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UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Luiz Fernando Monteiro Kurossu Pamela da Silva EFEITO AGUDO DA LIBERAÇÃO MIOFASCIAL E DO ALONGAMENTO ESTÁTICO SOBRE A MOBILIDADE DA COLUNA VERTEBRAL: ESTUDO RANDOMIZADO E DUPLO CEGO UniSALESIANO Lins São Paulo LINS SP 2017

UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Curso ... · isso é o que importa, a saudade vai chegar e só conseguirei me lembrar dos momentos bons ao lado de vocês, sucesso

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UniSALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Educação Física

Luiz Fernando Monteiro Kurossu

Pamela da Silva

EFEITO AGUDO DA LIBERAÇÃO MIOFASCIAL E

DO ALONGAMENTO ESTÁTICO SOBRE A

MOBILIDADE DA COLUNA VERTEBRAL: ESTUDO

RANDOMIZADO E DUPLO CEGO

UniSALESIANO

Lins – São Paulo

LINS – SP

2017

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LUIZ FERNANDO MONTEIRO KUROSSU

PAMELA DA SILVA

EFEITO AGUDO DA LIBERAÇÃO MIOFASCIAL E DO ALONGAMENTO

ESTÁTICO SOBRE A MOBILIDADE DA COLUNA VERTEBRAL: ESTUDO

RANDOMIZADO E DUPLO CEGO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física, sob a orientação do Prof. Esp. Jonathan Daniel Telles e orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.

LINS – SP

2017

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Kurossu, Luiz Fernando Monteiro; Silva, Pamela

K98e Efeito agudo da liberação miofascial e do alongamento estático sobre

a mobilidade da coluna vertebral: estudo randomizado e duplo cego / Luiz

Fernando Monteiro Kurosso; Pamela da Silva. – – Lins, 2017.

61p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano

Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física, 2017.

Orientadores: Jonathan Daniel Telles; Jovira Maria Sarraceni;

1. Alongamento Estático. 2. Coluna Vertebral. 3. Liberação Miofascial. 4. Mobilidade. I Título.

CDU 615.8

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LUIZ FERNANDO MONTEIRO KUROSSU

PAMELA DA SILVA

EFEITO AGUDO DA LIBERAÇÃO MIOFASCIAL E DO ALONGAMENTO

ESTÁTICO SOBRE A MOBILIDADE DA COLUNA VERTEBRAL: ESTUDO

RANDOMIZADO E DUPLO CEGO

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Educação Física.

Aprovada em: _____/______/_____

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Jonathan Daniel Telles

Titulação: Especialista em Osteopatia – Colégio Brasileiro de Osteopatia.

Assinatura: _________________________________

1º Prof: João Rufino da Silva Junior

Titulação: Mestre em Ciências do Movimento Humano – UNIMEP de

Piracicaba.

Assinatura: _________________________________

2º Prof: José Alexandre Curiacos de Almeida Leme

Titulação: Doutor em ciências da motricidade pelo Programa de pós graduação

em ciências da motricidade – UNESP de Rio Claro.

Assinatura: _________________________________

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Quero dedicar e agradecer este trabalho primeiramente a Deus, por ser autor de

meu destino e meu guia nas horas difíceis de minha vida, dedico ainda a minha Avó

Lourdes, ao meu Tio Wagner e minha Tia Maria.

Também dedico ao curso de Educação Física do UniSalesiano, e as pessoas

com quem convivi durante esses quatro anos, Professores e Colegas de classe, em

especial a minha parceira deste presente trabalho Pamela, que posso chamar de parceira,

amiga e irmã, que sou imensamente grato a Deus por ter enviado ela em minha vida, já

que sem o apoio dela nos momentos difíceis que passei eu com certeza teria desistido de

tudo.

E mais do que tudo dedico a minha falecida Mãe Ana Marcia Monteiro (in

memoriam) que é o maior incentivo e motivo de estar finalizando a faculdade, pois sem

ela não teria chegado tão longe em minha vida e não teria orgulho do homem que me

tornei hoje, pois sei que aonde quer que ela esteja lá em cima, ela estará sentindo

orgulho de poder-me ver realizando um sonho e estar fazendo o que sempre gostei com

amor e carinho.

Luiz Fernando Monteiro

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Dedico este trabalho:

A minha Família: “Que é meu ponto de equilíbrio, minha fortaleza, que esteve

em todos os momentos da minha graduação sonhando meus sonhos e nunca deixaram

um dia se quer eu desistir daquilo que sonhava para minha vida”.

Obrigada por tudo, Amo vocês!

Pamela Silva

Aos meus Pais: “Francinildo e Inês, sem palavras para descrever o sentimento de

gratidão e amor que sinto... sem vocês nada teria sentido, pois tudo que tenho e que sou

como pessoa devo a educação e amor que me deram, esse trabalho e minha graduação é

só o começo de tudo que ainda sonho para nossas vidas”.

Amo vocês infinito!

Pamela Silva

Aos meus Avós Paternos e Maternos (In Memoriam): “Os quais me ensinaram

princípios e mais do que isso fizeram parte da minha infância e adolescência e me

mostraram um amor incondicional, e sinto o dobro de amor e saudades hoje por não tê-

los mais aqui fisicamente, mais no meu coração faz morada”.

Eternos em meu coração!

Pamela Silva

Ao meu Namorado: “Douglas, que sempre me incentivou e nunca deixou de

acreditar que eu era capaz, por me aguentar nos piores anos da faculdade, pela paciência

e amor, sei que assim como eu você será um profissional brilhante”.

Amo-te!

Pamela Silva

A minhas Amigas: “Juliana; Mayara; Jenifer e Thayná que direta ou

indiretamente fizeram parte da minha jornada acadêmica e torcem por mim”.

Sou grata a Deus pela vida de vocês!

Pamela Silva

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Agradecimentos

Deus: “Que sempre me guiou nessa jornada, que me sustentou para que eu não

caísse e que teve misericórdia de mim quando senti vontade de desistir dos meus

sonhos, sem a presença dele nesses quatro anos nada seria como é hoje, não haveria

prosperidade e muito menos sensação de dever cumprido, te agradeço meu Deus por

tudo que fizeste e faz até hoje no meu caminhar, tu és digno de todo amor que habita em

meu coração” Sou grata a ti meu Senhor!

Luiz Fernando: “Agradeço Deus por ter deixado encontrar uma pessoa que

durante esses anos pode estar todos os dias ao meu lado, acabamos construindo uma

relação não só de amizade mais também de irmandade, obrigada por ter me escolhido

como sua parceira de TCC, por vivenciar momentos únicos e pela perseverança que

tudo iria dar certo e com certeza já deu, que Deus te abençoe grandiosamente nessa nova

fase”.

Jonathan Telles: “Querido Professor e Orientador, não poderíamos ter escolhido

uma pessoa melhor para nos auxiliar e nos ajudar nesse trabalho, desde o início

tínhamos certeza do grande profissional que você é hoje só posso te agradecer por nos

aceitar como orientandos, você demonstrou ser um ser humano de grande caráter e tem

um amor pelo o que faz que é evidente, além disso conseguiu nos trazer como lição o

quanto podemos ser grandiosos em tudo que fazemos, é só ter dedicação que tudo

sempre dá certo, muito obrigada por todos os ensinamentos, sucesso sempre”.

Professores e Jovira: “Por todo conhecimento e experiência compartilhada por

esperar sempre o máximo de todos nós, principalmente quando pensávamos que não

daria para fazer melhor e mesmo assim vocês sabiam que éramos capazes de chegar a

onde queríamos, muito obrigada por tudo e sentirei saudades, não digo até logo... mais

sim até breve”.

Companheiros de classe: “Esses anos não foram nada fáceis todos sabemos,

mais hoje posso ver que todos os momentos desde uma simples discussão por coisa

boba até uma oração conjunta por alguém, sempre mostrou como fomos unidos nesses 4

anos cada um com suas diferenças mais acima de tudo o respeito sempre prevaleceu, e

isso é o que importa, a saudade vai chegar e só conseguirei me lembrar dos momentos

bons ao lado de vocês, sucesso amigos, que Deus possa realizar todos nossos objetivos e

que possamos ser felizes em tudo que fizermos”.

Pamela Silva

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RESUMO

A coluna vertebral possui várias funções uma delas é a mobilidade que interfere na execução de movimentos amplos. O objetivo do presente estudo foi verificar se a liberação miofascial dos músculos paravertebrais lombar favorece o ganho da mobilidade da cadeia posterior, quando comparado ao alongamento tradicional. Foi realizada pesquisa experimental, onde foram selecionados de forma aleatória 20 voluntários, com média de idade entre 18 a 30 anos do sexo masculino, que tenham hipomobilidade aos testes de flexibilidade. Os voluntários foram selecionados com o intuito de verificar nos testes propostos: Banco de Wells e Terceiro Dedo ao Solo se há um ganho de mobilidade da cadeia posterior quando se aplicado às técnicas de liberação miofascial e alongamento estático, ambas as técnicas eram sorteadas e após realizadas os voluntários eram reavaliados com os testes anteriormente propostos. Os resultados foram analisados estatisticamente utilizando-se o Test T Student estabelecendo o nível de significância, sendo igual a 0,05 ou 5%. Após as analises pode-se observar que ambas as técnicas foram eficazes quando analisados individualmente, todavia, o grupo Liberação Miofascial se sobressaiu ao teste de Banco de Wells, quando se comparado os dois grupos. Entretanto, ambas as técnicas foram efetivas no ganho de mobilidade da coluna vertebral. Palavras-chave: Alongamento Estático. Coluna Vertebral. Liberação Miofascial. Mobilidade.

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ABSTRACT

The spine has several functions, one of them is the mobility that interferes with the execution of large movements. The aim of the present study was to verify if the myofascial release of the lumbar paravertebral muscles favors the gain of posterior chain mobility when compared to the traditional elongation. An experimental study was carried out, where 20 volunteers with a mean age between 18 and 30 years of age were randomly selected, who were hypomobility to the flexibility tests. The volunteers were selected in order to check the proposed tests: Wells Bank and Third Ground Finger if there is a gain of posterior chain mobility when applied to myofascial release and static stretching techniques, both techniques were drawn and after performing the volunteers were reevaluated with the tests previously proposed. The results were statistically analyzed using Student's T-Test, establishing the level of significance, being equal to 0.05 or 5%. After the analysis, it can be observed that both techniques were effective when analyzed individually. However, the Miofascial Release group excelled at the Wells test when comparing the two groups. However, both techniques were effective in gaining mobility of the spine.

Keywords: Static Stretching. Spine. Myofascial Release. Mobility.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Coluna Vertebral e suas Curvaturas .................................................. 15

Figura 2: Vértebra ............................................................................................. 16

Figura 3: Curvaturas normais - vista lateral ...................................................... 17

Figura 4: Disco invertebral ................................................................................ 18

Figura 5: Grupo posterior da coluna vertebral................................................... 19

Figura 6: Miofibrilas - unidades contrateis da célula muscular .......................... 25

Figura 7: Classificação Banco de Wells ............................................................ 31

Figura 8: Banco de Wells .................................................................................. 34

Figura 9: Terceiro Dedo ao Solo ....................................................................... 35

Figura 10: LMPL ............................................................................................... 36

Figura 11: ACP ................................................................................................. 37

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Resultados dos testes BW e TDS do GA pré e pós intervenção....... 38

Tabela 2: Diferença em relação ao pré e (%) de alteração do GA .................... 38

Tabela 3: Resultados dos testes BW e TDS do GLM pré e pós intervenção. ... 39

Tabela 4: Diferença pós em relação ao pré (cm) e (%) de alteração do GLM. . 39

Tabela 5: Comparação pós intervenção do GA e GLM no teste BW e TDS. .... 40

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACP – Alongamento da Cadeia Posterior

BW – Banco de Wells

CEF – Clínica de Educação Física

DP – Desvio Padrão

FNP – Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva

GA – Grupo Alongamento

GLM – Grupo Liberação Miofascial

LMPL – Liberação Miofascial dos Paravertebrais Lombares

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OTG – Orgão Tendinoso de Golgi

SNC – Sistema Nervoso Central

TDS – Terceiro Dedo ao Solo

TÚBULOS T – Túbulos Transversos

(%) – Porcentagem

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13

1 CONCEITOS PRELIMINARES ............................................................... 15

1.1 Anatomia da coluna vertebral.................................................................. 15

1.1.1 Músculos da Região Posterior da Coluna Vertebral ............................... 18

1.2 Cinesiologia da Coluna Vertebral ............................................................ 20

1.3 Mobilidade ............................................................................................... 21

1.3.1 Hipomobilidade ....................................................................................... 22

1.4 Fáscia ..................................................................................................... 22

1.4.1 Mobilização Miofascial ............................................................................ 23

1.5 Alongamento ........................................................................................... 24

1.5.1 Tipos de Alongamento ............................................................................. 27

1.5.2 Benefícios do Alongamento .................................................................... 28

1.6 Flexibilidade ............................................................................................ 29

1.6.1 Fatores que influenciam a flexibilidade da coluna vertebral .................... 29

1.7 Medidas de Mobilidade e Flexibilidade ................................................... 30

2 O EXPERIMENTO .................................................................................. 32

2.1 Recursos Metodológicos ......................................................................... 32

2.2 Casuísticas e Método .............................................................................. 32

2.3 Condições ambientais ............................................................................. 32

2.4 Amostra, critérios de inclusão e exclusão ............................................... 32

2.5 Materiais ................................................................................................. 33

2.6 Procedimentos ........................................................................................ 33

2.6.1 Distribuição dos Grupos .......................................................................... 33

2.6.2 Teste de Banco de Wells ........................................................................ 34

2.6.3 Teste Terceiro Dedo ao Solo .................................................................. 35

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2.6.4 Técnica de Liberação Miofascial dos Paravertebrais Lombares ............. 35

2.6.5 Técnica de Alongamento da Cadeia Posterior ........................................ 36

2.7 Análise estatística ................................................................................... 37

2.8 Resultados .............................................................................................. 38

2.9 Discussão ............................................................................................... 40

2.10 Conclusão ............................................................................................... 42

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 44

APÊNDICES ..................................................................................................... 49

ANEXOS ........................................................................................................... 59

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INTRODUÇÃO

Mediante o avanço da jornada de trabalho, da tecnologia que atinge

indivíduos de todas as idades e doenças relacionadas à coluna vertebral, a

cada dia mais pessoas sofrem com diversos tipos de patologias.

Umas das funções da coluna é o movimento e com o tempo, essa

mobilidade pode diminuir. Isso ocorre por diversos fatores como: má postura

por tempo prolongado, processos degenerativos, que é algo natural ao passar

dos anos, ou até mesmo patologias específicas.

Entretanto, existem vários meios para minimizar essas possíveis

patologias, como por exemplo: atividades físicas regulares e supervisionadas,

disciplina e cuidado com a postura e manter uma qualidade de vida saudável.

Para Vasconcelos (2004), a coluna vertebral é uma série de ossos

individuais que ao serem articulados, constituem o eixo central esquelético do

corpo. Ela é flexível porque as vértebras são móveis, mas a sua estabilidade

depende principalmente dos músculos e ligamentos. Embora seja uma

entidade puramente esquelética, do ponto de vista prático, quando diz respeito

à coluna vertebral, na verdade está se referindo ao seu conteúdo e aos seus

anexos, que são os músculos, nervos e vasos com ela relacionado.

Com mesmo sentido, a definição para mobilidade vale em geral para

flexibilidade e a capacidade de alongamento. Portanto elas devem ser

entendidas como componente e subdefinição da mobilidade e articulação da

coluna (WEINECK, 2000).

Algumas funções da coluna vertebral exigem estabilidade estrutural, enquanto que outras exigem mobilidade. As exigências estruturais para a estabilidade frequentemente são opostas às exigências para a mobilidade; portanto, uma estrutura que é capaz de atender a ambas as funções é complexa. Cada um dos muitos componentes separados, mas interdependentes da coluna vertebral está projetado para contribuir para a função geral da unidade total, além de realizar suas tarefas especificas (NORKIN; LEVANGIE, 2001, p.124).

Para se verificar a flexibilidade e mobilidade da coluna vertebral, utiliza-

se o Banco de Wells e o Terceiro Dedo ao Solo, que relatam procedimentos

simples e fáceis de ser aplicados. Esta pesquisa se propõe a um estudo

comparativo entre a Liberação Miofascial e o Alongamento Estático, com intuito

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de identificar qual das duas manobras proporcionam maior mobilidade em

relação à coluna vertebral, assim, com os resultados, averiguar se existe nível

de significância entre uma técnica e outra, através dos testes de flexibilidade

acima citados.

Diante disso, o trabalho parte do seguinte questionamento: a liberação

miofascial dos músculos paravertebrais lombar favorece o ganho da mobilidade

da cadeia posterior, quando comparado ao alongamento tradicional?

Em resposta a tal questionamento, podem levantar algumas hipóteses, a

liberação miofascial se dá de forma para alongar o músculo e as fáscias. Desta

forma, o relaxamento dos tecidos tensos, proporcionando maior mobilidade e

flexibilidade (STARKEY, 2001).

Já o alongamento é uma forma de trabalho, cujo objetivo é a

manutenção dos níveis de flexibilidade adquiridos e a realização dos

movimentos com uma amplitude normal e o mínimo de restrição física possível

(ACHOUR, 1997).

Os conceitos preliminares foram baseados em fontes bibliográficas,

entretanto a pesquisa em si, de forma experimental.

O trabalho está estruturado da seguinte forma:

Conceitos preliminares: descreve os termos mais utilizados para

desenvolver a pesquisa;

O experimento: casuísticas e métodos, que se baseia em informações a

parte prática da pesquisa, evidenciando a metodologia aplicada e a forma que

se foi aplicada.

Ao final, estão apresentados resultados da pesquisa, proposta de

intervenção e conclusão final. Este estudo busca investigar qual método mais

se condiz com resultados positivos em relação a efeito agudo, para maior

mobilidade da coluna vertebral.

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1 CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 Anatomia da coluna vertebral

A coluna vertebral é uma complexa estrutura óssea, a qual consiste

em vinte e quatro vertebras articuladas e nove que são consideradas soldadas

entre si, totalizando trinta e três vértebras. Além disso, são subdivididas em

sete vértebras cervicais, doze vértebras torácicas, cinco lombares. Já as

sacrais e as coccígeas, consistem em cinco a quatro vértebras fundidas. Nas

vértebras cervicais, as duas primeiras são consideradas únicas pelo fato de

proporcionar movimentação rotacional da cabeça, já às curvas normais da

coluna trabalham em absorver possíveis golpes e choques (THOMPSON,

1997).

Figura 1: Coluna Vertebral e suas Curvaturas

Fonte: Netter, 2004, p.146.

As vértebras conhecidas como C2 a L5 apresentam arquitetura

semelhante, possuem bloco ósseo anteriormente, que é conhecido como

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corpo, e têm um forame vertebral central para a passagem da medula

espinhal e também um processo transverso que faz uma projeção lateral para

cada lado e um projeto espinhoso que faz uma projeção posteriormente, que

se submete palpável facilmente.

Figura 2: Vértebra

Fonte: Netter, 2004, p.15.

A coluna cervical possui duas vértebras atípicas, C1 - Atlas e C2 – Áxis,

que se encontram precisamente sobre o crânio, o atlas é a primeira vértebra de

cima para baixo, não apresenta a forma de uma vértebra típica, mas de um

anel ósseo, formada por dois maciços colaterais que são as massas colaterais.

Além disso, o atlas se articula em cima com o occipital – articulação

atlanto occipital e embaixo com o áxis a articulação atlantoaxial, tendo assim as

superfícies articulares (RASCH, 1991).

O áxis tem a forma típica de uma vértebra cervical, porém possui duas

particularidades que lhe admite articular-se com o atlas, pois de cada lado do

corpo tem uma superfície ovalar convexa que corresponde à parte inferior de

uma massa lateral do atlas. Por sua vez, em cima do corpo do áxis há um

processo em forma de pivô, que é o chamado processo odontóide, com um

eixo, que se encaixa na parte anterior do anel do atlas (RASCH, 1991).

Kapandji (2000) define a vértebra torácica com um tamanho

intermediário entre a cervical e a lombar, que tem como característica

fundamental as facetas articulares na sua parte ântero-superior e inferior, com

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articulação com as costelas, sendo articulada com o corpo e o processo

transverso da sua vértebra correspondente, limitando assim os movimentos.

A vértebra lombar proporciona grande mobilidade, pelo fato de ser maior

no plano transverso. O disco intervertebral é espesso e corresponde a um terço

do corpo, com a altura anterior maior que a posterior (KAPANDJI, 2000).

A coluna, quando vista no plano frontal, possui curvaturas fisiológicas.

As curvas normais do pescoço e da região lombar são chamadas de lordose, a

curva lateral anormal é chamada escoliose e a acentuação da região torácica é

conhecida como cifose.

Figura 3: Curvaturas normais - vista lateral

Fonte: Netter, 2004, p.146.

De acordo com Knoplich (1980), as articulações da coluna, permitem o

desempenho das respectivas funções, além de ser um eixo de suporte do

organismo e o apoio de todos os movimentos do corpo. Entretanto, para isso

ser possível, existem dois tipos de articulações primordiais: a do disco

invertebral ente um corpo vertebral e outro, que é conhecida por quase não

existir movimentos entre duas vértebras, e a segunda articulação, são as

vértebras, na sua parte posterior que acabam se encaixando uma nas outras,

assim podendo haver mobilidade na coluna.

Os discos degeneram-se com a idade em associação a uma redução

em sua capacidade de ligar-se com água, o que influencia a função de reter

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energia e distribuir cargas, cada disco se constitui por um disco fibroso

periférico composto de tecido fibrocartilaginoso conhecido como anel fibroso, e

uma substância interna macia e elástica denominada Núcleo Pulposo, que

formam articulações fortes que permitem a movimentação e ajuda na absorção

de possíveis impactos da coluna vertebral (MONTENEGRO, 2006).

Os discos intervertebrais, que compõe cerca de 20% a 33% do comprimento da coluna vertebral, aumentam em diâmetro desde a região cervical até a região lombar a espessura dos discos variam. De aproximadamente 3 mm na região cervical, até cerca de 9 mm na região lombar. Embora os discos sejam maiores na região lombar e menor na região cervical, a relação entre a espessura discal e altura do corpo vertebral é maior nas regiões cervical e lombar, e menor na região torácica. Quanto maior for esta relação, maior será a mobilidade e, portanto, as regiões cervical e lombar possuem maior mobilidade do que a região torácica (NORKIN; LEVANGIE, 2001, p.129).

Figura 4: Disco invertebral

Fonte: Netter, 2000, p.148.

1.1.1 Músculos da Região Posterior da Coluna Vertebral

Knoplich (1980), ao falar em músculos da coluna, define-os de uma

forma geral como músculos grandes, fazendo a constituição das maiores

massas musculares do organismo. A musculatura deve manter a coluna em

posição ereta, de pé e não permitir que o corpo caia para frente, para trás ou

para os lados.

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A postura é um equilíbrio de forças musculares que consiste em segurar

o corpo, para que fique na posição em pé, para não causar danos às estruturas

orgânicas, pois os músculos da região posterior do corpo são maiores,

volumosos e também acabam sendo responsáveis pela manutenção da

posição. No sistema muscular posterior, é importante enfatizar a musculatura

paravertebral que é extensora da coluna e do tronco.

Já Grieve (1994), aborda que a coluna lombar é apoiada posteriormente

por músculos que podem ser classificados em três tipos; o primeiro tipo são os

músculos intersegmentares, que ligam as vértebras lombares consecutivas

com movimento isolado, são os intertransversários e os interespinhais. O

segundo tipo são os músculos que predem a coluna lombar, o sacro e ao osso

ilíaco, que são os multífidos e as fibras lombares do longo dorsal e iliocostal;

por fim, os terceiros tipos, são músculos que abarcam a região lombar,

surgindo dos níveis torácicos e inserindo-se no sacro, que são as fibras

torácicas do longo dorsal e iliocostal.

Assim, cada um destes músculos age na coluna de forma diferenciada,

com as ações, dependendo de ligações e orientações de seus fascículos

componentes.

Figura 5: Grupo posterior da coluna vertebral

Fonte: Netter, 2004, p.168.

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20

Para se entender os movimentos que a coluna vertebral realiza, deve-se

entender a participação dos músculos e como eles se comportam durante o

dia-a-dia (MONTENEGRO, 2006).

1.2 Cinesiologia da Coluna Vertebral

A coluna vertebral apresenta três funções principais: a de suporte, já que

é o eixo central do corpo; proteção da medula espinhal no canal vertebral e de

movimento, pois as vértebras articuladas entre si oferecem toda mobilidade a

coluna vertebral, a mobilidade pode ser definida como habilidade dos

segmentos corporais, de se mover e permitir a presença de amplos

movimentos para atividades funcionais (KISNER; COLBY, 2005).

Trata-se de um complexo que pode realizar os movimentos:

a) flexão;

b) extensão;

c) inclinação lateral direita e esquerda; e

d) rotação direita e rotação esquerda.

Sendo assim diretamente ligados em forma de possibilidades em

tecidos moles como músculos, ligamentos, cápsulas, tendões e discos.

A coluna vertebral é o centro de suporte do organismo humano, sendo

assim o centro de gravidade do corpo com três funções que são de extrema

importância:

a) sustentação do organismo, que é desempenhada pelos ossos da

coluna, as vértebras e discos intervertebrais;

b) movimentação do corpo que é feita pelas articulações existentes

entre a parte posterior das vértebras e também pela musculatura;

c) proteção, pois a coluna vertebral protege a medula nervosa.

A Cinesiologia da coluna vertebral envolve necessidades fisiológicas, já

que engloba como um todo várias funções, como também funções opostas.

Isso porque, quando a coluna é o tutor do tronco, é controlada pela

musculatura tônica com a função de sustentar o corpo. Já quando a coluna é a

articulação dos movimentos do tronco, é mobilizada pela musculatura dinâmica

responsável pelos movimentos corporais. Apesar de articulada, a coluna é uma

proteção da medula espinhal. Os movimentos de uma vértebra sobre outra se

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evidenciam em micro movimentos, pelo fato de cada qual executar uma

pequena amplitude de movimentos (BIENFAIT, 1995).

Lippert (2013) considera a coluna vertebral como triaxial tendo

movimentos nos três eixos e planos espaciais: na flexão, extensão e

hiperextensão, que ocorre no plano sagital em torno do eixo transversal,

denominado inclinação lateral. A rotação ocorre no plano transversal e eixo

longitudinal. Para se determinar um grau de rotação e movimentos, é

necessário o alinhamento das articulações.

Os movimentos da coluna são orientados pelas articulações por tirantes

fibrosos, ligamentos longitudinais anteriores e posteriores, ligamento amarelo e

interespinhosos. A coluna vertebral pode desempenhar movimentação de

compreensão, deslizamento e alongamento (MERCÚRIO, 1997).

O disco intervertebral é uma estrutura importante entre as vértebras,

pois é fibroelástica e gelatinosa, proporcionando movimentos entre vértebras

como na torção, flexão, extensão e compreensão (MERCÚRIO, 1997).

As alterações do disco são primordiais para se compreender o

mecanismo de possíveis dores da coluna. Na postura, essas alterações se

remetem de imediato sobre a coluna vertebral, os músculos, por sua vez,

constituem grande parte da explicação de dores na coluna vertebral.

Quando solicitada excessivamente e de forma incorreta, a coluna

vertebral é considerada frágil, porém é certo e relevante que, puramente, trata-

se de um sistema complexo e adaptado a sua devida função (VIEL;

ESNALT, 2000).

São na coluna cervical e na coluna lombar que a maioria das pessoas

tem grandes problemas, pois se trata de regiões de maior movimentação e

sustentação, que acarretam mais desgastes pelo uso.

1.3 Mobilidade

Entende-se por mobilidade a capacidade para executar movimentos de

grande amplitude de movimentação. Para ocorrer maior desempenho de

movimentos funcionais normais da coluna vertebral a uma ação coordenada do

sistema neuromuscular agonista que o produz e do antagonista que o controla.

Todavia, haver mobilidade dos tecidos moles, mobilidade articular, força e

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resistência à fadiga. As articulações e os tecidos moles estão em alongamento

ou encurtamento contínuo onde serão sempre mantidos (OLIVER;

MIDDIEDITCH, (1998).

1.3.1 Hipomobilidade

Segundo Schneider; Spring; Trischler (1995) a hipomobilidade é uma

restrição na mobilidade articular da coluna, quando se tem seus movimentos

reduzidos. Assim podendo ser tratado através de alongamentos para distensão

dos tecidos encurtados e para superar os movimentos limitados.

1.4 Fáscia

As fáscias são componentes do sistema conectivo tissular, e do tecido

mole, que se permeia o corpo humano, que influenciando a funcionalidade de

todos os sistemas. Fornece continuidade estrutural e funcional entre os tecidos

moles e duros do corpo como um componente sensorial, elástico plástico e

onipresente que reveste, sustenta, separa, conecta, divide, envolve e dá

coesão ao restante do corpo, todavia às vezes permite movimentos de desvio,

deslizamento, bem como desempenha um papel importante na transmissão de

forças mecânicas entre as estruturas (CHAITOW, 2017).

No sistema de movimento temos as fáscias profundas, que envolvem

grupos musculares com a finalidade de coordenar padrões motores.

Aprofundando em relação ao plano fáscial de movimento chegamos até as

fáscias viscerais, que se dividem em fáscias parietais, mais ligadas com o

continente as quais as vísceras estão envolvidas, e as fáscias viscerais,

relacionadas á função visceral. São formadas por ligamentos, mesentérios,

omentos (FINDLEY; SCHLEIP, 2007).

As fáscias compreende uma membrana do tecido conjuntivo fibroso de

proteção de um órgão: que é a fáscia periesofagiana, peri e intrafaringiana; ou

de um conjunto orgânico: a fáscia endocárdica e parietalis; além de empregar

os tecidos conjuntivos de nutrição: a fáscia superficial e a fáscia própria. É um

conjunto membranoso, muito extenso, no que se liga em uma continuidade

funcional, esse conjunto constitui uma peça única assim trazendo a

globalidade.

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A base molecular é composta por elastina, uma proteína de elasticidade

em específicos locais como pele, tendões e artérias, enquanto o colágeno, é

também uma proteína, assegura a fáscia pela força e proteção de possíveis

estiramentos (BIENFAIT, 2000).

As funcionalidades do sistema esquelético se inter-relacionam com as

fáscias. O esqueleto fibroso se define como uma rede única. Com isso existe

uma unidade denominada músculo fáscial, formado por tecido conjuntivo

extracelular, que são as miofáscias, As quais transmitem forças de tração com

o mesmo sentido das fibras musculares (MYERS, 2010).

1.4.1 Mobilização Miofascial

Ao se falar de mobilização miofascial, sabe-se que existem forças

ativadoras que podem ser tanto intrínsecas quanto extrínsecas. Nesse caso,

são utilizadas as duas: na força intrínseca são movimento inerte do tecido,

como ritmos corporais inerentes, contração muscular, respiração e movimentos

dos olhos. Já a força extrínseca é aquela aplicada por força de compreensão,

tração e torção, sendo realizada manualmente e propicia tensões firmes e

suaves nos tecidos moles, acarretando alterações biomecânicas e reflexas,

com o objetivo de se obter a recuperação da simetria harmônica do movimento

indolor, principalmente do sistema músculo – esquelético, em equilíbrio postural

(BIENFAIT, 1999).

Essa técnica refere-se à ação de destravar e reequilibrar os músculos

(mio) e seus envelopes de tecido conjuntivo (fáscias). Ambos, sem uma

atuação profissional adequada, pelo uso e pelas atividades motoras e posturais

- juntamente com a força de gravidade que comprime o corpo para baixo -

tendem a uma retração ao longo do tempo. O que por sua vez causa dores,

fadiga, irritação, ansiedade, estresse e envelhecimento precoce. A manipulação

deste tecido pelo terapeuta promove sua liberação e melhora da função

musculoesquelética (RÊGO et al., 2012).

A mobilização miofascial é um método considerado mais antigo com

embasamento em tecidos moles, que consiste em uma manobra de

bombeamento de um segmento corporal capaz de atingir todas as estruturas

fásciais, até as mais profundas.

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De acordo com Souza; Mejia (2012), podem ser realizadas as

mobilizações com a combinação de três movimentos como o tracional de

deslizamento, movimento de fricção e amassamento, com intuito de realizar o

alongamento do músculo e as fáscias, proporcionando o relaxamento dos

tecidos tensos.

Trata-se de movimentos que têm como ênfase o aumento da amplitude

de movimento, de proporcionar o alivio de possíveis dores, restaurar a

qualidade e quantidade dos movimentos nos seus níveis tidos como normais,

considerando-se como uma intervenção de resultados mais prolongados

(ARRUDA; STELLBRINK; OLIVEIRA, 2010).

1.5 Alongamento

Segundo Achour (1999), o alongamento é uma forma de trabalhar a

manutenção dos níveis de flexibilidade obtidos junto à realização dos

movimentos de amplitude articular, com o mínimo de restrição possível. O

músculo esquelético apresenta dois tipos de fibras, vermelhas também

chamadas fibras de contração lenta e as brancas chamadas de fibra de

contração rápida, possuindo uma membrana que recobre esta musculatura,

que se chama sarcolema, as quais juntas com fibras tendinosas formam os

tendões.

Os músculos, com certeza, são de grande importância para os

exercícios de alongamento e para que se desenvolva a flexibilidade, variando

sua forma e tamanho, mas todos compostos por miofibrilas que se contraem,

relaxam e alongam, sendo ainda compostas por unidades funcionais ou

sarcômeros constituídos por miosina, actina e titina (ACHOUR, 1999).

De acordo com Fernandes (2006), as miofibrilas são constituídas por

filamentos grossos e filamentos finos e sua disposição resulta no padrão de

bandas de diferentes, que conferem uma aparência estriada à fibra muscular,

observada em microscópio ótico. Em um microscópio eletrônico é possível

observar zonas claras (I) e escuras (A) alternadas. A unidade funcional é o

sarcômero, região compreendida entre duas linhas Z que, por sua vez,

aparecem na região média da banda (I). Durante a contração, o comprimento

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do sarcômero diminui até 40%, como resultado do deslizamento dos filamentos

finos entre os grossos.

Figura 6: Miofibrilas - unidades contrateis da célula muscular

Fonte: Powers; Howley, 2005, p.139.

Para iniciar o processo de contração é necessário primeiro um estímulo

externo ou interno, quando é liberado ocorrem alterações a níveis celulares,

são estas alterações que irão realmente fazer com que haja uma contração

muscular, que atravessam os Túbulos T (Túbulos transversos), que estão

presentes nas miofibrilas em toda sua extensão, neste momento o retículo

sarcoplasmático libera íons cálcio no interior do sarcômero, estes íons cálcio

unem-se a actina e miosina que são quem fazem a verdadeira contração

muscular, dentro do sarcômero há as miofibrilas que são: actina e miosina,

estas miofibrilas estão paralelas entre si com uma mínima sobreposição, a

actina fica conectada a uma linha chamada linha Z, estas linha ao ser realizado

o movimento se contrai e encurta favorecendo a sobreposição de actina sobre

a miosina, facilitando a contração. Os íons cálcios interagem com a actina e

miosina fazendo com que haja um deslizamento entre estas linhas, estas linhas

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contraem o sarcômero encurta o seu tamanho e de uma forma bem simplória,

temos uma contração (SOUZA; MEJIA, 2012).

Os exercícios de alongamento permitem que o comprimento muscular

funcional volte a ter amplitude e ainda aliviar tensões, realinhamento da

postura, liberdade de movimento, aumentando ainda a extensibilidade

musculotendínea, contribuindo para o aumento da flexibilidade (DANTAS,

2005).

Para que o alongamento de um músculo seja eficiente, a temperatura

intramuscular tem de estar elevada antes de ele ser realizado, pois quando o

músculo está aquecido, dá mais de si, tendo maior resistência a lesões e

sua capacidade contrátil é maior. Aparentemente é simples, porém engloba um

procedimento muito complexo com regulação periférica do movimento que,

muitas vezes, não é compreendido nem explorado tão a fundo (DANTAS,

1999).

Quando se alonga um músculo, consequentemente interfere-se na

circuitaria do reflexo miotático, que protege a estrutura muscular, realizado

lento e gradualmente evitando uma resposta intensa do arco reflexo, com um

padrão de repetição, intensidade e frequência para se obtiver facilmente uma

melhor recepção à adaptação e à habituação (ACHOUR, 1999).

Os fusos musculares são os receptores sensoriais que estão envolvidos

no controle do comprimento muscular. Esses fusos alongam paralelamente em

conjunto com as fibras do músculo, o que causa respectivamente uma

deformação mecânica, estimulando as terminações primária e secundária do

receptor.

A estimulação chega à medula através de descargas e então são

interpretadas, gerando uma pequena resposta miotática ou complexos ajustes

motores. Quando um músculo é alongado, podem-se identificar duas

alterações em seu comprimento na sua fase dinâmica, que seria quando o

comprimento do músculo está sendo modificado, e outra seria a fase estática,

em que o músculo estabiliza em um novo comprimento (ACHOUR, 1999).

O fuso gera ainda a velocidade do alongamento, quanto maior for à

velocidade de alongamento, maior será a frequência dos impulsos nas fibras e,

consequentemente, a resposta reflexa é mais intensa. A terminação

primária é muito sensível às alterações do comprimento do músculo, fazendo

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com o que o Sistema Nervoso Central (SNC) reconheça e diferencie um

alongamento em andamento, em sua posição final, retorno ao comprimento

inicial e suas demais graduações (ACHOUR, 1999).

Moreira; Russo (2005) diz que além dos fusos musculares também

temos que ressaltar o Órgão Tendinoso de Golgi (OTG) como fator de

relevância, que diferente dos fusos musculares que ficam localizados paralelos

às fibras musculares extra fusais, os órgãos tendinosos de Golgi estão

conectados em série com até 25 fibras extra fusais dentro do tendão, perto da

sua inserção na fibra, são mecanorreceptores encapsulados sensíveis à

variação de tensão produzida pelo feixe de fibras ao qual estão ligados, eles

trabalham como dispositivos de segurança e impedem que a força excessiva

acometam o músculo, prevenindo lesões.

1.5.1 Tipos de Alongamento

Há três tipos de alongamentos para o aumento da flexibilidade:

a) alongamento passivo;

b) alongamento ativo; e

c) facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP).

O alongamento passivo consiste basicamente em uma extensão máxima

de movimento de uma determinada musculatura e, então, permanece neste

ponto por um determinado período, que pode variar entre 3 a 60 segundos,

representando um perigo de dano tecidual menor com uma maior demanda

energética, conseguindo assim aliviar a tensão e a dor muscular. Outras

vantagens deste tipo de alongamento é sua simplicidade de se aprender e fácil

para se executar. Há uma mudança semipermanente no comprimento que

pode induzir o relaxamento pelo disparo do órgão neurotendineo caso o

alongamento for intenso (CONTURSI, 1986).

Já o ativo corresponde à habilidade de utilizar a amplitude de movimento

em uma velocidade rápida. Sendo utilizados vários esforços musculares ativos,

tentando um alcance maior de movimento, obtém-se esse alongamento ao

usar os próprios músculos, sem uma força externa. Ele ainda pode fazer com

que o paciente desenvolva a flexibilidade ativa. Podendo ser mais fácil de ser

realizado, já que não requer um parceiro ou equipamento. Porém sua

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desvantagem é a possibilidade de desencadear um reflexo do alongamento e

ainda não ser eficiente com certas lesões e disfunções.

Dantas (1999) diz que a facilitação neuromuscular proprioceptiva é uma

estratégia que tem o intuito de melhorar a amplitude de movimento, com uma

técnica de energia muscular. Utiliza ainda a influência recíproca do fuso

muscular com o Orgão Tendinoso de Golgi (OTG), de um músculo entre si e os

músculos antagonistas, obtendo-se assim uma maior amplitude de movimento.

1.5.2 Benefícios do Alongamento

Dantas (2005) cita vários benefícios em relação ao alongamento. O

maior, e o que se enfatiza, é a melhora na qualidade de vida, como o

relaxamento do músculo e a diminuição da tensão muscular, amplitude de

movimento, amenizando possíveis lesões, além do aumento de forças e seus

componentes contráteis, diminuindo o risco de lesões: ao se manter alongado o

indivíduo permite que a musculatura tenha mais espaço para trabalhar e

consequentemente, menos lesões.

O alongamento também proporciona consciência corporal, equilíbrio,

melhora na circulação, por ter o estiramento e alinhamento das fibras que

sofrem micro lesões, auxilia nas disfunções musculares, muitas vezes

restabelecendo a função normal e maior vascularização.

Algumas das razões pelas quais a pratica do alongamento é benéfica

são:

a) que ele pode ampliar o relaxamento físico e mental;

b) promover o desenvolvimento da consciência do próprio corpo;

c) diminuir o risco de entorse articular ou lesão muscular;

d) reduzir o risco de problemas nas costas; e

e) reduzir a irritabilidade e tensão muscular.

No entanto o alongamento só irá ser benéfico, se for realizado

adequadamente, visando à capacidade de cada indivíduo e que não ultrapasse

os limites do corpo. O excesso de alongamentos pode causar esforços

relativamente desconfortáveis e dores desnecessárias, por isso a instrução de

um profissional é primordial (ACHOUR,1999).

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1.6 Flexibilidade

Segundo Achour (1999), flexibilidade é a capacidade de realizar

movimentos em certas articulações, juntamente a uma boa e adequada

amplitude de movimento. Definida também como a qualidade de a articulação

ser flexível e facilmente flexionada, sem tendência a ser rompida.

Clinicamente, flexibilidade seria a máxima amplitude articular e

representa o maior comprimento muscular. Sendo determinada pelo cálculo de

uma força aplicada à amplitude articular, alcançada e avaliada ao se testar o

ângulo articular passivo e o alcançado pela contração, mediante ao seu amplo

alcance de movimento (ACHOUR, 1999).

Entende-se por flexibilidade o grau da mobilidade passiva do corpo com

restrição própria da unidade musculotendínea ou de outros tecidos corporais.

Tendo-se evidências de que sua alteração é decorrente pela rigidez do tecido,

sendo expressa e testada por meio da articulação, pois a flexibilidade dos

músculos isquiotibiais pode ser referida como o alcance do movimento em

flexão de quadril ou a extensão do joelho, já que os músculos cruzam duas

articulações (ACHOUR, 1999).

Para Alter (1999), flexibilidade é a capacidade de mover os músculos e

articulações em todas as possíveis amplitudes de movimento. Sendo

classificada em diversas categorias básicas, onde as mais comuns são:

a) estática, em que há uma amplitude de movimento ao redor de uma

articulação, sendo resultado de um alongamento estático, como por

exemplo o espacate;

b) balística, composta por seus movimentos pendulares, rebotes e

movimentos rítmicos; um balançar de braços seria um exercício para

representar este tipo;

c) funcional, referindo-se à capacidade de usar movimentos articulares

em uma velocidade normal;

d) ativa, em que a amplitude de movimento atingida é obtida pelo uso

voluntário de músculos.

1.6.1 Fatores que influenciam a flexibilidade da coluna vertebral

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Para haver uma boa amplitude de movimento, variando com a

necessidade de cada um, é preciso haver uma boa flexibilidade e elasticidade

adequada dos tecidos moles, que vem a favorecer o desempenho dos

movimentos sem restrições (KISNER; COLBY, 1998).

De forma geral, alguns fatores influenciam na flexibilidade de forma

negativa, como formatos das superfícies que se articulam em músculos ou ate

mesmo, o tecido adiposo que acaba se interpondo nas articulações que

podendo enfraquecer o movimento ao extremo de uma amplitude de

movimento. Também frouxidão relativa dos tecidos colágenos e músculos, que

cruzam uma articulação, além de ligamentos e músculos, muitas vezes tensos,

ocasionam a amplitude de movimento, limitando o ganho de flexibilidade

(HALL, 2009).

Outros fatores que podem influenciar na flexibilidade são:

a) idade;

b) sexo

c) somatótipo;

d) individualidade biológica;

e) condição física; e

f) respiração e concentração.

A flexibilidade e a mobilidade da coluna vertebral podem ser

prejudicadas principalmente por motivos muitas vezes cotidianos, como maus

hábitos posturais, atividades longas nos locais de trabalho, práticas esportivas

incorretas, acarretando desgaste e estresse da coluna vertebral, gerando

assim diversas patologias (SLEUTJES, 2004).

Para uma boa flexibilidade da coluna, Marchand (1992) ainda cita o

treinamento regular de exercícios de alongamento, excedendo o normal,

estimulando assim a elasticidade muscular como a mobilidade articular.

Todavia algumas técnicas de alongamento podem influenciar de forma positiva

a flexibilidade da coluna, quando empregadas da maneira correta e consciente.

1.7 Medidas de Mobilidade e Flexibilidade

Para medir a flexibilidade da coluna vertebral podem-se utilizar diversas

avaliações, uma delas é o Banco de Wells (BW), mais conhecido como o teste

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de sentar e alcançar na posição sentada: colocam-se os pés na parede do

banco, com os joelhos em extensão total e as mãos unidas à frente, num

movimento único sem compensações se faz uma inspiração, e em seguida se

fazendo uma expiração e assim realiza uma flexão total do tronco sobre a

escala, com medidas em centímetros (WELLS; DILLON, 1952).

Figura 7: Classificação Banco de Wells

Fonte: Wells; Dillon,1952, p.53.

De acordo com Wells e Dillon (1952), é utilizada uma classificação de

idade e resultados, que trás por sua vez se o individuo tem uma boa

flexibilidade ou não, a figura acima associa a idade em relação aos níveis de

flexibilidade em centímetros, considerando fraco; regular; médio; bom e ótimo.

Já a segunda avaliação, muito utilizada é Terceiro Dedo ao Solo (TDS),

individuo na posição inicial ortostática e os pés juntos. A distância do terceiro

dedo ao solo é medida com o paciente em flexão máxima de tronco, sem flexão

de joelhos e com a cabeça relaxada. Com uma fita métrica, mede-se a

distância do terceiro dedo das duas mãos e o solo, com finalidade de medir a

flexibilidade global do indivíduo (MARQUES, 2003).

Quando o avaliado tem uma boa flexibilidade, a distância é diminuída,

tocando ao solo, ou chegando bem próximo ao solo. Já quando a mesma se

encontra aumentada, a distância entre os dedos e o solo é maior, podendo ter

uma hipomobilidade global.

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2 O EXPERIMENTO

2.1 Recursos Metodológicos

O Projeto foi submetido à Plataforma Brasil, atendendo a resolução 466

do Ministério da Saúde e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro

Universitário Católico Salesiano Auxilium – Parecer nº 2.091.281 - data da

relatoria: 30 de Maio de 2017.

2.2 Casuísticas e Método

A pesquisa foi realizada no Campus do Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium de Lins-SP, de agosto a setembro de 2017, no período

noturno das 20h50min - 21h15min de segunda-feira a sexta-feira, utilizando-se

duas salas, a Sala 1 - Clínica de Educação Física (CEF) e Sala 2 - Grupo de

Extensão.

Foram selecionados 20 indivíduos aleatoriamente, quando seletos

preenchiam a Ficha de Dados (APÊNDICE A), todos os participantes com

média de idade entre 18 a 30 anos, do sexo masculino. Submetidos aos testes

e as técnicas voltados a mensurar a mobilidade e a flexibilidade da coluna

vertebral, visando a comparar qual das técnicas seriam mais benéficas no

presente estudo.

2.3 Condições ambientais

Tomaram-se as devidas precauções em relação à climatização de

ambas as salas, entre 23 a 24°C. Sendo assim, estavam devidamente

adequadas, com espaços proporcionais para os testes e técnicas, não havendo

delimitação e possibilitando condições favoráveis tanto para os analisadores,

quanto para os voluntários.

2.4 Amostra, critérios de inclusão e exclusão

Nos critérios de inclusão, foram selecionados para participar aqueles que

possuíssem: disponibilidade para a realização dos testes e técnicas propostos

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nos horários estabelecidos e locais definido, que fizessem a leitura da Carta de

Informação ao Participante (APÊNDICE B), que assinassem o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE C) e que apresentassem

hipomobilidade aos testes de flexibilidade que seria uma limitação ou um

encurtamento dos tecidos moles, além de se enquadrarem a idade proposta.

Já nos critérios de exclusão, eram exclusos os participantes que

tivessem lesões musculoesqueléticas evidentes nos músculos, ossos,

ligamentos e anexos, lesões teciduais que os impedissem de realizar a

metodologia proposta pelos autores, que apresentassem hipersensibilidade que

seria um excesso de desconforto na região a ser manipulada, que tivesse

hipermobilidade, ou seja, uma amplitude maior de movimento e que não

apresentassem os propósitos estabelecidos pela inclusão do mesmo, nesse

âmbito 5 participantes foram exclusos da pesquisa pelo excesso de mobilidade

articular.

2.5 Materiais

Durante a execução dos testes e técnicas referentes ao projeto de

pesquisa, foram utilizados alguns materiais voltados à mensuração da

flexibilidade:

a) Banco de Wells: para mensurar a flexibilidade da coluna vertebral;

b) colchonete;

c) fita métrica: para mensurar os centímetros de distância do terceiro

dedo até o solo;

d) maca: para realizar as técnicas;

e) scripts: instruções a serem seguidas; e

f) fichas de coletas de dados.

2.6 Procedimentos

2.6.1 Distribuição dos Grupos

Os 20 participantes foram divididos em dois grupos: Grupo Liberação

Miofascial (GLM) e Grupo Alongamento (GA) de forma aleatória, quando os

indivíduos entravam na Sala 1 – (CEF) para realização da avaliação inicial,

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primeiramente faziam a leitura da Carta de Informação ao Participante

(APÊNDICE B) e assinavam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(APÊNDICE C).

Os avaliados eram orientados a retirar o tênis, para não haver diferença

na mensuração e permaneciam na mesma sala para realização de dois testes

a fim de mensurar a flexibilidade e mobilidade da coluna vertebral. Cada

indivíduo escolhia um envelope devidamente aleatório, para realizar o primeiro

teste, realizado o primeiro que foi sorteado, era feito o segundo teste em

questão.

2.6.2 Teste de Banco de Wells

Os testes para coleta eram o Banco de Wells, em que o indivíduo se

sentava em frente a um banco, com as pernas estendidas e com as mãos

sobrepostas; fazia uma inspiração e posteriormente uma expiração, levando a

mão empurrando o marcador do banco, realizando assim, uma flexão do tronco

e mensurando a maior distância alcançada, o teste era realizado três vezes

consecutivas, porém se apresentasse um valor maior na última tentativa se

realizava novamente até estabelecer um índice maior, se por ventura

diminuísse após a terceira tentativa, se anotava o maior valor antes do valor

menor (WELLS; DILLON, 1952).

Figura 8: Banco de Wells

Fonte: autores, 2017

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2.6.3 Teste Terceiro Dedo ao Solo

Já o segundo teste, que foi o Terceiro Dedo ao Solo, era solicitado que

os participantes ficassem com os pés juntos e joelhos estendido, realizassem

uma flexão total do tronco, com os braços e cabeça relaxados momento em

que o examinador realizava a mensuração da distância do terceiro dedo em

relação ao solo, eram mensurados três vezes consecutivas, mais se na terceira

diminuísse essa distância era feita novamente até validar o menor valor

(MARQUES, 2003).

Figura 9: Terceiro Dedo ao Solo

Fonte: autores, 2017

2.6.4 Técnica de Liberação Miofascial dos Paravertebrais Lombares

Em seguida, os participantes eram encaminhados à Sala 2 e recebiam o

embasamento do que o examinador praticaria em relação às técnicas. Após

isso, eram sorteadas aleatoriamente quais técnicas seriam executadas, a de

Liberação Miofascial dos Paravertebrais Lombares (LMPL) em que o

participante se deitava em decúbito ventral, sobre a maca e sem camisa, assim

facilitando o deslizamento do polegar em um lado da coluna por 2,30 minutos.

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Terminada a liberação deste lado, foi realizada no outro lado, com o

mesmo tempo estabelecido pelos pesquisadores.

Lembrando que quando os participantes faziam as técnicas eles eram

auxiliados a manter o sigilo sobre o que havia feito para o avaliador dos testes

não ter informações sobre o que foi realizado em questão, para não interferir na

reavaliação.

Figura 10: LMPL

Fonte: autores, 2017

2.6.5 Técnica de Alongamento da Cadeia Posterior

Já a outra técnica, Alongamento da Cadeia Posterior (ACP) o

participante se sentava na maca com as pernas totalmente estendidas e

realizava uma elevação do tronco, com uma inspiração e logo após, uma

‘expiração ao ir em direção as pernas no seu limite máximo.

O examinador o apoiava com uma das mãos na coluna para manter a

estabilidade durante 5 minutos, que era cronometrado pelo avaliador.

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Figura 11: ACP

Fonte: autores, 2017.

Quando finalizado uma das técnicas, o examinador encaminhava o

participante para realizar a reavaliação dos testes de flexibilidade, para

mensurar os resultados novamente, e assim era realizado o processo de coleta

de cada indivíduo. Todos os testes e técnicas foram devidamente seguidos

pelos Scripts escritos pelos pesquisadores e os resultados anotados em

planilhas separadamente, com todos os dados de cada participante,

2.7 Análise estatística

Depois da realização de tais medidas e anotados seus respectivos

valores nas fichas de coleta e após eram realizados no Microsoft Excel as

bases estatísticas que foi adotado o Test T Student, para comparar as duas

médias, a fim de se estabelecer o nível de significância, sendo igual a 0,05 ou

5% (VIEIRA, 1999).

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38

2.8 Resultados

Na tabela 1, são apresentados os valores da média e desvio-padrão

(DP) dos resultados dos testes pré e pós intervenção dos participantes do

grupo Alongamento.

Foram observadas diferenças estatisticamente significantes (p ≤ 0,05),

do Banco de Wells (p=0,009) e Terceiro dedo ao solo (p=0,01) do valor Pós

quando comparado ao valor Pré.

Tabela 1: Resultados dos testes BW e TDS do GA pré e pós intervenção.

Testes Pré (cm) Pós (cm) Valor p

Média (DP) Média (DP)

Banco de Wells 23,5 ± 4,5 29,9 ± 4,2 0,009*

3º dedo ao solo 13,4 ± 4,17 1,45 ± 3,05 0,01*

Fonte: autores, 2017 * Nível de significância de 5% (p<0,05) em relação ao Pré

Na tabela 2, são apresentados os valores da diferença pós em relação

ao pré (cm) e porcentagem de alteração (%) para os testes de Banco de Wells

e 3º dedo ao solo dos participantes do grupo alongamento.

Foi observada diferença de 6,45 cm do Pós em relação ao Pré,

representando 29% de melhora no teste de Banco de Wells. Já no teste

terceiro dedo ao solo foi observada diferença de -11,9 cm do pós em relação ao

pré, representando melhora de 92% da flexibilidade neste teste.

Tabela 2: Diferença em relação ao pré e (%) de alteração do GA

Testes Diferença pós/pré Porcentagem de alteração (%)

(cm)

Banco de Wells 6,45 29

Terceiro dedo ao solo -11,9 92

Fonte: autores, 2017

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39

Na tabela 3, são apresentados os valores da média e desvio-padrão

(DP) dos resultados dos testes pré e pós intervenção dos participantes do

grupo liberação miofascial (GLM).

Foram observadas diferenças estatisticamente significantes (p ≤ 0,05),

do Banco de Wells (p=0,002) e 3º dedo ao solo (p=0,0006) do valor pós quando

comparado ao valor Pré.

Tabela 3: Resultados dos testes BW e TDS do GLM pré e pós intervenção.

Testes Pré (cm) Pós (cm) Valor p

Média (DP) Média (DP)

Banco de Wells 24,6 ± 2,9 31,5 ± 3,3 0,002*

3º dedo ao solo 11,8 ± 3,5 0,9 ± 2,2 0,0006*

Fonte: autores, 2017 * Nível de significância de 5% (p<0,05) em relação ao Pré

Na tabela 4, são apresentados os valores da diferença pós em relação

ao pré (cm) e porcentagem de alteração (%) para os testes de Banco de Wells

e Terceiro dedo ao solo dos participantes do grupo liberação miofascial.

Foi observada diferença de 6,9 cm do pós em relação ao pré,

representando 29% de melhora no teste de Banco de Wells. Já no teste

Terceiro dedo ao solo foi observada diferença de -10,3 cm do pós em relação

ao pré, representando melhora de 95% da flexibilidade neste teste.

Tabela 4: Diferença pós em relação ao pré (cm) e (%) de alteração do GLM.

Testes Diferença pós/pré Porcentagem de alteração (%)

(cm)

Banco de Wells 6,9 29

3º dedo ao solo -10,3 95

Fonte: autores, 2017

Na tabela 5, são apresentados os valores da média pós intervenção dos

grupos alongamento e liberação miofascial nos testes Banco de Wells e

Terceiro dedo ao solo e o valor p intergrupos.

Foi observada diferença estatisticamente significante (p ≤ 0,05), no teste

Banco de Wells (p=0,04) em relação ao grupo liberação miofascial quando

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40

comparado ao grupo alongamento, demonstrando que o grupo de voluntários

que receberam a liberação miofascial obteve ganho de flexibilidade

estatisticamente significante no Banco de Wells quando comparado aos

voluntários que receberam alongamento. Não houve diferença estatística entre

os resultados do teste Terceiro dedo ao solo dos grupos alongamentos e

liberação miofascial.

Tabela 5: Comparação pós intervenção do GA e GLM no teste BW e TDS.

Testes Grupo alongamento

Média (cm) valor pós

Grupo Liberação miofascial

Média (cm) valor pós

Valor p

Banco de Wells 29,9 31,5 0,04*

3º dedo ao solo 1,45 0,9 0,6

Fonte: autores, 2017 * Nível de significância de 5% (p<0,05) do grupo liberação

miofascial em relação ao grupo alongamento.

2.9 Discussão

Esta pesquisa teve como objetivo verificar quais técnicas sobre a coluna

vertebral teve maior mobilidade articular baseado nos testes de flexibilidade

propostos.

Palastanga (1998) refere-se à coluna vertebral humana como uma auto

estabilizadora que possibilita de podermos ficar de forma ereta, permitindo

movimentos controlados e a amplitude de movimentos. Entretanto, sem a sua

musculatura é ainda capaz de sustentar-se, mas quando seus ligamentos são

lesados acabam acarretando a perca de estabilidade intrínseca.

A liberação miofascial é uma técnica que libera as tensões e realinha o

corpo. Esse objetivo é alcançado pressionando-se, com os dedos, alguns

pontos do corpo para que haja maior liberdade entre o músculo e a fáscia,

podendo assim ter uma maior mobilidade e flexibilidade dos locais que foram

realizadas (VENERANDA, 2016).

De acordo com Kisner e Colby (2005) alongamento aumenta a

mobilidade dos tecidos moles e melhorara a amplitude de movimento por meio

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do alongamento de estruturas que tiveram encurtamento e tornaram-se

hipomóveis com o tempo.

Pode ser definido como técnica utilizada para aumentar a extensibilidade

do músculo tendinoso e do tecido conjuntivo periarticular, contribuindo para

aumentar a flexibilidade articular (HALL; BRODY, 2001).

Em seu estudo sobre os efeitos da liberação miofascial sobre a

flexibilidade de um paciente com Distrofia Miotônica de Steinert, constatou-se

mediante análise do conteúdo da resposta do voluntário da pesquisa, um

aumento na resistência ao exercício e diminuição da fadiga. Evidenciando que

as técnicas de terapia manual têm sido descritas pela melhora da mobilidade e

qualidade de vida, aumento da oxigenação arterial e proporcionando uma

melhor capacidade em realizar exercícios dinâmicos com grandes grupos

musculares, como caminhar, nadar e pedalar, por períodos de tempo

prolongados (Rêgo et al, 2012).

Carvalho; Araújo e Souza et al. (2017) em um estudo sobre o

Alongamento Estático e a Liberação Miofascial em adolescentes escolares

resultou em aumento imediato na flexibilidade dos músculos isquiotibiais.

Entretanto, a técnica de aumento médio da distância alcançada no teste de

sentar e alcançar após a Liberação Miofascial foi de 17,1% ou cerca de 6

centímetros em apenas uma sessão de treinamento. Foi verificado também,

uma melhora de 10,2% para o Grupo Alongamento após a realização da série

de alongamentos estáticos, indicando haver uma mobilização da musculatura

que foi estimulada por essa técnica.

Skarabot; Beardesley; Stirn (2015) buscaram comparar os efeitos

agudos de três diferentes intervenções para o aumento da flexibilidade dos

músculos flexores plantares de adolescentes treinados. Todavia, utilizaram três

diferentes intervenções: Liberação Miofascial, Alongamento Estático e o

protocolo combinado com as duas intervenções. Os resultados demonstraram

que tanto a Liberação Miofascial quanto o alongamento estático resultaram em

melhorias para a flexibilidade, porém a combinação de ambas as técnicas

promoveram ganhos superiores a 9,1%.

Pode-se observar na presente pesquisa que no Grupo Alongamento teve

uma diferença de 6,45 cm do pós em relação ao pré, com percentual evidente

de 29% de melhora no teste de Banco de Wells e de -11,0 cm do pós Terceiro

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dedo ao solo, com o valor subsequente de 92% de melhora em relação à

flexibilidade e mobilidade articular da coluna vertebral.

Já no Grupo Liberação Miofascial teve diferença de 6,9 cm do pós em

relação ao pré, com 29% de melhora no Banco de Wells e no Terceiro dedo ao

solo -10,3 cm, com valor em porcentagem de 95% de melhora em relação à

flexibilidade e mobilidade.

Por fim, ambas as técnicas são benéficas, podendo demonstrar que se

feitas de forma correta elas ocasionam melhorias nos percentuais de

mobilidade articular, tanto uma técnica quando a outra é eficaz e consegue

estabelecer uma demanda de resultados primordiais em relação à mobilidade,

todavia, é de suma importância fazer outros estudos que façam a comparação

dessas duas técnicas juntas para ver qual seria o resultado em questão a

coluna vertebral, estudos apontam que quando aplicado dois tipos de técnicas

já se estabelece uma melhora significativa, então seria interessante que outros

pesquisadores coletassem dados que demonstrem essas duas vertentes.

2.10 Conclusão

Através dos resultados obtidos pode-se concluir que tanto os voluntários

que fizeram parte do GA quanto os voluntários que fizeram parte do GLM

obtiveram resultados estatisticamente significantes quando analisados os

grupos individualmente em ambos os testes de flexibilidade. Entretanto, o GLM

foi superior ao GA apenas no teste de Banco de Wells, quando se comparado

os dois grupos, todavia, ambas as técnicas podem melhorar a flexibilidade e a

mobilidade articular da coluna vertebral.

O presente estudo teve como limitações o número de participantes e

não ter incluído um grupo controle para avaliar a eficácia das técnicas utilizadas

em relação a esse grupo proposto.

Recomenda-se mais estudos comparando efeitos de técnicas de

alongamento e técnicas miofásciais para melhoria da mobilidade articular não

só apenas em efeito imediato mais também em estudos a longo prazo, assim

podendo ter talvez resultados ainda mais eficazes e prolongados, além de se

utilizar um grupo controle que também seria interessante e participantes de

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43

ambos os sexos, todavia, para diferenciar como seria a percepção de

resultados dessas duas possibilidades.

A realização da presente pesquisa contribuiu para o conhecimento de

técnicas que por sua vez não são tão executadas por alguns profissionais na

área da Educação Física, com tudo, colaborando para outros acadêmicos estar

abordando esse assunto que por sua vez é de extrema acuidade e que permite

uma infinita demanda de conhecimentos e possibilidades.

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APÊNDICES

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50

APÊNDICE A – Dados dos Participante

Nome do Participante:

Semestre:

Curso:

Idade:

Celular:

Nome do Participante:

Semestre:

Curso:

Idade:

Celular:

Nome do Participante:

Semestre:

Curso:

Idade:

Celular:

Nome do Participante:

Semestre:

Curso:

Idade:

Celular:

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51

APÊNDICE B – Carta de Informação ao Participante

CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DE PESQUISA

Caro participante, está pesquisa tem como finalidade verificar os efeitos

agudo da liberação miofascial dos músculos paravertebrais lombares e do

alongamento estático da cadeia posterior sobre a mobilidade da coluna

vertebral.

Os procedimentos que serão realizados, são testes de flexibilidade como

Banco de Wells, e Terceiro dedo ao solo que consiste em verificar a medida de

flexibilidade da cadeia posterior, logo após feito os primeiros testes de

flexibilidade realizaremos as técnicas de liberação miofascial e o alongamento

estático, essas técnicas se baseiam em proporcionar maior mobilidade, assim

verificaremos qual das duas será mais eficiente, assim que as técnicas

acabarem de ser realizadas, será feito novamente os testes de flexibilidade,

para constatar qual técnica foi mais eficaz.

Os possíveis Riscos da pesquisa será dores musculoesqueléticas relacionados

aos testes de mobilidade e às manobras realizadas, entretanto teremos o

máximo de cuidado para minimizar essas possíveis dores.

Em questão de benéficos, as técnicas selecionadas irão proporcionar aumento

do fluxo sanguíneo, mobilidade fáscial e flexibilidade e como consequência

acredita-se que melhora da mobilidade funcional da coluna vertebral.

Faça a leitura atenciosa desta carta e das instruções oferecidas pela Equipe

e/ou pesquisador e, caso concorde com os termos e condições apresentados,

uma vez que os dados obtidos serão utilizados para pesquisa e ensino

(respeitando sempre sua identidade), você ou seu representante legal deve

assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e esta Carta de

Informação ao Participante da Pesquisa, ressaltando que você tem total

liberdade para solicitar sua exclusão da pesquisa a qualquer momento, sem

ônus ou prejuízo algum.

Por estarem entendidos, assinam o presente termo.

Lins ........ de ............... de 2017

............................................................... .........................................................

Participante da Pesquisa Pesquisador Responsável

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APÊNDICE C – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

(T.C.L.E)

Eu...............................................................................................................,

portador do RG n°. ..............................................., atualmente com .............

anos, residindo na

...............................................................................................................................

, após leitura da CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DA

PESQUISA, devidamente explicada pela equipe de pesquisadores

................................................................ , apresento meu CONSENTIMENTO

LIVRE E ESCLARECIDO em participar da pesquisa proposta, e concordo com

os procedimentos a serem realizados para alcançar os objetivos da pesquisa.

Concordo também com o uso científico e didático dos dados,

preservando a minha identidade.

Fui informado sobre e tenho acesso a Resolução 466/2012 e, estou

ciente de que todo trabalho realizado torna-se informação confidencial

guardada por força do sigilo profissional e que a qualquer momento, posso

solicitar a minha exclusão da pesquisa.

Ciente do conteúdo, assino o presente termo.

Lins, ............. de ...................... de 2017

.............................................................

Assinatura do Participante da Pesquisa

.............................................................

Pesquisador Responsável: Jonathan Daniel Telles

Endereço: São Francisco, 362

Telefone: (14) 99797-2954

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APÊNDICE D – Script: Banco de Wells

1 - Inicialmente irei realizar um teste de flexibilidade;

2 - Peço que por gentileza que você tire os sapatos, e em seguida sente-se

sobre o chão de frente para o banco, com as pernas e joelhos totalmente

estendidos;

3 - Feito isso, erga os braços com as mãos sobrepostas, faça uma inspiração e

em seguida uma expiração levando a mão para frente empurrando o marcador

do banco, fazendo uma flexão total do tronco, o mais distante que conseguir;

4 - Iremos fazer o teste três vezes consecutivas, e se houver uma amplitude

maior de movimento na terceira tentativa realizaremos novamente.

Observações:

- Não dar impulsos na hora de empurrar o marcador;

- Não flexionar os joelhos.

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APÊNDICE E – Script: Terceiro Dedo ao Solo

1 - Inicialmente irei realizar um teste de flexibilidade;

2 - Peço que por gentileza você tire os sapatos, e em seguida fique em pé com

os pés juntos e os joelhos estendidos;

3 - Agora você vai fazer uma flexão máxima do tronco, com os braços e cabeça

relaxados;

4 - Peço que aguarde na posição para eu medir a distancia do terceiro dedo

das suas mãos até chegar ao solo;

5 - Iremos fazer o teste três vezes consecutivas, e se houver uma amplitude

maior de movimento na terceira tentativa realizaremos novamente.

Observações:

- Não flexionar os joelhos.

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APÊNDICE F – Script: Alongamento Estático

1 - Agora vou realizar uma técnica de alongamento;

2 - Peço que por gentileza você tire os sapatos, e sente-se na maca com as

pernas totalmente esticadas;

3 - Agora você vai fazer uma elevação do tronco, vai levar o corpo em direção

às pernas o máximo que você conseguir;

4 - Irei ficar com minhas mãos apoiando sua coluna para ter uma maior

estabilização, após dado o tempo está finalizada a técnica.

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APÊNDICE G – Script: Liberação Miofascial - Traço Neuromuscular

1 - Agora vou realizar uma técnica nos dois lados da sua coluna;

2 - Peço que por gentileza você tire os sapatos, e se preferir tire a camiseta ou

apenas a levante, pois preciso ter o contato direto com o tecido;

3 - Deite na maca na posição em decúbito ventral (barriga para baixo) para

darmos inicio as manobras;

4 - Irei realizar deslizamentos com o meu polegar em um lado da sua coluna

durante um tempo, e após o termino desse tempo vou realizar novamente do

outro lado que ainda não foi realizado e após realizado está finalizado a

técnica.

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APÊNDICE H – Resultados Alongamento

Gráfico 1: Resultados da média (cm) do teste Banco de Wells do grupo

Alongamento pré e pós intervenção

Fonte: autores, 2017

Gráfico 2 - Resultados da média (cm) do teste Terceiro dedo ao solo do grupo

Alongamento pré e pós intervenção

Fonte: autores, 2017

0.0

5.0

10.0

15.0

20.0

25.0

30.0

35.0

Pré Pós

Grupo AlongamentoBanco de Wells

0.0

2.0

4.0

6.0

8.0

10.0

12.0

14.0

16.0

Pré Pós

Grupo AlongamentoTerceiro dedo ao solo

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APÊNDICE I – Resultados Liberação Miofascial

Gráfico 3 - Resultados da média (cm) do teste Banco de Wells do grupo

liberação miofascial pré e pós intervenção

Fonte: autores, 2017

Gráfico 4 - Resultados da média (cm) do teste 3º dedo ao solo do grupo

liberação miofascial pré e pós intervenção

Fonte: autores, 2017

0

5

10

15

20

25

30

35

Pré Pós

Grupo Liberação MiofascialBanco de Wells

0

2

4

6

8

10

12

Pré Pós

Grupo Liberação Miofascial3º dedo ao solo

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ANEXOS

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ANEXO A – Parecer Consubstanciado da Plataforma Brasil

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