Revista InterBuss - Edição 93 - 06/05/2012

Corretoras acreditam queencarroçadora caxiense leva vantagem na concorrência

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 2 • Nº 93 6 de Maio de 2012

SÃO PAULOTEM JEITO?

Divergência de opiniões sobre o que seria melhor para o trânsito e para o transporte da maior cidade do paístrava novas obras em ano eleitoral e prejudica a população

SÃO PAULOTEM JEITO?

UMA HISTÓRIA SE CONSTRÓI COM MUITO TRABALHO.

REVISTA INTERBUSS 2 ANOS.

UMA EDIÇÃO HISTÓRICA, COM MATÉRIAS QUE MOSTRARÃO O TRABALHO DE QUEM FAZ UMBRASIL CADA VEZ MELHOR.

UMA HISTÓRIA SE CONSTRÓI COM MUITO TRABALHO.

REVISTA INTERBUSS 2 ANOS.

UMA EDIÇÃO HISTÓRICA, COM MATÉRIAS QUE MOSTRARÃO O TRABALHO DE QUEM FAZ UMBRASIL CADA VEZ MELHOR.

EM BREVE.

| As Fotos da Semana

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana Revista

Mais um ônibus é incendiado como forma de protesto em São PauloE mais uma vez a população éprejudicada pelo ato de vandalismo que destruiu um ônibus daempresa VIP, da Zona Leste 08 Confiram as doze melhores fotos de ônibus publicadas em diversas

comunidades no Facebook e em vários sites especializados em ônibus 24

| A Semana Revista

DF vai multarcarros que trafegarem pela faixa da W3 SulFaixa exclusiva para ônibus é constantemente usada porcarros de passeio 07

Galeria do Portal InterBuss está atualizada com 125 novas fotos

SÃO PAULOTEM SOLUÇÃO?

Página 10Especialistas e políticos dão opiniões divergentes sobre soluções para o transporte e para o trânsito da maior capital do país. Enquanto isso, a população continua a sofrer

SÃO PAULOTEM SOLUÇÃO?

Página 10Especialistas e políticos dão opiniões divergentes sobre soluções para o transporte e para o trânsito da maior capital do país. Enquanto isso, a população continua a sofrer

ANO 2 • Nº 93 • DOMINGO, 6 DE ABRIL DE 2012 • 1ª EDIÇÃO - 03h06 (D)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraVolta até São Mateus 26

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

EDITORIALO que o transporte paulistano precisa 6

SEU MURALA seção especial do leitor 23

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzTribus e o Terminal do Tietê 20

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

| Artigo

Os ônibus da Busscar vãosaindo de cena aos poucosO colecionador Jorge Ciqueiracomenta as renovações de frotas das empresas brasileiras e apontaa saída da Busscar lentamente 18

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

Obs: O Diário de Bordo, excepcionalmente, não é publicado nesta edição.

| Deu na Imprensa

Três novas marcas de caminhões vão chegar ao mercado brasileiroUma delas é a Renault Trucks, que já vende em vários paísesdo mundo 16

COLUNISTAS Adamo BazaniAs piores linhas de São Paulo 22

Página 10

ARTIGO Jorge CiqueiraA modernização das carrocerias 18

Atenção leitor: a 12ª atualização da Galeria de Imagens do Portal Inter-Buss no próximo sábado, dia 12 de maio. Envie sua foto [email protected] e participe!

PÔSTERMarcopolo Paradiso G7 14

Adriano Minervino

Página 10

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos ao colecionador Jorge Ciqueira pelo ar-tigo enviada esta semana, e a Adriano Minervino pelo envio do pôster. Foto da capa: divulgação.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

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A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

A politicagem barata continua atrapal-hando o desenvolvimento do setor de transportes na cidade de São Paulo. Depois de um período chamado de “reconstrução” pela então prefeita Marta Suplicy, percebe-se naturalmente o trab-alho de maquiagem que foi feito durante o seu mandato e continuado pelos seus sucessores. Quando começaram as obras para a implantação de corredores exclusivos para ôni-bus com embarque à esquerda, esperava-se um enorme avanço no setor e um ganho de tempo nos deslocamentos, mas passados cerca de dez anos desde a implantação dos primeiros cor-redores, nota-se que a falta de planejamento e a pressa em fazer obras baratas com fins eleitoreiros acabaram por mais prejudicar do que ajudar a população que diariamente necessita do transporte coletivo para seus deslocamentos. É muito comum ver os chamados “passa-rápido”, que de rápido não têm nada, com enormes filas de ônibus parados aguardando os primeiros faz-erem embarque e desembarque, ainda mais pela ausência de baias de ultrapassagem, o que é fun-damental em um sistema BRT legítimo. No manual de BRT fornecido pelo

Ministério das Cidades, o “sistema” de corre-dores de São Paulo é chamado de “BRT leve”. Tal expressão é errônea pois não existe BRT leve. Ou é BRT, ou não é. O que existe em São Paulo é um agrupado de faixas exclusivas para ônibus com paradas comuns e simples, além de pagamento de tarifa na catraca dentro do veículo, o que foge totalmente do conceito de BRT, que consiste no pagamento de tarifa antecipada-mente, justamente para agilizar o embarque e fazer com que a viagem seja mais rápida, assim como é nas cidades de Curitiba e Uberlândia, e nos próximos dias também será na cidade do Rio de Janeiro, com a entrada em operação do corredor Transoeste, o primeiro de quatro que irão cruzar a cidade de ponta a ponta. Essas obras mal feitas durante a gestão Marta Suplicy, que tinha como presidente da SPTrans (o órgão gestor do transporte paulista-no) o engenheiro agrônomo (isso mesmo, en-genheiro agrônomo!) o atual deputado estadual Gerson Bittencourt, uma pessoa despreparada para o cargo e que não tinha conhecimento suficiente para o gerenciamento de um com-plexo sistema de transporte como o paulistano,

O transporte paulistano,sempre prejudicado pela política

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial acabaram prejudicando e muito a população.

Atualmente, diversos passa-rápidos são alvo de críticas tanto pela má conservação quanto pelo desrespeito de outros motoristas (pois as vias não são segregadas), filas intermináveis de ônibus, entre vários outros problemas. O único feito pela dupla Marta-Gerson foi a implanta-ção do chamado Bilhete Único, que permite a integração de até quatro ônibus dentro de três horas (na época da implantação, eram duas horas). O sistema é interessante pois desonera o trabalhador em ao menos três passagens to-dos os dias, por trecho. Porém a integração temporal acabou causando outro problema: a superlotação na parte da frente dos ônibus, pois muita gente acaba ficando antes da catraca para iniciar a tarifação e a contagem do tempo de integração ao chegar próximo do seu ponto de desembarque, já que muitas linhas são longas e há passageiros que chegam a ficar até mais de uma hora dentro de um único ônibus. A cidade de São Paulo precisa de grandes corredores segregados em avenidas largas, fazendo desapropriação de lugares ne-cessários para a passagem das vias, assim como Bogotá fez, implantando ciclovias em vias para-lelas e priorizando o transporte coletivo em det-rimento ao individual. Enquanto medidas poli-tiqueiras continuarem a beneficiar diretamente os carros de passeio, a capital paulista nunca terá um transporte decente e à altura de seu povo e da sua importância. É preciso vontade e ação.

REVISTAINTERBUSS Expediente

• G1 Distrito [email protected] O Detran começa a multar a partir da próxima segunda-feira (7), por meio de radares, os motoristas que trafegarem pela faixa exclusiva de ônibus na via W3 Sul, em Brasília. As multas registradas manualmente por agentes do órgão começaram a ser feitas em pontos estratégicos nesta quinta (3). Na pista da direita da W3 só podem trafegar veículos de transporte público – ôni-bus, táxis e vans escolares. A via possui sete quilômetros de extensão e é demarcada nos dois sentidos. A partir do dia 15 de maio, a W3 Norte também passará a ter uma faixa ex-clusiva. Os primeiros dias de faixa exclusiva na via servirão para a conscientização dos motoristas. A fiscalização, segundo o Detran, ainda não tem data para começar. O trecho norte da via também ganhará radares para fis-calização. A criação das faixas exclusivas tem como objetivo desafogar o trânsito nas princi-pais vias, especialmente nos horários de pico. As primeiras vias a ganhar faixas exclusivas no DF foram a Estrada Parque Nú-cleo Bandeirante (EPNB) e Estrada Parque Taguatinga (EPTG). A expectativa do gov-

G1 - D

F

Radares

erno do Distrito Federal é que até o fim do primeiro semestre outras pistas ganhem os corredores. O planejamento do GDF é criar a faixa no Setor Policial Sul, Avenida Hélio Prates, em Taguatinga, Eixo Monumental, Estrutural e Saída Norte.

Campanha educativa O Detran faz nesta sexta-feira (4) uma campanha educativa nos dois sentidos da W3 Sul na altura das quadras 506/706. De

acordo com o diretor de Educação do departa-mento, Marcelo Granja, o material distribuí-do possui informações sobre as infrações de trânsito e a postura que os motoristas devem ter com a faixa exclusiva, além de orientações sobre como utilizar a faixa especial nas saídas à direita, que levam às quadras 700 e 900. O diretor disse ainda que haverá agentes do Detran ao longo da via, que farão a fiscalização dos veículos. As multas, segun-do ele, são de R$ 53,21 para carros e de R$ 85,13 para ônibus.

DESRESPEITO • Carros trafegam pela faixa exclusiva de ônibus na W3 Sul, em Brasília

A S E M A N A R E V I S T ADE 30 DE ABRIL A 5 DE MAIO DE 2012

REVISTAINTERBUSS • 06/05/12 07

Vários carros de passeio costumam invadir a faixa exclusiva, prejudicando o andamento dos ônibuspela mesma

Detran-DF vai multar carros que usarem faixa na W3 Sul

Novidade

Porto Alegre lança novo City Tour• [email protected] A Secretaria Municipal de Turismo de Porto Alegre inaugurou na quarta-feira, um novo modelo de operação do city tour Linha Turismo. Foram ampliados os horári-os de passeios e também a frota dos ônibus de dois andares que fazem o roteiro Centro Histórico.

Os dois novos ônibus, segundo a secretaria, trazem inovações como sistema de áudio informatizado e em três idiomas, fones de ouvido individuais para passageiros falantes em inglês e espanhol, e climatização no primeiro piso. Os veículos contam, tam-bém, com acessibilidade universal, porta-volumes no andar inferior e capacidade para transportar 72 passageiros.

O aumento da frota permitiu a am-pliação dos horários de passeios pelo roteiro Centro Histórico. Agora são oito saídas por dia, de terça-feira a domingo. Outras novidades foram a introdução de pontos de parada durante o trajeto, permitindo que o usuário desembarque em determinado atra-tivo turístico e retorne ao passeio usando o mesmo bilhete.

06/05/12 • REVISTAINTERBUSS08

A S E M A N A R E V I S T A

DESTRUÍDO • Ônibus foi incendiado por moradores da região como forma de “protesto” em virtude de ação policial

Bandidos incendeiam ônibus em SPVandalismo

• [email protected] Criminosos incendiaram um ôni-bus e apedrejaram outros dois na noite de quinta-feira na avenida Nordestina, na região de Guaianazes, zona leste de São Paulo. A ação seria uma represália pela morte de três jovens na tarde de quarta-fei-ra, na rua Santa Etelvina, no mesmo bairro. Segundo a Polícia Militar, por vol-ta das 12h de quarta-feira, os suspeitos, de

Band.com.br

• G1 Campinas [email protected] Motoristas e cobradores do trans-porte público de Campinas (SP), além de funcionários do Sindicato dos Rodoviári-os de Campinas e Região, fizeram uma manifestação no fim da manhã da última quinta-feira (3) que bloqueou o Terminal Central da cidade. Os trabalhadores que-rem que a Empresa Municipal de Desen-volvimento de Campinas (Emdec) ofereça melhor estrutura no local, como banheiro, água potável e refeitórios. A solicitação foi feita à Emdec em 8 de março deste ano,

Motoristas páram em protesto por melhor condição de trabalho

Campinas

22, 17 e 16 anos, teriam roubado um Fiat Uno. O proprietário do veículo se dirigiu até o 44º DP (Distrito Policial de Guaianaz-es) e registrou boletim de ocorrência. Duas horas depois, policiais militares da RO-CAM (Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas). Após uma breve perseguição, os suspeitos teriam descido do veículo e ati-rado em direção aos policiais, que reagi-ram. No tiroteio, os três jovens foram ba-leados e morreram quando eram levados

para um hospital. Como houve uma suposta resistência seguida de morte, o caso está sendo apurado pela Equipe Especial de Investigação de Crimes contra Criança e Adolescente, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), já que duas das três vítimas eram menores. Policiais do 48º Batalhão e da ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Agu-iar) foram acionados para intensificar o poli-ciamento, mas ninguém foi detido. O caso foi registrado no 50º DP do Itaim Paulista.

segundo o sindicato que representa a cat-egoria. De acordo com a Empresa Mu-nicipal de Desenvolvimento de Campinas, passam por dia no Terminal Central 71 mil pessoas e 32 linhas de ônibus. A man-ifestação durou cerca de meia hora e 65 coletivos ficaram retidos no local. Nesse período, os ônibus foram desviados para a Avenida Moraes Sales. Houve lentidão no trânsito por conta do maior volume de coletivos no local, mas o tráfego já foi normalizado, segundo a assessoria de imp-rensa da Emdec.

Quanto às reivindicações dos mo-toristas e cobradores, a empresa alega que o terminal possui a estrutura de banheiros, bebedouros e refeitórios, mas defende que outras melhorias dependem de investi-mentos das empresas que operam as linhas que passam pelo local. O sindicato informou que os tra-balhadores estavam a caminho do ponto final na Cidade Judiciária, onde uma esta-ção de transferência deveria ser construída há algum tempo, porém o projeto ainda não saiu do papel. O local é ponto final de diversas linhas que atendem a região.


Teresina deverá ter greve de motoristas a partir de segunda

Por tempo indeterminado

O Sindicato dos Rodoviários - Sin-tetro - aprovou a deflagração de greve por tempo indeterminado no transporte público de Teresina. A decisão só será revista em caso de contraproposta na última tentativa de acordo, marcada para a tarde desta sexta-feira (4) na Delegacia Regional do Trabalho. Do contrário, ônibus coletivos da capital piauiense param a partir de 0h do dia 7 de maio, segunda-feira. Motoristas e cobradores de ônibus e demais trabalhadores das empresas apr-ovaram a greve em duas assembleias real-izadas na manhã e tarde desta quinta-feira - a divisão ocorre em função dos turnos de trabalho da categoria. Eles querem reajuste salarial de 15%, com piso de R$ 1.270,36 para motoristas e R$ 825,73 para cobrador, além de tíquete alimentação de R$ 404,53. Não houve acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina - Setut -, mas uma última reunião foi convocada para tentar impedir a defla-

• Cidade Verde [email protected]

gração do movimento. O encontro na DRT está marcado para 14h30min. A entidade patronal estaria disposta a pagar o reajuste salarial com base na inflação. “Nenhum

dos trabalhadores do setor rodoviário ficou satisfeito com a proposta feita pelo Setut”, disse o presidente do Sintetro, Francisco das Chagas Oliveira.

Cidadeverde.com

GREVE • Paralisação deverá começar a partir de segunda-feira na capital piauiense

• PB Agora [email protected] O vereador Bira (PSB), através do seu mandato, está organizando a campanha “Não seja o DJ do busão. Use o fone de ouvido!”, que tem como objetivo reduzir a poluição sonora nos ônibus de João Pessoa, causada por aparelhos celulares, rádios e players. Recentemente, o parlamentar apre-sentou na Câmara Municipal de João Pessoa um projeto que proíbe o uso de aparelhos sonoros sem o uso de fones de ouvidos nos ônibus. “Precisamos respeitar a privacidade e individualidade do cidadão. Não é justo que um passageiro seja exposto à poluição sonora durante sua viagem. Quem quiser escutar música no ônibus, que utilize um fone de ou-vido”, explicou Bira. De acordo com o projeto, fica proi-bido aos usuários do transporte coletivo a utilização de aparelhos sonoros ou qualquer outra mídia eletrônica no modo “alto-falan-te” para ouvir música e similares. A prática acima referida somente poderá ser realizada com a utilização de um fone de ouvido, que

Vereador faz campanha pelo fone em ônibusJoão Pessoa

seja capaz de conter a exteriorização dos níveis sonoros, fazendo com que o som ou-vido seja exclusivo do portador do aparelho. O projeto ainda determina que, o usuário, ciente da norma ainda insistir no seu desrespeito será convidado a se retirar do veí-culo pelo motorista, o qual só irá retomar a viagem após o cumprimento da lei ou da de-terminação de descer do veículo.

As empresas prestadoras de ser-viços de transportes públicos no âmbito do Município de João Pessoa ficam obrigadas a fixar no interior dos seus veículos cartazes visando dar publicidade a presente Lei, com os seguintes dizeres: “Conforme Lei Munici-pal, fica proibido o uso de aparelhos de som no interior deste veículo, exceto utilizando-se fones de ouvido. Evite constrangimentos”.

CAMPANHAS • Outras cidades, como Porto Alegre, já fazem campanhas pelo uso do fone

• Band.com.br [email protected]


A S E M A N A R E V I S T ACandidata a Prefeita

Soninha defende a reestruturação do sistema de transporte de SP A pré-candidata à prefeitura de São Paulo pelo PPS, Soninha Francine, defendeu a reestruturação do sistema de ônibus na ci-dade para melhorar o atendimento à popula-ção. Em entrevista a José Paulo de Andrade, Joelmir Beting, Salomão Ésper e Rafael Co-lombo, na Rádio Bandeirantes, ela sugeriu al-terações na distribuição das linhas, especial-mente em corredores de ônibus. “O sistema de ônibus tem de melho-rar sem muitos investimentos. Um exemplo básico é o corredor. Não adianta o ônibus ter pista exclusiva se eles se acumularem e anda-rem a 10 km/h”, explica. Para ela, é preciso adotar o con-ceito de troncalização, reduzindo o número de linhas nos corredores, mas mantendo in-tervalos regulares. “Isso é algo que qualquer técnico em transporte conhece. Linha tronco é que funciona no corredor, e não qualquer ônibus. Senão eles se acumulam. A pré-candidata também defendeu a implantação dos BRT (Bus Rapid Transit), que começam a ser implantados em algumas cidades-sede da Copa do Mundo. “Em vez de pagar a passagem na catraca, você paga na es-tação de embarque. Isso permite que todas as portas se abram de uma vez para a entrada do passageiro”. Soninha também defendeu a amplia-

CANDIDATA • Postulante à prefeitura da capital paulista, Soninha defende os BRTsção das vagas em creches na cidade. “A pre-feitura precisa criar uma forma de criar novas

PAROU • Empresa ficou parada por 2 horas em protesto

Divulgação

São Francisco

Maceió tem paralisação por promessas Os funcionários da empresa São Fran-cisco, de Maceió, paralisaram durante duas horas no início da manhã de sexta-feira (04). Segundo o presidente do Sindicato dos Trab-alhadores em Transporte Rodoviário (Sinttro), Élcio Luiz, foi realizada uma assembleia em fr-ente à empresa após os funcionários chegarem para trabalhar. Élcio disse que a São Francisco des-cumpriu uma convenção coletiva relativo à cláusula do plano de saúde cobrando um valor a mais da categoria. Mas, já houve um acordo e os ônibus voltaram a circular normalmente. A próxima paralisação deverá ocorrer com os funcionários da Piedade, que ainda não ofereceu uma contraproposta quanto à redução do intervalo para o almoço.

• Primeira Edição [email protected]

vagas, de forma que a mãe não precise de-sembolsar dinheiro para atender seus filhos”.

Divulgação


Solução?

Especialista acredita que faixasexclusivas bastam para ônibus em SP Em vez de projetar poucos corre-dores de ônibus que custam milhões e acabam não saindo do papel, o consultor em engen-haria de transporte Horácio Augusto Figuei-ra apresenta uma solução mais abrangente, barata, que pode ser implementada em pouco tempo. Figueira propõe 400 quilômetros de faixas exclusivas de ônibus, sinalizadas com cones, nas principais vias públicas de São Paulo. Reversíveis, entrariam em operação nos horários de pico da manhã e da noite e seriam desmontadas nos períodos de menor demanda. “A Prefeitura precisa decidir se quer transportar dez vezes mais pessoas por faixa de trânsito”, apontou Figueira, ao defender sua proposta. “A alternativa é o colapso na mobi-lidade da cidade”, acrescentou o especialista, crítico do transporte individual, considerado prioridade da administração municipal. O especialista exemplifica com a Radial Leste, que liga o Centro da cidade à Zona Leste e é um dos principais corredores de São Paulo. Para aliviar as linhas do Metrô e da CPTM que correm paralelas à Radial Leste, lotadas nos horários de pico, Figueira defende uma faixa exclusiva à esquerda, com cones, para ônibus expressos que não param em pontos. “Se tivermos 150 coletivos biarticu-lados por hora, por exemplo, levando 140 pessoas sentadas, com conforto, transpor-taríamos mais de 20 mil pessoas a cada 60 minutos”, calculou o técnico. “Isso reduziria a lotação do transporte sobre trilhos”, avaliou Figueira. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) já implanta, diariamente, 17 faix-as reversíveis usando cones, em 33 quilômet-ros, mas apenas cinco voltadas à circulação de ônibus. Vias públicas em toda a cidade pode-riam receber faixas exclusivas reversíveis, se-gundo Figueira. Os grandes corredores, como as marginais Tietê e Pinheiros, bem como a Avenida 23 de Maio, teriam pistas delim-itadas com cones à esquerda. “Seriam linhas expressas, para dar velocidade ao transporte coletivo”, opinou o especialista. “Com ônibus confortáveis e passagens diferenciadas”, disse. O importante, assegurou o consultor, é dar rapidez aos deslocamentos. “O que adi-anta um ônibus vazio, rodando a 5 km por hora?

• Diário de São [email protected]

CORREDORES • Para especialista, corredores são caros e não resolvem os problemasNão serve para nada. O passageiro prefere ir de Metrô lotado, mas ciente de que chegará logo ao seu destino”, explicou o técnico. Outras avenidas que teriam condições de receber faixas exclusivas rever-síveis, conforme Figueira, são a Bandeiran-tes, Ricardo Jafet, Braz Leme e Tiradentes/Santos Dumont. “E muitas outras, pratica-mente na cidade inteira.” Ele dá o exemplo da Rua Conselheiro Rodrigues Alves, na Zona Sul. “Existem muitas como essa. Nesses ca-sos, não é preciso sinalizar com cones. Basta

faixa horizontal, no asfalto, e placa alertando para os horários em que a pista da direita é exclusiva dos ônibus.” O raciocínio de Figueira: “É melhor transportar numa faixa 35 passageiros em 30 ônibus numa hora, ou menos de uma pessoa e meia por carro, em 600 a 900 automóveis, nessa mesma hora?” Ele responde: “O núme-ro de transportados é mais ou menos o mes-mo, mas é crime ambiental veículos particu-lares contaminarem a fluidez do transporte coletivo.”

Divulgação

• Gazeta do Sul [email protected]


A S E M A N A R E V I S T AReajuste

Tarifa urbana em Santa Cruz do Sul deverá subir para R$ 2,60 A Procuradoria-Geral do município vai orientar a prefeita Kelly Moraes a fixar a proposta de reajuste de R$ 2,60 para o preço da passagem do transporte público urbano em Santa Cruz do Sul. O valor foi proposto na semana passada pelo Conselho Municipal de Trânsito (Comtran) após a conclusão do novo levantamento tarifário realizado pela Secretaria de Transportes e Serviços Públi-cos. A Prefeitura refez os cálculos a pedido do Ministério Público, que instaurou um in-quérito civil para avaliar a regularidade do reajuste. Segundo o procurador-geral da Prefeitura, Luciano Almeida, se o Execu-tivo baixar o valor sugerido para o reajuste abrirá precedente para que as empresas rei-vindiquem a quantia na Justiça. “Agora as empresas têm o respaldo do MP para requerer esse valor”, afirma. Embora a decisão final seja da pre-feita, esse é um forte indicativo de que o valor mude dos atuais R$ 2,25 para R$ 2,60. Kelly só definirá o futuro do aumento após receber as orientações da Procuradoria. “Creio que iremos finalizar isso na semana que vem. Não é a prefeita que dá o aumento. Cabe a nós não onerar o contribuinte, mas as empresas têm o direito a esse valor”, explicou na semana pas-sada. Neste momento as planilhas estão sob análise da Agência Reguladora de Ser-viços Concedidos ou Permitidos (Agersant), que irá verificar a legitimidade dos documen-tos e a origem dos dados. Com base no es-tudo técnico, os conselheiros poderão sugerir

INSEGURANÇA • Ônibus que transporta jovens está em estado precário e cheio de multas

Gazeta do Sul

• Correio do Estado [email protected]

Obras

Prefeito de Campo Grande assinará OS de avenida que tirará ônibus do Centro O prefeito de Campo Grande, Nel-son Trad Filho assina no próximo sábado (10) a ordem de serviço para as obras do Parque Linear do Balsamo, projeto orçado em R$ 63 milhões, sendo R$ 33,2 milhões em obras de urbanização e infraestrutura e R$ 30 milhões para construção de um con-junto habitacional destinado às famílias

que serão reassentadas. Está prevista a abertura de uma avenida margeando o córrego desde a avenida Guaicurus na região (do Bairro Universitário), atravessa a avenida Gury Marques e prossegue com o prolongamen-to da avenida Victor Meirelles (no Bairro Universitário) até o macroanel rodoviário. Está avenida vai permitir a retirada da área central de 500 ônibus do transporte inter-

municipal de passageiros. Segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, João Antonio De Marco, além do aspecto ambiental do parque linear que segue o modelo dos implantados nos córregos Lagoa, Segredo e Cabaça, a nova avenida também será estratégica para a mobilidade urbana pois facilitará o trânsito na região central da capital sulmatogrossense.

um novo valor. A sugestão, assim como a do Comtran, poderá ou não ser aceita pela pre-feita. A expectativa é de que no máximo até o início da próxima semana a documentação seja encaminhada ao departamento jurídico do município, para em seguida chegar às mãos da prefeita. O levantamento tarifário incluiu aferição do lacre da roleta, contagem de pas-sageiros e gastos com manutenção dos veícu-

los e combustível. Com a recálculo, as novas planilhas apontaram tarifa de R$ 2,64, mais do que a quantia apresentada na primeira versão do levantamento de preços elaborado em fevereiro, que era de R$ 2,56. Na época, o MP alegou que faltava rigor e transparên-cia na planilha que atualizava o valor. O MP apontou inconsistência de dados na evolução dos números e também na quantia de pas-sageiros.

• G1 Paraná [email protected]

Melhoria

Idosos passam a ter 20% deassentos nos ônibus de Cianorte Os ônibus de Cianorte, no noro-este do Paraná, passarão a oferecer 20% dos assentos disponíveis para idosos com mais de 65 anos. O aumento de lugares foi discutido entre o Conselho Municipal de Idosos e a empresa de transporte coletivo da cidade. De acordo com a lei, a obriga-ção das empresas é oferecer apenas 10% dos assentos para os idosos. Em alguns ônibus, o número de bancos reservados passou de três para seis lugares. Os assentos foram instalados na parte da frente do veículo. “A gente já bat-alhou demais, já sofreu demais e eu acho que a gente merece”, disse a aposentada Rosária da Silva. Com a nova determinação, os ido-sos não podem mais viajar em pé. Ou seja, quando os assentos reservados estiverem ocupados, a orientação é de que o passage-iro idoso espere outro ônibus. De acordo com a chefe da secretaria Bem Estar So-cial, Adriana Pimentel, a medida visa ofe-recer mais segurança aos idosos. De acordo com a empresa de transporte coletivo, oito mil pessoas com mais de 65 anos não pagam para usar o

ônibus. Pelo menos mil por dia. E a ori-entação é para que evitem os horários de

maior movimento como ao meio dia e às 18h.

QUALIDADE • Melhoria dos serviços para idosos agrada população

Tribuna de Cianorte


Feira de Santana

Ônibus da Regional com 49 é assaltado• Jornal da Mídia [email protected] Cinco homens fortemente armados e encapuzados assaltaram um ônibus inter-municipal da empresa Regional na madru-gada de quarta-feira (2) e saquearam os 49 passageiros que saíram da cidade de Paulo Afonso com destino a Feira de Santana.Os assaltantes entraram no ônibus, anun-ciaram o assalto e levaram todos os per-tences dos passageiros, com exceção das malas que estavam no bagageiro porque. Os assaltantes estavam a pé. Segundo o site Acorda Cidade, de Feira, o assalto aconteceu no momento em que o ônibus tentava passar por um quebra-mola, próximo ao distrito de Maria Quité-ria, na BR-116 norte. O motorista teve que reduzir a velocidade para passar o quebra-mola e de repente surgiram os assaltantes.

Momentos depois do assalto, a Polícia Rodoviária Federal realizou rondas próximo ao distrito Matinha e localizaram os assaltantes que ainda trocaram tiros com os policiais e deixaram algumas bolsas e mochilas no caminho, para facilitar a fuga.

Mas a PRF não consguiu prender nenhum deles, segundo ainda o Acorda Ci-dade. A PRF suspeita que os bandidos po-dem ser integrantes da quadrilha que pratica assaltos a ônibus no bairro Novo Horizonte, em Feira de Santana.

ASSALTO • Ônibus em que passageiros foram vítimas de assalto em Feira de Santana

REVISTAINTERBUSSA D R I A N O M I N E R V I N OR I O D E J A N E I R O / R J • T O P R I O


Kamaz, Renault Trucks e FAW vão lançar produtos no Brasil Conforme noticiado, com exclusivi-dade, em dezembro de 2010, a montadora de caminhões russa Kamaz vem mesmo para o Brasil. Inclusive já tem um modelo rodando pelo país em sigilosos testes. O escritório central da empresa está instalado em um pré-dio no bairro de Pinheiros, Zona Oeste da capital paulista. Outras novidades importantes são as marcas de caminhões Renault e a chinesa FAW, que também já possuem uma e duas unidades de caminhões emplacados, respec-tivamente.

D E U N A I M P R E N S ATranspo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

Divulgação

Iveco Trakker é apresentada na Agrishow Em doses homeopáticas, a Iveco, montadora mineira de caminhões, está apre-sentado sua linha 2012 de modelos geração Proconve P7. Depois dos modelos do seg-mento dos leves, o eleito da semana é o fora de estrada Trakker, apresentado ao público visitante da feira agrícola de Ribeirão Preto, cidade do interior de São Paulo. Com tração 6x4, o modelo ganha mais versatilidade para o uso em aplicações rurais, como no trans-porte de cana de açúcar, madeira e mineração e também na construção. Entre as novidades do modelo estão a transmissão de 16 velocid-ades automatizadas e a opção de cabine leito. Outro grande reforço esta na reorga-nização do motor Iveco-FPT Cursor 13, com tecnologia SCR, que com a chegada do pa-drão Euro passa a gerar 440 cv (antes 380) e 480 cv (420 cv), faixas de potência que otim-izam seu desempenho nos diferentes tipos de uso. Outro fator determinante nessa nova geração de motores é ganho de toque que saltou em 20% em relação à geração anterior e a maior economia de combustível. A Iveco também ampliou a oferta de opções de entre-eixos, além oferecer a cabine leito como item opcional para o modelo. Lançado no mercado brasileiro em 2008, o modelo já representa 7,5% das ven-das do segmento e vem apresentando uma evolução constante nas vendas. A transmissão

Transporte Mundial

• Do Site da Transporte [email protected]

ZF de 16 marchas manual ganhou sistema de engate do tipo “single H”, mais fácil de usar. Já a automatizada tem acionamento por teclas no painel, e um software “inteligente” permite que a caixa escolha a marcha certa para cada situação, sem escalonamento. É possível sair de terceira, por exemplo, para quinta marcha, sem a passar pela quarta. Isso representa uma vantagem em terrenos de relevo irregular ou pontuados por aclives. Al[em disso, a ele-trônica garante que o motor funcione sempre na faixa econômica, reduzindo o desgaste da embreagem e melhorando o nível de ruído. Nasceu off road – Segundo a mon-tadora, uma as diferenças deste produto frete

aos seus concorrentes é que este Iveco já nasceu off-road. O modelo foi projetado para o trabalho em condições de extrema exigên-cia extrema e por isso o chassi é produzido em aço especial, com longarinas de perfil mais alto e 10 mm de espessura. Isso possi-bilita ao Trakker 6x4 oferecer capacidade de 35.500kg, PBT técnico de 41.000 kg, e ca-pacidade máxima de tração (CMT) de 132 toneladas, O eixo traseiro (32 toneladas), tem bloqueio longitudinal e transversal e redução nos cubos, combinado com a suspensão tipo “cantilever”, com molas semi-elípticas de simples estágio e barra estabilizadora. O eixo dianteiro tem capacidade de 9 toneladas.

EXECUTIVO • Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America




RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Transmissão automática: ideal para caminhões movidos a gás Em março deste ano, a conces-sionária Iveco Officine Brennero, de Ve-rona, na Itália, e a Allison Transmission apresentaram os novos caminhões movi-dos a CNG (Compressed Natural Gas - Gás Natural Comprimido) e equipados com transmissão automática da fabricante. Um caminhão pesado Stralis, pre-parado para coleta de lixo, foi disponibili-zado para testes pela empresa Amia, bem como um Iveco Eurocargo, destinado para aplicações urbanas (distribuição de produ-tos e coleta de lixo). Além dos dois camin-hões, um furgão Iveco Daily a CNG e um Daily elétrico também foram mostrados na concessionária. De acordo com a Allison, as trans-missões automáticas multiplicam o torque do motor nas arrancadas, proporcionando uma transferência suave e contínua de potência para as rodas. “Temos vários caminhões Eu-rocargo e Stralis equipados com trans-missões Allison. Compramos os primeiros em 2000 e o retorno do investimento foi acima das nossas expectativas. Os motor-istas estão menos cansados no final do dia,

Transpo Online

e pelo fato de não ter que se preocupar com as mudanças de marchas são signifi-cativamente mais produtivos. Além disso, não tenho que me preocupar com avarias de embreagem, o que é comum de acontec-er a cada 50 mil ou 60 mil quilômetros em veículos equipados com caixas de câmbios manuais”, analisa Massimo Carini, ger-ente de Manutenção da Iren Piacenza, que gerencia uma rede de distribuição de gás ao longo de mais de 5.600 quilômetros, além de realizar serviços ambientais para 112 municípios. “As transmissões Allison, por causa da sua facilidade de operação, dis-pensam um treinamento muito rigoroso na formação do nosso quadro de motoristas. Já as transmissões manuais requerem mo-toristas com grande experiência” comple-menta Carini. Para Mirco Mazzon, proprietário do Grupo Veritas, de Veneza, as trans-missões automáticas Allison nos camin-hões Iveco otimizaram a operação da frota da empresa. “Há vinte anos, estávamos en-tre os primeiros a idealizar que o lixo fosse recolhido lateralmente nos caminhões. E achávamos que esta modernidade tinha de

ser acompanhada da tecnologia mais avan-çada no mercado, ou seja, transmissões totalmente automáticas Allison, montadas sobre caminhões Iveco. Os resultados ob-tidos nos deram razão. Os primeiros quatro caminhões, quase protótipos na época, nos proporcionaram grande satisfação e ainda estão funcionando perfeitamente. Além disso, foram utilizados como uma plata-forma experimental por outros municípios de Barcelona, na Espanha. Eles vieram a Veneza para estudar como os nossos veículos trabalhavam para, a seguir, ado-tá-los na Catalunha”, relata.

Os caminhões EuroCargo e Stralis O Eurocargo CNG da Officine Brennero é equipado com um motor Euro V Tector com 200 cavalos de potência e torque de 66,28 kgfm a 1.250 rpm. A trans-missão automática da Allison é da Série 2500. O caminhão Iveco Stralis, por sua vez, conta com um motor FPT Cursor 8 de 7,8 litros que entrega potência 272 cavalos e torque de 112,16 kgfm a 1.735 rpm. A transmissão é uma Allison da Série 3500 com seis marchas à frente.

Guerra fornece semirreboque à JolivanTranspo Online

A empresa Guerra entregou 100 unidades de semirreboques para a trans-portadora Jolivan, do Espírito Santo. Entre os produtos estão Bitrenzões, Rodotrens, Graneleiros e Baús Lonados, totalizando R$ 5,5 milhões em equipamentos rodoviários. Com a venda, o fabricante passa a ser a prin-cipal fornecedora de implementos para a Jo-livan, totalizando 500 caminhões equipados com semirreboques da empresa de Caxias do Sul. Segundo Vancionir Paganini, dire-tor administrativo da Jolivan, a qualidade dos produtos, o preço competitivo e o aten-dimento foram os diferenciais que fizeram a empresa optar pelos produtos da Guerra, hoje a principal parceira no fornecimento de implementos da transportadora. A Guer-

ra S.A. Implementos Rodoviários é uma dos maiores fabricantes de implementos

rodoviários da América Latina, exportando produtos para 16 países.


Saem Visstas e Urbanuss, entram G7s e Torinos Para início de conversa, melhor apresentar-me. Tenho 16 anos, sou Pau-listano (com muito orgulho) e claro, Cole-cionador de Fotos de Ônibus. Desde peque-no admiro ônibus e até então, essa paixão não morreu. Há 3 anos eu fotografo e estudo ônibus com mais frequência, e sempre via e admirava muito as carrocerias Nielson, digo, Busscar. Mas, hoje, vejo que o núme-ro dessas carrocerias lindas caiu bastante. Depois que a Busscar se afogou na crise, em 2009-2010, quem mais lucrou com isso, foi a Marcopolo. Para ajudar, a encarroçadora gaúcha lançou a “Geração G7”, na mesma época que a Busscar en-trava em crise. O G7 foi e é um produto de sucesso e digamos até revolucionário da Marcopolo, que conquistou muitos em-presários com seu design bem arrojado e fez com que os seus primos e irmãos de fab-rica (Torinos, Ideales e Seniors) vendessem mais também. Naquela época (2009), pelo menos aqui no Vale do Paraíba, os Urbanuss eram maioria. Só a Capital do Vale e a Viação Real (hoje falida) de São José dos Campos tinham mais de 20 Torinos 2007 encarroça-dos em VW 17-230EOD, e a São José de Guaratinguetá com uma unidade sobre MB OF-1418, o resto das empresas, possuíam Urbanus, Urbanuss e Urbanuss Pluss em grande quantidade, superando qualquer outro modelo de quaisquer fabricante. Era notável que a Busscar tinha boa fama aqui: Pássaro Marron e Expresso Maringá SJC, com a frota predominante da Busscar; Viação Jacareí, JTU e ABC de Caçapava, com mais de 90% da frota com modelos da Busscar. Porém, as frotas das empresas pre-cisavam de renovação. Umas pela a idade já avançada da frota, outras precisando ter ônibus adaptados para a Copa do Mundo. Viam a Busscar sem fabricar e a neces-sidade de ônibus novos e adaptados cre-scendo, o único jeito foi recorrer a outros fabricantes. Adivinha quem abocanhou a maior parte da renovação?? Maxibus. Brincadeira, foi a Marcopolo. Entrando no ápice de seu sucesso, crescendo cada vez mais e conquistando empresas de ônibus do país inteiro com seus modelos tecnológicos e com design mais futurísticos. Não tirando os méritos dos produ-tos dela, mas, a crise da Busscar teve uma boa contribuição para o sucesso do G7, isso é fato.Atualmente, a receita da Marcopolo cresceu muito, coisa que dá para notar nas ruas, com mais produtos da mesma nas

ruas. Em todos os estados, o número de Marcopolo’s (que já era alto) cresceu mais ainda (principalmente com o G7), tapando o buraco que a Busscar deixou no mercado. E agora, quem nos poderá defend-er? Vejamos uma boa briga na nova era do transporte em busca de espaço no mercado.

A CAIO que era líder no mercado de urba-nos com o Apache Vip I e o S21, perdeu este posto para o Torino e o Viale; A Comil, com o seus Campiones e Svelto reestilizado vem crescendo bastante, brigando ferrenha-mente com a CAIO; A Neobus, , revitalizou o conceito do Bus Rapid Transit e lançou o

ARTIGO Jorge [email protected]


Mega BRT, que já no mês de lançamento vendeu várias unidades para a capital Pa-ranaense, porém, o Mega e Spectrum pe-dem renovação; A Maxibus, que lançou à algum tempo o Lince 3.65, que vendeu pouquíssimo, creio que seja pela baixa pop-ularização da fabricante; E por último, mas

não menos importante, a Mascarello. Que lançou o corcundão Roma 370 e renovou a série “Gran”, que vêm conquistando novos clientes e deixando de lado a imagem de encarroçadora pequena. Enfim, torço para que a Busscar, quem sabe, um dia, retorne com seus Ur-

banuss (seja Ecoss ou Pluss) e uma nova administração, entretanto, torço mais ainda para que as outras encarroçadoras cresçam e gerem mais competitividade, assim, na-scendo mais qualidade. Assim eu encerro galera, espero que gostem. Forte abraço.


VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

ITAPEMIRIM • Propaganda da empresa e seus Tribus na TV Globo, nos anos 80

A propaganda do Tribus e oônibus de luxo de Franco Montoro

O Tribus era marca registrada pela empresa capixaba Itapemirim. Projetado em 1976, rodou cerca 3 milhões de quilômetros em testes pelas estradas até ser lançado em 1981. Primeiramente eram encarroçados pela Ciferal e Nielson até a própria Itapemirim ter sua fábrica exclusiva de encarroçamento. A Itapemirim conseguiu atrair mui-tos passageiros no lançamento, principal-mente na recém-adquirida linha São Paulo-Rio de Janeiro. Sua concorrente, a Viação Cometa, decidiu mudar o projeto de seu ôni-bus fazendo poucas mudanças internas para atrair passageiros, por exemplo, ao invés das laterais de alumínio, a empresa utilizou aço inoxidável em novos veículos. Encontrei no Youtube uma propa-ganda cujo título do vídeo é “Comercial An-tigo – TV Globo 14/12/85 (parte 3)” na conta de usuário LGEM1982. Na primeira parte, vemos uma propaganda da Itapemirim com seus Tribus, levando até pontos turísticos de Espírito Santo. Reparem que o locutor Fer-reira Martins (o mesmo que anuncia o Novo Hyundai ix35) não fala “Tríbus”, como boa parte dos busólogos fala. Ele fala “Tribús” em oxítona. Só não entendi o por quê do “Tríbus”, como muitas pessoas dizem. Creio eu que quase todos os que falam o nome em paroxítona não viram aqueles comerciais do Tribus que passaram nos anos 80.

O Francomóvel Uma curiosidade: na mania das em-presas possuírem em sua frota ônibus de três eixos para mostrar que são os reis dos ônibus, até o Governo do Estado de São Paulo tinha um trucado em sua frota. Lendo jornais antigos, em 1985, o Governo do Estado de São Paulo adquiriu da catarinense Nielson um ônibus de luxo, trucado, com 18 poltronas na parte dianteira, sistema de ar-condicionado e de som, antes-sala ao lado da minicopa onde os passageiros poderão se alimentar, banheiro com chuveiro, e na parte traseira, o gabinete do governador. Neste local, o então governador Franco Mon-toro poderia atender até sete pessoas senta-das. Esta sala foi adaptada para abrigar ainda uma mesa de aproximadamente dois metros e um aparelho de TV. Nada foi esquecido no projeto do “Francomóvel”. Na parte dianteira, além de outro aparelho de TV, o motorista terá sob seu controle todos os benefícios e mordomias que o ônibus oferece. Além de um painel de com-bustível, óleo e quilometragem, encontrará cerca de vinte botões para controlar som, luz

Reprodução

interior, ventilação, refrigeração e portas. Após terminar o mandato, seu suces-sor Orestes Quércia decidiu desmontar o “Tribus de Luxo”, tirando toda a parafernália eletrônica, ocupando o restante das poltronas e serviu aos programas de turismo social da Secretaria de Esportes e Turismo. Uma pena o Governo do Estado de São Paulo deixar de utilizar este ônibus por tão pouco tempo: dois anos.

O Terminal Rodoviário do Tietê No dia 8 de maio próximo, o maior

terminal rodoviário do país estará completan-do 30 anos de existência. No início do funcio-namento, dois terminais que ficavam no cen-tro da cidade, o de Júlio Prestes e de Glicério, foram desativados, mas em compensação, este terminal fica ao lado da estação de metrô, facilitando o deslocamento de milhares de usuários no embarque e desembarque. So-mente nos primeiros dias de funcionamento a oferta de táxis era escassa, ocasionando filas de uma ponta a outra. E é cartão postal não só da cidade, mas também para muitos entusias-tas de ônibus.


Airport Bus Service 37.606(Busscar Vissta Buss LO Mercedes-Benz O-400RSE)

Em 1996 surgia o Airport Bus Service. Com a administração do grupo Serveng, antigo dono da Pás-saro Marron, Litorânea Transportes Coletivos e do extinto Expresso da Mantiqueira. A intenção da empresa era interligar locais de diferentes zo-nas da capital paulista com o aeropor-to de Cumbica, além de fazer a ponte deste com o de Congonhas, com qualidade, eficácia e preço acessível, como dizia o slogan da empresa “Ser-viço de primeira classe com custo de classe econômica”. Porém, em 2011, as prin-cipais empresas de transportes do grupo – Marron e Litorânea - foram vendidas ao grupo Comporte (Con-stantinos) pela bagatela de R$ 500 milhões, ficando para a família Peni-do somente a Airport no ramo. Antes da venda, sempre que havia um feriado esticado, Mar-ron e Litorânea não tinham carros suficientes para tamanha demanda, o que obrigava a existência horários extras com ônibus da empresa aero-portuária. Geralmente, vinham os O-400RSE da série entre 37601 e 37607. Todos eles vinham para o Vale do Paraíba sempre que tal data aumentasse a procura pelos serviços da Pássaro. Em junho de 2010 o grupo decidiu remanejá-los para a Marron, com os prefixos de 5601 ao 5607. Vieram com a “mesa escritório” do antigo serviço, mas que logo foi re-tirada. Receberam letreiros digitais de cor âmbar. Não possuem linhas fixas, sendo possível achar um deles a serviço da Litorânea, o que não é anormal no grupo. Por incrível que pareça, não foram suficientes para suprir a de-manda. Mesmo com eles na frota, o grupo mandava alguns carros da sé-rie 377xx da Airport e até um Irizar, recém compra da empresa. Em agosto de 2011, chegaram mais dois Vissta Buss LO, desta vez O-500RS, na Marron. E, lógico, ex-Air-port. Antigos 37901 e 37902, atuais 5031 e 5032. Curiosidade Além do grupo Serveng a-tuar no ramo de transportes, ela tam-

POR ONDE ANDAM? Jorge [email protected]

bém atua no ramo de engenharia civil, mine-ração, energia e desenvolvimento econômico. Também é dona das concessionárias CCR, administradoras das principais rodovias pau-

listas e da Santa Cruz Rodovias, concessio-nária de rodovias no pólo de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, com 208Km de malha viária.

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CAMPEÃ • Ônibus da Viação Sam-baíba fazendo a linha 278A/10 (Penha – Ceasa) na Capital Paulista. A linha foi campeã de reclamações em 2011 de acordo com balanço da SPTrans

Trânsito tem atrapalhado cada vez maisos passageiros de ônibus em São Paulo

Que o trânsito complicado em cidades como São Paulo prejudica a todos, não é novidade nenhuma. Mas de todos os prejudicados, os maio-res são os passageiros dos transportes públicos. Uma total falta de senso, já que a pessoa que deixou seu carro em casa (ou mesmo sequer tem um veículo particular) é a que proporcional-mente menos polui na cidade e que usa com mel-hor aproveitamento o espaço urbano. Essa pessoa deveria receber a contrapar-tida ao ter então circulação mais rápida garantida na cidade. Veja só, o privilégio não deve ser para o ônibus pura e simplesmente, mas para quem o usa. O passageiro de transporte público além de “utilizar melhor a cidade” abre mão (por espon-taneidade ou mesmo por falta de opção) de co-modidades como de sair da garagem de casa já em seu veículo, ocupar uma área maior sem dividí-la com ninguém e não ter de respeitar algumas regras básicas de educação exigida no ambiente coletivo como comer dentro de seu carro, ouvir a música que quiser no volume preferido, entre outras pos-sibilidades. Tanto as pessoas que vão de carro como as que usam ônibus ficam presas no trânsito. Mas o passageiro de transporte coletivo sofre mais porque pela falta de prioridade no espaço urbano, os ônibus acabam não oferecendo a confiabilidade necessária. É o que revela o ranking das linhas com mais reclamações divulgado pela SPTrans – São Paulo Transportes, autarquia que gerencia os transportes municipais na Capital Paulista. Todas as mais de 1360 linhas de ônibus de São Paulo possuem reclamações. A maioria delas por causa de atrasos e não cumprimento dos horários. Em boa parte das vezes, a causa disso é o fato de o ônibus ficar preso no trânsito. Também há os fatores de quebras de veículos e, em algu-mas ocasiões, mesmo sem autorização, viagens são “enforcadas” pelas empresas. No entanto, o trânsito realmente é o principal vilão para os trans-portes públicos.

AS LINHAS COM MAIS RECLAMAÇÕES A linha que em 2011 mais recebeu reclamações pela SPTrans é a 278A/10 (Penha – Ceasa). Foram 320 registros só para ela, das 46 mil reclamações que a autarquia recebeu em relação a atrasos. O número pode parecer pequeno, mas se o total de reclamações for dividido pelo número de linhas, cada uma em média receberia 34 queixas. A linha 278A/10 (Penha – Ceasa) tem um perfil que coloca seus passageiros como víti-mas do trânsito. Ela tem 38 quilômetros de exten-são e percorre quase 90 vias, entre ruas e avenidas. A linha atende a três regiões de São Paulo: zona Leste, zona Norte e zona Oeste. No meio do percurso enfrenta verda-

deiros gargalos: Avenida Celso Garcia, Avenida Amador Bueno da Veiga, partes da Mariginal Tietê, região do Anhembi e da Vila Leopoldina. A SPTrans constatou que as primeiras partidas são cumpridas, mas quando os ônibus en-tram no trânsito, aí a previsão e a confiabilidade são quase impossíveis. E não adianta colocar mais ônibus. Seriam mais ônibus presos no trânsito provocando mais trânsito ainda. A 278A/10 é um exemplo clássico do que pode ser feito para que a mobilidade urbana seja melhorada em São Paulo e nas cidades com características semelhantes. Primeiro é que a pessoa que usa o trans-porte público merece e precisa de prioridade na ci-dade. Para isso, é mais que urgente a constituição de fato de uma malha de transportes coletivos pela qual ônibus em corredores exclusivos e eficientes, do tipo BRT (Bus Rapid Transit) e metrô de alta capacidade se complementem. Não adianta expandir metrô sem melho-rar os ônibus que o alimentam e só os ônibus não dariam conta da demanda que deve ser atendida pelo metrô. E nesse sentido de malha de trans-portes, as linhas de ônibus devem ter o itinerário reduzido, desde que haja sistemas estruturais que atendam suas demandas a partir de determinados pontos. Assim, em vez de terem 38 quilômetros como a 278A/10, os itinerários seriam menores. Mas eles deveriam levar as pessoas até novas es-tações e linhas de metrô ou até novos terminais e corredores com ônibus articulados ou biarticula-dos que levem essa demanda às áreas de maior concentração na cidade. É o sistema tronco-alimentador que deve ser bem planejado, caso contrário, pode significar lotação em excesso e desconforto para os usuários de transportes públicos. Não adianta “jogar” a demanda de ônibus locais em sistemas e linhas saturadas. Imagine “encurtar” a 278A/10 e colocar seus passageiros na linha 3 Vermelha do Metrô? Por isso, as ações devem ser feitas por etapas. Inicialmente um levantamento de vários

órgãos sobre as carências e as demandas dos trans-portes: EMTU (ônibus intermunicipais), CPTM (trens), Metrô, SPTrans (ônibus municipais), ge-renciadoras de transportes de cidades próximas de São Paulo, como das regiões de Osasco, Gua-rulhos e ABC devem esquecer qual o partido da prefeitura de suas cidades e sentarem juntas de fato. Depois traçar as linhas estruturais e tirá-las do papel. No caso do metrô, é natural que demo-rem mais para ficar prontas, já os corredores de ônibus são mais rápidos. Mas tudo deve ser pensa-do de acordo com cada demanda atual e já futura para que não nasçam sistemas saturados. Entre as linhas estruturais deve haver ligações e não apenas baldeações para não sobre-carregar estações ou terminais. Assim, entre uma linha de metrô e outra, um corredor de ônibus pode uni-las para diminuir a sobrecarga em um único sistema, como propôs o novo presidente do metrô, Peter Walker. Corredores de ônibus de maior capacidade poderiam também ser interliga-dos por corredores mais simples. Tudo deve ser feito com bom senso e respeito ao dinheiro públi-co. Sem gastar demais num modal numa região para aparecer na propaganda, deixando de lado as outras áreas. À medida que tudo isso for feito, aí sim as linhas locais de ônibus, de 38 quilômetros de extensão ou mais, poderão ser reduzidas. Em algumas cidades, o sistema de ôni-bus bem gerenciado e operado é suficiente. Em outras, como São Paulo, a palavra de ordem é ser multimodal: ônibus, trem e metrô “conversando”. Os atrasos são o grande motivo de reclamação dos passageiros dos ônibus municipais de São Paulo. Entre as maiores queixas estão:1º) Atraso e não cumprimento dos horários: 45 mil 949 queixas2º) Motorista que não para no ponto tanto para embarque como para desembarque: 28 mil 346 apontamentos3º) Direção Perigosa: 16 mil 779 reclamações.

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]


S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

EM CAMPINASO colecionador Carlos Alberto à frente do carro 2880 (Caio Millennium Volvo B12M da Itajaí Transportes, durante visita á garagem da empresa.

Pesquisa da Semana

A PARTIR DE HOJE, CONTINUE VOTANDO NA MESMA ENQUETE:

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Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais?

28,4% • Volvo

41,98% • Scania

Na semana passada

TESTANDO O B360S EURO 5

A Itajaí Transportes, que opera linhas em uma das regiões mais populosas da cidade de Campinas, no interior de São Paulo, está testando este ônibus da foto, um B360S da Volvo encarroçado com CaioMondego LA. O motor já é Euro 5, por isso estão sendo feitos os testes. O carro roda na linha 2.12.

19,34% • M. Benz 7,0% • MAN/Volks

2,06% • Agrale1,23% • Outras


VICTOR HUGO GUEDES PEREIRAMascarello Gran Via Volvo B270F • Caravana Volvo

A S F O T O S D A S E M A N A

ADRIANO MINERVINOMarcopolo Gran Viale Volvo B290R • Transantiago

FÁBIO BARBANO MARTINSComil Campione • Viação Paraty

DOUGLAS DANILOCaio Apache Vip MBB OF-1418 • Circullare Poços de Caldas

VICTOR HUGO GUEDES PEREIRAMarcopolo Viale Volvo B290R • Caravana Volvo

GUILHERME RAFAELCaio Mondego LA Volvo B360S Euro V • Volvo / Testes na Itajaí

Portal InterBuss - Nova Galeria de Imagens • www.portalinterbuss.com.br


SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

JOÃO DONIZETE SANTOSComil Condottiere Volvo B10M • Estrela

WESLEY ARAUJOIrizar New Century Scania K380 • Garcia

WALLISON FERREIRAMonobloco MBB O-400RSD • Paraúna

SÉRGIO CARVALHOCaio Alpha Scania F113HL • ABC

WESLEY ARAUJOIrizar PB Volvo B12R • Nordeste

JHONATAN DIEGO DA SILVA TREVISANFrente do Comil Svelto Midi MBB OF-1218 • Pássaro Marron

Comunidade Mercedes-Benz no Facebook •www.facebook.com/groups/129417520494728/

Comunidade Volvo do Brasil no Facebook • www.facebook.com/groups/114434498661634

Ônibus Brasil • www.onibusbrasil.com

Comunidade Scania Bus L.A. no Facebook • www.facebook.com/groups/123769764390312


Uma viagem até São Mateus Há alguns dias, fiz uma viagem pela linha 354M/10 Terminal São Mateus-Termi-nal São Miguel, da VIP Transportes Urbanos. Essa é uma das linhas da garagem Imperador da empresa. Já havia viajado por essa linha algumas vezes, sempre no trecho entre a esta-ção Dom Bosco da CPTM e o Terminal São Mateus. Essa foi a primeira vez que fiz o tra-jeto completo. No Terminal São Mateus já começo me surpreendendo com um veículo: um Caio Millennium II, MBB O500M Buggy, o tradi-cional ônibus com piso baixo central (PBC), prefixo 3 3773. Não esperava esse veículo, já que nas últimas vezes que passei pelo Termi-nal São Mateus só vi articulado (Caio Mon-dego HA, chassi MBB O500UA) na linha. Aliás, a viagem foi justamente pra andar nos articulados. Mas, infelizmente, não foi dessa vez.

A viagem Pra começar, já senti que o articu-lado estava fazendo falta... Da minha entrada no ônibus até a partida dele foram nove minu-tos: tempo suficiente para que ele lotasse. E assim deixou o Terminal São Mateus. Logo o ônibus entrou na Avenida Ragueb Chohfi, olhando pela janela vejo uma encrenca no sentido contrário: um motorista de carro e um de caminhão quase se pegaram no meio da avenida. Discussão de trânsito. Uma mulher , ocupante do carro, evitou a bri-ga tirando seu marido de perto do motorista do caminhão. Este também resolveu deixar pra lá. Entrou no caminhão e deixou o local a toda. Mas o estrago no trânsito já estava feito... Em um ponto mais adiante, sobiu no coletivo uma ambulante. Ela, que vendia doces diversos, foi anunciando seus produtos em meio ao aperto do corredor cheio de gente. Ela vendia um chocolate tipo goiabinha a R$ 0,50. Mas, como não podia deixar de ser, tinha uma promoção: com um R$ 1,00, o pas-sageiro leva duas “goiabinhas”. Não vi muita gente comprando mas não duvido que alguém tenha se seduzido por uma promoção im-perdível como essa. Até pensei em questioná-la sobre essa promoção mas deixei quito. Um dos pontos por onde a linha passa é a Avenida Jacu-Pêssego ou Nova Tra-balhadores, como a rebatizaram. Essa aveni-da é bem larga. É uma das rotas de fuga dos caminhões que passam por São Paulo. Não fosse justamente o excesso de caminhões na via, talvez a viagem fosse um pouco mais rá-pida. Mais de uma hora de viagem e fi-nalmente chegamos ao Terminal São Miguel.

Ele fica bem no meio de uma área residencial do bairro de São Miguel Paulista. O local pas-sou a impressão de ser bastante ermo. Imagi-no aquela região a noite. Do lado do terminal tem um córrego e, atrás, passa um linha de trem da CPTM. A umas três quadras do termi-nal, fica a Avenida Marechal Tito. Segui até lá por uma rua residencial. A Avenida Marechal Tito é uma via comercial. Fiquei um tempo fotografando por lá, próximo a uma escola de informática – que estava aberta em pleno feriado. Há várias linhas da garagem Itaim Paulista da VIP e outras intermunicipais e de cooperativas da região que passam por aquela avenida. Mui-tas linhas com articulados, como a 1178/10 Praça do Correio-São Miguel, uma das linhas

José Euvilásio Sales Bezerra

do bairro, recentemente padronizada com ar-ticulados. Logo resolvo voltar para o Terminal para começar a viagem de volta. Chegando lá, já havia um ônibus na plataforma, um Caio Millennium II, chassi VolksBus 17-260EOT, prefixo 3 3839. Esse até que estava razoável, se comparado a outros iguais a ele que rodam por aí. Mais uns dez minutos e o ônibus parte, com metade da lotação. O veículo foi enchen-do pelo caminho até lotar. Mais uma hora de viagem e já es-távamos no Terminal São Mateus. O ponto da linha já estava com uma fila enorme. Mal desci e os passageiros começaram a subir. Nem cinco minutos depois de ter chegado, o ônibus já começou sua viagem de volta.

SÃO MATEUS • Caio Millennium II MBB O500M Buggy, da VIP; Terminal São Mateus; Av. Marechal Tito, onde passa um Caio Mondego HA MBB O500UA da VIP

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

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Revista InterBuss - Edição 93 - 06/05/2012