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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE O PROFISSIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS NA HOTELARIA Por Deisimar C N Monteiro Orientador Prof. Celso Sanchez Rio de Janeiro 2005

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O PROFISSIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS

NA HOTELARIA

Por Deisimar C N Monteiro

Orientador

Prof . Celso Sanchez

Rio de Janeiro

2005

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O PROFISSIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS

NA HOTELARIA

OBJETIVOS:

Most ra r como o p ro f i ss iona l de Re lações

Púb l i cas pode a judar uma empresa , pequena

ou g rande , p r i vada ou púb l i ca , a fo r ta lecer a

imagem da empresa , suas idé ias , seus

p rodu tos e serv iços pe lo púb l i co em gera l ou

por de te rminado segmento de mercado e

demons t ra r a va lo r i zação des te p ro f i ss iona l

que têm uma imagem d is to rc ida no mercado .

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AGRADECIMENTOS

Ao meu f i l ho Gu i lhe rme, que soube

compreender m inha ausênc ia duran te todo o

ano do qua l t i ve que me ded icar à Pós

Graduação . À minha mãe e meu pa i , que

tomaram con ta de le e das minhas ta re fas

domést i cas para que consegu isse te rminar o

cu rso . Ao p ro fessor o r ien tador Ce lso Sanchez ,

pe la sua ded icação , competênc ia e pac iênc ia .

4

DEDICATÓRIA

Ded ico es te t raba lho ao meu f i l ho

Gu i lhe rme, a pessoa ma is impor tan te da

minha v ida do qua l insp i ro todas as

m inhas ações para t raba lhar e es tudar e

se r um exemplo para seu fu tu ro . Também

à minha mãe e meu pa i , po r tudo o que

me ens inaram.

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RESUMO

O p ro f i ss iona l de Re lações Púb l i cas é o agen te ma is

ind icado para rea l i za r o p lane jamento es t ra tég ico da imagem

organ izac iona l , v i s to que e le es tuda os re lac ionamentos en t re

a o rgan ização e seus púb l i cos .

A re levânc ia des te es tudo cons is te em mos t ra r que o

Pro f i ss iona l de Re lações Púb l i cas não é só um med iador , mas

o responsáve l pe la fo rma que se desenvo lve a comun icação

en t re a o rgan ização e seus d ive rsos púb l i cos e pe la

cons t rução de uma boa imagem den t ro des te re lac ionamento .

O ob je t i vo gera l des ta monogra f ia é mos t ra r o

desconhec imento sobre a p ro f i ssão de Re lações Púb l i cas

causando, ass im, a desva lo r i zação des te g rande p ro f i ss iona l

no mercado de t raba lho e como es tão sendo ma l exp lo rados

no se to r ho te le i ro . Mos t ra r , também, como es tes p ro f i ss iona is

t raba lham e fo rmu lam a imagem corpora t i va to rnando-a

es t ra tég ica e compet i t i va , ass im, como inves t iga r a

impor tânc ia des te p ro f i ss iona l nes te con tex to jun to aos

ho té is , po is num mundo em cons tan te mudança , a ges tão dos

re lac ionamentos to rnou-se um super d i fe renc ia l de

compet i t i v idade en t re as empresas e as o rgan izações .

A so lução para acabar com es tas des in fo rmações ,

sobre a p ro f i ssão , se r ia uma ma io r d ivu lgação e

esc la rec imento , do pape l das Re lações Púb l i cas tan to no

campo acadêmico como no p ro f i ss iona l tendo , ass im, uma

fo rmação só l ida na á rea .

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METODOLOGIA

Os métodos u t i l i zados para rea l i zação des te t raba lho

fo ram:

• Método monográ f i co , pesqu isa exp lo ra tó r ia com técn ica

de pesqu isa b ib l iog rá f i ca e documenta l .

• Método de observação com técn ica de pesqu isa

despadron izada , en t rev is tas não es t ru tu radas , in loco , no

Hote l , c inco es t re las , Pes tana R io A t lân t i ca .

A p resen te monogra f ia es t ru tu ra -se em In t rodução ,

qua t ro cap í tu los e as cons iderações f ina is sobre o assun to .

Na in t rodução apresen ta -se a s i tuação a tua l que o

p ro f i ss iona l de Re lações Púb l i cas en f ren ta e as rea is

de f in i ções de suas funções .

O p r ime i ro cap í tu lo aborda a de f in ição de Re lações

Púb l i cas , seu h is tó r i co , de f in i ções , a t r ibu ições e os p rob lemas

que os p ro f i ss iona is encon t ram nas empresas , po is a fa l ta de

in fo rmação sobre a p ro f i ssão leva à i l ega l idade de pessoas

inap tas ao exerc íc io da função den t ro das empresas .

No segundo cap í tu lo o en foque é dado no

desenvo lv imento do tu r i smo no mundo, no Bras i l e o

c resc imento da ho te la r ia com o aumento do tu r i smo de lazer e

de negóc ios , aumentando , ass im, a necess idade dos ho té is de

con t ra ta r p ro f i ss iona is de Re lações Púb l i cas , po is o que têm

ocor r ido são ho té is u t i l i zando-se de p ro f i ss iona is não

qua l i f i cados para a tender es ta á rea .

No te rce i ro cap í tu lo , têm-se como tema a impor tânc ia do

p ro f i ss iona l de Re lações Púb l i cas no p lane jamento es t ra tég ico

da imagem organ izac iona l , mos t rando como es te p ro f i ss iona l

é necessár io nas empresas de ho je .

7

No quar to e ú l t imo cap í tu lo , aborda-se o método de

como as Re lações Púb l i cas podem t raba lhar , nos ho té is e

empresas , u t i l i zando as fe r ramentas admin is t ra t i vas , como um

con jun to es t ra tég ico para o sucesso da corporação .

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPITULO I 11

DEFINIÇÃO 11

CAPITULO I I 16

TURISMO E HOTELARIA 16

CAPITULO I I I 23

RELAÇÕES PÚBLICAS E HOTELARIA 23

CAPÍTULO IV 31

RELAÇÕES PÚBLICAS E ADMINISTRAÇÃO 31

CONSIDERAÇÕES F INAIS 43

REFERÊNCIAIS BIBLIOGRÁFICAS 44

ÍNDICE 47

9

INTRODUÇÃO

Um dos g randes p rob lemas no reconhec imento do

p ro f i ss iona l de Re lações Púb l i cas é a sua ampla gama de

de f in i ções , já que suas a t i v idades são mu l t i func iona is .

As Re lações Púb l i cas devem fazer par te da po l í t i ca da

empresa ho te le i ra , i ndependente do tamanho, ca tegor ia e

loca l i zação . Em mu i tos casos , as Re lações Púb l i cas

func ionam como um ins t rumento de Marke t ing ou apenas como

as responsáve is pe lo t raba lho de comun icação in te rna ,

f i cando aquém de suas rea is poss ib i l i dades de t raba lho .

O rec ru tamento de p ro f i ss iona is de Re lações Púb l i cas ,

a t ravés de anúnc ios nos jo rna is , tem reve lado ind íc ios de

desconhec imento des ta a t i v idade por par te dos responsáve is

pe lo rec ru tamento , quer se ja o p rópr io empresár io , quer se ja

o encar regado pe los recursos humanos .

As empresas ho te le i ras não es tão sendo e f i cazes no uso

de seus recursos humanos e , ass im, es tão jogando d inhe i ro

pe la jane la rec ru tando func ionár ios e r rados para cargos

e r rados , ma l aprove i tando os insumos de pessoa l .

O p ro f i ss iona l de Re lações Púb l i cas en f ren ta um grave

p rob lema de ace i tação nas empresas , em gera l , i nc lu indo os

ho té is , e têm uma imagem d is to rc ida no mercado , po is a

p ro f i ssão f i cou assoc iada ao p romoto r de even tos , fes te i ro ,

oba-oba , pessoa super f i c ia l que v ive em ambien tes

f reqüen tados por gen te fú t i l . Mu i to con t r ibu iu para es te

es te reó t ipo a ocupação dessas funções nas empresas por

pessoas que não têm ou não t inham qua l i f i cação para exercê-

la . A p rá t i ca acabou re fo rçando o per f i l d i s to rc ido .

Nos ú l t imos anos o tu r i smo mund ia l tem se expand ido de

mane i ra ex t remamente ve loz e gerado novas opor tun idades de

10

negóc ios por todo o g lobo te r res t re . O Bras i l , d i spondo de um

grande po tenc ia l a se r exp lo rado , vem segu indo es ta

tendênc ia e fe i to do tu r i smo, de lazer e de negóc ios , uma das

p r inc ipa is fon tes de renda da economia nac iona l .

Ta l expansão tu r ís t i ca t rouxe um conseqüente

desenvo lv imento da rede ho te le i ra nac iona l , e a inda fez com

que novas redes in te rnac iona is enxergassem no pa ís uma

exce len te opor tun idade de c resc imento de seus luc ros e se

ins ta lem no pa ís com uma f reqüênc ia que aumenta a cada d ia .

A cada d ia , a concor rênc ia c resce e to rna-se ac i r rada .

O consumidor ex ige cada vez ma is p reços cond izen tes com o

que es tá sendo o fe rec ido , sem nunca de ixar de lado o

con fo r to . A sa t i s fação do c l ien te é o pon to fundamenta l para o

bom func ionamento de um ho te l . E e la é “med ida” a t ravés do

re to rno do hóspede ao es tabe lec imento . Também, podemos

des tacar que a segmentação de mercado to rna-se ma is fo r te

na á rea , po is , cada vez ma is , os ho té is p rocuram a tender um

t ipo espec í f i co de c l ien te (ex . : execu t i vos , famí l ias , tu r i s tas

comuns e tc . ) .

Com isso , as d ispu tas nes te se to r têm se ac i r rado e as

empresas que não p rocura rem evo lu i r e buscar um d i fe renc ia l

f ren te à concor rênc ia se rão rap idamente d isso lv idas .

O uso cor re to de ações es t ra tég icas de Re lações

Púb l i cas na aber tu ra de cana is de comun icação com o

hóspede e todos os demais púb l i cos da ins t i tu i ção , pode v i r a

se r es te "a lgo ma is " p rocurado pe las empresas para a

conqu is ta de novos c l ien tes e f ide l i zação dos a tua is .

11

CAPÍTULO I

Definição

12

DEFINIÇÃO DE RELAÇÕES PÚBLICAS E OS

PROBLEMAS ENFRENTADOS PELOS

PROFISSIONAIS

São métodos e a t i v idades empregados por uma

organ ização a f im de p romover re lac ionamento favoráve l com

o púb l i co em gera l . Ve ícu lo de comun icação en t re a indús t r ia

ho te le i ra e toda uma var iedade de aud iênc ia (Rober to P

S imões – Famecos-PUC/ES/1980)

Há vár ias con t rovérs ias sobre o t raba lho de Re lações

Púb l i cas e , mu i tas vezes , d iz -se que é uma perda de tempo e

de d inhe i ro , em ou t ras , a f i rma-se que qua lquer um pode fazer

esse t raba lho . As pessoas que pensam ass im ou não

en tendem o t raba lho de Re lações Púb l i cas ou t i ve ram

exper iênc ias ru ins com es fo rços desorgan izados nessa á rea ,

po is o campo de Re lações Púb l i cas não faz venda d i re ta , a lém

de ser d i f í c i l de mensurar os resu l tados , mas pode ser mu i to

in f luen te na rea l i zação das vendas . De f in ições (Rober to P

S imões – Famecos-PUC/ES/1980) :

Funções

Pesqu isa , P lane jamento , Assessoramento , Execução ,

Coordenação e Ava l iação .

Tarefas:

Em Pesqu isa :

• Rea l i za e /ou manda rea l i za r por empresas

espec ia l i zadas em sondagem de op in ião , pesqu isas de

op in ião e a t i tudes sobre a imagem, o conce i to e a

c red ib i l i dade da o rgan ização ;

13

• Cole ta in fo rmações a t ravés da imprensa esc r i ta ,

fa lada e te lev is ionada ;

• Iden t i f i ca e ca rac te r i za os púb l i cos (g rupos que

a fe tam os ob je t i vos da empresa) ;

• Rea l i za pesqu isa de le i tu ra

• Rea l i za pesqu isa de hemerogra f ia ;

• Cole ta suges tões so l i c i tações e que ixas ;

• Ana l i sa e in te rp re ta os dados das pesqu isas ;

• Exper imenta novos métodos e técn icas de Re lações

Púb l i cas .

Em P lane jamento :

• Elabora o p lane jamento de Re lações Púb l i cas ,

cons t i tu ído de ob je t i vos , es t ra tég ia , ta re fas , c ronogramas

e o rçamento ;

• Elabora p rogramas de Re lações Púb l i cas ;

• Selec iona métodos e técn icas de Re lações Púb l i cas .

Em Assessor ia :

• Fornece pareceres , apresen ta a l te rna t i vas e

recomenda a t i v idades à dec isão da D i reção sobre :

es t ra tég ia e po l í t i cas de Re lações Púb l i cas ; po l í t i cas de

p ropaganda ins t i tuc iona l ; po l í t i ca de mecenato (doações) ,

mot i vação dos recursos humanos e po l í t i ca de

responsab i l i dade soc ia l ;

• Ass is te à D i reção e qua lquer e lemento de

o rgan ização em todas as opor tun idades de represen tação

da empresa .

Em Execução :

• Cr ia , red ige , p roduz e d is t r ibu i i n fo rmações

espec í f i cas do seu se to r , tan to para a imprensa , como

para ou t ros púb l i cos espec í f i cos ;

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• Superv is iona a c r iação e a p rodução de fo lhe tos ,

ca r tazes , quadros de av isos , mos t ras , aud iov isua is ,

f i lmes , re la tó r ios e ou t ras peças ;

• Superv is iona a c r iação e a p rodução de fo lhe tos ,

ca r tazes , quadros de av isos , mos t ras , aud iov isua is ,

f i lmes , re la tó r ios e ou t ras peças ;

• Organ iza e rea l i za a tos cu l t u ra is , como, congressos ,

con fe rênc ias , seminár ios , encon t ros , e tc . ;

• Organ iza e rea l i za a tos soc ia is como, an ive rsár ios ,

j an ta res , coque té is ;

• Organ iza e rea l i za even tos espec ia is , como,

inaugurações , comemorações , v i s i tas , open-house ,

v iagens ;

• Di r ige o cer imon ia l ;

• Red ige d iscursos , mensagens e tc . ;

• Organ iza e ass is te en t rev is tas ind iv idua is e /ou

co le t i vas com a imprensa ou ou t ros g rupos ;

• Vis i ta l íde res de op in ião ;

• Represen ta a empresa em a tos púb l i cos ;

• Superv is iona o a rqu ivo de púb l i cos , de imprensa ,

fo tográ f i co , c l i chês , fo to l i tos , d i scos , documentação e tc . ;

• Admin is t ra mate r ia l , pessoa l e ve rba do seu se to r ;

• In fo rma à D i reção de todos os p rob lemas de

Re lações Púb l i cas em po tenc ia l , recomendando so luções

(10% do seu tempo) ;

• Emi te e responde cor respondênc ia .

Em Coordenação :

• Coordena as po l í t i cas e a t i v idades das f i l i a i s e

dos se to res (depar tamento ) da o rgan ização .

Em Ava l iação :

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• Ava l ia os resu l tados dos p lane jamentos ,

p rogramas , métodos e técn icas , o r ien tando as

re fo rmu lações ou es fo rços necessár ios .

O assessor de Re lações Púb l i cas repor ta -se à D i reção ,

l i gando-se , con tudo , em n íve l técn ico , admin is t ra t i vo e

operac iona l a todos os se to res da empresa .

O e lemento p r inc ipa l de aux í l i o ao Assessor é o

Ass is ten te de Re lações Púb l i cas , cu ja função é secundar o

Assessor em suas a t i v idades e rea l i za r todas aque las ta re fas

que venham a fac i l i t a r o t raba lho da che f ia . O n íve l de

ins t rução des te e lemento também deve ser un ive rs i tá r io (po is

se rá o subs t i tu to imed ia to em qua lquer caso de ausênc ia , em

ou t ras pa lav ras , o "sombra" ) , no en tan to não é necessár io

nenhuma exper iênc ia . Boa po l í t i ca , nes te n íve l , é admi t i r

es tag iá r ios .

O p rocesso de admin is t ração , an tes de fo rmar o

con t ra to de t raba lho , deve ser rea l i zado en t re o D i re to r e o

Assessor , i s to é , deve ser esmiuçada a descr i ção de cargo e

as expec ta t i vas de ambas as par tes quan to ao t raba lho a ser

rea l i zado , a f im de que o assessor possa , sa iba e que i ra

desempenhar co r re tamente sua função e de que as

expec ta t i vas da D i reção não se jam f rus t radas , mas

cor respond idas e ass im ha ja um d iá logo en te as par tes .

16

CAPÍTULO II

Turismo e Hotelaria

17

TURISMO NO MUNDO E O CRESCIMENTO DA

HOTELARIA

A Origem do Turismo

Desde o momento em que as pessoas passaram a v ia ja r

de um loca l a ou t ro , mov idas por a lgum in te resse ou

necess idade , e las já es tavam fazendo tu r i smo. Porém seus

p r ime i ros reg is t ros como a t i v idade econômica da tam do

sécu lo X IX .

O tu r i smo tem or igem no sécu lo X IX , quando o ing lês

Thomas Cook , em 1841 , o rgan izou uma v iagem de um d ia

par t indo de Lancas te r para Loughborug , reun indo 570 pessoas

que iam par t i c ipa r de um congresso an t i -á lcoo l e cobrou pe los

seus serv iços (BENI , 2000 , p .16) .

Es te s imp les fa to c r iou o tu r i smo e o p r ime i ro

p ro f i ss iona l de serv iços de v iagem. Cook f i cou tão

en tus iasmado que se t rans fo rmou em empresár io , montando

uma empresa para desenvo lver um s is tema de funções e

serv iços para v ia jan tes que ex is te a té ho je - as agênc ias de

v iagem. Surg iu logo depo is a f igu ra ou a função do gu ia de

tu r i smo.

A conseqüênc ia des ta in i c ia t i va é o c resc imento da

indús t r ia de a lo jamento e a l imentação . O desenvo lv imento da

av iação comerc ia l deu nova d imensão ao tu r i smo. Surgem os

vôos char te rs ( f re tados) e as t ranspor tadoras aéreas

passaram a exercer um pape l fundamenta l no desenvo lv imento

tu r í s t i co .

Com o desenvo lv imento dos serv iços de t ranspor tes ,

a lo jamento , a l imentação e rec reação , passou-se a re iv ind ica r

18

a p ro f i ss iona l i zação de quem pres ta es tes se rv iços . Ass im,

su rg i ram esco las de ho te la r ia e de serv iço .

A Expansão do Turismo e da Hotelar ia no Mundo

A idé ia de ho te l , h i s to r i camente , es tá l i gada à época

dos cas te los e pa lác ios que o fe rec iam hospedagem aos

nobres em v iagem. Ao longo dos anos , esse t ipo de

empreend imento fo i evo lu indo a té chegar à fo rma como ho je

conhecemos.

A empresa ho te le i ra cons t i tu i um dos supor tes bás icos

para o desenvo lv imento tu r ís t i co de uma c idade , reg ião ou

pa ís . E la p res ta se rv iços que podem ser agrupados em:

hospedagem, a l imentação e lazer . Seu p rodu to é es tá t i co ,

porque não é poss íve l l evá- lo para casa , ou se ja , a pessoa

paga e u t i l i za naque le momento . Não é como sabão em pó :

marca nova , p r ime i ro compra uma ca ixa para exper imenta r e ,

se gos ta r , passa a u t i l i za r .

Com base em uma v isão es t ra tég ica , podemos d ize r

que as Re lações Púb l i cas , na ho te la r ia , devem assumi r o

pape l de conduto ra do t raba lho de Comun icação da empresa .

Para o púb l i co in te rno , e las poderão ser encar regadas de

p roporc ionar , em parcer ia com a á rea de Recursos Humanos ,

as cond ições necessár ias para o bom re lac ionamento e para a

sa t i s fação no tocan te ao serv iço . I s to é uma das cond ições

bás icas para o hóspede te r p razer ao u t i l i za r o ho te l .

Re fe ren te ao púb l i co ex te rno , as Re lações Púb l i cas

deverão t raba lhar para a p romoção de um cana l permanente

de comun icação en t re o ho te l e seu consumidor f i na l : o

hóspede. É em função de le que uma empresa ho te le i ra deve

pensar e ag i r . Esse cana l pode ser es t ru tu rado de d ive rsas

19

fo rmas : a t ravés de uma po l í t i ca de d ivu lgação ins t i tuc iona l ,

pesqu isas de op in ião , es tudo de mercado , p rogramas

espec ia is para hóspedes f reqüen tes , en t re ou t ras .

A me lhor ia do s is tema mund ia l de comun icação e

t ranspor tes , e a d ivu lgação de cu l tu ras de reg iões ou t ro ra

long ínquas ou pouco conhec idas p ra t i camente un i f i cou o

p lane ta como área de in te resse tu r ís t i co .

A fac i l i dade de acesso aprox imou os pa íses e reg iões .

A expansão da economia mund ia l i ncorporou novos e

s ign i f i ca t i vos con t ingen tes à soc iedade de consumo, na qua l o

tu r i smo insere -se como um segmento impor tan te e em

con t ínuo c resc imento . Des te modo, "as v iagens passaram a

fazer par te da cu l tu ra e das asp i rações das popu lações ,

fazendo com que a demanda tu r ís t i ca passasse a ser

c rescen te . A o fe r ta ho te le i ra evo lu iu em função dessa

demanda" (ANDRADE; BRITO; JORGE, 2000 . p . 28 ) .

A impor tânc ia do tu r i smo é ta l que , em 1995, e le

represen tava 3 ,38 t r i l hões de dó la res no fa tu ramento b ru to da

economia mund ia l , 2 ,98 t r i l hões de dó la res na compos ição do

P IB mund ia l (10 ,8% do to ta l ) e 212 mi lhões de empregos

(10 ,7% do to ta l ) .

A Expansão do Turismo e da Hotelar ia no Brasi l

O cresc imento do mercado tu r ís t i co nac iona l ,

acompanhando a tendênc ia mund ia l , tem ex ig ido do

empresar iado e das pessoas que t raba lham no se to r

gerenc ia l -admin is t ra t i vo dos ho té is , ma io r a tenção à

c rescen te complex idade desse mercado . Não há como de ixar

de reconhecer a impor tânc ia des ta expansão para o

desenvo lv imento econômico- f inance i ro -soc ia l do pa ís . A

20

d isparada do tu r i smo nas ú l t imas décadas do sécu lo XX e

in íc io des te sécu lo é f ru to de uma ampla te ia que envo lve

novas á reas de comun icação e t ranspor tes mund ia is ,

decor ren tes da in te rnac iona l i zação da economia .

Out ros fa to res que in f luenc ia ram es te c resc imento fo ram:

a aber tu ra po l í t i ca , econômica e cu l tu ra l da Rúss ia e dos

pa íses da Europa Or ien ta l , a es tab i l i zação po l í t i ca e

econômica da Amér ica do Nor te e da Europa Oc iden ta l , a

conso l idação do mercado as iá t i co e o c resc imento da

Aus t rá l ia e da Nova Ze lând ia , nações desenvo lv idas e com

a l to n íve l de qua l idade de v ida .

Já na Amér ica La t ina emerg iu , recen temente , uma

consc iênc ia tu r ís t i ca vo l tada para a va lo r i zação da o fe r ta

na tu ra l dos pa íses do Cone Su l e para a expansão dos

mercados e P IBs nac iona is . No Bras i l , " com a aber tu ra da

economia e a es tab i l i dade econômica , mu i tos cap i ta is que

es tavam ap l i cados nos papé is com cor reção monetá r ia fo ram

a t ra ídos pe las poss ib i l i dades da par t i c ipação nos negóc ios

ho te le i ros " (Bar re to F i lho , 2001 , p . 57 ) .

A lém das es t ra tég ias de a lavancagem do tu r i smo

p romov idas por pa íses e reg iões , su rg i ram novos n ichos de

mercado , como o tu r i smo eco lóg ico , de te rce i ra idade e de

negóc ios , que inc rementa ram, a inda ma is , os f luxos

mercado lóg icos .

Nesse con tex to , a ho te la r ia despon ta como ve to r

fundamenta l de expansão e conso l idação do se to r . Sua

a tuação tem cor respond ido à demanda dos novos segmentos

de mercado e , ao mesmo tempo, p rop ic iado o aparec imento de

novas moda l idades de tu r i smo, d ive rs i f i cando o por t fó l io de

serv iços (ANDRADE; BRITO; JORGE, 2000 , p . 14 ) .

Ho je , a rede ho te le i ra v i ve um momento de g rande

expansão , e desper ta a cada d ia o in te resse das g randes

21

redes in te rnac iona is , espec ia lmente as europé ias e nor te -

amer icanas , que es tão inves t indo pesado no pa ís . Nes ta

cor r ida pe la cons t rução de novos empreend imentos , a

l i de rança se d iv ide en t re o g rupo espanho l So l Me l iá , o

f rancês Accor , o g rupo por tuguês Pes tana e os amer icanos

Mar r io t t e Cho ice , a lém dos g rupos loca is , também se

p rogramando para novos lançamentos .

Uma ou t ra es t ra tég ia que vem sendo p ra t i cada em

números cada vez ma io res é o fe rec imento de hospedagem

econômica , já que há a lgum tempo a t rás hav ia um

descompasso mu i to g rande en t re o a l to cus to das ins ta lações

e o n íve l de seu rend imento , p reocupando e f rus t rando os

empresár ios com as reduz idas taxas de ocupação

p redominan tes .

En f im, a ho te la r ia nac iona l aos poucos vem

mod i f i cando o seu per f i l . O mercado ho te le i ro che io de o fe r tas

pede modern idade e e f i c iênc ia . Mas nes te novo mi lên io , a

imp lementação de med idas amb ien ta lmente co r re tas , se rá

dec is iva para o bom desempenho de um ho te l , podendo

p roduz i r resu l tados ex t raord inár ios na con tab i l i dade das

empresas . Todos sabemos ser o me io amb ien te a maté r ia -

p r ima do tu r i smo, por tan to , se não o p reservarmos es ta remos

acabando com o nosso p rópr io negóc io .

Por tan to , a ho te la r ia tem merec ido um grande des taque

no cenár io tu r í s t i co . Seu c resc imento , sua evo lução e suas

amp las perspec t i vas de c resc imento acompanham uma

tendênc ia la rgamente ver i f i cada em todos os ramos de

negóc ios e se to res : a qua l i f i cação e espec ia l i zação de todos

os serv iços p res tados .

22

Turismo de Negócios

Neste con tex to de g rande expansão do mercado

tu r ís t i co mund ia l , novas ca tegor ias tu r í s t i cas têm surg ido .

Den t re as qua is podemos c i ta r o tu r i smo eco lóg ico , o tu r i smo

de te rce i ra idade e o tu r i smo de even tos e negóc ios , que há

a lgum tempo vem se conso l idando como um dos segmentos do

tu r i smo que ma is c resce no Bras i l e no mundo.

O R io de Jane i ro , dev ido ao se to r pe t ro l í fe ro , vem se

fo r ta lecendo como c idade pó lo do tu r i smo de even tos e

negóc ios . D i fe ren temente do tu r i smo convenc iona l , o tu r i smo

de negóc ios depende de ins t rumentos p r i vados como, cen t ros

para rea l i zações de even tos , empresas de p romoção e

o rgan ização de even tos , a lém de bons ho té is .

O tu r i smo de negóc ios é a ma is ren táve l a t i v idade

tu r ís t i ca , sob todos os pon tos de v is ta , do mundo in te i ro . De

acordo com a Organ ização Mund ia l de Tur i smo (OMT) , o

tu r i smo de uma fo rma gera l é o te rce i ro se to r ma is luc ra t i vo

da economia mund ia l .

O tu r i smo de negóc ios tem vár ias van tagens em re lação

ao tu r i smo convenc iona l (de lazer ) . A p r ime i ra é que o tu r i s ta

de negóc ios gas ta na c idade de des t ino a té t rês vezes ma is

que o de lazer , po is u t i l i zam lavander ia , res tauran te , room

serv ice , te le fon ia , se rv iços pagos do bus iness cen te r e tc .

A lém de aumenta r a a r recadação de t r ibu tos , es te t i po

de tu r i smo também proporc iona uma ma io r mov imentação a

vár ios segmentos da economia .

23

CAPÍTULO II I

Relações Públicas e Hotelaria

24

A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES PÚBLICAS

NA HOTELARIA

A Hote la r ia é uma das inúmeras á reas em que o

p ro f i ss iona l de Re lações Púb l i cas pode a tuar com sucesso ,

podendo também expand i r a parcer ia en t re Hote la r ia e

Tur i smo, que conv ivem no Trade Tur ís t i co .

A perspec t i va de Re lações Púb l i cas deve inc lu i r

i nves t ido res , ac ion is tas , f ranqueados , in te rmed iá r ios , c l i en tes

ind iv idua is e f ina is . Deve es ta r vo l tada para toda a aud iênc ia

ex te rna e também serv i r ao púb l i co in te rno , usando a

comun icação como mot i vação en t re os func ionár ios .

A lguns ho té is ganham grande expos ição por causa de

um even to ou acon tec imento , mas es te espaço na míd ia é

apenas um dos aspec tos do t raba lho de um Re lações

Pub l i cas .

É uma fe r ramenta de marke t ing poderosa que a t inge

toda uma aud iênc ia , ex te rna e in te rna . Em ap l i cações

pos i t i vas , age agress ivamente , e em s i tuações nega t i vas , usa

uma fo r te es t ra tég ia de fens iva .

Envo lve negoc iações com o púb l i co , inc lu indo c l ien tes

a tua is e po tenc ia is , com a comun idade f inance i ra e loca l , com

a míd ia e , even tua lmente , com os func ionár ios . Um programa

de Re lações Púb l i cas e fe t i vo pode p rover uma boa imagem

den t ro da indús t r ia de tu r i smo. Essa imagem gera d iv idendos

quan to à p re fe rênc ia dos consumidores e também pode a judar

a a t ra i r e re te r func ionár ios ta len tosos .

O Bras i l possu i um enorme po tenc ia l tu r í s t i co que , nos

ú l t imos anos , vem desper tando o in te resse das g randes

empresas em inves t i r no se to r ho te le i ro . Por se t ra ta r de um

25

produ to in tang íve l , po is o c l i en te só saberá o que comprou

depo is de usá- lo , os ho té is necess i tam de uma boa

d ivu lgação , a lém de uma exce len te es t ru tu ra para receber e

a t ra i r seus c l ien tes em po tenc ia l . Da í a impor tânc ia do

p ro f i ss iona l de Re lações Púb l i cas no se to r Tur ís t i co e

Hote le i ro , p lane jando e es t ru tu rando as me lhores mane i ras de

aumenta r e mante r os d ive rsos per f i s de tu r i s tas e execu t i vos .

Ass im como as agênc ias de v iagem, os ho té is vendem

um produ to in tang íve l (descanso , p razer , l azer , d i ve rsão , a

v isão de be las pa isagens) : é p rec iso saber vender a lgo que o

consumidor ac red i ta es ta r comprando . A con f iança , a

c red ib i l i dade e a persuasão são e lementos dec is i vos no

momento da compra .

Não cumpr i r um i tem de uma p romessa é , no mín imo,

f rus t ra r sonhos ( imag inár io ) , expec ta t i vas e i sso s ign i f i ca

p re ju ízo para ambas as par tes . O ind iv íduo sen te -se

a l tamente lesado e enganado: poderá ex ig i r seus d i re i tos na

jus t i ça , não fa la rá bem de sua empresa para n inguém, com

cer teza fa rá uma an t ipub l i c idade , jama is i rá vo l ta r e o ma is

g rave é que esse t ipo de s i tuação den ig re , compromete a

ser iedade da indús t r ia tu r í s t i ca in te i ra (das operadoras ,

agênc ias , t ranspor tadoras , ho té is ) . É t i ca e mu i to bom senso

cooperam para mante r a repu tação da empresa tu r ís t i ca .

Logo , a p resença do p ro f i ss iona l de Re lações Púb l i cas

den t ro do se to r ho te le i ro é de g rande impor tânc ia , j á que

es tes vendem seus serv iços d i re tamente ao púb l i co . Es te

p reenche os requ is i tos fundamenta i s na a r te da comun icação ,

podendo ser responsáve l pe la e laboração dos ins t rumentos de

comun icação in te rna e ex te rna , com to ta l t ranqü i l i dade , para

que os ho té is cons t ruam um conce i to de p res t íg io jun to à

op in ião púb l i ca .

26

É um pro f i ss iona l capac i tado para rea l i za r

de te rminadas ações no Marke t i ng Hote le i ro , j á que as

Re lações Púb l i cas exercem um con jun to de a t i v idades em

empresas púb l i cas ou p r i vadas , v i sando fo rmar um conce i to e

mante r bom re lac ionamento jun to ao c l ien te in te rno

( func ionár ios e fo rnecedores) e ex te rno (c l ien tes e

comun idade) .

Ass im, as Re lações Púb l i cas têm um pape l fundamenta l

na fo rmação de um conce i to f ren te aos ho té is . Cabe ao

p ro f i ss iona l da á rea c r ia r , mante r e me lhora r o conce i to da

empresa d ian te de seus d ive rsos púb l i cos (ac ion is tas , sóc ios ,

empregados , fo rnecedores , c l i en tes , imprensa , en t re ou t ros ) .

Para i sso é necessár io que o p ro f i ss iona l de Re lações

Púb l i cas mantenha-se in fo rmado de todas as ações da

empresa e das osc i lações e mudanças do ambien te ex te rno . A

par t i r da í , o p ro f i ss iona l deve tomar in i c ia t i vas no sen t ido de

a t ing i r uma pos ição favoráve l f ren te aos púb l i cos da empresa .

Va le ressa l ta r que o conce i to pos i t i vo e a boa imagem

de um ho te l não se c r iam e se mantêm se não ocor re r um

t raba lho de Re lações Púb l i cas vo l tado , p r inc ipa lmente , para o

púb l i co in te rno ( func ionár ios ) . Se os empregados não

possu í rem um conce i to favoráve l de sua empresa e não

es t i ve rem enga jados com seus idea is , d i f i c i lmente será

poss íve l fo r ja r uma boa imagem jun to ao púb l i co ex te rno . Em

uma empresa p res tadora de se rv iços , como um ho te l , a

p reocupação com o púb l i co in te rno deve ser mu l t ip l i cada .

PLANO DE COMUNICAÇÃO

Por me io de P lanos de Comun icação , to rna-se poss íve l

es tabe lecer o equ i l íb r io en t re os in te resses da o rgan ização e

27

os in te resses de seus púb l i cos , fo r ta lecer a comun icação com

os d i fe ren tes púb l i cos com os qua is se re lac iona , a lém de

consc ien t i za r o púb l i co in te rno – que são púb l i cos

mu l t ip l i cadores de uma organ ização – sobre o

compromet imento dos resu l tados de suas a t i v idades para com

o resu l tado da o rgan ização como um todo .

Uma das g randes p reocupações das Re lações Púb l i cas ,

na sua ta re fa jun to ao púb l i co in te rno , é a de consc ien t i zá - lo ,

i ndependentemente do cargo ou função que cada um

desempenha na o rgan ização , que é por e les represen tada ,

tan to in te rna como ex te rnamente , cabendo- lhes , des ta fo rma,

uma f ração de responsab i l i dade pe lo g rau de in f luênc ia que é

exerc ido por todos no con jun to e a t ravés de cada um

ind iv idua lmente , peran te a op in ião que ou t ros púb l i cos e a

p rópr ia comun idade , como um todo , venha , a te r a respe i to da

empresa (apud KUNSCH, 1986 , p . 66 ) .

Ao rea l i za r a Pesqu isa Ins t i tuc iona l no ho te l do qua l

t raba lho , Pes tana R io A t lân t i ca , duran te o ano de 2004 , suger i

a rea l i zação de a lgumas a t i v idades na á rea da comun icação

com seus púb l i cos , ta i s como a u t i l i zação me lhor do banco de

dados ex is ten te ; rea l i zação de pesqu isas de sa t i s fação com

hóspedes , es tabe lec imento de re lações com a imprensa e ,

p r inc ipa lmente , c r iação de me ios de comun icação para

fo r ta lecer o re lac ionamento da o rgan ização com seus

púb l i cos .

D ian te de ta is cons ta tações , observe i a necess idade de

serem ap l i cadas p ropos tas de comun icação que so luc ionem

esses p rob lemas , v i sando es tabe lecer a compreensão mútua e

fo rmar um conce i to pos i t i vo da o rgan ização jun to a seus

púb l i cos .

A comun icação exerce pape l fundamenta l no sen t ido de

mante r em harmon ia o re lac ionamento da o rgan ização com

28

seus púb l i cos e es tabe lecer um cana l de comun icação en t re

es tes , sempre que fo r necessár io d ivu lgar fa tos que

in te ressem à op in ião púb l i ca , bem como esc la recer a lgum

assun to con t roverso .

No compos to da comun icação , as Re lações Púb l i cas

exercem a impor tan te ta re fa de in te rmed ia r as in fo rmações

env iadas e receb idas , med ian te a rea l i zação de ações e

es t ra tég ias p rogramadas que , a lém de permi t i rem ava l ia r as

a t i v idades e a po l í t i ca em desenvo lv imento , es t re i tam o

re lac ionamento e a conv ivênc ia en t re a o rgan ização e seus

púb l i cos .

Nes te con tex to , todos os p rogramas e p ro je tos

p ropos tos a segu i r são ações que poderão ser apresen tadas

ao ho te l Pes tana R io A t lân t i ca e que poderão fazer par te de

um processo de comun icação , que te rá como ob je t i vo ma io r a

f i de l i zação dos hóspedes do ho te l .

PROPOSTAS DE PROGRAMAS SUGERIDAS

Programa “UM“

Sabemos que um sucesso conqu is tado por um bom ho te l ,

não é resu l tado apenas da exper iênc ia , empreendedor ismo e

d inamismo de seu d i re to r , e s im do t raba lho con jun to en t re

es te e seus co laboradores .

São e les que , ao exercerem suas funções com cor tes ia ,

amab i l i dade , qua l idade e sa t i s fação , fa rão com que o

hóspede, ao longo de sua es tada , some os pon tos que

cons ideram pos i t i vos e nega t i vos para no f ina l tomar a

dec isão de vo l ta r ou não .

29

Logo, mante r e me lhora r con t inuamente a qua l idade no

fo rnec imento dos serv iços ho te le i ros to rnou-se uma ques tão

de sobrev ivênc ia e ao mesmo tempo uma arma es t ra tég ica .

Por tan to , um programa de comun icação que busque o

compromet imento e a sa t i s fação dos co laboradores com a

o rgan ização , que abra cana is en t re es tes e a d i re to r ia , que

p reze pe la capac i tação e aper fe içoamento p ro f i ss iona l dos

mesmos, tendo como ob je t i vo ma io r fo rmar um conce i to

pos i t i vo f ren te aos seus c l ien tes , to rna-se impresc ind íve l pa ra

que ha ja um bom desempenho, com qua l idade , nas p res tações

de serv iços ho te le i ros .

Programa “DOIS“

Atender anse ios , necess idades e dese jos dos c l ien tes

s ign i f i ca , em ho te la r ia , o fe recer aos hóspedes um serv iço

agradáve l , co r tês e que o sa t i s faça .

Os c l ien tes de um ho te l são os responsáve is d i re tos

pe la ex is tênc ia da empresa e , sendo ass im, c r ia r um conce i to

favoráve l e ob te r c red ib i l i dade j un to a es te púb l i co to rna-se

impresc ind íve l para o bom func ionamento da o rgan ização .

Para i sso o ho te l p rec isa o fe recer p rodu tos e se rv iços com

qua l idade e também es tabe lecer requ is i tos que sa t i s façam

seus dese jos e expec ta t i vas .

Por tan to , um amplo p rograma de comun icação , que

tenha como foco c l ien tes e po tenc ia is c l i en tes , to rna-se v iáve l

e necessár io no Hote l Pes tana R io A t lan t i ca . Por me io de le ,

es t ra tég ias e ações d i rec ionadas serão desenvo lv idas e

ava l iadas , a f im de max im izar os resu l tados e os ob je t i vos

p ropos tos .

Programa “TRÊS“

Hoté is , em gera l , cons t i tuem-se em fon tes de

in fo rmação para a míd ia na med ida em que es tes u t i l i zam

es t ra tég ias d i fe renc iadas , rea l i zam ações inovadoras ,

30

aco lhem pessoas i l us t res e também promovem even tos de

g rande repercussão .

Sendo ass im, a imprensa loca l é um púb l i co que deve

ser t raba lhado , po is é fo rmadora de op in ião , t ransmi te

c red ib i l i dade e poderá aux i l i a r na cons t rução de um conce i to

favoráve l para os ho té is .

O p rograma “TRÊS“ tem como ob je t i vo ma io r o

es tabe lec imento de re lações com a imprensa por me io de

ações que serão rea l i zadas por um es tag iá r io de Re lações

Púb l i cas ap to a co le ta r , v i s to r ia r e t ransmi t i r dados e

in fo rmações c la ras e ve rdade i ras à imprensa .

Programa “QUATRO“

Nos ú l t imos anos as empresas b ras i le i ras vêm

passando por p ro fundas mudanças e apesar de buscar

exce lênc ia em seus p rodu tos e se rv iços , e en f ren ta rem

in tens ivamente os desa f ios da concor rênc ia , e las es tão

descobr indo que luc ro , p rodu t i v idade e imagem da marca só

serão consegu idos e mant idos por empresas genu inamente

c idadãs .

Por tan to , ho je , não bas ta possu i r um serv iço de

qua l idade acompanhado de um bom preço , é necessár io ,

também, es ta r l i gado aos acon tec imentos soc ia is , cu l tu ra is ,

espor t i vos , eco lóg icos , en t re ou t ros , que ocor rem no âmb i to

da soc iedade.

O se to r ho te le i ro vem se des tacando em ações que são

en tend idas como um compromisso com a qua l idade de v ida da

comun idade , fo rnecedores , ac ion is tas , c l i en tes e me io

amb ien te .

Logo é de to ta l impor tânc ia que os Hoté is ins i ram-se

nes te con tex to e que ado te po l í t i cas para a p rá t i ca cor re ta de

ações soc ia lmente responsáve is e não ass is tenc ia l i s tas .

31

CAPITULO IV

Relações Públicas e a Administração

32

RELAÇÕES PÚBLICAS COMO

FERRAMENTA ADMINISTRATIVA

O sucesso da empresa , cada vez ma is , es tá

cond ic ionado à sua capac idade de gera r para s i a tenção

pos i t i va , ações de apo io e boa von tade de todos os

segmentos do púb l i co com os qua is in te rage . E a í que en t ra a

a t i v idade de Re lações Púb l i cas . E la busca a t ing i r esses

ob je t i vos pe la a tuação baseada na v isão macro das funções

empresar ia is e em va lo res c la ramente de f in idos que perme iem

toda a es t ru tu ra da empresa .

Para esc la recer me lhor , podemos d ize r que as

impressões causadas pe la empresa podem ser comparadas às

causadas pe las pessoas .

Para uma pessoa ser bem-ace i ta , deve desenvo lver

pos tu ras pos i t i vas , por me io dos seus a tos e pa lav ras , jun to

às pessoas que com e la se re lac ionam. Se fo r bem-suced ida ,

consegu i rá desenvo lver nos ou t ros a op in ião de que é pessoa

con f iáve l .

I sso ocor re , também, com a empresa , pe la fo rma

adequada de re lac ionamento de seus func ionár ios com o

púb l i co , pe la fabr i cação de p rodu tos e p res tação de serv iços

com qua l idade , pe la a tuação p ro f i ss iona l den t ro de p r inc íp ios

é t i cos , pe la consc iênc ia de seu pape l soc ia l e da sua

in f luênc ia na v ida das comun idades nas qua is a tua e no pa ís

no qua l es tá ins ta lada .

Essas fo rmas de ag i r , p romov idas pe lo t raba lho

p lane jado de Re lações Púb l i cas , fazem com que se

es tabe leça jun to ao púb l i co um conce i to bom e fo r te e

con t r ibuem de mane i ra d i re ta para me lhores negóc ios e para o

33

desenvo lv imento da empresa , a lém de p reservar e va lo r i za r

aqu i lo que e la tem de ma is va l ioso : o p rópr io nome.

A a t i v idade de Re lações Púb l i cas , a lém de a tuar como

p ivô das ações c i tadas , busca a consc ien t i zação de todos

den t ro da empresa sobre o pape l e a responsab i l i dade que

tem pe lo conce i to da mesma jun to à op in ião púb l i ca . Por ou t ro

lado , o r ien ta e assessora todas as á reas da empresa no que

d iz respe i to à fo rma ma is adequada de conduz i r suas re lações

com o púb l i co .

Vemos, po is , que o p r inc íp io bás ico de Re lações

Púb l i cas é ag i r de mane i ra co r re ta , buscando a in tegração dos

ob je t i vos empresar ia is com os ob je t i vos do púb l i co , inc lus ive

cor r ig indo d is to rções que sur jam na busca desse

en t rosamento . Esse p r inc íp io que , como mos t ramos a segu i r ,

envo lve todos os aspec tos da es t ra tég ia empresar ia l , se

comple ta ac rescen tando a e le as técn icas de comun icação ,

con t r ibu indo para mos t ra r ao púb l i co as ações cor re tas

rea l i zadas pe la empresa .

Pon to fundamenta l da a tuação de Re lações Púb l i cas

são os va lo res da empresa e a de f in ição de como e la dese ja

ser v i s ta pe lo púb l i co , i s to é , a de f in i ção es t ra tég ica do

conce i to empresar ia l .

Os va lo res empresar ia is devem ser c la ramente

de f in idos , buscando fazê- los permear toda a empresa , para

que todos den t ro de la tenham, no documento fo rma l i zador

desses va lo res , seu gu ia de a tuação .

Para chegarmos à de f in i ção es t ra tég ica do conce i to

empresar ia l , devemos ana l i sa r os ob je t i vos da empresa , os

seus va lo res , as es t ra tég ias de seus p rodu tos e seus

serv iços , a es t ra tég ia ins t i t uc iona l e suas po l í t i cas .

Chegamos, ass im, à de f in i ção do conce i to que , do pon to de

34

v is ta es t ra tég ico , a empresa deverá desenvo lver jun to aos

púb l i cos .

Esses do is fa to res devem es ta r un idos à pesqu isa jun to

aos d i fe ren tes segmentos de púb l i co que in te ragem com a

empresa , buscando saber como a vêm e que conce i to têm

de la , bem como suas expec ta t i vas e necess idades em re lação

à empresa , seus p rodu tos , se rv iços e ações em gera l .

Es tão , ass im, lançadas as bases para a de f in ição de

po l í t i cas e de p rogramas de Re lações Púb l i cas para a tender

às necess idades , expec ta t i vas e in te resses dos d i fe ren tes

segmentos do púb l i co da empresa , in tegrando-os com os seus

va lo res e com a sua de f in i ção es t ra tég ica do conce i to

empresar ia l .

ASSESSORIA E EXECUÇÃO

Dent ro do p rograma de Re lações Púb l i cas , des tacam-se

a assessor ia e a execução de a lgumas a t i v idades bás icas

d i re tamente l i gadas à a l ta admin is t ração da empresa , que

passamos a re lac ionar .

• Forma l i zação , d ivu lgação e acompanhamento da

u t i l i zação dos va lo res empresar ia is .

• Def in ição es t ra tég ica do conce i to empresar ia l .

• Pesqu isa jun to aos d i fe ren tes segmentos do púb l i co –

com v is tas à de f in i ção do p rograma de Re lações Púb l i cas .

• Assessora r e consc ien t i za r a admin is t ração da

empresa em assun tos que envo lvem re lações com os

d i fe ren tes segmentos de seu púb l i co .

• Obter feedback dos d i fe ren tes segmentos do púb l i co

ao p rogramas de Re lações Púb l i cas imp lementadas , e ou t ros

a tos da empresa que as a fe tem, co r r ig indo d is to rções e

revendo pos ições jun to à a l ta admin is t ração .

35

• Assessora r os membros da admin is t ração na

adequada, c la ra , d i re ta e s in té t i ca comun icação com os

ve ícu los de imprensa e com o púb l i co gera l .

• Assessora r a admin is t ração da empresa e a tuar nos

con f l i t os e nas fa lhas de comun icação , porven tu ra ocor r idas

com um dos d ive rsos segmentos do púb l i co da empresa ,

buscando cor r ig i r fa l sas impressões , ag indo ráp ida e

adequadamente , ob je t i vando o a jus tamento poss íve l en t re as

par tes .

• Assessora r a admin is t ração e a tuar na med iação do

p rocesso de negoc iação em assun tos ins t i tuc iona is com os

d i fe ren tes segmentos de púb l i co .

• Recomendar e p romover a par t i c ipação da empresa

em assun tos de in te resse púb l i co , benemeren tes , cu l tu ra is ou

soc ia is .

AÇÕES E INSTRUMENTOS

• Plane jamento e superv isão da execução de even tos

da empresa para o púb l i co in te rno e ex te rno e acon tec imentos

espec ia is .

• Plane jamento e superv isão da p ropaganda

ins t i tuc iona l .

• Divu lgação de dados f inance i ros e ba lanços das

empresas .

• Divu lgação de dados f inance i ros e ba lanços das

empresas .

• Plane jamento , execução de re la tó r ios anua is e

fo lhe tos ins t i tuc iona is .

• House-organs , mura is e pub l i cações d ive rsas para

func ionár ios .

• V ideo jo rna l .

36

• Promoção da boa von tade jun to aos func ionár ios e

demais púb l i cos .

• Programas de par t i c ipação , suges tão e incen t i vo .

• Plane jamento e execução de p rogramas de

p reservação da qua l idade de v ida e do me io amb ien te .

• At iv idade na á rea de re lações de consumo,

inc lus ive a superv isão do serv iço de a tend imento ao

consumidor .

• Plane jamento e desenvo lv imento das re lações com

l ide ranças empresar ia is en t i dades de c lasses , bem como o

con t ro le de par t i c ipação das mesmas.

• Desenvo lv imento de ações que envo lvam re lações

governamenta is e re lações com órgãos púb l i cos que exerçam

f i sca l i zação e /ou con t ro le nas a t i v idades da empresa .

• Vídeos ins t i tuc iona is , aud iov isua is e f i lmes

corpora t i vos .

• Apo io a marke t ing nos lançamentos e p romoções de

p rodu tos e se rv iços , even tos e ou t ras ações .

• Br indes .

• Donat i vos .

• Atuação em con jun to com ou t ras á reas , na

admin is t ração de p rob lemas p resen tes ou po tenc ia is da

empresa – i ssues management .

• Plane ja r e execu ta r t raba lhos re lac ionados com as

p rá t i cas de cer imon ia is e p ro toco lo .

• Manutenção de cadas t ros dos púb l i cos p r io r i tá r ios

(c l i en tes , fo rnecedores , imprensa , governo , l i de ranças de

op in ião e tc . ) .

• Est ra tég ia de d is t r ibu ição e d ivu lgação de mater ia l

impresso ins t i tuc iona l e em a lguns casos também os

37

promoc iona is para os d i fe ren tes segmentos de púb l i co da

empresa .

As a t i v idades de Re lações Púb l i cas con t r ibuem para

ma io r luc ra t i v idade das o rgan izações , po is seu ob je t i vo é

fazer com que todas as ações das mesmas gerem sa t i s fação ,

boa von tade e apo io do púb l i co em todos os momentos , se jam

e les norma is ou emergenc ia is .

A c rescen te ex igênc ia da busca de exce lênc ia no

re lac ionamento com o púb l i co , a l iado à necess idade da

fo rmação de um conce i to pos i t i vo , admin is t rados den t ro da

v isão de Re lações Púb l i cas , c r iam boa von tade e se

t rans fo rmam em me lhores e ma io res negóc ios , fazendo com

que a e f i c iênc ia e a e f i các ia da o rgan ização , como um todo ,

aumente , inc lus ive pe lo aper fe içoamento das re lações com os

func ionár ios e me lhor ia de sua au to es t ima.

A consc iênc ia dos fundamentos da a t i v idade de

Re lações Púb l i cas deve es ta r p resen te no t raba lho d iá r io de

todos que a tuam na o rgan ização . Todos os func ionár ios

devem es ta r consc ien tes de como os seus compor tamentos no

t raba lho a fe tam a boa von tade , a compreensão e a sa t i s fação

do púb l i co . Devem en tender , também, que a o rgan ização

p rec isa merecer e consegu i r uma ma io r compreensão , apo io e

uma op in ião ma is favoráve l do púb l i co .

Para que essas fo rmas de consc iênc ia ocor ram é

p rec iso que todos en tendam que os p rob lemas da o rgan ização

são , bas icamente , de admin is t ração da comun icação , po is é

a t ravés de la que os recursos ex is ten tes in te rnamente são

u t i l i zados e f i cazmente , fazendo converg i r os recursos

ex te rnos para os p rodu tos , se rv iços e ou t ros leg í t imos

in te resses da empresa .

Sendo ass im, podemos des tacar do is t i pos de recursos

das o rgan izações : os ex is ten tes den t ro de las : pessoas ,

38

fáb r i cas , lo jas , máqu inas , se rv iços e tc . Os ex is ten tes fo ra

de las : fo rnecedores , revendedores , c l i en tes , governo ,

imprensa , ac ion is tas e as comun idades nas qua is possu i

ins ta lações .

A d i fe rença en t re esses do is recursos é que os

p r ime i ros es tão l i gados à o rgan ização e dependente de la . E la

os a t i va e admin is t ra da mane i ra que ju lgar ma is adequada,

tendo ma is fac i l i dade na in tegração dos mesmos em to rno dos

seus ob je t i vos .

Mas , ao admin is t rá - los , não pode esquecer a in f luênc ia

que es tes exercem sobre o segundo t ipo de recursos , os

ex is ten tes fo ra de la . Os recursos do segundo t ipo , que

denominamos ex te rnos , não per tencem à o rgan ização , mas

e la deve buscar , i n f luenc ia - los , a t ravés de adequadas

po l í t i cas e ações de re lac ionamento , de fo rma a ob te r boa

von tade , que os levem a a judá- la no a lcance dos seus

ob je t i vos . Se as o rgan izações usarem, se comun icarem e

mot i va rem com e f i các ia seus recursos in te rnos e não

souberem fazer o mesmo com os recursos ex te rnos , não

a t ing i rão seus ob je t i vos de co locação de seus p rodu tos ou

serv iços , bem como, da cap tação de recursos f inance i ros

necessár ios ao seu desenvo lv imento , do apo io e da boa

von tade do púb l i co e dos ó rgãos governamenta is para com

suas a t i v idades e ass im por d ian te .

Vemos, po is , que os resu l tados das o rgan izações es tão

na dependênc ia de e lementos loca l i zados fo ra de las . Fora das

o rgan izações es tão : o cap i ta l , os c l ien tes , a mão-de-obra , os

supr imentos e , inc lus ive , o d i re i to de opera r sem res t r i ções ,

se jam e las qua is fo rem, c r iadas por le i s governamenta is ou

g rupos de p ressão .

Cada o rgan ização necess i ta , po r tan to , de te rminar as

fo rmas de re lac ionamento e os ve ícu los de comun icação que ,

39

ao mesmo tempo, a capac i te a l i da r com o me io amb ien te ,

mante r seu func ionamento in te rno , es ta r bem in fo rmada e

ap ta a execu ta r as mod i f i cações necessár ias e opor tunas ,

para a tender às ex igênc ias do púb l i co , do qua l depende para

seu desenvo lv imento e sua sobrev ivênc ia .

O pape l da admin is t ração é , po r tan to : p lane ja r ,

de te rminar e imp lan ta r es t ru tu ras e p rogramas de

comun icação e de re lações púb l i cas , que me lhor p reencham

os ob je t i vos e as es t ra tég ias das o rgan izações , ao mesmo

tempo em que desenvo lve a inda ma is a capac idade p rodu t i va

das mesmas, es t ru tu re e in tens i f i que a comun icação com o

púb l i co fundamentado na exce lênc ia .

Podemos en tender , po is , que a a tuação e f i c ien te e

e f i caz nas á reas : técn ica , comerc ia l , i ndus t r ia l e f i nance i ra

con t inuará a se r de impor tânc ia v i ta l pa ra as empresas , mas ,

a capac idade de en f ren ta r os d ive rsos p rob lemas de

comun icação com o púb l i co é e cada vez com ma io r

p reponderânc ia se cons t i tu i rá no fa to r ma is s ign i f i ca t i vo do

seu sucesso .

Ou t ro fa to r a se r cons iderado é o de que o púb l i co es tá

adqu i r indo ma io r consc iênc ia dos seus d i re i tos , un indo-se na

de fesa dos mesmos. Os mov imentos de de fesa do consumidor ,

do me io amb ien te e a des t inação de espaços , cada vez

ma io res , para esses assun tos nos ve ícu los de comun icação

são demons t rações c la ras desses fa tos .

Por ou t ro lado , o en foque da impor tânc ia do pape l

soc ia l das o rgan izações e conseqüente ques t ionamento nessa

á rea pe los s ind ica tos , comun idades em que a tuam e pe lo

p rópr io Governo , vêem adqu i r indo expressão ma io r .

Em v is ta do expos to , a a tuação de Re lações Púb l i cas

deve te r os segu in tes ob je t i vos :

40

At ravés de suas ações , par t i c ipa r a t i vamente do apo io

às es t ra tég ias , às metas e aos ob je t i vos da o rgan ização .

Em co laboração com as ou t ras á reas que t raba lham a

comun icação na o rgan ização , somar es fo rços para que e la

passe para o púb l i co imagem de coesão e fo rça . Con t r ibu i r

para o p rogresso da o rgan ização , a t ravés da ob tenção de uma

ma io r ace i tação e boa von tade para com e la , seus p rodu tos ,

seus serv iços e seus represen tan tes . De f in i r e f i xa r jun to ao

púb l i co o conce i to ob je t i vado pe la o rgan ização . Adequar o

conce i to da o rgan ização ao seu desenvo lv imento . Buscar o

c rescen te reconhec imento e respe i to púb l i co para a

o rgan ização . De fo rma con t ínua , buscar desenvo lver a

con f iab i l i dade e a c red ib i l i dade da comun idade de negóc ios e

do púb l i co em gera l para com a o rgan ização , seus p rodu tos ,

se rv iços e os a tos que de la emanem. Mante r o esp í r i to de

equ ipe , as d i re t r i zes e as mot i vações humanas para o

t raba lho , den t ro das mesmas l i nhas de a tuação e dos va lo res

de f in idos pe la o rgan ização . Promover a e f i các ia , a e f i c iênc ia

e a p rodu t i v idade , co laborando para a consc iênc ia da

impor tânc ia do luc ro , da l i v re in i c ia t i va e do adequado

re lac ionamento com o púb l i co .

A o rgan ização deve esperar a segu in te a tuação de

Re lações Púb l i cas :

Que consc ien t i ze os execu t i vos e os func ionár ios em

gera l sobre a impor tânc ia do seu re lac ionamento tan to com

seus co legas de t raba lho como com os e lementos do púb l i co .

Que co labore com as ou t ras á reas da o rgan ização para

"a r rumar a casa" , i s to é , que as po l í t i cas , ações e a t i v idades

in te rnas , jun to aos seu empregados e ou t ros púb l i cos que

a tuam in te rnamente , se jam um re f lexo do conce i to que dese ja

te r jun to aos demais púb l i cos .

41

Que or ien te os execu t i vos sobre as a t i v idades que

es te jam desenvo lvendo e possam v i r a con f l i t a r com o

in te resse púb l i co , p reven indo poss íve is a t r i tos e ma l

en tend ido en t re a o rgan ização e o púb l i co .

Que s in ta e in te rp re te a op in ião púb l i ca para a

o rgan ização , o r ien tando-a com re lação às a t i v idades que deva

desenvo lver em v is ta d isso ;

Que p lane je as a t i v idades g loba is de Re lações

Púb l i cas , bem como, o r ien te a par t i c ipação de cada á rea

nessa a t i v idade . · Que o r ien te e assessore os execu t i vos no

que d iz respe i to ao re lac ionamento com os ó rgãos de

comun icação .

Que p lane je , desenvo lva e use de mane i ra e f i c ien te

ve ícu los de comun icação , tan to os d i r ig idos aos func ionár ios

como ao púb l i co em gera l ;

Que assessore e o r ien te as re lações da empresa com

áreas espec í f i cas do púb l i co e com o governo .

Que p lane je e execu te os even tos da empresa de

mane i ra a a t ing i r seus ob je t i vos , da fo rma ma is e fe t i va

poss íve l .

Que apó ie as a t i v idades de marke t ing para ma io r

conhec imento e v isua l i zação dos seus p rodu tos e se rv iços

jun to aos c l ien tes e ao púb l i co em gera l .

Que assessore a á rea de Recursos Humanos ,

con t r ibu indo para a in tegração e mot i vação dos func ionár ios e

da o rgan ização como um todo .

Que d ivu lgue , tan to no âmb i to da o rgan ização , como

jun to aos púb l i cos ma is d i re tamente l i gados a e la , os va lo res

e a po l í t i ca de negóc ios da mesma.

Que es te ja a ten ta à comun icação , mesmo a

p romoc iona l , pa ra que não c r ie con f l i t o com o conce i to que

42

dese ja c r ia r jun to ao púb l i co , as suas po l í t i cas e os seus

va lo res .

A f ina l , que , com seu t raba lho , aumente a e f i các ia da

empresa , a t ravés do uso rac iona l dos me ios de comun icação e

da p romoção da in tegração dos func ionár ios , nas suas

d i fe ren tes á reas e des tes com o púb l i co .

43

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sendo as Re lações Púb l i cas uma das funções ma is

r i cas , in te ressan tes e necessár ias no novo sécu lo . Nenhum

ho te l , ca tegor ia luxo , super io r ou luxo , poderá v ive r sem es ta

função .

Em p leno in íc io do te rce i ro m i lên io , chegou o momento

de as Re lações Púb l i cas , no Bras i l , assumi rem uma pos ição

es t ra tég ica em seu campo p ro f i ss iona l , p r inc ipa lmente na

ho te la r ia , po is o mercado ex is te e as poss ib i l i dades são

inúmeras , sobre tudo na soc iedade con temporânea , quando as

o rgan izações têm de se responsab i l i za r por seus a tos peran te

os púb l i cos , a op in ião púb l i ca e a soc iedade. Ma is do que

nunca as o rgan izações p rec isam p lane ja r es t ra teg icamente

sua comun icação , para rea l i za r e fe t i vos re lac ionamentos .

Mas , para a tender a essas novas demandas dependerá da

capac i tação e agress iv idade dos seus agen tes , os

p ro f i ss iona is de Re lações Púb l i cas .

Podemos, também, conc lu i r que o d i fe renc ia l buscado

pe los ho té is f ren te a g rande concor rênc ia encon t rada no

se to r , es ta r ia em con t ra ta r ve rdade i ros p ro f i ss iona is de

Re lações Púb l i cas com uma v isão mu i to ma is es t ra teg is ta do

que técn ica , te r uma só l ida fo rmação humanís t i ca , na sua

á rea espec í f i ca , conhecer as teor ias da comun icação , possu i r

cu l tu ra gera l , te r v i são de mundo e da soc iedade e t raba lhar

na comun icação in tegrada , nos ho té is , com os depar tamentos

de marke t ing , comerc ia l , operac iona l e recursos humanos .

44

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Când ido Teoba ldo de Souza . Curso de

Re lações Púb l i cas , Thomson, 2003 .

ANDRADE, Ne lson ; BRITO, Pau lo Lúc io de ; JORGE,

Wi lson Edson . Ho te l P lane jamento e Pro je to , Senac , São

Pau lo , 2000 .

BARRETO F ILHO, Abdon. O Fu tu ro da Hote la r ia

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BENI , Mar io Car los . A Indús t r ia do Tur i smo no Mundo e

no Bras i l . Acesso : h t tp : / /www.ab ih .com.br / index .h tm.

CESAR, Reg ina Cé l ia Escude i ro . A Pesqu isa de Op in ião

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A te r ro do Lago Igapó . Acesso : h t tp : / /www.por ta l -

rp .com.br /b ib l io tecav i r tua l /op in iaopub l i ca /0181 .h tm .

INHAEZ, João A lber to . Re lações Púb l i cas como

Fer ramenta Admin is t ra t i va . Acesso : h t tp : / /www.por ta l -

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036 .h tm.

KOTLER, Ph i l i p . Admin is t ração de Marke t ing , A t las ,

1998 .

KUNSCH, Margar ida . Novos Parad igmas para a

Comun icação Organ izac iona l , Rev is ta /Unesco /PCLA, 1996 .

LARA, S imone B . Marke t ing e Vendas na Hote la r ia ,

Fu tu ra , SP, 2001 .

LESLY, Ph i l i p , Os Fundamentos de Re lações Púb l i cas e

da Comun icação , P ione i ra , 1995 .

NEVES, Rober to de Cas t ro Neves . Comun icação

In tegrada , Mauad, 2000 .

NUNES, Mar ina Mar inez . Redação em Re lações

Púb l i cas , Sagra , 1995 .

45

SIMÕES, Rober to Por to . P ro fessor da FAMECOS-

PUC/RS. Acesso : h t tp : / /www.por ta l -

rp .com.br /b ib l io tecav i r tua l / re lacoespub l i cas / funcoes tecn icas /0

031 .h tm

WEY, Hebe. O Processo de Re lações Púb l i cas .

Summus, 1983 .

46

ANEXOS

47

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I 11

DEFINIÇÃO DE RELAÇÕES PÚBLICAS 12

1 .1 – Funções 12

1 .2 – Tare fas 12

1 .2 .1 – Em Pesqu isa 12

1 .2 .2 – Em P lane jamento 13

1 .2 .3 – Em Assessor ia 13

1 .2 .4 – Em Execução 13

1 .2 .5 – Em Coordenação 14

1 .2 .6 – Em Ava l iação 14

CAPÍTULO I I 16

TURISMO NO MUNDO E O CRESCIMENTO DA HOTELARIA 17

2 .1 – A Or igem do Tur i smo 17

2 .2 – A Expansão do Tur ismo e da Hote la r ia no Mundo 18

2 .3 – A Expansão do Tur ismo e da Hote la r ia no Bras i l 19

2 .4 – Tur i smo de Negóc ios 21

CAPÍTULO I I I 23

A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES PÚBLICAS NA

HOTELARIA

24

3 .1 – P lano de Comun icação 26

3 .2 – Propos tas de Programas Suger idas 28

3 .2 .1 – Programa Um 28

3 .2 .2 – Programa Do is 29

3 .2 .3 – Programa Três 29

3 .2 .4 – Programa Quat ro 30

CAPÍTULO IV 31

RELAÇÕES PÚBLICAS COMO FERRAMENTA 32

48

ADMINISTRATIVA

4 .1 – Assessor ia e Execução 34

4 .2 – Ações e Ins t rumentos 35

CONSIDERAÇÕES F INAIS 43

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 44

ANEXOS 46

ÍNDICE 47

FOLHA DE AVALIAÇÃO 49

49

FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Pós Graduação “Lato Sensu”

Ti tu lo da Monogra f ia : Re lações Púb l i cas na Hote la r ia

Or ien tador : P ro fessor Ce lso Sanchez

Da ta da en t rega : 24 /02 /2005

Au to -Ava l iação : Como você ava l ia r ia es ta monogra f ia?

A p resen te monogra f ia aborda a aná l i se das Re lações

Púb l i cas den t ro do Tur i smo e espec i f i camente , den t ro da

ho te la r ia , t razendo à tona um assun to a inda pouco d i fund ido ,

mas de c rescen te impor tânc ia no mercado de t raba lho . E es te

es tudo mos t ra não só es te c resc imento , mas também, aná l i ses

v iáve is para a ap l i cação p rá t i ca do mesmo. Des ta fo rma, a

mesma nos apresen ta de fo rma comple ta os do is âmb i tos

chaves da ques tão : a teor ia e a p rá t i ca das Re lações Púb l i cas

no mercado tu r ís t i co ho te le i ro e seu fu tu ro p romissor .

Ava l iado por : Grau :

, de de