanço da tecnologia, juntamente com um grande fluxo de informações,
a alta competitividade das empresas e o crescimento da consciência ecológica
quanto às consequências provocadas pelos produtos e seus descartes no meio
ambiente, com isso estão contribuindo para conscientização da adoção de
novos comportamentos por parte das organizações e da sociedade. (DONATO,
2008).
2.10.7 Logística reversa
As diversas definições e citações de logística reversa revelam que o
conceito ainda está em evolução, em face das novas possibilidades de
negócios relacionadas com o crescente interesse empresarial, além daqueles
em pesquisas, na última década, (SOUZA; FONSECA, 2011).
Logística reversa é uma perspectiva de logística de negócios, o qual refere-se ao papel da logística no retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de resíduos, reforma reparação e remanufatura. (STOCK,1998, p.20).
Rogers e Tibben-Lembke (1999), adaptando a definição de logística do
Council of Logistics Management (CLM), definem a logística reversa como: o
37
processo de planejamento, implementação e controle da eficiência e custo
efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques em processo, produtos acabados
e as informações correspondentes do consumo para o ponto de origem com o
propósito de recapturar o valor ou destinar à apropriada disposição.
Lacerda (2000), define que logística reversa pode ser entendida como
sendo o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de
matérias-primas, estoque em processo e produtos acabados (e seu fluxo de
informação) do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de
recapturar valor ou realizar um descarte adequado.
A logística reversa trata dos aspectos de retornos de produtos,
embalagens ou materiais ao seu centro produtivo. Esse processo já ocorre há
alguns anos nas indústrias de bebidas (retorno de vasilhames de vidro) e
distribuição de gás de cozinha com a reutilização de seus vasilhames, isto é, o
produto chega ao consumidor e a embalagem retorna ao seu centro produtivo
para que seja reutilizada e volte ao consumidor final em um ciclo contínuo.
(DONATO, 2008).
Processo da logística reversa movimenta materiais reaproveitados que
retornam ao processo tradicional da produção. A logística reversa é composta
por uma serie de atividades que a empresa tem que realizar para atendê-la,
como por exemplo: coletas, embalagens, separações e expedições até os
locais de reprocessamento das matérias, quando necessários. (GONÇALVES;
MARTINS, 2006).
O processo de logística reversa tem que ser sustentável, pois trata de
questões muito mais amplas do que simples devoluções. Os materiais
envolvidos nesse processo geralmente retornam ao fornecedor, são
revendidos, recondicionados, reciclados, ou simplesmente, são descartados e
substituídos. Os clientes valorizam empresas que possuem políticas de retorno
de produtos, pois lhes garantem o direito de devolução ou troca de produtos.
(GONÇALVES; MARTINS, 2006).
Segundo Barbieri e Dias (2002), a logística reversa deve ser concebida
como um dos instrumentos de uma proposta de produção e consumo
sustentável, por exemplo, se o setor responsável desenvolver critérios de
avaliação ficará mais fácil recuperar peças, componentes e embalagens
reutilizáveis e reciclá-los.
38
A importância da logística reversa está relacionada, além da contribuição
para a preservação do meio ambiente, também como a redução de custos e
matérias na produção, acionando assim, a satisfação do seu consumidor a
preços competitivos e respeitando as legislações ambientais cada vez mais
rígidas. (SINNECKER, 2007).
O estudo da logística reversa tornou-se relevante em função do
crescimento da frequência das operações reversas nos últimos tempos, as
empresas e a sociedade passaram a dar atenção especial para este tema,
tendo em vista a vantagem competitiva. Conforme levantamentos efetuados é
possível concluir os seguintes fatos de acordo com Leite (2003):
a) a devolução de mercadorias tem se tornado uma prática comum dos
clientes de varejo, visto seu alto nível de exigência;
b) os produtos tornam-se obsoletos cada vez mais rápido devido ao
avanço tecnológico, o que obriga as empresas a eliminarem tais
produtos da forma mais econômica possível;
c) as possibilidades de reutilização de materiais por meio da reciclagem,
recondicionamento ou outro tipo de reaproveitamento, para a
produção de novos produtos com menores custos;
d) economia de recursos, gerando ganhos financeiros.
2.10.7.1 O âmbito econômico e social da logística reversa
A importância da logística reversa pode ser vista em dois grandes
âmbitos: o econômico e o social. O econômico refere-se aos ganhos
financeiros obtidos a partir de práticas que envolvem a logística reversa. Por
exemplo, uma empresa pode reduzir seus custos reutilizando materiais que
seriam descartados pelos clientes finais, como retorno de revistas que não
foram vendidas. Após a triagem, voltam às bancas como promoções.
O âmbito social diz respeito aos ganhos recebidos pela sociedade. Por
exemplo, ao se depositar menos lixo em aterros sanitários, adotando-se a
reciclagem, reduz-se a chance de contaminação de lençóis freáticos e elimina
a possibilidade de corte de árvores.
2.10.7.2 A logística reversa e o meio ambiente
39
No Brasil, a legislação exige o retorno de produtos considerados
perigosos após o término da vida útil, por conter metais pesados, tais como
pilhas e baterias, e de produtos considerados problemáticos, devido às poucas
opções de tratamento, como pneus. Nestes casos a responsabilidade pela
logística e pelo tratamento dos resíduos é do fabricante.
Preocupadas com as questões ambientais, as empresas estão cada vez
mais acompanhando o ciclo de vida de seus produtos. Isto torna-se cada vez
mais claro quando se observa um crescimento considerável no número de
empresas que trabalham com reciclagem de materiais. Um exemplo dessa
preocupação é o projeto Replaneta, que consiste em coletas de latas de
alumínio e garrafas PET, para posterior reciclagem, e que tem como bases de
sustentação para o sucesso do negocio a automação e uma eficiente operação
de logística reversa. As novas regulamentações ambientais, em especial as
referentes aos resíduos, vem obrigando a logística a operar nos seus cálculos
com os custos e os benefícios externos. E, em função disso, entende-se que a
logística pode ser vista como um novo paradigma no setor. (COELHO, 2009).
Existe uma clara tendência de que a legislação ambiental caminhe no
sentido de tornar as empresas cada vez mais responsáveis por todo ciclo de
vida de seus produtos. Isto significa ser legalmente responsável pelo seu
destino após a entrega dos produtos aos clientes e do impacto que estes
produzem no meio ambiente. Um segundo aspecto diz respeito ao aumento de
consciência ecológica dos consumidores que esperam que as empresas
reduzam os impactos negativos de sua atividade ao meio ambiente. Isto tem
gerado ações por parte de algumas empresas que visam comunicar ao público
uma imagem institucional ecologicamente correta. (LACERDA, 2002).
2.10.7.3 Logística reversa: sinônimo de ciclo de vida
Por traz do conceito de logística reversa está um conceito mais amplo
que é o do ciclo de vida. A vida de um produto, do ponto de vista logístico, não
termina com sua entrega ao cliente. Produtos se tornam obsoletos, danificados,
ou não funcionam e deve retornar ao seu ponto de origem para serem
adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados, danificados ou
40
absoletos dos pontos de consumo até os locais de reprocessamento, revenda
ou de descarte.
Do ponto de vista financeiro, fica evidente que além dos custos de
compra de matéria-prima, de produção, de armazenagem e estocagem, o ciclo
de vida de um produto inclui também outros custos que estão relacionados a
todo o gerenciamento do seu fluxo reverso. Do ponto de vista ambiental, esta é
uma forma de avaliar qual o impacto que um produto sobre o meio ambiente
durante toda a sua vida. Esta abordagem sistêmica é fundamental para
planejar a utilização dos recursos logísticos de forma a contemplar todas as
etapas do ciclo de vida dos produtos.
Neste contexto, pode-se então definir logística reversa como sendo o
processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-
primas, estoque em processo e produtos acabados (e seu fluxo de informação)
do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor
ou realizar um descarte adequado. (LACERDA, 2002).
Figura 9: Processo logístico direto e reverso
Fonte: Adaptado de Lacerda (2002).
O processo de logística reversa gera materiais reaproveitados que
retornam ao processo tradicional de suprimento, produção e distribuição,
conforme indicado na figura 9.
Este processo é geralmente composto por um conjunto de atividades
que uma empresa realiza para coletar, separar, embalar e expedir itens
usados, medicamentos, dar destinação final e adequada aos produtos que
Materiais novos
novis
Materiais
reaproveitados
novis
Processo Logístico Direto
Suprimento Produção Distribuição
Processo Logístico Reverso
41
estiverem sendo comercializados na rede de farmácia no Estado do Paraná,
que estejam com seus prazos de validade vencidos ou fora de condições de
uso.
2.10.7.4 A logística reversa como forma de diferencial competitivo.
A utilização da logística reversa como forma de diferencial é importante
para a empresa. A obtenção de vantagem competitiva é um dos principais
fatores que levam as organizações a implementarem o processo reverso de
distribuição.
Mudanças no comportamento de consumo das pessoas também têm
contribuído para a incorporação da logística reversa por parte da empresa.
Além deste aumento da eficiência e da competitividade das empresas, a
mudança na cultura de consumo por parte dos clientes também tem
incentivado a logística reversa. Os consumidores estão exigindo um nível de
serviço mais elevado das empresas e estas, como forma de diferenciação e
fidelização dos clientes, estão investindo em logística reversa. (CHAVES;
MARTINS, 2005).
Empresas que possuem um processo de logística reversa, bem gerido,
tendem as e sobressair no mercado, uma vez que estas podem atender seus
clientes de forma melhor e diferenciada de seus concorrentes (BARBOSA,
2009). As empresas que se anteciparem quanto à implementação da logística
reversa em seus processos irá se destacar no mercado. Passará para a
sociedade uma imagem de empresa corretamente ecológica, inovará na
revalorização de seus produtos e irá explorar produtos e materiais de pós-
venda e pós-consumo, agregando valor a estes.
2.11 Reciclagem
Segundo Razzolini e Berté (2009), a reciclagem pode ser definida como
uma atividade de recuperação de materiais descartados que podem ser
transformados novamente em matéria prima para a fabricação de novos
produtos. Também se denomina reciclagem o retorno da matéria prima ao ciclo
de produção, além de designar, genericamente, o conjunto de operações
42
envolvidas para esse retorno, é importante esclarecer que, na maior parte dos
processos de reciclagem, o produto reciclado é absolutamente diferente do
produto original e também não pode ser reutilizado para compor o mesmo
produto que lhe deu origem (alimentos, somente são aceitos materiais virgens
como embalagem).
Basicamente, a reciclagem pode se dividida em etapas, ou técnicas,
com a finalidade de aproveitar os resíduos. Essas etapas podem ser divididas
em: coleta, separação, revalorização e transformação. Reciclar significa Re
(repetir) + Cycle (ciclo).
De acordo com Simplício, Ribeiro e Rey (2008), a reciclagem tornou-se
importante em muitas partes do mundo como, por exemplo, na cultura norte
americana, onde na década de 40 vários produtos eram reciclados para
suportar o período da guerra. Com economia dos anos pós-guerra voltou o
aumento do consumo e a falta de conscientizar e racionalizar os recursos
naturais. Nos anos 70 voltou a ideia de reciclagem e que atualmente vem
crescendo a cada ano, não só da sociedade como das indústrias. Essa prática
se atribuiu através das leis ambientais presente em determinados processos
industriais.
A reciclagem é o termo genericamente utilizado para designar o
reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo
produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns
são o papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem
são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não
renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de
tratamento final, como aterramento, ou incineração. (COMPAM, 2009).
Reciclagem é o processo pela qual passa um mesmo material já
utilizado para fazer o mesmo produto ou um produto equivalente. A reciclagem
é a transformação dos resíduos (o que resta) das embalagens, depois de terem
sido separados por famílias de materiais (papel, metal, plástico e vidro) em
novos objetos, que podem ou não voltarem a ser embalagens. Esta
transformação faz-se através da utilização desses resíduos, substituindo-os por
materiais novos no processo de produção. (BARBOSA, 2009).
Segundo Barbosa (2009), os resíduos são resultados de processos de
diversas atividades, tais como:
43
a) industrial;
b) doméstica;
c) hospitalar;
d) comercial;
e) agrícola;
f) serviços.
Tais resíduos pode apresentar-se em três estágios: sólido, gasoso e
líquido. Está incluso nesta definição todos os resíduos que restam dos
sistemas de tratamento de água, os gerados em equipamentos e instalações
de controle de poluição e determinados líquidos, cujas particularidades tornam
inviável seu lançamento na rede pública de esgoto ou rios. Para o fim de tratar
e preservar existe soluções técnicas e economicamente viáveis de acordo com
a melhor tecnologia disponível. (BARBOSA, 2009).
2.11.1 Etapas da reciclagem
Segundo Batista e Pagliuso (2006), a caracterização das etapas do
processo de reciclagem, considerando as atividades que cada uma delas
compreende, pode ser descrita da seguinte maneira:
a) coleta: é a atividade de recolhimento dos materiais, nos locais onde
são depositados ou descartados pelos consumidores ou usuários;
b) separação: atividade de triagem dos materiais por seus tipos
(plástico, vidro, metal, madeira, papel etc.);
c) revalorização: etapa intermediária em que os materiais separados
são preparados para serem transformados em novos produtos;
d) transformação: é o processamento dos materiais revalorizados para
a geração de novos produtos/insumos destinados a novos ciclos
produtivos.
Para compreender a reciclagem, é importante alterar o conceito que se
tem de lixo, de algo sujo e inútil em sua totalidade. O primeiro passo é perceber
que o lixo, quando encaminhado ao processo de tratamento correto, é fonte de
riqueza. Para tanto, necessita que se faça uma separação de materiais,
(BATISTA; PAGLIUSO, 2006).
44
2.11.2 Tipos de reciclagem
Segundo a empresa COMPAM (2009), os principais tipos de reciclagem
são:
a) metal: são muito utilizados em equipamentos, estruturas e
embalagens devido sua elevada durabilidade, resistência e
facilidade de conformação, separam-se as sucatas em ferrosos e
não ferrosos;
b) papel: a reciclagem de papel é utilizada na transformação de novas
folhas de papel comercialmente vendidas e são cortadas em
tamanhos pré-definidos. Os mais comuns são carta e A4, usados em
escritórios e tarefas escolares. As gráficas também usam papel em
tamanho A3, principalmente para confecção de cartazes;
c) plástico: vem das resinas derivadas do petróleo e pertence ao grupo
dos polímeros (moléculas muito grandes, com características
especiais e variadas). A palavra plástica tem origem grega e significa
aquilo que pode ser moldado. Além disso, uma importante
característica do plástico é manter a sua forma após a moldagem;
d) vidro: o caco funciona como matéria prima já balanceada, podendo
substituir o feldspato que tem função fundente, pois o caco precisa
de menos temperatura para fundir. Os cacos devem ser separados
por cor (transparente, marrom e verde). (COMPAM, 2009).
2.11.3 Benefícios da reciclagem
Os resultados da reciclagem são expressivos tanto no campo ambiental,
como nos campos econômico e social.
No meio-ambiente a reciclagem pode reduzir a acumulação progressiva
de resíduos na produção de novos materiais, como por exemplo o papel, que
exigiria o corte de mais árvores; as emissões de gases como metano e gás
carbônico; as agressões ao solo, ar e água; entre outros tantos fatores
negativos. (CALVALCANTE, 1995).
45
No aspecto econômico a reciclagem contribui para o uso mais racional
dos recursos naturais e a reposição daqueles recursos que são passíveis de
reaproveitamento.
No âmbito social, a reciclagem não só proporciona melhor qualidade de
vida para as pessoas, através das melhorias ambientais, como também tem
gerado muitos postos de trabalho e rendimento para pessoas que vivem nas
camadas mais pobres.
De acordo com Cavalcante (1995), a reciclagem oferece os seguintes
benefícios:
a) contribui para diminuir a poluição do solo, água e ar;
b) melhora a limpeza da cidade e a qualidade de vida da população;
c) prolonga a vida útil de aterros sanitários;
d) melhora a produção de compostos orgânicos;
e) gera empregos para a população não qualificada;
f) gera receita com a comercialização dos recicláveis;
g) estimula a concorrência, uma vez que os produtos gerados a partir
dos reciclados são comercializados em paralelos àqueles gerados a
partir de matérias primas virgens;
h) contribui para a valorização da limpeza pública e para formar uma
consciência ecológica.
A reciclagem é indispensável e beneficia não só ao meio ambiente como
também ás empresa que as realizam gerando assim um lucro onde antes não
existia. Poupar e preservar os recursos naturais reduzindo o volume de
resíduos a ser tratado e descartado. Algumas indústrias brasileiras vêm
praticando a reciclagem de seus próprios resíduos, buscando diminuir o
impacto ambiental e reduzir os custos produtivos. (PIVA; WIEBECK, 2004).
2.11.4 Símbolo da reciclagem
Conforme Saldanha (2009), com a conscientização ambiental crescente
entre os consumidores, surgiu uma ideia de uma empresa de Chicago, a
Container Corporation of America, a patrocinar um concurso nacional para
estudantes de arte e design com o objetivo de encontrar o símbolo definitivo
para o movimento.
46
Poucos podiam imaginar que o símbolo, ganhador de um concurso de
ideias patrocinado por essa empresa, terminaria por se converter em um dos
mais difundidos e conhecidos da história. (SALDANHA, 2009).
O ganhador do concurso, no qual se apresentaram mais de 500
propostas, foi um jovem de 23 anos, estudante da University of Southern
Califórnia, Gary Anderson. A grande sacada das três flechas, ou do anel que
nunca termina, é que foi criado sobre a faixa Möbius, um signo conceitual
matemático que revela duas faces e sugere eterna continuidade. (SALDANHA,
2009).
Figura 10: Símbolo da Reciclagem
Fonte: Pixabay, 2011.
O símbolo mundial da reciclagem é um triângulo, formado por três setas
no sentido horário.
A primeira seta representa a indústria, que produz um determinado
produto. A segunda refere-se ao consumidor, que utiliza o item.
A terceira seta representa a reciclagem, que permite a reutilização da
matéria prima.
47
2.12 Gestão de custos
De acordo com Dutra (2003), custos é a parcela do gasto que é aplicada
na produção ou em qualquer outra função de custo, gasto esse desembolsado
ou não. Custo é o valor aceito pelo comprador por adquirir um bem ou é a
soma de todos os valores agregados ao bem desde sua aquisição, até que
atinja o estágio de comercialização.
De acordo com Crepaldi (2004), qualquer que seja o sistema, necessita
da distinção entre custos e despesas. Teoricamente, a distinção é fácil: custos
são gastos (ou sacrifícios econômicos) relacionados com a transformação de
ativos (exemplo: consumo de matéria prima ou pagamento de salários),
despesas são gastos que provocam redução do patrimônio (exemplo:
impostos, comissões de vendas etc.). E gastos é o termo genérico que pode
representar tanto um custo como uma despesa, é o compromisso financeiro
assumido por uma empresa na aquisição de bens e serviços.
2.12.1 Tipos de custos
2.12.1.1 Custos diretos
Conforme Crepaldi (2004), custos diretos são os que podem ser
diretamente (sem rateio) apropriados aos produtos, bastando existir uma
medida de consumo (quilos, horas de mão-de-obra ou de máquina, quantidade
de força consumida etc.) de maneira geral, associam-se a produtos e variam
proporcionalmente a quantidade produzida.
Custos diretos são os custos que se pode apropriar diretamente aos
produtos, e variam com a quantidade produzida, sem ele o produto não
existiria. Sua apropriação pode ser direta, bastando existir uma medida de
consumo, como Kg, horas máquina, horas homens trabalhadas etc.
(CREPALDI, 2004).
2.12.1.2 Custos indiretos
48
De acordo com Crepaldi (2004), custos indiretos são os que, para serem
incorporados aos produtos, necessitam da utilização de algum critério de rateio.
Exemplos: aluguel, iluminação, depreciação, salário de supervisores etc.
Custos indiretos são os que não se pode identificar diretamente com os
produtos e necessita de rateios para fazer a apropriação. É todo custo que não
está vinculado diretamente ao produto, mas ao processo produtivo. A soma dos
custos indiretos é chamada de custos indiretos de fabricação, gastos gerais de
fabricação ou despesas indiretas de fabricação. (CREPALDI, 2004).
Quando a empresa fabrica apenas um único produto, todos os custos
são considerados diretos em relação a esse produto, não havendo, portanto,
custos indiretos.
Rateio dos custos indiretos de fabricação é um artifício empregado para
distribuição dos custos, ou seja, é o fator pelo qual divide-se os custos indiretos
de fabricação. (CREPALDI, 2004).
Os custos indiretos, para serem incorporados aos produtos, obedecem a
uma mecânica de apropriação de um processo de rateio. Exemplo de bases
utilizadas: unidades produzidas; horas da mão-de-obra direta; horas de uso
direto das máquinas; valor (custo) da mão-de-obra direta; matéria-prima
consumida; horas diretas de serviços prestados; hora de energia elétrica, m3 de
ar comprimido e número de funcionários. A escolha da base deve ser feita em
função do recurso mais utilizado na produção. (CREPALDI, 2004).
Na prática, a separação de custos em diretos e indiretos, além de sua
natureza, leva em conta a relevância e o grau de dificuldade da medição. Por
exemplo: o gasto de energia elétrica é, por sua natureza, um custo direto,
porém devido às dificuldades de medição do consumo por produto e ao fato de
que o valor obtido com sua medição rigorosa, quase sempre é considerado
como custo indireto de fabricação. (CREPALDI, 2004).
2.12.1.3 Custos fixos
Segundo Crepaldi (2004), custos fixos são aqueles cujo total não varia
proporcionalmente ao volume produzido. Por exemplo: aluguel. Um aspecto
importante a ressaltar é que os custos fixos dentro de determinada faixa de
produção em geral, não são sempre fixos, podendo variar em função de
49
grandes oscilações no volume de produção. É um custo fixo no total, mas
variável nas unidades produzidas. Quanto mais produzir, menor será o custo
por unidade.
2.12.1.4 Custos variáveis
De acordo com Crepaldi (2004), custos variáveis são os que variam
proporcionalmente ao volume produzido. Exemplo: matéria prima, embalagem.
2.12.1.4.1 Custos semi-variáveis ou semi-fixo
Custos semi-variáveis ou semi-fixo é o custo que varia em função do
volume de produção ou venda, mas não exatamente nas mesmas proporções.
São considerados fixos até uma determinada parcela, e a partir deste ponto
passam a ser variáveis. (CREPALDI, 2004).
2.13 A importância da logística reversa para redução de custos no processo
produtivo.
Com a logística reversa, as empresas criam uma imagem diferenciada,
com novas oportunidades de lucros através da introdução das preocupações
ambientais em sua estratégia corporativa e buscam constantemente por
produtos e processos de menor impacto ambiental e de acordo com o
desenvolvimento sustentável (LEITE, 2000).
Brito e Dekker (2003), indicam quatro processos principais envolvidos no
canal reverso de revalorização, que são: coleta, inspeção, seleção /
classificação, recuperação direta ou redistribuição, que inclui revenda e reuso,
recuperando maior valor do produto, e reprocessamento, que inclui reparo,
reforma, remanufatura, restauração, reciclagem, incineração e descarte,
recuperando, nessa ordem, menores valores do produto.
De acordo com Lacerda (2000), as iniciativas relacionadas a logistica
reversa tem trazido consideráveis retornos para as empresas, como economia
com a utilização de embalagens retornáveis ou reaproveitamento de materiais.
50
Esta atitude no processo de produção tem trazido ganhos que estimulam
cada vez mais novas iniciativas, pois os esforços para o desenvolvimento e
melhoria nos processos de logística reversa, além de proporcionar a redução
dos custos, podem produzir, também, retornos consideráveis, que justificam os
investimentos realizados.
A logística reversa tornou-se um assunto prioritário nos negócios da
empresa, devido ao seu potencial de incremento simultâneo entre a satisfação
do cliente e a rentabilidade da empresa. (MINAHAN, 1998).
Um programa bem estruturado de logística reversa pode proporcionar a
geração de informações valiosas, como exemplo: a identificação de padrões de
defeitos ou áreas problemáticas da empresa, que podem estar resultando
numa diminuição dos volumes de lucros, além de informações sobre o
comportamento do consumidor e atendimento das suas expectativas ou até
mesmo, se é o momento de retirar um produto de linha, devido a insatisfação
por parte dos clientes. (DAUGHERTY et al., 2002).
Rogers e Tibben-Lembke (1998) e Muller (2005), citam algumas razões
para que as empresas criem condições para a implantação da logistica reversa:
a) a legislação ambiental incumbe às empresas de receberem de volta
materiais com vida útil vencida, e encaminhá-los a um descarte
adequado;
b) benefícios econômicos: a reutilização de uma matéria prima com
baixo custo gera dividendos de produtividade extra, flexibilizando a
produção e diminuindo os custos com o correto descarte do lixo;
c) conscientização ambiental dos consumidores;
d) razões de mercado: ter um diferencial nos produtos;
e) limpeza no fluxo de distribuição;
f) obtenção de margem de lucro segura;
g) busca de valores e manutenção de ativos.
De acordo com Kim (2001), a gestão de retorno de produtos é mais do
que decidir o que fazer com ele, envolve a captura de informações que
permitam entender os motivos do seu retorno e com isto atuar sobre as causas
da insatisfação dos clientes contribuindo para reduzir os retornos futuros, além
de que um processo rápido e eficiente para os clientes aumenta a credibilidade.
51
Estas informações podem ajudar tanto na fabricação, na embalagem e
nas ações de marketing (promoções com produtos de retorno em determinados
mercados e melhoria do produto/serviço).
Para aproveitar o retorno de produtos do mercado de forma sincronizada
e fazer ações de promoções específicas em certos mercados é necessário
disponibilizar e sincronizar as informações para o marketing, isto pode ser feito
através de um adequado gerenciamento da cadeia reversa, de modo que seja
feito no menor tempo possível, reduzindo a perda de valor do produto por conta
da depreciação de mercado e pelo aumento da eficiência.
De acordo com Costa e Valle (2006), as atividades da logística reversa
obtém o melhor reaproveitamento de produtos usados por meio da utilização
do fluxo reverso podem agregar valor ao produto no mercado, pela imagem
corporativa associada ao respeito ao meio ambiente, além de captar
oportunidades econômicas para o processo produtivo, como a redução de
compra de matéria prima virgem. Outros pontos a serem lembrados e que
podem impulsionar a aplicação da logística reversa são:
a) os custos de descarte em aterros sanitários que têm aumentado;
b) considerações econômicas e ambientais estão forçando as
empresas a utilizarem embalagens retornáveis;
c) a maior consciência das empresas com relação a todo o ciclo de
vida de seus produtos, ou seja, ser legalmente responsável pelo seu
destino após a entrega dos produtos ao cliente, evita a geração de
impacto negativo ao meio ambiente;
d) a matéria-prima nova está se tornando menos abundante, e
consequentemente, mais cara;
e) as economias geradas para ás empresas devido ao
reaproveitamento de materiais e componentes secundários, além de
apresentar diferenciação em serviço ao cliente à medida que o
fabricante tem políticas mais liberais de retorno de produtos,
apresenta uma vantagem em relação à concorrência;
f) há eliminação de produtos que se tornam obsoletos devido ao alto
grau de desenvolvimento tecnológico;
52
g) face às regulamentações, muitas empresas são obrigadas a
recolherem seus produtos quando os mesmos atingem o final da
vida útil;
h) as empresas devem desenvolver produtos amigáveis ao meio
ambiente,
i) técnicas para recuperação de produtos e gerenciamento do
desperdício devem ser desenvolvidas.
A logística reversa pode trazer ganhos diretos às empresas por meio da
recuperação de produtos e redução de custos com o descarte adequado de
materiais usados. Como exemplo: os equipamentos eletrônicos, que,
normalmente, têm vida útil bastante curta, devido ao acelerado avanço
tecnológico. Seus componentes, no entanto, podem ser reutilizados.
A competição de mercado tem levado as empresas a desenvolverem o
processo de recuperação de produtos objetivando evitar que terceiros tomem
ciência sobre sua tecnologia de produção ou, até mesmo, para afastar a
possibilidade de surgimento de novos competidores no mercado, situação que
pode levar à redução do faturamento. Um exemplo são as empresas de
telefonia móvel situadas no Brasil, que por meio de suas revendas, oferecem a
troca do aparelho telefônico usado por um novo, pagando ao cliente somente a
diferença de preço entre os aparelhos.
Segundo o Conselho de Gestão da Logística (1993), a estruturação de
um canal de distribuição reverso para o reaproveitamento de metais ferrosos e
não ferrosos, papéis e gorduras de restaurantes foi realizada devido aos
ganhos apresentados aos agentes envolvidos.
Algumas empresas estão praticando o processo de recuperação de
produtos para prevenir-se contra futuras imposições governamentais. Deste
modo, não estarão despreparadas ao ter que cumprir alguma lei, e,
consequentemente, não irão efetuar gastos inesperados para atender às
exigências impostas.
Conforme menciona Stock (1998), toda empresa, independentemente
do ramo, tamanho, tipos de produtos ou localização geográfica, pode
beneficiar-se do planejamento, implementação e controle de atividades da
logística reversa, mesmo que não haja imposição governamental.
53
Como podem ser observados, os fatores econômicos apresentam-se por
meio de ganhos diretos e indiretos, os quais segundo Stock (1998), são:
a) ganhos diretos: reaproveitamento de materiais, redução de custos,
adição de valor na recuperação;
b) ganhos indiretos: antecipação à imposições legislativas, proteção
contra a competição de mercado, imagem corporativa associada à
proteção ambiental, melhoria de relacionamento fornecedor/cliente.
A logística torna-se, neste momento, uma ferramenta importante na
busca desta vantagem competitiva, contribuindo para minimizar os custos
operacionais, controlando a produção, auxiliando nas tomadas de decisões e
fazendo com que as organizações busquem conhecimento no processo de
informação, contribuindo assim para a eficiência na cadeia de suprimentos,
maximizando o lucro e fidelizando clientes (KOTLER; KELLER, 2006).
O bom controle sobre o ciclo de vida do produto requer um bom sistema
de gestão para possibilitar um controle eficaz deste ciclo Trigueiro (2003). O
gerenciamento do retorno dos bens e materiais dentro da cadeia é fator
decisivo para a otimização do ganho financeiro sobre esses produtos. Há
possibilidade de este ser um dos benefícios proporcionados pela logística
reversa. (KOTLER; KELLER, 2006).
Ganhos financeiros e logísticos são apenas um dos benefícios que a
logística reversa é capaz de proporcionar. Somem-se também os ganhos à
imagem institucional da companhia por adotar uma postura ecologicamente
correta, atraindo a atenção e preferência não só dos clientes, mas dos
consumidores finais. (MIGUEL NETTO, 2004).
As iniciativas relacionadas à logística reversa têm trazido consideráveis
retornos para as empresas (LACERDA, 2002). A implementação da logística
reversa pode reverte grandes benefícios às organizações, tanto no aspecto
econômico como também à imagem institucional dentro do ambiente na qual a
mesma está inserida, pois reflete a preocupação com o meio-ambiente e a
sociedade.
De acordo com Lacerda (2002), economias com a utilização de
embalagens retornáveis ou com o reaproveitamento de materiais para
produção têm trazido ganhos que estimulam cada vez mais novas iniciativas. O
reaproveitamento de materiais é um dos processos que fazem parte da
54
dinâmica da logística reversa, e é um dos aspectos que mais possibilidades
possuem para se agregar valor aos materiais retornáveis no processo inverso.
A cada dia que passa a logística reversa, ainda pouco explorada no país, ganha força e espaço no mercado, seja pelo importante apelo ambiental ou pela redução potencial de custos. (CARDOSO, 2006, apud RAZZOLINI; BERTÉ, 2009, p. 57).
Bronoski (2003), afirma que “a logística reversa se aplicada tanto como
um fator de redução de custos na cadeia produtiva como um meio de
preservação ambiental.” Com a otimização no uso dos produtos e matérias-
primas, e a reutilização, proporcionam melhores resultados econômicos para
as organizações e causam menos impactos ao meio ambiente.
O foco econômico-financeiro é retratado pelo autor Cardoso da seguinte
forma:
(...) visa recuperar custos de produção por meio de retorno de produtos pós-consumo para a cadeia de abastecimento, em virtude de escassez e ou encarecimento de matérias-primas. Entre os segmentos industriais que já praticam a logística reversa para resíduos, subprodutos e embalagens, destacam-se as industrias de componentes eletrônicos, as montadoras automobilísticas e a industria de cosméticos. Em alguns países, isso já é prática bastante difundida e os resultados obtidos com a logistica reversa são expressivos. (CARDOSO, 2006, apud RAZZOLINI; BERTÉ, 2009, p.59).
Ainda segundo Cardoso (2006), os gestores buscarão soluções nos
sistemas logísticos inversos, o que promoverá ainda mais essa área. Outra
colocação do autor é em relação a relevância das atividades de logística
reversa na cadeia de suprimentos para agregar valor aos seus produtos e
marca e primordialmente na diminuição dos custos diretos.
55
CAPÍTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUÇÃO
A logística reversa trata dos aspectos de retornos de produtos,
embalagens ou materiais ao seu centro produtivo. Esse processo já ocorre há
alguns anos nas indústrias de bebidas (retorno de vasilhames de vidro) e
distribuição de gás de cozinha com a reutilização de seus vasilhames, isto é, o
produto chega ao consumidor e a embalagem retorna ao seu centro produtivo
para que seja reutilizada e volte ao consumidor final em um ciclo contínuo.
(DONATO, 2008)
A importância da logística reversa está relacionada, além da contribuição
para a preservação do meio ambiente, também com a redução de custos e
materiais na produção, acionando assim, a satisfação do seu consumidor a
preços competitivos e respeitando as legislações ambientais cada vez mais
rígidas. (SINNECKER, 2007)
Com objetivo de verificar a importância do processo da Logística
Reversa no tocante à redução dos custos, foi realizada uma pesquisa de
campo no período de fevereiro a outubro de 2012 na Promilat Ltda – Promissão
SP.
A Promilat, Indústria e Comércio de Laticínios, está localizada no
município de Promissão, no noroeste do estado de São Paulo. A matéria-prima
é o leite in natura, a qual chega ao laticínio por meio de caminhões-tanque
rodoviários, que captam o produto em propriedades rurais conveniadas com a
empresa. Ao chegar, o leite é analisado para ser processado e transformado
em produtos. Os produtos da Promilat são distribuídos em São Paulo capital e
em alguns comércios da região. A empresa trabalha com um variado portfólio
de produtos para atender a rede Habib’s e também ao mercado de varejo na
região, investindo cada vez mais na qualidade de seus produtos para garantir a
satisfação do cliente e conquistar novos mercados.
Para realização da pesquisa utilizou-se dos seguintes métodos e
técnicas:
56
Método de Estudo de caso: foram analisados os aspectos voltados à
Logística Reversa e a redução de custos.
Método de Observação Sistemática: foram observados e analisados os
procedimentos aplicados no setor de produção no tocante a Logística Reversa
e os custos como suporte para o desenvolvimento do estudo de caso.
Método histórico: foram observados os dados e a evolução histórica da
empresa Promilat Ltda. para o desenvolvimento do estudo de caso.
Técnicas:
Roteiro de estudo de caso (APÊNDICE A)
Roteiro de observação sistemática (APÊNDICE B)
Roteiro do histórico da Promilat Ltda (APÊNDICE C)
Roteiro de entrevista para o gerente de produção (APÊNDICE D)
Segue relato e discussão da pesquisa.
3.1 Relato e discussão sobre logística reversa na Promilat – Promissão-SP.
O processo de produção do requeijão na Promilat é de certo modo ainda
bastante artesanal carecendo ainda de estudos.
O estudo realizado de fevereiro a outubro de 2012, revelou a real
necessidade de implantação do processo logístico reverso na Promilat, com
finalidade de reduzir custos na produção do requeijão, bem como contribuir na
conservação do meio ambiente na busca.
Notou-se, que as embalagens utilizadas para o comercialização do
produto são de grande impacto ao meio ambiente apesar do material PEAD
com que as mesmas são fabricadas.
A empresa já trabalha com embalagens que utilizam bem menos plástico
conhecida como Bag a qual tem um custo bastante atraente. A empresa
também utiliza caixas plásticas que comportam os Bags até o consumidor final,
que após serem entregues ao cliente as mesmas retornam a central de
produção para recomeçar o ciclo reverso novamente.
As empresas socialmente responsáveis preocupadas com a preservação e interessadas em competir no mercado externo, trabalham cada vez mais para se adaptar a produção limpa. Este movimento provoca um efeito cascata, pois elas passam a exigir cada
57
vez mais o certificado de gestão ambiental de seus fornecedores. (DIAS, 2007, p.163.)
3.1.1 Custo de produção do requeijão
No custo de produção do requeijão estão incluídos ingredientes para
produção da massa base do produto e demais ingredientes bem como o custo
com funcionário e embalagem.
Quadro 1: Componentes utilizados para produção da massa base do requeijão.
Componentes Quantidades Custo unitário Custo por produto
Leite in natura 1.900 litros R$ 0,88 / litro R$ 1.672,00
Acido lático 11 litros R$ 4,30 / litro R$ 47,30
Funcionário 3 funcionários R$ 5,54 / H.H R$ 16,63 p/hora
Energia elétrica 30 minutos R$ 7,50 / Kw/h R$ 3,75
Total R$ 1.739,68 Fonte: elaborado pelos autores, 2012.
Com base nos dados acima fornecidos pela Promilat, pode-se saber que
para cada quilo de massa produzido são utilizados em média onze litros e
oitenta ml de leite, então, um mil e novecentos litros de leite rendem em média
160quilos de massa o que correspondem ao custo total de R$ 1.739,68.
Quadro 2: componentes utilizados na produção do requeijão balde 3,6 quilos
Componentes Custo unitário Quantidade Custo
Amido modificado R$ 2,20 kg 2,500 kg R$ 5,50
Aroma R$ 9,22 kg 0,250 kg R$ 2,31
Sal Fundente R$ 2,20 kg 0,300 kg R$ 0,66
Sal Redutor R$ 6,00 kg 0,350 kg R$ 0,90
Sal Comum R$ 7,50 kg 2,300 kg R$ 17,25
Sorbato potássio R$ 14,00 kg 0,100 kg R$ 1,40
Creme de leite R$ 3,50 lit. 25 litros R$ 87,50
Massa R$ 10,87 kg 45 quilos R$ 489,29
Funcionário R$ 4,95 p/hora 30 min R$ 2,47
Energia elétrica R$ 3,75 p/hora 30min R$ 1,88
Balde 3,6 Kg R$ 2,20 unid. 32 unidades R$ 70.40
Total R$ 679,56
Fonte: elaborado pelos autores, 2012.
Com o intuito de demonstrar com clareza a diferença de custo na
utilização de determinado tipo de embalagem a tabela acima destaca o custo
58
da embalagem do requeijão, que é o balde de 3,6kg mais utilizado hoje pela
Promilat. Cerca de 70% da produção total de requeijão utiliza este modelo de
embalagem.
O próximo quadro demonstra os mesmos ingredientes, mas com
embalagem do tipo bag que comporta 5 quilos de requeijão, ou seja, um quilo e
quatrocentos gramas a mais, porém, com um custo bem inferior ao referido
balde.
Quadro 3: Componentes utilizados para produção do requeijão bag de 5 quilos
Componentes Custo unitário Quantidade Utilizada
Custo por produção
Amido modificado R$ 2,20 kg 2,500 kg R$ 5,50
Aroma R$ 9,22 kg 0,250 kg R$ 2,31
Sal Fundente R$ 2,20 kg 0,300 kg R$ 0,66
Sal Redutor R$ 6,00 kg 0,350 kg R$ 0,90
Sal Comum R$ 7,50 kg 2,300 kg R$ 17,25
Sorbato potássio R$ 14,00 kg 0,100 kg R$ 1,40
Creme de leite R$ 3,50 lit. 25 litros R$ 87,50
Massa R$ 10,87 kg 45 quilos R$ 489,29
Funcionário R$ 4,95 p/hora 30 min R$ 2,47
Energia elétrica R$ 3,75 p/hora 30min R$ 1,88
Bag 5 Kg R$ 0,47 unid. 23 unidades R$ 10,81
Total R$ 619,97
Fonte: Elaborado pelos autores, 2012.
Como pode ser observado na tabela acima o custo da embalagem do
tipo bag chega a 78,63% menos que o tradicional balde. Se os bags
comportassem a mesma quantidade de requeijão que os baldes o custo final
por unidade de bag seria de R$ 19,50 por unidade, contra R$ 21,23 dos atuais
baldes.
Isto significa que se fossem utilizados somente os bags como
embalagem para o requeijão a Promilat teria uma redução de custo por
produção de 8,11%.
Outro detalhe que deve ser observado é o modo como os bags são
armazenados e transportados, utilizando-se de caixas plásticas retornáveis
onde são alocados 4 bags totalizando por caixa 20 quilos de requeijão,
enquanto os baldes são embalados em fardos que comportam quatro
unidades, totalizando 14,400g de requeijão.
59
O fato é que estes baldes não retornam a central de produção, apesar
de serem fabricados com PEAD, material com grande potencial de
reaproveitamento. Já o requeijão bag que é transportado em caixas
retornáveis, ou seja, as caixas com bags chegam até o cliente que por sua vez
as devolve a central de produção para que seja reutilizada novamente
caracterizando assim o processo reverso que agride menos o meio ambiente e
contribui para redução de custos na produção.
Quando a empresa passa a valorizar sua relação com o meio ambiente
e a tomar medidas preventivas sua imagem perante a opinião pública
tende a apresentar conotação diferenciada. Valorizar sua
preocupação com o meio ambiente tem um forte papel, entre outros,
na manutenção dos clientes atuais e atração de novos consumidores.
(PAIVA, 2003 p.48).
3.2 Processo produtivo do requeijão
3.2.1 Processo produtivo do requeijão
No processo de produção do requeijão tudo começa pela preparação do
leite, o qual antes de ser liberado para o setor de produção é feita uma análise
completa das condições do leite, tais como: acides teor de gordura, crioscopia,
alizarol entre outros, caso haja alguma anormalidade com as análises o leite é
rejeitado.
Após ser liberado o leite é pasteurizado e padronizado na plataforma de
recepção.
Quanto a preparação do leite, neste setor ficam alocadas os principais
equipamentos responsáveis pelo processamento do leite, o qual é feito por
máquinas.
Após esta etapa, o leite chega por meio de tubulação até o setor de
produção, onde o queijeiro responsável pela produção direciona o leite a
tanques de inox e os preenche com cerca de 1900 litros.
Em seguida, adiciona o acido lático que por sua vez faz com que o soro
do leite se separe da massa.
Cada tanque produz em média 160 quilos de massa e após este
processo, a massa é retirada do interior do tanque e colocada em caixas os
60
quais seguem para câmara fria onde devem ficar durante o período mínimo de
6 horas para que ocorra o processo conhecido como dissoragem da massa.
Neste período, todo resíduo de soro é eliminado ocorrendo também a
maturação da massa essencial para a boa qualidade do requeijão antes de ir
para a linha de produção.
Figura 11: Processo de produção da massa do requeijão.
Fonte: elaborado pelos autores, 2012.
3.2.2 Processo produtivo do requeijão balde
Logo após o período de descanso da massa, a mesma é moída e
pesada em porções de 45 quilos, colocada dentro de um tacho onde é cozida
juntamente com os demais ingredientes à temperatura de 80c°.
Dado o ponto ideal para a retirada do requeijão, o mesmo é retirado em
baldes de 20 quilos e em seguida é despejado dentro dos baldes de 3,6 quilos.
61
Após este processo, o requeijão é embalado em fardos de 4 unidades e
levado à câmara fria com temperatura de 3c°, para que seja resfriado e
mantido suas propriedades até que chegue ao consumidor final.
Figura 12: Processo de produção do requeijão balde 3,6 quilos.
Fonte: elaborado pelos autores, 2012.
3.2.3 Processo produtivo do requeijão bag
O processo de produção do requeijão bag é o mesmo do requeijão
balde, o que difere os dois produtos é a embalagem e o modo como ele é feito.
Depois do requeijão pronto dentro do tacho ele é bombeado até o
equipamento que faz o processo de envase do produto para os bags.
O operador da máquina tem que colocá-los dentro das caixas já
previamente preparadas para recebê-los, os quais comportam 4 bags
totalizando 20 quilos de requeijão.
62
Figura 13: Processo de produção do requeijão bag de 5quilos
Fonte: elaborado pelos autores,2012.
Fonte: Elaborado pelos autores
3.2 Parecer final do caso
A vista da logística reversa o processo de retorno das caixas caracteriza
claramente uma das vantagens da implantação da logística reversa dentro do
setor de produção, pois contribui tanto para redução de custo quanto para a
preservação do meio ambiente e após a entrega, as caixas retornam até a
central de produção para serem reutilizadas novamente.
63
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
De acordo com os estudos realizados na Promilat/SP, mais
precisamente no setor de produção, foram analisados os processos de
produção utilizados pela empresa, com foco no setor de produção de
Requeijão, que de acordo com informações fornecidas pelos gestores
corresponde a 13% do faturamento total da empresa.
Com análises de todos os processos, propõem-se:
a) a adoção do processo logístico reverso no tocante a embalagem,
pois a empresa já dispõe de grande potencial para implantação;
b) a troca da atual embalagem utilizada para o requeijão 3,6 quilos para
um novo modelo de embalagem, conhecida como Bag que comporta
5 quilos de requeijão, ou seja, a empresa ganharia com a redução do
custo da embalagem e contribuiria também para preservação do
meio ambiente;
c) a adoção de processos logísticos reversos não só no setor produtivo,
mas em toda a organização de modo geral;
d) a criação de um projeto empresa/escola com o objetivo de
conscientizar os estudantes e a sociedade no tocante a preservação
do meio ambiente através do reaproveitamento dos materiais,
mostrando isto dentro da organização;
e) o início de uma parceria com uma empresa para que os materiais
recicláveis utilizados tenham a destinação correta;
f) a conscientização dos funcionários para utilizarem melhor a água, a
energia e os outros materiais de forma que diminua o desperdício
descontrolado, oferecendo benefícios à empresa além de reduzir
custos.
64
CONCLUSÃO
A logística reversa é ainda, de maneira geral, uma área com baixa
prioridade. Isto se reflete no pequeno número de empresas que tem gerências
dedicadas ao assunto. Pode-se dizer que se está em um estado inicial no
tocante ao desenvolvimento das práticas de logística reversa.
Esta realidade, como vista, está mudando em resposta às pressões
externas como um maior rigor da legislação ambiental. A necessidade de
reduzir custos e a necessidade de oferecer mais serviço através de políticas de
devolução mais liberais, a logistica reversa deve ser usada não só para ganhar
novos mercados como para se manter nele.
Os esforços em desenvolvimento e melhorias nos processos de logística
reversa podem produzir também retornos financeiros, de imagem corporativa e
de nível de serviço consideráveis que justificam os investimentos realizados. A
implantação da logística reversa é de suma importância para a gestão
empresarial como um diferencial de mercado trazendo benefícios à empresa.
Conclui-se então que a pergunta problema foi respondida e a hipótese
de que a logistica reversa contribui para sustentabilidade financeira e ambiental
da empresa, através de sua prática de retorno de embalagem, para otimizar
seus custos e garantir a sua sustentabilidade financeira no exercício de seu
processo produtivo, foi comprovada.
O trabalho é direcionado a todos da área de Administração e que no
meio acadêmico o assunto não fique estagnado e não deixe de ser explorado,
que seja uma ferramenta para o aprofundamento do assunto no decorrer do
tempo.
A realização do trabalho de conclusão de curso proporcionou ao grupo
crescimento tanto no campo teórico como no prático.
65
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72
APÊNDICES
73
APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso
1 INTRODUÇÃO
Demonstração dos objetivos do Estudo de Caso, os métodos e técnicas
de pesquisa, caracterizando os principais aspectos relacionados à logística
reversa e a redução de custos no processo produtivo do requeijão na Promilat
Ltda.
1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado
a) será analisado o processo produtivo, onde serão avaliados
métodos de produção, embalagens e transporte de produtos.
b) serão analisados os procedimentos adotados pela Promilat Ltda.
referente aos resultados financeiros, sociais e ambientais.
c) será coletado depoimento do gerente e colaboradores de
produção.
1.2 Discussão
Através da pesquisa será realizado um confronto entre a teoria a
prática observada na empresa.
1.3 Parecer final
O parecer final sobre o caso com sugestões de modificação ou
implantação de novos procedimentos na prática organizacional da Promilat
Ltda.
74
APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática
1 IDENTIFICAÇÃO
Empresa:.........................................................................................................
Localização:.....................................................................................................
Ramo de Atividades:........................................................................................
Porte:................................................................................................................
Número de Funcionários:.................................................................................
II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
1 Evolução histórica da empresa.
2 Aspectos voltados para logística reversa.
3 Práticas de redução de custos no processo produtivo.
4 Aplicação da logística reversa.
75
APÊNDICE C – Roteiro Histórico
1 IDENTIFICAÇÃO
Empresa:.........................................................................................................
Localização:.....................................................................................................
Ramo de Atividades:........................................................................................
Porte:................................................................................................................
Número de Funcionários:.................................................................................
II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
1 Evolução.
2 Missão, visão, valores e crenças.
3 Parcerias.
4 Clientes.
5 Fornecedores.
6 Concorrentes.
7 Responsabilidade sócio-ambiental.
8 Projetos de expansão.
9 Organograma.
10 Produtos.
11 Propaganda.
12 RH.
76
APÊNDICE D – Roteiro de Entrevista para o gerente de produção.
1 IDENTIFICAÇÃO
Cargo/função:...................................................................................................
Tempo de empresa:.........................................................................................
Escolaridade:....................................................................................................
Experiências profissionais anteriores:..............................................................
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1 Qual seu entendimento sobre logística reversa?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
2 Existe alguma ferramenta da logística reversa utilizada pela Promilat ind.
Laticínios que auxilia nos processos industriais?
2.1 sim Qual?_________________________________________________
2.1.1 Em quais aspectos essa ferramenta auxilia nos processos industriais?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
3 Na sua percepção a logística reversa colabora com a redução de custos
nos processos produtivos da Promilat Ltda.?
3.1 Se sim, de que forma?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
4 Para Você, qual é a contribuição da Promilat Ltda. para o
desenvolvimento da logística reversa no setor de produção industrial?
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
5 Qual o feedback esperado pela empresa que aplica conceitos de
logistica reversa?
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
6 Quais são os projetos socioambientais que a Promilat Ltda. participa?
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
7 No processo produtivo do requeijão qual é a etapa que a logística
reversa esta mais presente?
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
7.1 Com a prática da logística reversa houve resultados satisfatórios no
tocante a redução de custos?
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
7.1.1 Qual o custo que foi mais reduzido com a aplicabilidade da logística
reversa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
8 Que resultado no tocante ao aspecto ambiental a Promilat pode realizar
com a prática da logística reversa?
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
9 Os colaboradores e líderes de equipe comprometam-se com o exercício
da logística reversa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
10 Quais as maiores dificuldades na implantação e manutenção da logística
reversa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
11 Existe algum setor responsável para cuidar da logística reversa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
12 Quais os impactos ambientais que a Promilat desencadearia se não
praticasse a logística reversa?
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
13 A Promilat adota a ISO 14001?
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
14 A Promilat tem alguma equipe para planejar e desenvolver embalagens
mais baratas, menos impactantes e mais atrativas?
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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