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Ano V • Nº 48 • Agosto 2003 • R$ 6,00 www.embalagemmarca.com.br IN-MOLD BUSCA CONSOLIDAÇÃO VANTAGENS DA SELAGEM POR INDUÇÃO Varejo aposta em apresentação e na conquista de novos nichos

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Ano V • Nº 48 • Agosto 2003 • R$ 6,00

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IN-MOLD BUSCA CONSOLIDAÇÃO • VANTAGENS DA SELAGEM POR INDUÇÃO

Varejo aposta em apresentaçãoe na conquista de novos nichos

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O avanço das marcas própriasm situações de retra-ção do consumo,

ecoam repetidamente pre-núncios de que “as marcasestão morrendo”, para darlugar às marcas próprias.O alarido é natural, pois,como ocorre agora noBrasil, os produtos comrótulos de redes de varejoocupam crescente espaçonas gôndolas, favorecidospela vantagem do preçomenor, possível graças àausência de um importan-te componente, que é adistribuição. Mas será sóesse o motivo?Observando-se os artigosde marcas próprias expos-tos nos supermercados (egradativamente também

em redes de drogarias), àsvezes com preços mais al-tos que os das primeirasmarcas, vê-se que suasembalagens são cada vezmais elaboradas, ostentan-do visual e qualidade pró-ximos, iguais e até supe-riores aos das líderes. Vailonge o tempo antediluvia-no dos rótulos da casa ge-néricos, tipo “farinha” ou“açúcar”, e mesmo daque-les “de combate”. Na ver-dade, por trás da atual pro-fusão de marcas próprias,transparece com muita cla-reza a consciência do vare-jo de que embalagem ven-de, fideliza clientes e que,portanto, é bom negócioinvestir nela.

Se as redes entenderamisso, a parte da indústriaque ainda não entendeudeve tratar de fazê-lo comurgência. A reportagem decapa desta edição, deLeandro Haberli, faz umainteressante abordagem doassunto. O que não foipossível descobrir é comoos fabricantes enfrentarãoa questão. Uma coisa écerta: a arma mais eficazpara fazê-lo é a mesma queo varejo vem usando, istoé, agregação de valor aosprodutos, com a melhorade sua qualidade intrínsecae de suas embalagens.Até agosto.

Wilson Palhares

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O varejo entendeuque embalagemvende, fideliza ocliente e, portanto,é bom negócioinvestir nela.A parte da indús-tria que ainda não entendeu deve fazê-lo com urgência

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ENTREVISTA: VALDIR LIMAEspecialista fala dasituação das caixas detransporte no Brasil eda necessidade de uni-formizar a identificaçãodessas embalagens

IN-MOLDSistema de decoraçãode recipientes nomomento do soproou injeção busca

crescimento no Brasil

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro [email protected]

ColaboradoresJosué Machado e Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

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AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

[email protected] anual: R$ 60,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Tiragem desta edição7 500 exemplares

Filiada ao

Impressa em Image Mate 145 g/m2 (capa) e

Couché Mate 115g/m2 (miolo) da Ripasa

Impressão: Congraf

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

FILIADA À

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3 EditorialA essência da edição do mês,nas palavras do editor

10 CosméticosUnilever inova com cartuchosovalados para tinturas

28 ÁguasPropack lança lacre com fitilhopara garrafões de água mineral

38 MercadoFeira de cachaça prova que bebi-da depende de embalagens finas

42 PanoramaMovimentação na indústria deembalagens e seus lançamentos

46 DisplayLançamentos e novidades – eseus sistemas de embalagem

48 Painel GráficoNovidades do setor, da criaçãoao acabamento de embalagens

50 AlmanaqueFatos e curiosidades do mundodas marcas e das embalagens

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agosto 2003

FECHAMENTOSHigiene e segurançasão as armas daselagem por indução para crescerno país

MAKING OFGeléias Queensberrymigram para impressãodigital na linha de rótulos auto-adesivos

INTEGRAÇÃOEvento realizado no sul do país reúne novaleva de embalagensbem sucedidas

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MARCAS PRÓPRIASInvestindo em qualidade e boa apresentação, rótulos deredes de varejo ampliam participação longe das gôndolasde produtos de necessidade básica

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os últimos anos, o estudo da ad-ministração eficaz da distribui-ção de produtos assumiu o postode disciplina obrigatória entre osfabricantes nacionais de bens deconsumo. Hoje, poucos duvidam

do papel decisivo que os processos logísti-cos de embarque, transporte e armazena-mento têm para o sucesso industrial. Trata-se de um corolário que vem, progressiva-mente, modificando processos internos nasempresas e transformando relações dentroda cadeia produtiva.Contudo, como seria de se esperar de qual-quer tendência em maturação no país, ain-da há pontos que, revistos, prometem faci-litar os processos logísticos no cenário na-cional. Um deles é a administração maiscoerente das linhas de despacho de produ-tos, com a busca de uma uniformização daidentificação das embalagens de transportee a utilização de tecnologias para o seu ras-treamento e para o controle interno da pro-dução. É o que pensa Valdir Lima, gerenteda Divisão de Embalagens de Transporte da3M do Brasil, há quase trinta anos no ramo.“Quando a empresa não dá a devida aten-ção à embalagem de despacho, a cobrançaé imediata: ela tem aumento de custos eperde competitividade”, resume o profis-sional, para quem as embalagens de trans-porte devem ser administradas através deuma visão sistêmica.

Em linhas gerais, como estão posicionadasas embalagens de transporte brasileiras nocontexto mundial? Há muita defasagem emrelação aos processos e materiais utilizadosnos países mais desenvolvidos?Com a globalização, restaram poucas indús-trias de capital estritamente nacional, egrande parte das multinacionais aqui insta-ladas utiliza os mesmos processos de empa-cotamento e embarque comuns em seus paí-ses de origem. Podemos dizer que o Brasilacompanha, de modo geral, o que aconteceno resto do mundo. A indústria brasileira deembalagens de despacho é extremamentecompetitiva. Não temos, por exemplo, pro-

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VALDIR LIMA,

gerente da Divisão

de Embalagens de

Transporte da 3M

do Brasil, revela o

panorama nacional

das embalagens de

transporte e fala da

necessidade de se

buscar uniformidade

em sua identificação

entrevista

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“Com padrões, todos ganham”

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mercado já vêm com códigos de barras pré-impressos pelo fabricante do papelão ondu-lado. São as chamadas caixas cativas. Se háa necessidade de se utilizar essa caixa paraoutro item, é preciso fazer uma rotulagemsobre o código. Algumas indústrias, princi-palmente alimentícias, começaram a traba-lhar com diversos códigos impressos nascaixas. É possível checar, nos grandes ata-cadistas, indústrias que utilizam até oito ounove códigos de barras diferentes, pré-im-pressos, na mesma caixa. O objetivo é teruma única caixa que atenda vários produ-tos. Então, o fabricante marca, com rabis-cos, o código que ele está utilizando. Isso

gera uma confusão terrível dentro docanal de distribuição, para aquelesque trabalham com scanners, porqueé preciso neutralizar os outros códi-gos para que apenas o correto sejalido. Nesse ponto, a tendência hoje éa de se trabalhar com uma caixa nãoimpressa, gravada apenas com as in-formações institucionais, e nela colo-car uma etiqueta com todas as infor-mações variáveis pertinentes ao pro-duto.

Parece então que, no Brasil, o gran-de nó é a questão da identificaçãodas embalagens de transporte...Sim. O “gap” que nós temos é justa-mente a administração eficiente dasinformações impressas nas caixas.Quando fazemos pesquisas junto aos

grandes atacadistas, não se vê um padrão,uma uniformidade na forma de identifica-ção de códigos de barra, ou na identifica-ção, em geral, das caixas. Cada um impri-me de um jeito, numa posição diferente.Isso cria grandes problemas para a distri-buição. O que se busca é uma uniformida-de no posicionamento da identificação,para proporcionar rastreabilidade.

Mas há no país normas para a identifica-ção das embalagens de despacho?Há uma série de normas. A principal delasdiz que as caixas devem possuir quatro có-digos de barras impressos, um em cadaface lateral. Porém, se houver problemas,permite-se trabalhar apenas com dois códi-gos impressos, e, se forem alegadas com-

blemas com os materiais utilizados nessesprocessos, como o papelão e os filmes plás-ticos. O que há de diferente aqui é que, de-vido ao baixo custo da mão-de-obra, há ummaior número de pessoas nas linhas de pro-dução fazendo empacotamento manual.

Qual o atual grau de automatização das li-nhas de despacho do parque industrial na-cional? O senhor possui algum indicativo?Ferramentas que desenvolvemos para ava-liar o mercado apontam que cerca de 3,6 bi-lhões de caixas de transporte foram produ-zidas e transportadas em 2002. Delas, pertode 55% foram fechadas automaticamente.O restante foi fechado manualmente.As linhas nacionais, em sua maioriaabsoluta, têm máquinas para fecharcaixas, mas não têm máquinas paraencaixotar, ou seja, para colocar osprodutos dentro das caixas. Esse es-tágio ainda é feito em grande partede forma manual. Isso porque ele en-volve investimentos altos e aindanão se percebe, na indústria, a neces-sidade rápida de mudança, devido aobaixo custo da mão-de-obra. E valelembrar que a capacidade de investi-mento do setor produtivo tem sidocomprometida. Por isso, não houveevolução acentuada em automatiza-ção nos últimos dez anos.

Os anos 90 foram marcados pelasextensões de marcas e grandes seg-mentações de linhas, movimentos que con-tinuam a dar as cartas no varejo. Que im-plicações essas táticas de marketing trou-xeram às embalagens de transporte?Realmente, a indústria caminha em buscade nichos. Já vi até oito, nove itens diferen-tes, mas que usam a mesma embalagem,rodando numa só linha de produção. Nolado do processo de despacho, isso vem im-plicando num trabalho fantástico de sincro-nização, para não misturar produtos no em-pacotamento ou enviar lotes incorretos aomercado. E também numa atenção especialà identificação correta das caixas.

Nesse quesito, o da identificação das cai-xas, como está o cenário nacional?Cerca de 50% das caixas que temos no

O ‘gap’ quenós temos é a admi-nistração eficiente

das informações im-pressas nas caixas.Não há uniformidadena identificação de

códigos de barra, ouna identificação, em

geral, das caixas.Isso cria grandesproblemas para a

distribuição.

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plicações para viabilizar isso na linha deprodução, pode-se trabalhar com apenasum. É incrível, mas a lei facilita isso, poisse compreende que pode haver uma sériede problemas de aplicabilidade dos códi-gos nas linhas de produção. O desejável se-ria ter os quatro códigos nas caixas, para afácil visualização e leitura. Diria que 80%das embalagens de despacho no Brasil comcódigo de barras trabalham com apenas umcódigo impresso. Se a caixa é para um pro-duto cativo, não há problema, pois vocêpré-imprime a caixa no fabricante do pape-lão. A coisa muda quando você necessitade dados variáveis impressos – lote, data,peso etc.

O que poderia então ser feito – ou oque já está sendo feito – para se me-lhorar a eficácia na identificação?Há um ponto interessante a se obser-var. Nos últimos cinco anos, prolife-rou o número de operadores logísti-cos no Brasil. Os grandes nomesmundiais nessa área chegaram. Es-sas empresas buscam uma padroni-zação, para reduzir os custos de mo-vimentação. Por isso, vem crescendoa pressão da cadeia de distribuiçãosobre a indústria, para que haja uni-formidade das embalagens de trans-porte. Não vejo como uma ação go-vernamental poderia pressionar a in-dústria neste momento, porque issoimplicaria em investimentos. Por-tanto, primeiro é necessário incenti-var a bandeira, levantada por entidadescomo a Fiesp e a própria Abre, de flexibi-lizar linhas de crédito, para que as indús-trias possam adquirir máquinas. Criar re-gras e normas sem explicitar como se fazer,como se aplicar, como financiar equipa-mentos, é chover no molhado.

Quais são as grandes novidades na área deembalagens de transporte? Que tecnolo-gias se consolidam como tendências paraos próximos anos?Uma tendência americana que está chegan-do é o uso das fitas linerless (N. da R.: eti-quetas dispostas em bobinas, como umafita adesiva, sem papel-base), que a 3M jácomercializa no Brasil. Entretanto, elas re-

querem “print & apply”, ou seja, impressãoe aplicação em linha, o que faz com quevocê se limite à capacidade da impressora,que hoje gera cerca de 12 a 14 caixas eti-quetadas por minuto. Como as grandes li-nhas no Brasil escoam cerca de 20 a 25 cai-xas por minuto, pode ocorrer gargalo. Porisso, ainda é uma solução para produtos dealto valor agregado, que prescindam de umgrande volume de caixas sendo fechado.Não se encaixaria para grandes linhas desabonetes, mas para televisores, para a in-dústria eletroeletrônica, a história é diferen-te. Outra grande tendência é a utilização dasetiquetas com tecnologia de rádio-freqüên-

cia – o RFID. Através delas, para seter idéia, alguns operadores logísticosjá conseguem monitorar, via softwa-re, cada caminhão em tempo real esaber o espaço vazio que há em seusbaús, o que permite traçar planos lo-gísticos muito eficientes.

Falando nisso, observamos que o va-rejo vem reivindicando, de modocrescente, uma etiquetagem na ori-gem das embalagens de despacho,com tecnologia RFID, para aumen-tar a eficácia nos processos logísti-cos e de controle de estoques...Sim, e isso é uma discussão séria. Aaplicação do RFID ainda na etapaindustrial começa a acontecer emoutros países, e realmente algunsgrandes atacadistas já vêm pressio-nando a indústria nacional em busca

desse tipo de identificação. Entendo queela tem que nascer mesmo dentro da indus-tria, porque ela vai lhe gerar um benefício:a rastreabilidade das caixas ao longo da ca-deia produtiva. A indústria vai precisar seadaptar a isso, como acabou se adaptando,apesar de certa resistência inicial, ao usodo código de barras para a identificaçãodas embalagens primárias. O uso do RFIDvem pra ficar, é uma das maiores tendên-cias no mundo inteiro. A indústria deve en-tender que o código de barras e o RFIDnão são sobre-custos. Pelo contrário, sãoavanços tecnológicos que permitem redu-ções significativas de custos. Quando elaentender isso, passará a identificar suascaixas sem problemas.

A indústriadeve entender queo código de barras

e as etiquetas com rádio-freqüência

não são sobre-custos. Pelo

contrário, são avan-ços tecnológicos

que permitemreduções

significativasde custos

veja

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ais um capítulo das transfor-mações comportamentais quevêm elevando o vigor da in-dústria da beleza: os brasilei-

ros cada vez mais tingem os cabelos, e nãoapenas para esconder os sinais da idade.Em que pese soar como trocadilho infame,o procedimento também vem fazendo a ca-beça dos jovens. Com isso, o mercado detinturas para cabelos tem registrado umcrescimento notável (veja quadro). E osprodutos para coloração, por terem consi-derável valor agregado, já são uma das me-ninas dos olhos do setor de cosméticos.

Como invariavelmente se sucede nossegmentos que experimentam um repenti-no boom de competitividade, a seara dastinturas vem abrindo as portas para novasformas de apresentação de produto. Casorecente e inovador vem da Unilever. Suanova linha Seda Pro Color de coloraçõespermanentes está chegando às gôndolasem atrativos contêineres elípticos de papelcartão, diferentes dos cartuchos tradicio-nais, com formato de paralelepípedo, utili-

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cosméticos

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Unilever foge dos cartuchostradicionais para lançar tinturas

zados pela grande maioria das marcas con-correntes.

Produzidos pela divisão Carton da con-vertedora catarinense Baumgarten, cujadivisão Label também abastece a Unilevercom rótulos auto-adesivos, os “cartuchosbojudos” destacam fotos de modelos coma referência, em suas melenas, da nuanceda tintura acondicionada – um ponto im-portante, já que a linha conta com 18 va-riantes de cores.

Como um estojo“Por isso, as embalagens possuem impres-são sofisticada, em off-set, com sete corese verniz UV, para dar alto brilho”, comen-ta Ticiana Baumgarten, assessora de mar-keting da Baumgarten Carton. Segundoela, o projeto foi desenvolvido em conjun-to com a Unilever, que, assim, tem exclu-sividade no uso da solução.

O recipiente funciona à guisa de um es-tojo, acomodando os itens necessários aoritual de coloração dos cabelos. Em seu in-terior há uma Solução Colorante e um Cre-me Revelador, em frascos plásticos da Si-nimplast. Já o Creme de Tratamento Inten-sivo Semanal LUMIN-E vem numa bisna-ga plástica, da Globalpack. O kit traz aindauma bula e um par de luvas de vinil. Pelocaráter inovador, as embalagens curvilí-neas têm estrelado uma série de peças pu-blicitárias, resultado de uma injeção de cer-ca de 25 milhões de reais da Unilever paraa promoção de estréia da nova linha. F

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Baumgarten(47) 321-6666www.baumgarten.com.br

Globalpack(11) 5641-5333www.globalpack.com.br

Sinimplast(11) 4061-8300www.sinimplast.com.br

Estojos bojudos

Franca ascensãoDe acordo com a AC Nielsen, as vendas de colorações alcançaram69,7 milhões de unidades e 590,9 milhões de reais em 2002, umcrescimento de 25,6% em valor e 11,8% em volume em relação a2001. O segmento já responde por 23% do mercado brasileiro deprodutos para cabelos e “tem potencial para crescer muito mais”,acredita Patrícia Tonetti, que gerencia na Unilever a marca SedaPro Color de tinturas para cabelos.

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mprimir diretamente sobre a em-balagem, ou nela aplicar um rótu-lo, seja ele auto-adesivo ou unta-do com cola, são as tradicionalís-

simas formas de decorá-la. Nos últimosanos, porém, métodos alternativos vêmganhando espaço e mostrando avançostecnológicos mais que significativos. En-tre eles, uma inegável vedete, que tem sedestacado no cenário internacional, é oin-mold labelling, ou IML.

Utilizada pioneiramente em meadosdos anos 70 pela gigante americana Proc-ter & Gamble, a rotulagem in-mold pro-duz gravações nobres, de acabamento su-perior. Permite também operar uma pe-quena revolução no chão de fábrica dasempresas, possibilitando, naquilo que à

rotulagem

ITendência mundial, sistema de decoração quer avançar no Brasil

O bote do in-moldprimeira vista pode sugerir uma contradi-ção, eliminar a etapa industrial da rotula-gem dos produtos. Explica-se: no in-mold, os rótulos dispensam liner, cola ouequipamentos aplicadores, pois se inte-gram a recipientes plásticos no momentoem que eles são soprados ou injetados,tornando-se figuras permanentemente in-corporadas às embalagens. Já decorados,os recipientes saem do forno para o enva-samento do produto e, daí, podem correrdiretamente para a linha de embarque.

Singularidade nacionalApesar de não ser novidade, o in-moldnunca estabeleceu uma ampla clientelapor aqui, o que torna o Brasil sui generis.“O in-mold cresce no mundo inteiro, enos vizinhos Argentina e Chile já é bemarraigado”, analisa José Carlos Drager,diretor comercial do braço local da argen-tina Multilabel, uma das maiores prove-doras dos rótulos de polipropileno bi-orientado (BOPP) usados no sistema.

Na área de sopro, o in-mold até possuicerta carteira local de simpatizantes,

respaldada por alguns engarrafa-dores de itens de limpeza e ou-tros produtos químicos, comoóleos automotivos e cloro.Quando ligado à injeção, o que

é tendência candente nosmercados externos, princi-palmente para a apresenta-ção de alimentos, o in-moldainda dá os primeiros passos

no Brasil. Na verdade,o sistema sempre

foi visto com certa

Por Guilherme Kamio

Embalagens decoradas comrótulos in-moldbaseados empapéis sintéticosda Yupo, algunsconvertidos pelaMultilabel

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resignação pelas indústrias nacionais. To-davia, empresas atuantes da cadeia deembalagem com negócios atrelados aoin-mold dizem que o bote é questão detempo. E não só pelo raciocínio de que omercado brasileiro, bem maior que o ar-gentino e o chileno, tem tudo para seabrir ao sistema.

Ocorre que vem crescendo o númerode “facilitadores” para se implantar umalinha de in-mold no país. Primeiro, a tec-nologia está mais ao alcance das empre-sas. “Até o ano de 2000, o in-mold erautilizado por um número pequeno decompanhias nacionais, e só em casos es-peciais, pois dependia de produtos e detecnologia importada”, explica Léo Mus-sulini Machado, coordenador de marke-ting da fornecedora de rótulos Igel, umadas empresas que resolveram apostar noin-mold a partir da virada do século. “Emconseqüência, os custos que gravitam emtorno da tecnologia baixaram”.

Um bom exemplo é dado pelos preçosdos periféricos requisitados para se traba-

lhar com IML de qualidade e comboa produtividade – no caso, os ma-gazines para os rótulos pré-cortados,um gerador de carga estática, para fi-xar adequadamente a etiqueta na cavi-dade do molde da estação de injeção, eum robô manipulador. O desembolsoneste último item, estigmatizado comoum verdadeiro espantalho, está caindo.A volatilidade cambial dos últimos anosvem fazendo os fornecedores nacionali-zarem, na medida do possível, tais dispo-sitivos mecatrônicos. “Com isso, os robôsestão de 15% a 20% mais baratos e passí-veis de financiamentos em reais, nãomais em dólares”, informa José Luiz Gal-vão Gomes, diretor comercial da DM Ro-bótica, braço nacional da italiana DalMaschio.

Outro contrapeso é colocado no tocan-te ao investimento necessário nesse bemde capital. “Para quem está iniciandouma linha de produção, o custo do robô éequivalente ao de uma rotuladora”, com-para José Carlos Rizzieri, diretor superin-

Balde plástico paratinta acrílica, injeta-do pela Mecesa edecorado em todaa sua extensãocom rótulo in-mold da Igel, mostrariqueza de detalhes

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tendente da Gráfica Rami, que começou aproduzir rótulos para in-mold em 2001.“Para as empresas que já dispõem de ro-tuladeira”, ele continua, “a vantagem émenor no curto prazo, mas o grande dife-rencial de custos ocorre durante a produ-ção, pois o uso de colas, o setup, da rotu-ladora e o seu próprio operador são elimi-nados.” Ademais, diz Rizzieri, a elimina-ção da etapa de colagem do rótulo rever-te num ganho de velocidade de produçãode aproximadamente 20%.

Queda de mitos“O expertise e a tecnologia em in-moldevoluíram muito nos últimos anos nopaís, o que está acabando com certos mi-tos sobre o processos”, alerta Drager, daMultilabel.

Um deles, segundo o executivo, é o deque o in-mold é apenas justificável paraproduções de alta escala. “Tudo dependede projeto, de uma série de variáveis, maso in-mold também se aplica a partidasfora das raias astronômicas”, ele garante.Quem corrobora a noção é Artur Macha-do, diretor da Pavão Embalagens, que jáestá fornecendo potes injetados com in-mold para fabricantes de sorvetes, numaparceria com a Rami.

Sorvetes, aliás, configuram um dosmercados em que as empresas da área deembalagem acreditam que o in-mold temalto potencial no país. Em ali-mentos, há a aposta numa difu-

são em nichos premium de margarinas,iogurtes e molhos condimentados, entreoutros produtos. “Pelo seu valor agrega-do, não é uma solução para aplicaçãomassificada”, explica Rizzieri, da Rami.“Realmente, não é um sistema para pro-dutos de combate”, concorda FernandoSeabra, gerente industrial da produto-ra fluminense de tampasGarboni, que investiucerca de 350 000 reaisna implantação da tecnolo-gia IML em sua planta, paraatender um grande clienteda área alimentícia, que eleprefere não revelar.

De fato, o IML origina um reci-piente acabado mais caro que os ter-moformados com impressão diretaou os injetados e posteriormente ro-tulados. Por outro lado, além depropiciar um visual diferenciado emgôndola – ao que vale lembrar que

o rótulo in-mold permite incorpo-rar detalhes metalizados, cortesdiferenciados dos rótulos, transparên-cias e até impressões em todas as pa-redes de um recipiente, inclusive em

sua base, em uma operação única –,trata-se de um sistema de decoraçãoque também sorri para os produtos quenecessitam de elevada proteção aosseus rótulos, “tais como os que vão aofreezer ou mesmo os que ficam sujei-tos a intempéries”, nas palavras deRizzieri. Essa lembrança contempla

produtos como detergentes, amacian-

Ao lado, recipientessoprados com rótulos in-mold daGráfica Rami.A convertedorapaulista tambémestá provendo rótulos, alguns jábaseados em filmesda Vitopel, para ospotes de sorveteinjetados com IMLpela PavãoEmbalagens (acima)

Acabamento em linha garantidoTradicionalmente gravados em impressoras offset planas e corta-dos off-line, ou seja, numa etapa posterior, os rótulos in-moldestão ganhando uma solução para acabamento em linha. É oEndless Delivery Line (EDL), sistema de saída que a italiana Giduecriou para ser acoplado à sua impressora flexográfica de bandaestreita E-Combat. Segundo Federico d’Annuzio, diretor da Gidue,a produção total dos rótulos in-mold em impressoras rotativasnunca foi explorada totalmente devido a gargalos causados pelaineficiência na saída e empilhamento das etiquetas. “Os atrasos nasaída eram causados por vários fatores, como estática, substratosfinos, encurvamento das etiquetas após o envernizamento e for-matos variados e de difícil empilhamento”, ele conta. “Nosso sis-tema EDL permite um fluxo de trabalho sem emendas”. A Gidue érepresentada no Brasil pela Comprint.

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tes, óleos e aditivos automotivos e outrosde perfil similar.

“Mais que dar um acabamento supe-rior, vale ressaltar que os rótulos in-moldpermanecem no recipiente, o que propor-ciona um tempo superior de exposição damarca ao consumidor”, adiciona FabianoOlímpio, gerente comercial da Dimape,que distribui com exclusividade no Brasilos papéis sintéticos de BOPP da japonesaYupo, referência na área de material paraa fabricação dos rótulos para IML.

Material nacional à vistaAliás, a questão da matéria-prima para aimpressão dos rótulos para in-mold, feitanas vias habituais do off set, da flexogra-fia ou do letterpress, promete trazer outrovento a favor da disseminação do in-moldbrasileiro: maior oferta.

Fornecedores nacionais de filmes ace-nam com interesse para a tecnologia.“Estamos de olho e queremos instigaresse mercado, buscando desenvolver jun-to aos convertedores soluções de impac-to”, enfatiza Francisco Renato Pilon Jr.,coordenador de novos negócios da Vito-pel, nome forte na seara dos filmes deBOPP.

No espírito dessa busca de soluçõesinovadoras, ele aponta, já estão sendo fei-tos testes com rótulos in-mold com filmestransparentes de sua empresa. “A ofertade materiais nacionais facilita a logísticada produção e, na medida em que ganhar

escala, a tendência é o barateamento doscustos, o que por sua vez não irá dispen-sar as importadas, que oferecem fatorestecnológicos diferenciados”, opina Riz-zieri, da Rami.

Digno de nota, já à frente da discussãosobre a viabilidade da tecnologia no Bra-sil, é que os elos componentes do forne-cimento do sistema estão trabalhando em

parcerias, numa espécie de tour deforce, para oferecerem soluções

completas aos usuários de em-balagem. Fichas estão sendoapostadas nessa estratégia, pela

conclusão de que, nas empresasconscientes de todos os meandros

do in-mold, sua implantação ou não é“uma simples questão de marketing”,como define Fábio Franco, gerente técni-co-comercial no Brasil da produtora suí-ça de injetoras Netstal, que se destaca nofornecimento de sistemas completos parao IML na Europa.

“Produtores de embalagens e rótulossabem das qualidades do in-mold, porémnão podem, sozinhos, bancar seu pacotede investimento sem o respaldo de pedi-dos firmes”, analisa Franco. Até por isso,entende-se a opção dos convertedores eprodutores de embalagens em concentrarnegócios nos processos habituais. “Atéhoje, as empresas que investiram em in-mold são as formadoras de opinião, asque estão a par do que ocorre no mundo,antecipando-se a uma tendência irrefreá-vel”, afirma Hugo Camisotti, diretor co-mercial da produtora italiana de injetorasSandretto.

Em suma, os atores da cadeia de em-balagem enfatizam que já há no Brasil to-das as condições técnicas e tecnológicaspara a difusão do in-mold. Não existe“gap”. Portanto, como num estribilho,eles se afinam na esperança popularizadapelo ditado caipira do “se vier um boi,atrás vem a boiada”. Em outras palavras,eles crêem que, na hora em que uma mar-ca de referência em determinado segmen-to estrear sua embalagem com in-mold,os concorrentes irão atrás. “A bola e osjogadores já estão em campo”, defineGomes, da DM Robótica. “É questão dedar o pontapé para o jogo começar.”

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18 – EMBALAGEMMARCA • ago 2003

omo não podem deixar tempo-rariamente de viver, nem sim-plesmente mudar para paísesestáveis e prósperos, os consu-

midores são invariavelmente compelidos abuscar alternativas para manter a despensaabastecida em situações de refreada econô-mica. A história recente do varejo brasileiromostra que, durante crises e inflação galo-pante, blindar os carrinhos contra supér-fluos foi uma das táticas mais adotadas pe-las donas de casa para esticar o orçamentodoméstico e liquidar as despesas computa-das pelas máquinas registradoras dos super-mercados.

Mas a apatia econômica atual, que já ad-quire contornos de um quadro recessivo,deixa claro que novas formas de apertar ocinto se materializaram. Além de riscar pro-dutos que não sejam absolutamente neces-sários das listas de compra, os consumido-res têm nas cada vez mais difundidas mar-cas intermediárias e populares uma opçãoviável para enfrentar situações de retraçãode renda. Ícones de consumo nessa esferado varejo, os produtos com rótulos de redesde supermercados continuam apostando nopreço inferior como um diferencial compe-titivo, mas tudo indica que agora queremadotar um novo posicionamento no Brasil,desvencilhando-se do pesado fardo de itensde primeiro preço.

Embora ainda ampliem sua participaçãoem períodos de queda do consumo, as mar-cas próprias brasileiras tornaram-se alvosde fortes investimentos em qualidade e for-talecimento de imagem. O movimento ali-nha-se a uma tendência já consolidada nosmercados desenvolvidos, onde os produtosdas redes varejistas são conhecidos comohouse brands, ou ainda private labels.Além de uma forma de aumentar o poderde barganha nas negociações com os forne-cedores tradicionais, a guinada foi perpe-tuada pelas cadeias de revenda com a clara

reportagem de capa

CRótulos de redes de revenda ampliam participação no varejo do paísPor Leandro Haberli

Pratas da casaintenção de suscitar maior lucratividade e,de abono, como uma nova ferramenta de fi-delização dos consumidores.

Embalagens mais aprimoradasSem entrar no mérito da escolha de forne-cedores, parceiros que segundo os super-mercados seguem processos comparáveisaos das mais modernas indústrias, na partedas embalagens, basta uma olhada nas gôn-dolas para verificar que os rótulos das redesde varejo deixaram para trás as simplóriasapresentações de outros tempos, e passarama contar com visual cada vez mais parecido,quando não superior, ao das marcas líderes.Razoável pelo fato de que asmarcas próprias nem semprecontam com o respaldo de cam-panhas publicitárias, de formaque a gôndola é seu principalmeio de divulgação, o fenôme-no indica atenção a um man-damento elementar do va-rejo – o de que boas emba-lagens constituem hoje im-

Marcas própriasCarrefour:

aumento de vendas com

ou sem retraçãona renda

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prescindíveis ferramentas de vendas.Afinal, aos olhos dos consumidores, por

mais que sejam aperfeiçoadas, as marcaspróprias permaneceriam cativas ao campodos itens de primeiro preço, caso não se ati-vessem a apresentações atraentes e funcio-nais. A mudança é significativa, sobretudoquando se considera que, há não muito tem-po, era forte a idéia de que os rótulos das re-des de supermercado representavam apenasuma forma de comercializar sobras produti-vas das indústrias.

Fatias cada vez mais gordasSomada à concentração econômica do setorvarejista, a percepção de qualidade ajuda aexplicar o avanço dos rótulos de redes derevenda no Brasil, que, também presentesem home centers e drogarias, representam

hoje cerca de 5% do volume movimentadono varejo do país. Segundo dados da con-sultoria ACNielsen, somente de 2001 a2002 o número total de marcas próprias noBrasil cresceu 33%, passando de 15 493para 20 681. Feito desde o início da décadapassada, o monitoramento mostra que, em-bora avancem com mais ímpeto em perío-

dos de crise, as marcas próprias não per-deram terreno nas ocasiõesem que a situação macroeco-nômica esboçou reação. “Averdade é que as pessoas gos-tam de pagar menos”, dizMaurício Ribeiro, gerente na-cional de marcas próprias doCarrefour. “Mas no caso de es-tabilização econômica apenasprodutos de qualidade aprova-

da mantêm participação”, ele acrescenta.Uma das características que bombar-

deiam a confiança dos consumidores quan-to às marcas próprias é a procedência deseus produtos. Mas também neste ponto asituação vem mostrando sinais de câmbio.Ainda que a maioria dos fornecedores sejaconstituída por empresas de pequeno porte,nota-se aumento no número de grandes fa-bricantes dispostos a munir as gôndolasbrasileiras de marcas próprias. “Até poucotempo atrás, a idéia de fornecer para marcasde supermercado causava calafrios nos pro-fissionais responsáveis pelas marcas líde-res”, conta o gerente do Carrefour. “Hoje asgrandes indústrias brasileiras estão come-çando a se interessar pelo segmento, aexemplo do que ocorre na Europa”.

Basicamente, a atração ocorre pois asmarcas próprias já não representam lucrostão inferiores para os fornecedores. Levan-tamento feito pelo jornal paulista DCI mos-tra que empresas como 3M, na área de es-ponjas de louça, General Electric, em lâm-padas, e York, em itens de higiene pessoal,já destinam até 3% de sua produção aos ró-tulos das redes de varejo. “Há um claro pro-cesso de amadurecimento das categorias demarcas próprias no país”, analisa ClaudiaBindo, gerente de produto da ACNielsenresponsável pelo mais recente estudo daempresa sobre o setor.

Para tornar essa mudança perceptível, ascadeias de varejo já não restringem o apare-

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MARCAS PRÓPRIASNO BRASIL NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS

2000 2001 2002

10.568

15.493

20.681

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Chancelas decadeias de varejotambém crescem

nas prateleiras de auto-serviço

das drogarias

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cimento de suas chancelasaos tradicionais catálogosde produtos, cuja distribui-ção é feita basicamente naslojas e no sistema porta aporta. O Carrefour, porexemplo, recentementetransformou suas marcaspróprias em vedetes deanúncios em mídias degrande circulação. Tema dacampanha, que ocupavauma das capas da edição de16 de julho da revista Veja:entre preço e qualidade, fi-que com os dois. É uma for-ma de reforçar dois atribu-tos importantes para o consumidor e, aomesmo tempo, o da bandeira, transforman-do-a em umbrella brand dos produtos demarca própria e das lojas.

Além da postura cada vez mais agressi-va dos supermercados, as mudanças do se-tor podem ser medidas pelo crescente nú-mero de marcas próprias que já não carre-gam o nome da rede à qual pertencem. In-cipiente nas gôndolas alimentícias, a diver-sificação é evidente nas áreas de eletroele-trônicos e vestuários, que ganham progres-siva importância no caixa dos hipermerca-dos. “Se alguém usasse uma camisa socialdo Carrefour, iria parecer mais um uni-forme de trabalho”, diz o gerente demarcas próprias da rede francesa. “Naárea de eletroeletrônicos também é inte-ressante investir em marcas que não fa-çam referência direta ao nome Carre-four”, completa Ribeiro, referindo-se àsmarcas Tex e BlueSky.

Foco na qualidadee na saúdeOutra evidência de que os rótulos das

redes de varejo estão cada vez mais

aprimorados é o surgimento de linhas

segmentadas, com progressiva ofer-

ta de produtos light, orgânicos e até

não-transgênicos. As marcas próprias

voltadas a consumidores interessados

em hábitos mais saudáveis ganha-

ram notoriedade no Brasil com a li-

nha Good Light, lançada no início

do ano passado pelo Pão de Açú-

car. Ao todo, a chancela tem mais

de sessenta itens, entre geléias,

achocolatados, massas, sopas,

queijos, cereais, cafés e água de

coco. Idealizados por Lucília Diniz,

sócia do grupo Pão de Açúcar, os

produtos se concentram nas prate-

leiras de itens com baixo teor

de calorias.

No mês passado, a tendência

explorada pelo Pão de Açú-

car foi seguida pela rede So-

nae, que colocou no merca-

do, através de sua bandeira

BIG, a linha de marcas pró-

prias Vida. Além de opções

light, a série conta com pro-

dutos orgânicos e não-transgêni-

cos. Segundo Marcos Sampaio,

diretor de marcas próprias da em-

presa, a linha Vida contará com

mais de cem itens até o final do

ano. Por enquanto, cerca de trin-

ta produtos estão sendo vendidos

sob a marca.

Produtos das ban-deirasCompreBeme Barateiroostentamvisual àaltura dasmarcaslíderes

Peça publicitáriacriada peloCarrefour: veicu-lação nacional dos atributos dasmarcas próprias

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A multiplicidade de opções das marcaspróprias também se estende aos níveis depreço. O desaparecimento de produtos ge-néricos e desprovidos de embalagens compreocupações estéticas das prateleiras ocor-reu em paralelo à profusão de marcas pró-prias de elevado valor agregado, cujo preçoem alguns casos chega a ultrapassar o daslíderes. Comum nos mercados europeus, osurgimento de rótulos de redes de varejo re-quintados vem se acentuando por aqui entreos produtos que não são classificados comode necessidade básica.

Mas as estratégias em que a tônica é in-vestir de maneira generalizada nas chama-das marcas próprias com posicionamentopremium crescem. Comercializando maisde 3 700 rótulos próprios, o grupo Pão deAçúcar, que também detém as bandeiras doBarateiro, CompreBem e Extra, é umexemplo dessa tendência. A empresa calcu-la ter investido nos últimos três anos maisde 10 milhões de reais na sua estratégia demarcas próprias. “Queremos dispor nossosprodutos em pé de igualdade com as mar-cas líderes” diz Rodolpho de Freitas, diretorde marcas próprias da rede, acrescentando

que, apesar da preocupação com qualidade,os rótulos da rede custam entre 20% e 25%menos do que as primeiras marcas.

Importância do impacto visualA tática sinaliza que as marcas próprias setornaram para os profissionais de embala-gem um campo de atuação tão atraentequanto o representado pelas marcas líderes.No caso do Pão de Açúcar, design sempre acargo de profissionais especializados, car-tuchos dotados de descrições em braile euma constante política de renovação visualsão detalhes que comprovam a evolução vi-sual dos rótulos da casa. “A apresentaçãodos produtos passou a ser quase tão rele-vante quanto a seleção dos fornecedores”,diz o diretor de marcas próprias da rede.

Todavia, antes de iniciar o desenvolvi-mento das embalagens, um longo processoprecisa ser cumprido. Inicialmente, diz o

executivo do Pão de Açúcar, uma equipeinterna de engenheiros de produto

elabora as especificações do item quese quer colocar no mercado – seja ele

um cereal matinal ou um desinfetante. Asexigências são passadas a um grupo de in-dústrias, para que se inicie a escolha do for-necedor. Além de oferecerem preços e pra-zos competitivos, para serem aprovadas asfábricas candidatas são submetidas a umaauditoria técnica feita por uma empresa es-pecializada. “Desenvolvido o produto, par-timos para os testes-cegos com consumido-res”, diz Freitas.

Não fosse pela terceirização produtiva,trata-se de um processo de lançamento si-milar ao de uma indústria comum. Os obje-tivos, no entanto, vão além do ganho de

PARTICIPAÇÃO DAS MARCAS PRÓPRIAS NO MUNDO

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002

PAÍS VOLUME VALOR

EUA 19,4% 14,7%

Reino Unido 41% 39%

Bélgica 36,4% 26,9%

Alemanha 31% 24%

França 24,3% 20,8%

Holanda 20,7% 18,6%

Espanha 24,5% 17,6%

Itália 12,8% 11,1%

Testes-cegos eembalagens comdesign a cargo deprofissionais especializados noslançamentos deprodutos do Extra

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é bastante plausível.No mundo, a diferente

penetração das marcas pró-prias pode coincidir com as-pectos culturais. “Os euro-peus têm o hábito da econo-mia muito mais arraigadoque os americanos”, acreditaMaurício Ribeiro, gerente demarcas próprias da rede fran-cesa Carrefour. Já para oexecutivo do grupo Pão de

Açúcar, os graus de participação podem serexplicados pelos distintos processos de ma-turação dos rótulos das redes de varejo.“Enquanto as redes inglesas passaram ausar suas marcas como um elemento de di-ferenciação de seu mix de produtos, asamericanas se pautaram muito mais portendências ditadas pelas marcas líderes”,assinala Rodolpho de Freitas.

Criando ou não novas categorias, o fatoé que no Brasil as marcas próprias se con-solidam com a inegável contribuição de in-vestimentos em apresentação. Se no ladodas marcas líderes a tendência pode se tor-nar uma pedra no sapato, para as empresasde embalagem o movimento adquire cono-tação duplamente positiva. Como já ocorrehoje, tende a crescer o número e a qualida-de dos projetos de acondicionamento paraos rótulos das redes de varejo. No lado dasprimeiras marcas, novas oportunidadestambém podem surgir, sobretudo quando seconsidera que investimentos em embala-gem são uma das formas mais eficientes deseus fabricantes enfrentarem o crescimentodas marcas próprias.

mercado. Para o supermerca-do, também está em jogo adiminuição da dependênciaem relação às marcas líderes,especialmente em setoresdominados por poucos for-necedores. Tal meta transpa-receu no recente lançamentode dois sabões em pó do gru-po Pão de Açúcar. Para bri-gar com a Unilever, dona dasmarcas Omo, Brilhante eMinerva, que juntas detêm 58% do seg-mento no Brasil, e com a Procter & Gam-ble, que domina mais de 10% do setor comas marcas Ariel e Ace, o Pão de Açúcar co-meçou a vender em agosto os lava-roupasUltra, na rede CompreBem Barateiro, e Ex-tra, apenas nas lojas com essa bandeira.

O caso mostra que a maior rede de su-permercados do Brasil busca segmentos-chave do varejo para atingir um objetivomais amplo: fazer com que seus rótulos res-pondam por 15% das vendas do grupo até2005. Se o patamar for alcançado, as mar-cas próprias da rede terão desempenhoequânime ao das house brands de muitospaíses desenvolvidos. “Lá fora o setor temuma presença maior, pois as marcas pró-prias há muitos anos passaram pelo proces-so de mudança de foco que começamos aimplantar no Brasil nos últimos três anos”,avalia Freitas.

A caminho do panorama americanoNa Europa de uma forma geral, os rótulosde redes de revenda são vendidos a preçospouco inferiores ao das marcas líderes. Oexemplo do Reino Unido comprova essepanorama. Em média, as marcas própriascustam por lá 95% do valor das primeirasmarcas, e representam 39% do faturamentodas redes supermercadistas. Já os EstadosUnidos aparecem no meio do caminho en-tre o panorama brasileiro e o europeu, comas marcas próprias somando 14,7% do fatu-ramento das redes de revenda. No Brasil,estima-se que em até uma década as marcaspróprias terão participação similar à consta-tada no varejo americano. Casos isolados,como o do feijão carioca Barateiro, quesoma atualmente 42% das vendas da redena categoria, levam a crer que essa projeção

Das matérias-primas aos

acessórios deembalagem,seleção dos

fornecedores demarcas próprias

é cada vez mais criteriosa

Lançamentosde lava-roupascom bandeiras

do grupo Pãode Açúcar

sinalizam querótulos de

casa são vistos como

uma forma de diminuir

dependênciadas marcas

líderes

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ão bastasse o fato de serem re-cipientes dos mais desengon-çados para se transportar, osgarrafões de água mineral ain-

da obrigam o consumidor a passar por ou-tro sofrimento, na ocasião de sua abertura.Para retirar os lacres que os protegem, oconsumidor invariavelmente é obrigado autilizar um estilete ou outra ferramentapontiaguda, num dos casos mais notóriosde embalagem com procedimento politica-mente incorreto de uso. Cedo ou tarde al-guma provedora de soluções em embala-gens acordaria para o problema. Foi o quefez a paulista Propack, tradicional fabri-cante de rótulos termo-encolhíveis.

A empresa acaba de lançar uma inova-dora linha de lacres de inviolabilidade paragarrafões de 10 litros e de 20 litros de água,que, além de garantir a procedência do pro-duto acondicionado, evitando adultera-ções, conta com um bem-vindo mecanis-mo de abertura fácil.

Sem riscoA injeção de praticidade reside no aspectode os lacres serem produzidos com um fiti-lho, o que proporciona rompimento rápidoe simples. “Sem precisar recorrer a objetoscortantes, o consumidor se vê livre do riscode acidentes”, comenta Roberto Brandão,

águas

NLacre com fitilho agrega valor a garrafões de água

Estilete nunca maissuperintendente de vendas da Propack.

Vale também destacar que os lacres po-dem ser impressos, tanto por rotogravuracomo por flexografia, o que lhes dá um ca-ráter de mídia da marca do produtor. “Agravação é feita na face interna da so-lução, conferindo maior brilho egarantindo maior resistência daárea impressa”, explica Bran-dão. Assim como os rótulos daPropack, os lacres são termo-encolhíveis, e produzidos comfilme de PVC mono-orientadode alta contração, para encolhe-rem de maneira uniforme ao pas-sarem pelos túneis de calor.

Inicialmente disponíveis cortadosabertos ou pré-formados, os lacres com fi-tilho também já estão sendo comercializa-dos em bobinas para aplicação automática.Equipamentos especialmente desenvolvi-dos para este fim também estão sendo ofer-tados pela Propack. “Por reduzirem os ris-cos de adulteração e facilitarem o acesso aoproduto, os lacres com fitilho agregam va-lor aos garrafões”, considera o profissionalda Propack. O produto, apresentado pelaprimeira vez ao mercado na última ediçãoda feira Fispal, já pode ser visto nos garra-fões de algumas marcas, entre elas Naturá-gua e Lindoya.

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Propackwww.propack.com.br(11) 4781-1700

Universitários convocadosJunto a um grande cliente da área deáguas minerais, a Lindoya, a Pro-pack está promovendo o concursoRótulo Promocional Packlabel Lindo-ya Verão. Ela convida estudantesuniversitários das áreas de desenhoindustrial, design gráfico e de emba-lagem e de arquitetura e urbanismo aprojetar o visual de um rótulo termo-encolhível para uma garrafa de águada marca Lindoya. O novo rótulo de-verá seguir cores, palavras e medi-

das pré-estabelecidas, e tambémobedecer às leis para a rotulagem dabebida. Para o primeiro colocado, oprêmio é uma câmera fotográfica di-gital e um fim de semana na estânciade Serra Negra (SP); já o segundo eo terceiro colocados serão contem-plados com um monitor de PC e umscanner, respectivamente. Os trêsprimeiros também receberão uma as-sinatura anual gratuita de EMBALA-GEMMARCA. A iniciativa é apoiada pela

Faculdade Senac de Comunicação eArtes, que está cedendo sua sedepara as inscrições, para a promoçãode palestras sobre o concurso e paraa cerimônia de premiação. Inscriçõesjá estão abertas e vão até 29 de se-tembro. Não há limite para o númerode trabalhos inscritos por participan-te. A divulgação dos vencedoresserá feita no dia 20 de outubro. Maio-res informações podem ser conse-guidas pelo fone (11) 3866-2947.

Detalhe do fitilho:facilidade paraabrir reduz osriscos de acidente

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urgida nos países desenvolvidoshá cerca de quatro décadas, vemganhando espaço no Brasil umatecnologia de vedação de emba-

lagens considerada revolucionária até hoje, ecujo funcionamento deriva de um conceitoda física provavelmente familiar aos maisaplicados estudantes do ensino médio. É aselagem por indução, processo de fecha-mento que pode ser resumido pelo estabele-cimento de uma distribuição de cargas elé-tricas em um corpo eletricamente neu-tro. O conceito assusta, mas na práti-ca a tecnologia é usada apenas comouma forma de aquecer o selo e fundir-lhe uma camada adesiva.

Ao contrário de outros tipos de se-lagem, como a feita em potes de io-gurtes e copos plásticos de água mine-ral, por exemplo, a tecnologia de indu-ção normalmente pressupõe o uso deuma tampa plástica de rosca para que sejafeita a selagem. Encaixado no sistema de fe-chamento, o selo se une à embalagem justa-mente quando o produto que se quer vedar ésubmetido ao campo magnético gerado pelamáquina de indução. “Todo o trabalho me-cânico da selagem por indução é feito pelapressão que a tampa exerce no bocal da em-balagem”, explica Michael J. Hand, sócio-gerente da TSI, uma das principais fornece-doras de equipamentos de selagem por indu-ção do mercado brasileiro. “Não há qualquercontato do selo com o equipamento”, elecompleta.

Apropriada para inúmeros produtos, atecnologia de indução surgiu como alternati-va ao processo em que o selo é fixado me-

fechamentos

SSelagem por indução evolui e busca novos mercados

Para vedar e vender

diante aplicação de cola líquida a frio. Outrosistema de selagem muito comum é o usadono mencionado exemplo dos iogurtes e copi-nhos de águas minerais. Nestes casos, o seloentra em contato com uma placa dotada deuma resistência interna. Aquecida, a superfí-cie da placa pressiona o selo na boca do fras-co, fundindo sua camada adesiva. Conheci-do como selagem por condução, esse pro-cesso não concorre diretamente com a tecno-logia de indução, pois é usado normalmenteem produtos desprovidos de tampas.

Processo mais higiênicoPara os defensores da selagem por indução,a tecnologia traz vantagens em relação ao

Tampa

Suporte emcartão ou

Polexan

Adesivo termoplástico

Estruturalaminada

com alumínio

Filme selante

Como funcionaEncaixado na tampa, oselo aquece e se une àsaída da embalagemquando o produto passapelo campo magnéticoda máquina de indução

Campo de alta freqüência

Difundida nosmercadosdesenvolvidos,selagem porindução quer crescerno Brasil

O processo deselagem por indução

com duas peças

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Por Leandro Haberli

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método que usa cola fria. “Trata-se de umprocesso mais rápido e limpo”, compara Ro-berto Fuchs, gerente-comercial da GRC, ou-tra empresa nacional que fabrica e comercia-liza equipamentos de selagem por induçãono Brasil. Para ele, além de proveitosa paraas empresas usuárias, a tecnologia de veda-ção pela exposição dos selos em camposmagnéticos de alta freqüência é capaz de fa-cilitar a vida dos consumidores finais. “Coma ajuda de abas, não é necessário nenhumtipo de objeto para retirar o selo da embala-gem. Ademais, uma vez removido, o selo devedação não deixa resíduos no frasco”, des-creve o gerente da GRC.

Sobre a praticidade de consumo das em-balagens dotadas de selos, é necessário lem-brar que, em produtos acondicionados emvidro, o mercado brasileiro ainda é um gran-de adepto da selagem fria. “Nos mercadosdesenvolvidos, esse método de selagem per-deu muito espaço nos últimos anos, e hoje évisto como algo superado”, conta DarcleNielsen, gerente de vendas da Unipac, divi-são do grupo ITW especializada no mercadode selagem por indução. Trabalhando nasede inglesa da companhia, a executiva dizque na Europa “a selagem por indução estápresente em praticamente todas as embala-gens onde é possível aplicá-la”.

Selos amigáveis“Hoje os selos por indução são dotados devárias camadas e permitem até benefícios de

marketing, através daimpressão da marcadas empresas em suasuperfície”, completaNielsen. Entre os pro-dutos da Unipac ali-nhados a tais vanta-gens, ela cita a linhade selos Lift’n’Peel.O diferencial do sis-tema é uma camadade poliolefina lamina-da no topo do selo, demodo a facilitar aabertura da embala-gem. “São produtosmuito mais conve-nientes do que os se-los com abas”, diz

Máquina de selagempor indução da GRC

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Geraldiscos(11) 4195-2233www.geraldiscos.com.br

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Unipac (ITW)+ 44 (0) 1753 773-116No Brasil: (11) 4152-8436www.unipac.ca

sas usuárias de embalagens de vidro que op-tavam pela selagem por indução eram obri-gadas a comprar os selos lá fora. “Sem pre-cisar importar nada, o custo da indução paraesse tipo de embalagem torna-se muito maisacessível”, completa Carla.

Vedação garantidaOs novos produtos da Geraldiscos se encai-xam no conceito de selo de duas peças. Issosignifica que apenas uma parte do selo ade-re à saída da embalagem. A segunda peçapermanece fixa à tampa. “Tal procedimentoassegura a vedação mesmo após a retiradado selo da boca do frasco”, diz a profissionalda Geraldiscos. Outro fornecedor de selospor indução que pretende atuar com solu-ções para potes de vidros é a Poli-Paper. Semprecisar o início da estratégia, Edson Rios,diretor da empresa, afirma que a idéia éigualmente focar esforços nos mercados demaionese e café solúvel.

Apesar da diversificação de estratégias,tudo indica que o crescimento definitivo daselagem por indução no Brasil depende deum abrandamento da pressão por custos nolado das empresas usuárias. “Embora o pre-ço dos equipamentos de indução seja relati-vamente baixo, a utilização desse tipo deselagem encontra resistência nas empresasque não querem agregar despesas adicio-nais em suas linhas de produção”, diz Mi-chael J. Hand, da TSI. Argumentos paravencer esse tipo de obstáculo existem. Defácil adaptação às linhas produtivas, as so-luções de selagem por indução evitam vio-lações e vazamentos, e ainda podem pro-longar o tempo de vida útil dos produtos. Oque os provedores da tecnologia esperam éque os potenciais usuários da selagem porindução tenham mais fôlego para investirem tais benefícios.

Lift’n’Peel (acima) e selos com aba, da Unipac: mais praticidade

Selos dotadosde cartão epolietileno

expandido sãoalternativas da

Geraldiscospara potes

de vidro

Nielsen. Sobre a fama de acessório de emba-lagem pouco amigável ao consumidor, elatem uma explicação na ponta da língua.“Normalmente, os selos são complicados deabrir devido ao tamanho reduzido da aba”,assinala. “O Lift’n’peel foi criado pararesolver esse problema”.

Vidro na miraNo Brasil, o emprego de selos dotados de di-ferenciais semelhantes ainda é restrito. Poraqui, a tecnologia parece em meio a umafase de afirmação. Embora difundida entreprodutos acondicionados em garrafas e fras-cos plásticos, como óleos lubrificantes, con-dimentos, leites e alguns medicamentos, aindução é pouquíssimo usada em potes devidro. Mas no que depender dos fornecedo-res nacionais de selos, tal situação deverámudar em breve. Segundo os profissionaisdo setor, há uma crescente tendência desubstituição dos processos de selagem a friopela tecnologia de indução.

Uma das estratégias que permitem vis-lumbrar essa disposição vem da Geraldiscos,um dos principais fornecedores de selos devedação do Brasil. Na última Fispal, a em-presa mostrou uma linha feita de alumíniocom suporte de cartão ou polietileno expan-dido, que é indicada especificamente paraembalagens de vidro. “São selos de induçãolançados como uma alternativa de vedação aprodutos que utilizam processos de selagemcom cola fria”, explica Carla Iwaszko, daárea comercial da Geraldiscos. Ela afirmatambém que, até esse lançamento, as empre-

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34 – EMBALAGEMMARCA • ago 2003

ão é de hoje que os apre-ciadores de geléias defrutas têm à disposi-ção no Brasil produtos

refinados, normalmente elabora-dos a partir de tradicionais recei-tas européias. Mesmo antes doinício da década de 90, quando aabertura econômica foi acentuadae o número de marcas estrangei-ras se multiplicou no mercadobrasileiro de geléias, que atual-mente movimenta 100 milhõesde reais por ano, ou 20 000 tone-ladas, empresas nacionais já ha-viam começado a explorar o filão dasgeléias finas. É o que mostra a KiviksMarknad, empresa brasileira fundada em1986, responsável pela requintada marcade geléias Queensberry.

Batizada em referência ao festival defrutas silvestres da pequena cidade suecade Kiviks, que anualmente atrai milharesde visitantes, a empresa não só evidenciaa tradição européia nos métodos de ela-boração de seus produtos como tem ado-tado uma política de investimentos emembalagem cujo objetivo é equipará-losvisualmente às mais nobres geléias im-portadas. Perceptível em toda a linhaQueensberry, que também conta com co-berturas de sobremesa, mel silvestre emolho agridoce à base de manga, o esme-ro no acabamento dos potes e frascos ga-nhou novo realce com a recente adoçãode tecnologia de impressão digital em to-dos os rótulos da marca.

Sem preocupações com tiragensPara dinamizar a reposição de mercado-rias e a produção em escalas às vezes bai-xas, a Kiviks optou pela impressão digi-tal em substituição à tecnologia flexográ-fica. A migração ficou a cargo da Set-print, empresa especializada em impres-

making of

NPara brigar com importadas, geléia nacional aposta na imagem

Tradição européiasão digital, que vem produzindo

os auto-adesivos da Queensberrycom equipamentos da marcaalemã Xeikon. “Além de elimi-nar a necessidade de aprovar fo-tolitos, a impressão digital tema seu favor uma grande agiliza-ção produtiva”, conta CristianoMoraes, diretor comercial daKiviks. Tal característica, re-força Rosângela Souza, res-ponsável pelo marketing daSetprint, facilita a manuten-ção dos estoques, à medida

que “a impressão dos rótulos éfeita de acordo com as deman-

das”. Segundo ela, “a tecnologia digitalnão exige tiragens mínimas nem lotes fi-xos.”

Além da mudança do sistema de im-pressão dos rótulos, a marca Queensberryvem sendo feliz em apostar no formato desuas embalagens como um diferencialcompetitivo. Segundo o diretor da Ki-viks, desde sua entrada no mercado, aempresa só usa potes de vidro com mol-des exclusivos. “Esse é um dos motivosda preferência dos consumidores por nos-sos produtos”, acredita Mo-raes. Fornecidas pela Wheatone pela Vidraria Anchieta, asembalagens possuem dois pa-drões de formato, divididosem seis tamanhos distintos.

Com fundo circular, ospotes possuem paredesplanas onde os rótulossão aplicados. O mes-mo diferencial é es-tendido às embala-gens de coberturaspara sobremesas ede mel silvestre,

porém, estas têmperfil mais delgado eF

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Nos rótulos,migração para

impressão digitala cargo da Setprint

Potes com moldesexclusivos e

tampas decoradas:diferenciação nas gôndolas

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Aro(11) 6462-1700www.aro.com.br

Amcor- White Cap do Brasil(11) 5585-0723www.whitecapinc.com

Embalagem Santa Inês(11) 3904-0444www.santaines.com.br

Metalgráfica Rojek(11) 4447-7900www.rojek.com.br

Setprint(11) 3865-5506www.setprint.com.br

Vidraria Anchieta(11) 6191-0666www.vidraiaanchieta.com.br

Wheaton(11) 4355-1800www.wheaton.com.br

alto, e contam com impressão da marcaem alto-relevo.

“Nossa estratégia sempre foi guiadapara oferecer produtos com embalagens equalidade final à altura das melhores ge-léias francesas e inglesas”, conta o diretorda Kiviks. Na parte de fechamento, a em-presa usa tampas metálicas fornecidaspor três diferentes fabricantes (Aro, Ro-jek e White Cap). Os sistemas de fecha-mento servem de suporte a uma pequenaaba auto-adesiva dos rótulos, formandouma solução antiviolação alternativa, queevidencia a abertura dos produtos. “Paraconquistar o consumidor brasileiro de ge-léias finas, é importante contar com em-balagens que apresentem diferenciais emrelação aos potes das marcas premiumimportadas”, prossegue Moraes.

Diversidade de apresentaçõesA busca por elementos de embalagemque remetam ao posicionamento de mer-cado da linha Queensberry é estendida atodo os nichos em que a marca está pre-sente. Para o público single, por exemplo,a empresa distribui bem acabados kits depapel cartão impressos pela EmbalagemSanta Inês. Com janelas vazadas que per-mitem visualizar os produtos, as multi-packs contêm três pequenos potes de 42gramas. Outro setor que a marca Queens-berry tem atacado é o de food service,para o qual são oferecidos potes plásticosde 4,7 quilos.

A estratégia de diversificação já ren-deu à linha significativa participação nomercado brasileiro de geléias finas, alémde uma próspera estratégia de vendas noexterior. No entanto, o diretor da Kiviksexplica que as exportações da empresaarrefeceram com a valorização da moedabrasileira. Mas ele acredita que, em 2004,a marca Queensberry estará de volta aossupermercados americanos e europeus.Seria mais uma prova de que, com umaestratégia bem definida, os produtos bra-sileiros podem atender não só os mais re-finados paladares, como também se des-tacar visualmente em meio a produtos cu-jas embalagens são desenvolvidas prati-camente sem nenhuma preocupaçãoquanto a contenção de custos.

Linha completatem produtospara foodservice epúblicosingle

Fechamossempre ótimos

negócios.

TOTA

LITY

TAMPAS 38 MMA Alcoa tem sempre a solução que a sua empresaprecisa para o lacre de embalagens plásticas (PET,PVC, PEAD e PP) e embalagens de vidro, em diver-sos segmentos, como alimentício, temperos,bebidas, alcoólicos, farmacêutico e químicos.38 MM EXTRA LOK• Bebidas sem gás envasadas a quente ou a frio.• Lacre Anti-violação.• Pode ser fornecida com ou sem vedante.38 MM DOUBLE LOK• Duplo sistema de travamento, com maior segurança.• Para bebidas com gás, fornecida sempre com vedante.

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a incipiente discussãosobre a existência de um“design brasileiro deembalagem”, um ponto

geralmente esquecido é o da regio-nalização da atividade, que no en-tanto vem se acentuando. Comoconseqüência de uma aberranteconcentração da atividade econômi-ca, ganham maior visibilidade(quando não aparecem só eles)eventos, novidades em materiais eequipamentos e o design de reci-pientes de produtos de consumo fei-tos na região Sudeste. É como se oresto do país não existisse.

Agir acreditando nisso pode re-sultar em perda de oportunidadesde negócios em outras áreas, a va-ler o que foi possível observar emrecente evento realizado em Porto

integração

N

Evento mostrao potencial daintegração dacadeia e daregionalização

Sul e muito mais

Por Wilson Palhares,de Porto Alegre

“Por ser um evento regionalizado foipossível dar mais atenção aos clien-tes. Além disso, por tratar-se de umProjeto Integrado, conseguia-se vi-sualizar melhor propostas inovado-ras, pois deixava de ser uma suges-tão e passava a ser algo táctil, comoaconteceu no evento: rótulos ter-moencolhíveis (ITW), vestindo fras-co Saint-Gobain, através de uma Ro-tuladora Narita.”Alessandro Carlo Angeli, diretor Narita Indústria e Comércio

Alegre, o Produto Brasil Sul. Oevento, um fórum com apresenta-ção de cases e exemplos de emba-lagens bem sucedidas, ocorreu nohotel Plaza São Rafael, no últimodia 2 de julho. Foi coordenado porLuís Madi, diretor geral do ITAL –Instituto de Tecnologia de Alimen-tos, sob promoção da Hi Design, deSão Paulo, nos termos de seu Pro-jeto Integrado. Segundo ChristianKlein, diretor da agência, essenome designa uma metodologia dedesenvolvimento de embalagenscriada pela Hi Design, consistindoem integrar a cadeia produtiva noandamento de um projeto, do de-sign ao produto acabado, de formaa obter os melhores resultados emprazos, custos, qualidade e desem-penho.

“Apoiamos o projeto porque: foi or-ganizado por uma empresa idônea ede elevado padrão ético de condutaem negócio; contou com um gruposeleto de patrocinadores e apoiado-res; falou para uma região onde hácarência de eventos do mesmo nível;e teve como objetivo apresentar aosclientes uma possibilidade de con-versar em volta da mesma mesa comseus supridores de embalagens,para entender as suas necessidadese propor soluções de forma integra-da. Além disso, a Saint-Gobain é aúnica vidraria automatizada com fá-brica na Região Sul, e busca sempreoportunidades para conhecer melhoras necessidades de seus clientes eparceiros comerciais.Quem participou do evento o elogioumuito e sugeriu que passe a fazerparte de uma agenda permanenteanual na região. Foi uma excelenteoportunidade de interação com osatuais clientes, clientes em potenciale com os demais patrocinadores. Porser um primeiro evento do gênero, ul-trapassou as nossas expectativas.” André Liberalli, gerente comercialSaint-Gobain Embalagens

Dentro desse conceito, paralela-mente às palestras, no saguão doHotel Plaza São Rafael, foi montadauma exposição em que os patrocina-dores apresentavam seus produtos,

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Mais de 100 pessoas assistiram às apresentações

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ago 2003 • EMBALAGEMMARCA – 37

que são, justamente, complementa-res. Foram eles: Amcor WhiteCap(tampas), ITW Canguru Rótulos,Narita (rotuladoras), Saint-GobainEmbalagens (recipientes de vidro) eSuzano (papel cartão), com apoio

da Adegráfica Embalagens Indus-triais, do Cetea – Centro de Tecno-logia de Embalagem do ITAL e daAbras – Associação Brasileira deSupermercados. Na avaliação dosmais de 100 presentes, as apresenta-

“Os cases, experiências e tecnolo-gias apresentados durante o eventoevidenciaram a preocupação de mu-dar a postura do empresário brasilei-ro na busca de alternativas diferen-ciadas de apresentação de seu pro-duto, sair do habitual para destacá-lono mercado. Os exemplos demons-trados comprovaram resultadosmuito positivos. Este primeiro Proje-to Brasil Sul proporcionou a intera-ção entre clientes e fornecedores,oferecendo soluções integradas queviabilizam o desenvolvimento da em-balagem como um todo. Isto propor-ciona eficiência e agilidade, utilizan-do-se o know-how dos fornecedorespara atingir os requisitos da embala-gem de forma mais eficaz. Assim, mi-nimizam-se os custos de desenvolvi-mento e eventuais falhas ocasiona-das pela falta de integração entre for-necedores desconhecidos. Este pri-meiro evento atendeu às nossa ex-pectativas. Obtivemos retorno muitopositivo dos participantes incenti-vando-nos e elogiando a iniciativa.Confiamos na continuidade do Pro-jeto Integrado de forma regionaliza-da, o que proporcionará aos partici-pantes facilidade no acesso, levan-do-se em conta as características re-gionais.”Armando Luís Monteiro, gerente devendas América do Sul ITW Canguru Rótulos

“O evento contou com a presença deprofissionais de diversos segmentosde mercado (designers de embala-gem, gráficos do segmento de emba-lagens, end users e varejo), demons-trando que é fundamental a busca desoluções integradas. Essa aproxima-ção entre os diversos elos da cadeia évital para o crescimento do segmento.O nível dos palestrantes foi muitobom, valendo destacar que em geralavaliaram a embalagem como ferra-menta de marketing e vendas, tirandoo foco da questão custo e ressaltandoque uma boa embalagem faz parte doproduto, é um forte apelo de vendaque ultrapassa a função de proteção.Outras questões que valem ser res-saltadas são a aproximação com ovarejo e a influência de uma boa em-balagem para este segmento, redu-zindo perdas de produtos e otimizan-do o espaço de gôndolas. Na avalia-ção da Suzano o evento superou asexpectativas. Porém, por ser o pri-meiro a ser realizado com a caracte-ristica de reunir diferentes fabrican-tes de materiais, sempre é possívelmelhorar.”Carlos J. B. Gomes, departamentode marketing – Cia. Suzano de Pa-pel e Celulose

ções, o conceito do fórum e a esco-lha do Sul do país para a realizaçãodo evento foram aprovados maciça-mente, devendo servir de parâme-tros para a realização de futuras edi-ções em outras áreas do país.

Klein conta que a região Sul foiescolhida para este primeiro fórumcom base em estudo feito pela HiDesign na área de embalagem empaíses da Europa. “O mercado quemais se assemelha ao europeu noBrasil é o do Sul”, ele observa.“Praticamente todas as soluções einovações em embalagens feitas lápodem ser feitas também aqui, poisnão nos faltam criatividade e tecno-logia para isso”, acredita. Veja nosquadros, resumidamente, as razõesque levaram os patrocinadores aapoiar o evento e como cada umavaliou sua realização.

“A integração entre empresas deembalagem é uma idéia correta,pois nenhuma das que estiveramassociadas a esse evento vende aembalagem sozinha. Ao contráriodos casos em que é possível ofere-cer a venda da embalagem comple-ta, nós dependemos de outras em-presas para atender o cliente, so-mos complementares. O Projeto In-tegrado vem sanar a “falha” queexiste entre as empresas que neces-sitam dessa integração. Hoje enxer-gamos que o cliente busca maiorcomodidade. Por isso, as pesquisasnecessárias para atender as neces-sidades de embalagens do clientesão feitas por nós, deixando-o total-mente confortável quanto à eficáciado projeto. Eventos pontuais comoo Produto Brasil Sul são importan-tes, pois podemos personalizar asregiões e, logicamente, fazer umaboa apresentação: da empresa, daintegração do grupo, e demais infor-mações sobre serviços. Os resulta-dos do evento foram bons, mas nãochegaram a superar nossoas expec-tativas. Por ser o primeiro, aprende-mos bastante como melhorar. O fatoé que tornou possível conversamosmais entre nós, para buscar o que éo objetivo de todos: o cliente.” Leandro Pignataro, departamentode marketing Amcor White Cap do Brasil

Integração: na ante-sala, produtos e máquinas em ação

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Novamente, a vez da

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á algum tempo, os proprietá-rios de duas diferentes produ-toras de aguardentes finas deMinas Gerais concluíram ser

hora de vender e lucrar mais. Entenderamque, para isso, precisariam ampliar suapresença em um nicho de mercado quevem registrando consistentes sinais decrescimento: o dos apreciadores de cacha-ças de boa qualidade, dispostos a pagarpor uma garrafa ou uma dose valores nãomuito diferentes daqueles de um bom uís-que ou um bom conhaque. Cada um a seutempo, percorrem bares e restaurantes es-trelados de São Paulo, onde se concentra-riam bebedores brasileiros, finalmentedespertos para as propriedades incompará-veis da bebida típica nacional, e estrangei-ros, fascinados com seu sabor e seu aroma.

Diferenças de mentalidadeOs resultados – opostos – obtidos por elesilustram mais uma vez a importância daembalagem para o êxito comercial de umproduto e, ao mesmo tempo, retratam asdiferenças de mentalidade presentes nosegmento de cachaça, em que prevalece oconservadorismo. O primeiro conseguiucolocar sua marca na maioria dos locais, ooutro fracassou totalmente, embora ofere-cendo um produto de qualidade indiscutí-vel. Ouviu de mais de um gerente de res-taurante que não havia condições de colo-car numa bandeja uma embalagem “comoaquela”. Tratava-se de uma garrafa retor-nável de cerveja, de vidro âmbar, comtampa coroa (crown) e rótulo precário.Já o primeiro havia investido numa garra-fa one way apropriada, de vidro incolor,com tampa metálica de rosca, selo de qua-lidade da Ampaq – Associação Mineirados Produtores de Aguardente de Quali-dade e um estojo de papel cartão, com de-sign e acabamento tão primorosos quantoo dos rótulos, auto-adesivos. Porém, em-

mercado

Hter qualidade

bora venha sendo adotado gradativamentepor maior número de marcas, o recurso aembalagens mais modernas é ainda poucoexpressivo.

A hegemonia da postura conservadora,aliás, ficou clara na Expo Cachaça 2003 –VI Feira e Festival Internacional da Ca-chaça, realizado de 10 a 13 de julho últimoem Belo Horizonte. Trata-se de um eventoem que se reúnem todos os anos os produ-tores de algumas das marcas mais presti-giadas de cachaça, e, segundo depoimen-tos de degustadores, praticamente todas dequalidade indiscutível. Verdadeira festa dedegustação e negócios, o evento tornou-seum marco no esforço de projeção dacachaça como bebida de qualidade, tantoque na mais recente edição foi visitadopelo governador mineiro, Aécio Neves,que segundo consta é um apreciador dabebida. A Expo Cachaça terá sua versãona cidade de São Paulo, de 18 a 21 de se-tembro, no ITM – Expo.

Embora em Belo Horizonte estivessemexpostas inúmeras marcas em garrafas di-recionadas especificamente ao mercado decachaças (porém em apenas dois ou três

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Produto e embalagem precisam ter qualidade

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cachaça

ago 2003 • EMBALAGEMMARCA – 39

Expo Cachaça SP(11) 3999-3866www.preventos.com.br

Saint-Gobain Embalagens(11) 3874-7482www.sgembalagens.com.br

Saverglass+ 35 1 21 924 80 [email protected]

Nem só de produtos comercializadosem embalagens requintadas vive omercado de cachaça no Brasil. Pelocontrário. Atualmente, muitos peque-nos produtores de cachaça utilizamgarrafas retornáveis destinadas aomercado de cerveja para envasaremseus produtos. Visando atender a es-sas centenas de pequenos produtoresregionais de cachaça, com o menorcusto de adaptação possível em seuprocesso de fabricação e logística, asvidrarias automáticas brasileiras estãopropondo uma nova garrafa, segundoinforma a Saint-Gobain Embalagens. O novo recipiente mantém o formato

tradicional quanto à altura e ao diâme-tro da atual garrafa de cerveja, masinova nas opções de cores (branca,verde e âmbar) e de fechamento (ros-ca e coroa) e numa estética mais mo-derna. Esta compreende a inscriçãodo termo "cachaça" em alto relevo nagarrafa e outros detalhes que valori-zam o produto. Seu preço será maiscompetitivo, pois como a cachaça nãoé carbonatada o recipiente não precisater especificação tão rigorosa quantoo de cerveja. Quem ganha com a inovação não é sóo mercado de cachaça, mas também ode cerveja. As cervejarias, ao coleta-

rem suas garrafas retornáveis em ba-res e restaurantes, poderão facilmentesepará-las das garrafas de cachaça,permitindo assim que cada mercadotenha o seu devido produto.A expectativa das vidrarias com esseprojeto é atender a muitos produtoresde cachaça, que terão uma garrafamais moderna, funcional, a preço com-petitivo e com identidade estética pró-pria e atraente. No âmbito das vidra-rias, quem está liderando esse proces-so é a Saint-Gobain Embalagens, masa fabricação poderá ser feita por todasas vidrarias que tenham interesse emproduzi-la.

modelos standard e algumas, raríssimas,em garrafas personalizadas, nacionais ouimportadas), a grande maioria era mesmoacondicionada na popular “capataz” de600ml. Adotada por razões de custos porgrande número de produtores, essa garrafaestá em vias de ter uma alternativa (ver oquadro abaixo). Ante a observação de queseria importante incrementar a apresenta-ção do produto, a principal justificativapara não fazê-lo era a questão de custos.Mas ouvia-se, também, que “as pessoastomam cachaça, não embalagem”.

Franceses vêm aíApostando que a atual situação tende amudar, mesmo porque existe de fato po-tencial para colocar o produto em maiornúmero de mesas lá fora e principalmenteaqui, agregando valor a eles, já há pelomenos um fornecedor estrangeiro de olhonesse mercado. É o grupo vidreiro francêsSaverglass, especializado na fabricação degarrafas de luxo, cuja produção (150 000t/ano) é 45% exportada. Detalhe: umrecipiente de suas linhas standard custamais do que a maioria das marcas decachaça vendidas no varejo no Brasil.

Enquanto apenas dois fornecedores na-cionais ligados ao setor de embalagem (a

Prodesmaq, de rótulos auto-adesivos, e aAltec, de tampas) estiveram presentes comstands no evento, a Saverglass pegou caro-na no estande da Ampaq para mostrar sualinha de produtos e fez ainda uma apresen-tação em seminário paralelo ao evento.

Segundo Bruno de Botton, gerente co-mercial da Saveriberica, representante dogrupo para Portugal e Espanha, a empresanão fechou negócios em Belo Horizonte.Mas ele se disse “impressionado com oimenso potencial desse mercado”. O certoé que, como foi veiculado na edição demaio de Cachaça – Revista do SistemaAmpaq distribuída na Expo Cachaça, uma“empresa francesa especializada em fabri-cação de garrafas” faria em julho um estu-do para a possível implantação de filial emMinas Gerais. O que se comentava noevento é que já existe até terreno reserva-do para esse fim, em Patos de Minas.

Uma alternativa ao envase em garrafa de cerveja

Linha standardAriane 1 daSaverglass

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Visite o

estande de

EMBALAGEMMARCA

na Expo Cachaça

SP 2003

de 18 a 21/9

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DDEnvase-Alimentek 2003Envase-Alimentek 2003

Informe Publicitário

Dois dos eventos mais importantes ligados à área de emba-lagens na América Latina ocorrem simultaneamente em Bue-nos Aires, na Argentina, entre os dias 22 e 26 de setembro.

O primeiro, em sua 8ª edição, é a feira Envase 2003 (Ex-posición Internacional del Envase y Embalaje), cujo enfoqueé a cadeia de embalagens – fornecedores de matéria-prima,convertedores, fabricantes de embalagens, fornecedores decomplementos, entre outros.

O segundo, que ocorreem paralelo e está na sua3ª edição, é a Alimentek2003, feira destinada amostrar máquinas e equi-pamentos para o proces-samento de alimentos ebebidas.

Realizadas a cada doisanos, com organização doInstituto Argentino del En-vase e apoio da Ulade –Unión Latinoamericanadel Embalaje, as feiras En-vase e Alimentek têm seconsolidado como impor-tantes eventos na área deembalagens para empre-sas interessadas no mer-cado da América Latina.Hoje, esses eventos seequiparam às grandes ex-posições de embalagensdo planeta. Prova disso é a participação cada vez maior deempresas estrangeiras.

Para facilitar a presença de visitantes vindos de outrospaíses, os organizadores têm convênios com entidades deembalagens do mundo inteiro, para incentivar a participa-ção dos seus associados.

Durante a exposição haverá uma rodada internacionalde negócios, que permitirá aos participantes oferecer e com-prar produtos e serviços.

As empresas interessadas em participar da rodada denegócios devem entrar em contato com o Instituto Argenti-

no del Envase (pelo telefone + 54 11 4957 0350, ou pelo e-mail [email protected]). Para todos os elos da cadeiade embalagens, portanto, trata-se de uma oportunidadeúnica de fazer contatos e gerar negócios no exterior.

Fiel a seu propósito de atender bem não apenas pessoasfísicas, mas também clientes corporativos, a British Airwayscriou tarifas especiais para quem quiser visitar a Envase-Alimentek 2003 em Buenos Aires.

Saindo de São Pauloentre os dias 20 e 26 de se-tembro e retornando deBuenos Aires entre os dias22 e 28 de setembro vocêpaga apenas o equivalenteem reais a US$ 179.00* (astaxas de embarque e de se-gurança, que são arrecada-ções à parte, não estão in-cluídas).

Para obter essa tarifaespecial, a reserva deve serfeita pelo telesales da Bri-tish Airways, nos números(11) 3145-9700 (São PauloCapital) ou 0300 789 6140,e o bilhete deve ser emitidodiretamente na companhiaaérea. Ao ligar, mencioneo código ENVASEBA03.

Quem quiser embarcarde outras localidades deve

consultar o departamento de reservas da British Airways.Além disso, conheça os novos benefícios do programa

Executive Club da British Airways, acessando www.ba.com,e saiba como acumular mais milhas. Veja ainda as facili-dades implementadas para que você possa resgatar vôosgratuitos mais rápido.

Vá a Buenos Aires com tarifa especial da British Airways

* Tarifa sujeita a disponibilidade de lugares

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Polo maior O Grupo Unigel, controlador daPolo, anunciou investimentos deUS$ 40 mi na ampliação de suaplanta de Montenegro (RS), queproduz filmes de BOPP para a fa-bricação de embalagens flexíveis,sobre-embalagens, fitas adesivase rótulos. Com uma nova linha,que deverá entrar em operaçãoem 2005, a produção anual daunidade passará das atuais 18 000toneladas para 48 000 toneladas.

Re-certificadaA fornecedora de rótulos auto-adesivos Prodesmaq recebeu, emjunho, o certificado de qualidadeISO 9001:2000, após auditoria doBVQI (Bureau Veritas Quality In-ternational). A empresa já possuíao ISO 9002.

PrêmioPela quarta vez, a fábrica de pa-pel da Rigesa de Três Barras (SC)recebeu o prêmio Fritz Müller, oprincipal na área ambiental emSanta Catarina.

AvançoDando continuidade ao seu pro-cesso de integração societária, aBraskem anunciou o aumento desua participação nas controladasTrikem e Polialden, mediante ne-gociação com a Nissho Iwai Cor-poration e a Mitsubishi ChemicalCorporation, detentoras de açõesordinárias das duas empresas. As-sim, a Braskem eleva de 66,7%para 100% sua participação nocapital votante da Polialden e de69,4% para 92,9% da Trikem.

ApetiteA Alcan formalizou uma propostade aquisição da rival francesa Pe-chiney por US$ 3,9 bilhões. O acor-do precisa de aprovação das au-toridades. Combinadas, a Alcan ea Pechiney teriam receita anual de US$ 24 bilhões.

Mais uma opção em tampa flip topA Sonoco For-Plas está lançandouma tampa FlipTop para pré-formasde PET com gargalo de 28mm. Se-gundo a empresa, a nova tampaatende a qualquer segmento (ali-mentício, limpeza, higiene pessoal),podendo ser utilizada em frascos deketchup, cremes, álcool, gel, deter-gentes etc. Ela permite a colocaçãode selo de indução para garantia deinviolabilidade. Produzida em váriascores, a nova tampa pode ter o orifí-cio dosador adaptado ao perfil decada produto. Além disso, um deta-

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Em 2002, pelo segundo ano conse-cutivo, o Brasil apresentou o maioríndice mundial de reciclagem de latasde alumínio. A confirmação veio coma divulgação recente do índice oficialdo Japão, feito pela Japan AluminiumCan Recycling Association, que foi de83,1% no ano passado. O índice bra-sileiro de 87%, 2 pontos percentuaisa mais que em 2001, reafirma o Bra-sil como o líder na reciclagem de la-tas de alumínio entre os países nosquais a reciclagem não é obrigatóriapor lei. Do total processado, a Alcancontribuiu com 62% (cerca de 76 000toneladas de latinhas), afirmando suaposição de maior recicladora de lati-nhas da América Latina. No total, cer-ca de 9 bilhões dessas embalagensforam recicladas em 2002. Para seter uma idéia, essa quantidade de la-tas poderia completar a circunferên-cia da Terra 28 vezes.www.alcan.com.br • www.abal.org.br

lhe na articulação da tampa cria um“efeito mola”, que facilita sua abertu-ra, fechamento e manuseio.(11) 5097-2750 • www.sonoco.com

Bom no samba,bom na reciclagem

Para facilitar e agilizar o processo deanálise de pré-formas quanto ao seuíndice de acetaldeído, conhecido sub-produto indesejável do sopro de em-balagens de PET, principalmenteaquelas destinadas ao mercado deáguas minerais, a Piovan do Brasilestá lançando o AA Analyzer. Trata-se de um equipamento que reduz cus-tos e tempo para se obter resultados,pois dispensa qualquer tratamento dapré-forma antes do teste, retorna re-sultados em 30 minutos, contra as al-gumas horas do método convencio-nal, em laboratório, e acusa diferen-ças entre análises inferiores a 1%.“Vale dizer que, nos métodos conven-cionais, essas diferençaspodem chegar a até35%”, afirma DeborahBazo, da área de mar-keting da Piovan. Oequipamento dispensaconhecimentos específi-cos de química para seroperado e é disponibili-zado em duas versões:a Laboratório, para em-presas que já possuemcentros de análise, e aTorre (foto), para insta-lar no chão de fábrica.(11) 3693-9500www.piovan.com

Fácil controledo acetaldeído

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Gancheiras atraem e abrem novos canaisNovos modelos de Hang Tags, solu-ção adesiva para apresentar produtosem displays verticais, estão sendolançados pela Novelprint. Tambémconhecido como gancheira, o Hang

Tag “organiza aexposição degrandes

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Krones entra no mercado “just enough”A alemã Krones, uma das maioresprovedoras mundiais de máquinasespeciais para a indústria de bebi-das, assumiu em junho as operaçõesda ítalo-austríacaKosme, compa-nhia da mesmaárea que produzmáquinas paraempresas peque-nas e médias.Com isso, a Kro-nes do Brasil, bra-ço local da multi-nacional, anunciouque passa também a atender clientesde menor rendimento, formadores donicho conhecido como “justenough”. Segundo Rogério Baldauf,diretor comercial da Krones do Bra-

Carmocal investe em nova unidadeA crescente demanda do mercadobrasileiro de contêineres retornáveisdo tipo IBC (Intermediate Bulk Con-tainer) motivou a construção de umanova planta industrial da Carmocaldo Brasil, inaugurada no dia 25 de ju-nho em Guarulhos (SP). Trata-se deuma seqüência ao projeto de expan-são iniciado na década de 1990,

quando a empresa, de origem argen-tina, criou a Carmocal do Brasil e as-sociações no Chile, Uruguai, Para-guai, Colômbia, Venezuela e México.A empresa presta serviços logísticosde gerenciamento e locação de IBCsde 1 000 litros e de lavagem e limpe-za de IBCs e de caminhões-tanque.(11) 6438-3808 • www.carmocal.com

quantidades de produtos em peque-nos espaços, facilitando a visualiza-ção e a decisão de compra”, afirmaWalkiria Castro, gerente de marketingda Novelprint. Ademais, diz ela, comele o fabricante pode atingir novos ca-nais de vendas, como lojas de conve-niência, quiosques e padarias. Com anacionalização da solução, que atéagora era importada, a Novelprint pre-tende difundi-la junto às indústrias far-macêuticas, alimentícias e de cosmé-ticos, entre outras. O sistema de apli-cação do adesivo também pode serfornecido. Um dos primeiros usuáriosda solução é o grupo Vigor, que subs-tituiu o papel cartão grampeado peloHang Tag nas embalagens dos quei-jos ralados Vigor e Faixa Azul.(11) 3768-4111 • www.novelprint.com.br

sil, isso ajudará na meta de ganharmaior penetração nos segmentos ali-mentício, cosmético, farmacêutico equímico. O setor de bebidas também

será atendido pelaKosme, como jáacontece no Brasilcom indústrias devinhos e bebidasquentes. “Umagrande empresatambém pode sercliente da Kosme,em projetos quedemandem produ-

ção menor”, explica Baldauf. A Kos-me produz sopradoras e linhas com-pletas para envasamento em PET naÁustria, e rotuladoras na Itália.

(11) 4075-9600 • www.krones.com.br

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A Divisão de Embalagens da Unipacanunciou a formalização de um acordocom a multinacional Dow AgroSciences,uma das líderes do mercado mundial dedefensivos agrícolas. Trata-se de umaparceria de industrialização conhecida

Ação boa para ambas as partes

Uma nova impressora 3D para prototipagem rápida, a 3DVantage, da americana Stratasys, está sendo distribuída noBrasil pela Sisgraph. Ela cria protótipos de plástico a partir demodelos gerados em CAD 3D utilizando a tecnologia de mo-delagem por deposição de material fundido (FDM). O maiorapelo da Vantage é sua flexibilidade, por aceitar expansões eaperfeiçoamentos futuros, como câmaras de modelagensmaiores, e por trabalhar tanto com ABS, resina-padrão naárea, como com policarbonato. “Os protótipos podem passarpor diversos testes estruturais e de design logo após seremobtidos”, diz Wilson Amaral, consultor técnico da Sisgraph. (11) 3889-2100 • www.sisgraph.com.br

Nova opção para prototipagem rápida

como “tolling”, que visa gerar vantagenseconômicas em nível de igualdade paraos envolvidos no processo. Nela, a Divi-são de Embalagens da Unipac utilizarásua mão-de-obra e potencial tecnológi-co para o desenvolvimento de embala-gens plásticas com matérias-primas for-necidas pela Dow Brasil. Com isso, pre-vê-se que a Dow AgroSciences economi-zará cerca de 10% nos custos com aaquisição de suas embalagens – frascosde 1 litro e de 5 litros mono e multica-mada, de polietileno de alta densidade–, e que a Unipac aumentará em 30%seu processamento de embalagens dePEAD em relação a 2002, chegando a600 toneladas da resina.(11) 4166-4260 • www.unipac.com.br

Sob o pretexto de melhorar a performance de suasmáquinas de campo e otimizar o trabalho de seus clientes,com interfaces mais amigáveis, a Romi, seguindo umatendência do mercado internacional, está instalando emsuas injetoras horizontais, incluindo nas de ciclo ultra-rápi-do, a versão Embedded (solução embarcada) do softwareoperacional Windows XP, da Microsoft. “Além de mais fun-cionalidades, o cliente hoje quer telas que permitam umaleitura mais fácil e um visual mais bonito”, explica AdilsonMarcorin, chefe de engenharia da Romi. Como para progra-mar uma máquina injetora ter-moplástica o usuário contacom cerca de 60 telas dife-rentes e mais de 1 000parâmetros, o Windows XPEmbedded facilita a persona-lização do processo e reduz a

curva de aprendizado dos operadores das máquinas.“Como a arquitetura Windows é mais aberta ao usuário,pudemos adequar mais as máquinas às necessidades docliente, que também tem a vida facilitada por poder utilizarperiféricos e soluções compatíveis com o micro que ele jásabe utilizar”, comenta Antônio de Pádua Dottori, chefe deengenharia de marketing da Romi. O projeto, que teve iní-cio em 2002, foi apresentado na Brasilplast deste ano. (19) 3455 9000 • www.romi.com.brwww.microsoft.com/windows/embedded/xp/default.asp

Upgrade torna injetoras da Romi mais amigáveis ao usuário

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A Terphane anunciou que irá expandira capacidade de produção de filmesbi-orientados de poliéster (PET) desua planta de Cabo de Santo Agosti-nho (PE). Atualmente, a empresa fa-brica 18 000 toneladas por ano domaterial, largamente utilizado em em-balagens flexíveis e em rótulos auto-adesivos. Com uma nova linha, quereceberá um investimento de 160 mi-lhões de reais e deverá começar aoperar no início de 2005, a Terphanepretende saltar para 38 000 toneladasanuais. Mais da metade da produçãogerada pela expansão será destinadaa exportações para a América Latinae para os Estados Unidos, onde aempresa possui uma unidade indus-trial. O restante será comercializadono mercado interno. Paralelamente àmaior oferta e diversidade dos filmesde PET no mercado, o projeto deverágerar 110 novos empregos diretos ecerca de 300 empregos indiretos nacadeia produtiva de embalagens.(11) 5503-3951 • www.terphane.com.br

Maior ofertaem filmes de PET

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Domecq com imagem mais jovial

Para rejuvenescer a ima-

gem de seu conhaque Do-

mecq, a Allied Domecq pro-

moveu sutis modificações

na embalagem do produto.

O rótulo, fornecido pela

espanhola Gesa, foi clarea-

do, e, nele, as letras D e Q

ganharam maior evidência

e as imagens de três me-

dalhas foram introduzi-

das, para suscitar

maior nobreza.

Vale também des-

tacar a mudança

na denominação

do produto, que

passa de Brandy

para “bebida al-

coólica mista de

brandy”, atenden-

do exigências da

Receita Federal

quanto ao seu posi-

cionamento de pre-

ço. A garrafa é

fornecida pela

Saint-Gobain

Embalagens.

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Sobremesa para viagemA Bauducco acaba de lançaruma sobremesa famosa emmuitos restaurantes: o Petit Ga-teau na versão para “levar pracasa”. Disponível nas pratelei-ras dos principais supermerca-dos e magazines, a sobremesatem preparo rápido: com ape-nas 15 segundos de aqueci-mento no forno de microondasestá pronta para ir à mesa. Areceita é simples: um bolinhode chocolate, com recheio dechocolate quente, para ser ser-vido com uma bola de sorte decreme e calda de chocolate. A embalagem, que é fabrica-da em BOPP perolado pelaShellmar, foi desenvolvidapela M Design.

A Bic está colocandono mercado canetasesferográficas colori-das e com tintasperfumadas. A Shim-mers Perfumada temos aromas de mo-rango, pêssego,maçã verde, menta,uva e amêndoa,cada uma com arespectiva cor dafruta. As canetassão embaladas emblisters de papel car-tão fabricados pelagráfica Sarapuí, comtrês ou 12 unidades.

PERFUME NO BLISTER

Embalagem de Razzo ganha vidaA Razzo, empresa bra-sileira de produtos delimpeza, renovou a em-balagem do sabão empó Puro Coco. A mu-dança ficou a cargo daDil Brands, que realizouo projeto de redesignda caixa, com o objeti-vo de gerar mais im-

pacto no ponto-de-ven-da. O logotipo da Raz-zo foi modernizado, ga-nhando efeito de volu-me, e seu espaço naembalagem praticamen-te dobrou, aumentandoa visibilidade da mar-ca. O painel principalrecebeu uma textura de

fundo, em tons suaves.Em primeiro plano, apa-rece uma foto de rou-pas limpas e dobradase quatro ursos de pelú-cia. O painel traseirofoi reformulado, com acriação de vinhetas so-bre o modo de uso doproduto.

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Mais um leve pronto para beberO agitado mercado de iogurtescom teor reduzido de gordura ecalorias acaba de ganhar um novocompetidor. A marca Paulista in-gressa no setor com o iogurtepronto para beber Paulista Light.O lançamento foi impulsionadopela ampliação das vendas deprodutos lácteos frescos do tipolight: a empresa estima que de2001 a 2002, o segmento cresceu44%. Fornecidas pela Rigesa, asmultipacks cartonadas do PaulistaLight destacam a informação de

que o produto tem 0% de gordura.O mesmo ocorre com os rótulos,impressos pela Makro Kolor Gráfi-ca e Editora.

Nem tudo é feito em casaMesmo tendo investido alto para verti-calizar a produção de frascos plásti-cos, a Yamá Cosméticos continua de-mandando embalagens de terceiros.Um exemplo é a recente ampliaçãoda linha de tratamento capilar Unihair,que utiliza frascos PET fornecidos pelaAlcan Packaging. Os lançamentos sãoo Semi Di Lino e o Fluid Gloss, produ-tos que funcionam como reparadoresde pontas para uso profissional e do-méstico. Com capacidade de 30ml, asembalagens contam ainda com válvu-las da Emsar e rótulos da Apiflex.

Pré-preparados em cartuchosBrownie, Muffins, Pão de Mel e Ro-cambole são as receitas semipron-tas para bolo que a Dr. Oetker estáapresentando ao mercado. As mis-turas dispensam batedeira e têmoutros atributos práticos: o Muffinvem com forminhas individuais para

assar e o Rocambole traz um pa-pel-manteiga para facilitar o seu en-rolamento. Os produtos são acondi-cionados em cartuchos de papelcartão da Brasilgráfica, com visualdesenvolvido pela Segmento Co-municação e Design.

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Nordeste na mira 1A KSR Distribuidora, unidade denegócios da VCP - Votorantim Celu-lose e Papel, registrou aumento de15% no faturamento da região nor-deste durante o primeiro semestrede 2003, resultado da ampliação dasua área de estocagem em janeiro.

Nordeste na mira 2A SPP-Nemo, braço de distribuiçãode papéis e plásticos do grupo Su-zano, anunciou a inauguração deum centro de distribuição em Salva-dor (BA). “Será o primeiro showroom de papéis gráficos da Bahia”,diz Thomas Meyer, gerente de ven-das de São Paulo e Nordeste daSPP-Nemo.

Matéria-prima mais caraA Eastman Chemical Companyanunciou aumento de quinze centa-vos de dólar no quilo da resina Eas-tman NPG platelets. O produto é u-sado na fabricação de poliéster pa-ra tinta líquida e em pó. Válido paratoda a América Latina, o acréscimocomeçou a ser praticado em julho.

Sem esquecer o socialA subsidiária brasileira da ArjoWig-gins doou uma tonelada de alimen-tos a entidades de assistência. A iniciativa integra uma série deações de responsabilidade socialque a empresa e seus colaborado-res têm organizado. Os esforços fo-ram direcionados também à arreca-dação de cobertores e agasalhos, eà publicação do livro infantil “OBrasileirinho”, realizado com apoioda Secretaria Nacional Antidrogas.

Anúncio reveladorA IBF (Indústria Brasileira de Fil-mes) lançou dois novos revelado-res, o ND-2000 PLUS e o UR II. Oprimeiro foi desenvolvido para cha-pas negativas N-2000, e pode serusado em processos de revelaçãomanual e automática. Já o URII évoltado para revelação de filmes emprocessamento automático.

Mais uma aliança estratégicaDois importantes fabricantes deequipamentos do mercado gráficoeuropeu, a Drent Goebel e a Giebe-ler Druckmashinen, assinaram umacordo de aliança estratégica no iní-cio de junho deste ano. Em comuni-cado oficial, as empresas afirmamque a idéia é ampliar o leque de so-luções para áreas como embalagem,rótulos, impressão de documentos emalas-diretas. Além do acordo, as

Da Suíça para o BrasilNuma estratégia de aproximaçãocom profissionais estrangeiros, a sub-sidiária brasileira da Heidelberg rece-beu no final do primeiro semestreuma comitiva de executivos de gráfi-cas suíças. Entre outras atividades, ogrupo conheceu alguns dos clientesda Heidelberg no Brasil. “É interes-sante ver como se dá o atendimentonum mercado com as dimensões dobrasileiro, especialmente para quemvive em um país com sete milhões dehabitantes”, disse Reginald Rettig,presidente da Heidelberg Suíça. Alémda visita dos colegas europeus, aHeidelberg organizou, entre os dias16 e 19 de julho, em Belo Horizonte(MG), a “Semana da Tecnologia –Paixões Integradas com Você”. Noevento, foram demonstradas novida-des da empresa para os mercadosde pré-impressão e acabamento,

como a Printmaster GTO 52-4, solu-ção voltada a impressão em peque-nos formatos, com integração digitaldo fluxo de trabalho. Os participantesconheceram ainda a Imagesetter Her-kules Pro, o scanner Topaz (linocolor)e os softwares MetaDimension e Sig-nastation.

www.heidelberg.com.br(11) 3746-9739

Orientações sobre diferimento de ICMSA Associação Brasileira das IndústriasGráficas (Abigraf) e o Sindicato dasIndústrias Gráficas no Estado de SãoPaulo (Sindigraf-SP) estão unindo for-ças para facilitar a obtenção dos be-nefícios resultantes do adiamento dacobrança de ICMS em alguns setoresda indústria paulista. Silvio Isola, pre-sidente do Sindigraf, informa que o di-ferimento do tributo é válido para al-guns tipos de embalagens, rótulos,etiquetas e manuais de instrução queutilizem papel, papel cartão e papelão

microondulado como matérias-primas.Ainda segundo Isola, os créditos po-dem ser usados para o pagamento deoutros tributos e, em alguns casos,para aquisições de matérias-primas,máquinas e equipamentos. Entre asmedidas, há a elaboração de umacartilha, além de um curso ministradona sede da Abigraf e do desenvolvi-mento de um software que facilita oprocesso de apuração do crédito.

www.sindigraf.com.br(11) 5087-7746

empresas anunciaram uma nova im-pressora rotativa off-set multifuncio-nal, a VSOP. Desenvolvido com cilin-dros de formatos variáveis, o equi-pamento é um importante desenvol-vimento no campo de impressorasrotativas para embalagens. Fabrica-da na Holanda, a VSOP será distri-buída no Brasil pela Comprint. www.drent-goebel.comNo Brasil (11) 3371-3391

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Almanaque

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O intruso se tornou familiar

Precisamente às 8h01min da manhã do dia 26 de junho

de 1974, um pacote de chicles Wrigley’ passava pelo leitor

do caixa de um supermercado em Ohio, nos Estados Uni-

dos, tornando-se o primeiro produto a utilizar o código de

barras. O hoje onipresente sistema computadorizado de

identificação foi inventado pela IBM e aprovado para uso

em 1973. A versão original, chamada Universal Product

Code (UPC), é a base do código de barras americano, que

usa 12 números. Posteriormente, desenvolveu-se na Eu-

ropa o sistema EAN (European Article Number), com 13

números. Hoje, diversos tipos de códigos de barras sim-

plificam a vida da indústria e do varejo, e sua presença

não causa estranheza. No início de sua implementação,

no entanto, havia quem lhes torcesse o nariz: designers de

embalagens e de capas de livros, que os consideravam

uma indesejável intrusão gráfica em seu trabalho.

(condensado do livro “Century Makers”, de David Hillman

e David Gibbs)

Apesar de haver anotaçõeshistóricas de que no sécu-lo XI, na Pérsia, produzia-se uma bebida alcoólicatransparente e inodora si-milar à vodca, os russosgarantem que o destiladofoi uma descoberta deles eque o seu aparecimento sedeu no século XII, na pro-víncia de Viatka, na Rús-sia Central. Na época, abebida era usada para finsmedicinais. O nome deri-va da expressão russa�Zhiznennia Voda�, quesignifica �água da vida�, evodca significa �pequenaágua�. Diz a lenda que a

Uma carona no esforçoalheioPara não deixar adata passar embranco: o ano de2003 marca o jubi-leu da conquista docume do Monte Eve-rest, o lugar mais altodo mundo. Grandesfestas aconteceram emmaio passado, mês doaniversário, junto aofamoso acidente geográfico, no Nepal. A façanha do alpinista neozelandês Edmund Hil-lary e de seu guia, o sherpa Tenzing Norgay, foitão celebrada em 1953 que os marqueteiros daépoca não perderam tempo. Diversas campanhasde produtos pegaram carona no feito. Uma delasfoi a do matinal britânico Grape Nuts, “o cerealenergético que ajudou os alpinistas do Everest”,como propala o anúncio, no exemplo aqui repro-duzido.

A presença de AnitaHoje, qualquer indústria que se prezeanuncia nas embalagens de seus produ-tos as formas de contato com seu servi-ço de atendimento ao consumidor, o po-pular SAC. Ao que tudo indica, a pionei-ra nessa área no Brasil foi a Johnson &Johnson. Na década de 50, seu absor-vente íntimo Modess começou a se po-pularizar no país, mas, por ser uma no-vidade, eram comuns as dúvidas sobreseu uso. Assim, a J&J criou, numa joga-da de marketing, a figura da conselheiraAnita Galvão, personagem de anúnciosem revistas femininas e a quem as mu-lheres deveriam enviar, por carta, suasindagações. Anita nunca existiu de fato,mas muitas consumidoras acreditavam

piamente no contrário – tanto que, não raro, lhe en-viavam longas missivas confidenciando problemaspessoais ou conjugais. Na verdade, a prestativa mu-lher, que “se aposentou” em meados dos anos 60, eraencarnada por um grupo de seis pedagogas.

bebida deu origem aomais famoso brinde domundo, �À sua saúde�, ou�Nazdorovye�, em russo.Em tempo: a etiqueta rus-sa exige que, à propostadessa saudação, o copo devodca seja sorvido numasó talagada.

Um brinde à “pequena água”

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HEIDELBERG