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MANAUS, DOMINGO, 15 DE DEZEMBRO DE 2013 (92) 3090-1017 Jorge Ayub lembra que a parceria que ele e seu sócio, Augusto Castro, mantêm com a Elite International Realty vai além da venda de imóveis em cidades dos Estados Unidos. “Nós ofere- cemos várias opções para o cliente se sen- tir mais à vontade em outro país. Então, dis- pomos de contador, advogado para aber- tura de empresa, ofe- recemos banco com gerente brasileiro. Até decoradora e en- canador nós oferece- mos como suporte, se for preciso”, afirma. Segundo Ayub, a parceria é muito só- lida e recebe um bom apoio do sócio Daniel Jerusalmi. “O foco da empresa é a América Latina, e tem vários corretores que falam espanhol, português, e já possui bons par- ceiros em outras ci- dades do Brasil, como São Paulo, Rio de Ja- neiro e Porto Alegre”, afirma. Imóveis em Miami atraem os olhares amazonenses Depois da crise de 2008, o mercado imobiliário dos Estados Unidos volta a ser valorizado e desperta o interesse local U m dos principais des- tinos turísticos de brasileiros nos Esta- dos Unidos, Miami, tem chamado a atenção nos últimos anos por outros atra- tivos, além de suas praias e centros de consumo. A cidade norte-americana, localizada na Flórida, tornou-se também um bom lugar para investimentos imobiliários e, de acordo com um dos diretores da C & Castro Imóveis, Jorge Ayub, a possibili- dade de aumento da valorização desse mercado nos próximos anos é grande. A imobiliária atua no exterior há 3 anos em parceria com a empresa Elite International Realty, cujo foco é a América Latina, e Ayub explica que esse interesse pela cidade praiana surgiu por causa da baixa dos preços gerada pela crise que os Estados Unidos enfrentaram em 2008. “Quando iniciamos, o mercado americano vinha de uma crise avassaladora e realmente os imóveis, que ti- nham valores astronômicos, chegaram ao menor patamar possível”, conta. Mas, a partir de 2010, houve um aumento na valorização des- se mercado, graças à retoma- da da economia. “Obviamente, as projeções para os próximos três ou cinco anos são de que o mercado imobiliário norte- americano vai ser realmente o melhor do planeta. Eles cria- ram a crise, resol- veram a crise, e agora saem na frente de todo mundo. E, com isso, os preços dos imóveis devem crescer”. A parceria da C & Castro com a Elite abrange vendas de residências em outras cidades dos Estados Unidos, mas Miami é a mais procurada pelos bra- sileiros. Se antes esse público buscava investir em imóveis em capitais como Rio de Janei- ro e Fortaleza, hoje a cidade estrangeira atrai compradores por causa de facilidades como os voos diários que saem de Manaus e também por fato- res como qualidade de vida, o clima quente, as praias e o fuso horário. “Muitos também compram para alugar e, além de estar sendo valorizado, o imóvel rende por mês com a locação”, observa Ayub. Áreas Em Miami estão disponíveis imóveis a partir de US$ 250 mil. Jorge Ayub conta que esse cres- cimento imobiliário na cidade é grande, principalmente em downtown (o centro da cidade), e uma das áreas na Flórida que o público se interessa muito é Aventura. “Fica mais ou menos no meio de Miami, próximo a Fort Lauderdale, próximo ao centro, à praia, ao aeroporto. É bem centralizada. E, para quem quer gastar um pouco mais tem Miami Beach. Em regiões de praia paga-se duas ou três vezes mais”. Imóveis lançados por volta de setembro de 2012 já mostram, atualmente, uma boa valoriza- ção, de acordo com o diretor da C & Castro Imóveis, com acrés- cimos de 30 a 40%. “Esse índice você não conseguiria mais no mercado do Brasil. Aqui você compra um imóvel residencial e não tem uma valorização acima de 15%”, analisa. Ele revela que, nos últimos dois anos, foram comprados 8 mil imóveis por brasileiros em Miami, e cerca de 50 apartamentos pelo público de Manaus. O valor em média do metro quadrado por região em Miami custa a partir de R$ 4 mil. “É o preço hoje do metro quadrado no conjunto Dom Pedro. Claro que tem mais caro, de R$ 20 mil, que são aqueles apartamentos que chamamos de “pé na areia”, as áreas mais nobres. Mas, são infinitas vezes mais baratas do que, por exemplo, Ipanema ou Leblon, que têm o metro qua- drado em torno de R$ 45 mil”. Em Miami estão dispo- níveis imóveis a partir de US$ 250 mil Oferta de comodidade e facilidade O valor em média do metro quadrado por região em Miami custa a partir de R$ 4 mil

Salão imobiliário - 15 de dezembro de 2013

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Salão Imobiliário - Caderno de imóveis do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 15 DE DEZEMBRO DE 2013 (92) 3090-1017

Jorge Ayub lembra que a parceria que ele e seu sócio, Augusto Castro, mantêm com a Elite International Realty vai além da venda de imóveis em cidades dos Estados Unidos. “Nós ofere-cemos várias opções para o cliente se sen-tir mais à vontade em outro país. Então, dis-pomos de contador, advogado para aber-tura de empresa, ofe-recemos banco com gerente brasileiro. Até decoradora e en-canador nós oferece-mos como suporte, se for preciso”, afirma.

Segundo Ayub, a parceria é muito só-lida e recebe um bom apoio do sócio Daniel Jerusalmi. “O foco da empresa é a América Latina, e tem vários corretores que falam espanhol, português, e já possui bons par-ceiros em outras ci-dades do Brasil, como São Paulo, Rio de Ja-neiro e Porto Alegre”, afirma.

Imóveis em Miami atraem os olhares amazonensesDepois da crise de 2008, o mercado imobiliário dos Estados Unidos volta a ser valorizado e desperta o interesse local

Um dos principais des-tinos turísticos de brasileiros nos Esta-dos Unidos, Miami,

tem chamado a atenção nos últimos anos por outros atra-tivos, além de suas praias e centros de consumo. A cidade norte-americana, localizada na Flórida, tornou-se também um bom lugar para investimentos imobiliários e, de acordo com um dos diretores da C & Castro Imóveis, Jorge Ayub, a possibili-dade de aumento da valorização desse mercado nos próximos anos é grande.

A imobiliária atua no exterior há 3 anos em parceria com a empresa Elite International Realty, cujo foco é a América Latina, e Ayub explica que esse interesse pela cidade praiana surgiu por causa da baixa dos preços gerada pela crise que os Estados Unidos enfrentaram em 2008. “Quando iniciamos, o mercado americano vinha de uma crise avassaladora e realmente os imóveis, que ti-nham valores astronômicos, chegaram ao menor patamar possível”, conta.

Mas, a partir de 2010, houve um aumento na valorização des-se mercado, graças à retoma-da da economia. “Obviamente, as projeções para os próximos três ou cinco anos são de que o mercado imobiliário norte-americano vai ser realmente o melhor do planeta. Eles cria-

ram a crise, resol-veram a crise, e agora saem na frente de todo mundo. E, com isso, os preços

dos imóveis devem crescer”.A parceria da C & Castro

com a Elite abrange vendas de residências em outras cidades dos Estados Unidos, mas Miami é a mais procurada pelos bra-sileiros. Se antes esse público buscava investir em imóveis em capitais como Rio de Janei-ro e Fortaleza, hoje a cidade estrangeira atrai compradores por causa de facilidades como os voos diários que saem de Manaus e também por fato-res como qualidade de vida, o clima quente, as praias e o fuso horário. “Muitos também compram para alugar e, além de estar sendo valorizado, o imóvel rende por mês com a locação”, observa Ayub.

ÁreasEm Miami estão disponíveis

imóveis a partir de US$ 250 mil. Jorge Ayub conta que esse cres-cimento imobiliário na cidade é grande, principalmente em downtown (o centro da cidade), e uma das áreas na Flórida que o público se interessa muito é Aventura. “Fica mais ou menos no meio de Miami, próximo a Fort Lauderdale, próximo ao

centro, à praia, ao

aeroporto. É bem centralizada. E, para quem quer gastar um pouco mais tem Miami Beach. Em regiões de praia paga-se duas ou três vezes mais”.

Imóveis lançados por volta de setembro de 2012 já mostram, atualmente, uma boa valoriza-ção, de acordo com o diretor da C & Castro Imóveis, com acrés-cimos de 30 a 40%. “Esse índice você não conseguiria mais no mercado do Brasil. Aqui você compra um imóvel residencial e não tem uma valorização acima de 15%”, analisa. Ele revela que, nos últimos dois anos, foram comprados 8 mil imóveis por brasileiros em Miami, e cerca de 50 apartamentos pelo público de Manaus.

O valor em média do metro quadrado por região em Miami custa a partir de R$ 4 mil. “É o preço hoje do metro quadrado no conjunto Dom Pedro. Claro que tem mais caro, de R$ 20 mil, que são aqueles apartamentos que chamamos de “pé na areia”, as áreas mais nobres. Mas, são infi nitas vezes mais baratas do que, por exemplo, Ipanema ou Leblon, que têm o metro qua-drado em torno de R$ 45 mil”.

Em Miami estão dispo-níveis imóveis a partir

de US$ 250 mil

Oferta de comodidadee facilidade

O valor em média do metro

quadrado por região em Miami custa a partir de

R$ 4 mil

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2 MANAUS, DOMINGO, 15 DE DEZEMBRO DE 2013

Medidas já foram tomadas para resolver a situação dos 3 mil cariocas desabrigados

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EXPEDIENTE

EDIÇÃO Bruno Mazieri

REPORTAGEMBruno MazieriLuiz Otávio MartinsTadeu de Souza

Priscila Caldas

FOTOSAlberto César Araújo

DIAGRAMAÇÃOMario Henrique Silva

TRATAMENTO DE FOTOSPablo Filard

REVISÃOGracycleide DrumondLeomir Góes

Parintins terá seu primeiro edifício a partir de 2015O Amazon Residence, como foi batizado o empreendimento, custará R$ 5 milhões e será fi nanciado pelo Banco do Brasil

O empreendimento Amazon Residence será lançado em janeiro do próximo ano em Manaus e, consequentemente, em Parintins

Três mil cariocas desalojadosRIO DE JANEIRO

A forte chuva que atingiu a região metropolitana do Rio de Janeiro, na última semana, deixou cerca de 3 mil desalo-jados e 200 desabrigados na Baixada Fluminense. O núme-ro foi divulgado pelo secretá-rio estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, que participou de reunião com o governador Sérgio Cabral e dez prefeitos da região, no quartel do Corpo de Bombei-ros de Nova Iguaçu.

“Os municípios mais atin-gidos foram Nova Iguaçu e Queimados, mas Japeri, São João (de Meriti), Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita e Nilópolis também foram afe-tados”, disse Simões.

O governador ouviu o rela-to dos prefeitos e disse que os trabalhos serão intensi-fi cados com a dragagem e a retirada de moradores de margens de rios. Segundo ele, 15 mil famílias já foram retiradas de áreas de risco e recebem aluguel social, em todo o estado, em decor-rência de várias enchentes ocorridas no passado.

“Com as famílias que es-tão em área de risco, vamos avançar para o [programa] Minha Casa, Minha Vida ou para a compra assistida, que é um método que já usa-mos na serra e na Baixada [Fluminense], em que se faz a compra de imóveis para

essas famílias onde não há condições de se construir (por meio do) Minha Casa, Minha Vida”, explica Cabral.

O governador anunciou também a criação de um ga-binete de crise, envolvendo todos os prefeitos da Baixa-da Fluminense, com objetivo de enfrentar as enchentes e as fortes chuvas que nor-malmente atingem o estado no verão. Ele comentou ain-da a situação na Rodovia Presidente Dutra, que liga o Rio a São Paulo e que fi -cou interrompida pela água por várias horas, deixando os motoristas ilhados e a mercê de assaltantes.

Por Agência Estado

Com um projeto orça-do em R$ 5 milhões o empresário parin-tinense Leão Azulay

se prepara para construir o primeiro edifício da cidade dos bumbás Caprichoso e Ga-rantido. “É um desafi o que topamos por amor à nossa terra e o desejo de vê-la crescendo”, afi rmou ele, sa-lientando que as obras vão durar 16 meses.

“Inicia em janeiro próximo com a previsão de conclu-são em junho de 2015. Esse período todo é o que leva em qualquer lugar do Brasil como em Manaus, Rio de Ja-neiro, Belém, enfi m, qualquer lugar, para se construir um prédio de seis andares com 44 apartamentos”.

Azulay informou que o Ama-zon Residence será composto de uma torre com seis anda-res, com elevador social e de serviços, sendo que nos cin-co andares serão construídos oito apartamentos por andar e no sexto quatro coberturas, duas de frente para a avenida Amazonas, a principal da ci-dade, duas para a rua Wilson Cursino, antiga 31 de março,

e uma cobertura fi cará de frente para o rio Amazonas.

O valor dos apartamentos oscila entre R$ 160 a R$ 250 mil reais. Em média, as unida-des terão 69 metros quadra-dos. O projeto é da arquiteta parintinense Dímitra Haidos e o engenheiro responsável é Odiney Faria. “Minha empresa está usando toda mão de obra de Parintins, a única coisa que foi feito o Cálculo Estrutural e a sondagem do solo”.

LançamentoAzulay informou que o Ama-

zonas Residence será lançado no próximo mês em Manaus e, consequentemente, em Pa-rintins. “Vamos promover um coquetel com a presença de convidados e imprensa para anunciar o primeiro edifício de Parintins”, afi rma.

Ele disse, ainda, que a co-mercialização do apartamen-to inicia entre 15 e 20 de janeiro, mas faz uma ressalva: “Já estamos recebendo uma grande procura desde a divul-gação do evento e hoje nós só estamos com quatro unidades disponíveis, o que esperamos vender até o fi m do mês e fazer o lançamento com todas as unidades vendidas”.

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AÇÃOPARINTINS (AM)

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3MANAUS, DOMINGO, 15 DE DEZEMBRO DE 2013

A mudança da Ponta Negra para o Centro deve-se à difi culdade de mobili-dade que se instala, atualmen-te, naquela área. Com a mudança do Plano Dire-tor, creio que a prefeitura faça mudan-ças”

Anete Perrone é das profi ssionais que não tem medo de arriscar. Não apenas no quesi-

to modernidade, mas também quando o assunto é o regiona-lismo. Ganhando cada vez mais o mercado local, a arquiteta já criou espaços para personali-dades mundiais como o chef Alex Atala e o excêntrico Doctor Rey. Em entrevista ao EM TEM-PO, ela fala da procura pelas casas inteligentes, elementos regionais na decoração, sua ex-periência com as celebridades e como imagina a capital do Estado daqui há 10 anos.

EM TEMPO – Quais os tipos de projeto que estão sendo procurados hoje me dia?

Anete Perrone – Primeira-mente o ponto crucial para um projeto, além do fato de fun-cionalidade e estética, que já é de obrigação do profi ssional propor isso; o foco maior hoje se chama automação, uma casa inteligente e que facilite o dia a dia. Isso acontece, em boa parte, devido a mudança de lei trabalhista para as em-pregadas domésticas, que está mudando o jeito de viver dos amazonenses e de algumas partes do país também. En-tão esse é o ponto principal. Conseguir deixar uma casa inteligente, funcional e que, diariamente, a pessoa precise menos ainda dessa profi ssio-nal. E para mim, essas casas inteligentes são a grande ten-dência do momento. Não são cores, tipologias ou coisas do tipo. Até porque, cada um tem seu modo de viver.

EM TEMPO – Juntamente com isso, vem a questão da sustentabilidade. Como está sendo a procura por meios sustentáveis?

AP – Ainda é difícil de ter um cliente que chegue com algu-ma ideia sustentável. Falta um pouco de esclarecimento sobre o assunto, ainda é algo muito cru. Porém, vai da consciência de cada profi ssional sugerir o que fazer e quais materiais usar. Moramos em uma cidade que faz sol o ano inteiro, en-

tão é complicado aceitar que não se trabalhe com energia solar, por exemplo. E isso não apenas em uma casa, mas em um prédio todo. É preciso pensar que é uma questão de custo-benefício. O mundo está caminhando para isso e é necessário explicar o benefício de cada coisa.

EM TEMPO – Você acha que o amazonense tem um problema sério de provar projetos mais modernos e arrojados?

AP – Acho que algo que precisa ser trabalhado com o cliente. Na verdade, é preciso que ele entenda que, a par-tir do momento em que ele contrata um profi ssional, ele está adquirindo uma consul-toria, ele está ali para ajudar, para mostrar o que pode fi car mais adequado dentro de um projeto. Acredito, ainda, que o amazonense tem uma men-te muito aberta com relação a esse assunto, não somos tradicionais. É possível encon-trar grandes obras de ótimos profi ssionais e que, muitas vezes, até me supreende com conceitos globalizados.

EM TEMPO – Você sen-te dificuldade de usar elementos regionais nos interiores e ao que você atribui essa resistência dos amazonenses?

AP – O Marcelo Rosen-baum foi participar da Feira de Milão e apresentou uma peça que era feita com umas tiras redondas e uma luz de LED fi ninha por dentro e foi premiada. Acho ele um ótimo profi ssional, mas usou ele-mentos regionais. Acho que falta conhecimento de como usar esses materiais. Sinto essa difi culdade, mas sempre que possível tento convencer meus clientes. Somos cabo-clos de comer farinha, tucumã e açaí. Não temos que ter vergonha disso.

Aprendi bastante coisa no projeto que fi z para o Alex Atala na Casa Cor do ano passado, pesquisando sobre o que ele gostava e seu cotidiano. Ele fala que só foi ser um homem

de sucesso quando parou de ter vergonha de suas origens, de onde veio. A partir disso, ele começou a pesquisar o Brasil, os temperos nacionais e veio parar no Amazonas. Depois disso, conquistou o sucesso que todos conhecem.

Uma das pessoas que mais admiro quando falamos desse assunto é a minha irmã (Ana Paula Perrone). Antes mesmo do regionalismo se tornar “moda”, ela sempre prezou por isso. Tudo dela tem um cocar, uma cuia, uma mandala de escama de pirarucu. No projeto do Doctor Rey – também na extinta Casa Cor Amazonas – tem uma artista plástica de São Paulo que presta serviços para mim, no qual ela trabalhou uma pele de pirarucu tingindo de amarelo e que fi cou em um quadro. Minha irmã quando viu, fi cou apaixonada. Por isso que admiro o carioca! Pode abrir qualquer projeto que você encontra o Calçadão de Copacabana, o Cristo Reden-tor e não é cafona. Porque então não mostrar as pala-fi tas, trabalhar uma tala de buriti, um tucumã? Porque as pessoas acham isso cafona? Então assim, é necessário que se entenda que fi ca charmoso e com um design bacana faz a diferença em um ambiente.

EM TEMPO – E por falar em Doctor Rey, como foi a experiência de criar o am-biente dele?

AP – Em 2011, a até então detentora da marca Casa Cor me convidou para fazer parte do projeto e disse que tinha uma celebridade máxima e me perguntou se eu topava criar um ambiente para ela. Em seguida fi quei sabendo que era o Doctor Rey e topei. Fui até São Paulo, fi z todo um trabalho de pesquisa sobre a vida dele antes de ir e já cheguei para en-tregar um projeto pronto. En-treguei, foi aprovado e quando veio para Manaus, acabamos fi cando amigos como somos até hoje. Logo em seguida, como ele estava indo e vindo para o Brasil – na época ele residia nos Estados Unidos – acabou me contratando

para reformar o apartamen-to dele de São Paulo e já concluímos a obra.

EM TEMPO – Você falou sobre a Feira de Milão. O que teve de diferencial neste ano?

AP – Nossa, tudo foi muito diferente! Primeiro porque vi vários designers brasileiros fazendo a diferença lá fora. Segundo que agora chegou a nossa vez! Tudo era a cara do Brasil. Muita madeira bruta e de todos os tipos. Não tinha aqueles negócios de acrílico que a Europa usa muito. E assim, acabei me sentindo em casa com painéis de ma-deira. Ela já era nobre, mas na forma bruta e natural, fez muito sucesso.

EM TEMPO – Voltando para Manaus, por qual área da cidade as pessoas estão apresentando mais interes-ses para construir suas ca-sas atualmente?

AP – Houve uma época que teve um “boom” de apartamen-tos na Ponta Negra e hoje, muitas pessoas que estão mo-rando lá, devido essa grande procura, estão querendo voltar para uma local “mais perto da cidade” como Ephygênio Salles, por exemplo, para fi car mais perto do seu cotidiano, escolas, famílias... Então nes-sa área está se construindo muito, grandes prédios, prin-cipalmente, na Morada do Sol. E essa mudança da Ponta Ne-gra para o Centro deve-se a difi culdade de mobilidade que se instala, atualmente, naquela área. Com a mudança do Plano Diretor creio que a prefeitura faça algumas mudanças.

EM TEMPO – Como você imagina Manaus daqui há 10 anos?

AP – Imagino que tenha uma arquitetura que tivesse mais respeito a cidade e com qualidade de vida. Quando se projeta algo, não é apenas para o cliente é para a cidade. Então estamos tendo essa cul-tura de transformar a capital do Estado em algo bonito e bom para se viver.

Anete PERRONE

‘Não podemos TER VERGONHA DASnossas origens’

Para mim, as casas in-teligentes são a grande tendência no momento. Não são cores, tipolo-gias ou coisas do tipo. Até porque, cada um tem seu modo de viver e seu estilo de vida”

ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

Admiro o ca-rioca! Pode abrir qual-quer projeto que você encontra o Calçadão de Copacaba-na, o Cristo Redentor e isso não é cafona. Por-que então não mostrar as palafi tas, trabalhar com tala de buriti, um tu-cumã?

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4 MANAUS, DOMINGO, 15 DE DEZEMBRO DE 2013 5MANAUS, DOMINGO, 15 DE DEZEMBRO DE 2013

Capital Rossi divulga balanço

Segundo a empresa, entre os sete empreendimentos que já foram entregues aos manauenses, estão o residencial Azaleia, o residencial Orquídea e o residencial Lírio

2013

O Britannia é um empreendimento diferenciado e uma das principais apostas da Capital Rossi por oferecer ao público vantagens

A Capital Rossi vai fe-char 2013 com “chave de ouro” no que diz respeito à entrega de

residenciais e unidades ha-bitacionais em Manaus. Na somatória do acumulado do ano, serão 2.512 apartamen-tos da marca que compõem sete condomínios nas mais diversas áreas da cidade.

Segundo a empresa, entre os sete empreendimentos que já foram entregues aos manauenses estão a segun-da fase do residencial Aza-leia (576 apartamentos), as etapas 1, 2 e 3 do residencial Orquídea (464 apartamentos) e a primeira e segunda etapa do residencial Lírio, que são compostas por 416 unidades habitacionais. Também foram entregues pela Capital Rossi, até o momento, a primeira fase do Arboretto Praças Residenciais Aleixo (224 uni-dades), as etapas 1 e 2 do residencial Girassol (592 apar-tamentos) e a primeira fase do residencial Samambaia (240 apartamentos).

“Esses foram empreendimen-tos cujas obras foram fi naliza-das neste ano e que as chaves já foram entregues aos nossos clientes. São residenciais que atenderam os mais diversos tipos de público, o que é um diferencial e uma preocupação da Capital Rossi” observa a ge-rente de relacionamento com o cliente, Maria José Santos.

Na avaliação de Maria José, 2013 tem sido um ano pro-dutivo para a Capital Rossi, que, segundo ela, conseguiu “driblar” problemas pontuais enfrentados pelo segmento da construção civil amazonense. “Mesmo diante das adversi-dades, como a escassez da mão de obra, a empresa tem conseguido cumprir os com-promissos com os clientes que adquiriram um produto da marca. Essa é a prioridade da Capital Rossi”, pontua.

LançamentoAlém das entregas, em 2013

a Capital Rossi também direcio-nou o seu foco para empreen-dimentos comerciais. Há dois meses, a construtora lançou o Britania Park Offi ces, o primeiro condomínio comercial da Ponta Negra que está em fase de cons-trução no Reserva Inglesa.

De acordo com a Capital Ros-si, o condomínio está estrutu-rado da seguinte maneira: duas torres comerciais de 16 andares - a Chelsea e a Stamford -, duas torres comerciais de sete andares - Soho e Windsor -, cinco anexos comerciais e dois blocos, de 10 unidades cada, compondo o que chamamos de “vilas comerciais”.

Ainda sobre o complexo, a empresa informa que o empre-endimento contará com torres de 625 salas comerciais de

tamanhos que variam entre 31 metros quadrados e 620 metros quadrados. O complexo terá ainda o espaço Garden Square, que se trata de uma área de convívio conceitual, in-ternet Wi-Fi, estacionamento para condôminos e visitantes, controle de acesso aos prédios, monitoramento de segurança 24 horas e inúmeros serviços pay-per-use como professor de línguas, chaveiro, diarista e lavagem de automóvel.

“O Britannia é um empreendi-mento diferenciado e uma das principais apostas da Capital Rossi por oferecer ao público uma série de vantagens e loca-lização privilegiada na área da Ponta Negra”, avalia a gerente de relacionamento com o clien-te, Maria José Santos.

MERCADONa avaliação de Ma-ria José, gerente de relacionamento com o cliente da empresa, 2013 tem sido um ano produtivo para a Capi-tal Rossi que, segundo ela, conseguiu “driblar” problemas pontuais

Fruto da parceria entre a Construtora Capital, líder do segmento na região Amazo-nense, e a Rossi, uma das principais incorporadoras e construtoras do País, a joint-venture Capital Rossi se consolidou em dezembro

de 2009. Os números com-provam o grande potencial da joint venture, que já apresen-tou ao mercado de Manaus 23 projetos e possui mais de oito mil unidades vendidas na região desde o início da par-ceria até março de 2013.

Em dezembro do ano passado, a Capital Rossi foi eleita, no segmento de Cons-trutoras, como a marca mais lembrada dos consumidores manauaras. A joint venture venceu na categoria Top of Mind do Prêmio Amazonense

de Propaganda e Marketing. Siga a Capital Rossi nas re-des sociais: Facebook (fa-cebook.com/capitalrossiofi -cial), Twitter (@capitalrossi), Instagram (@capitalrossi) e Youtube (youtube.com/capi-talrossiofi cial).

Conquistas no mercado da construçãoSegundo a empresa, entre os sete empreendimentos que já foram entregues aos amazonenses está o residencial Azaleia

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Banheiros criados para os idosos merecem cuidadosArquiteto explica que é preciso atenção na hora de projetar e que reservar espaços para adaptações é necessário

Detalhes importantes que devem ser observados na hora de projetar o espaço para os idosos

Quem tem uma criança ou um idoso em casa sabe que é neces-sário tomar alguns

cuidados para preservar a saú-de e o bem estar da família. Pisos antiderrapantes e barras para apoio nas paredes dos banheiros são os principais ele-mentos utilizados em atenção ao público da terceira idade. Em uma conversa com o EM TEMPO o arquiteto Werner Al-buquerque esclareceu dúvidas sobre o assunto e falou sobre as prevenções necessárias na hora de construir.

Para Albuquerque, é impor-tante que o setor da construção civil demonstre preocupação com os idosos. Ele ressalta que hoje é possível atender às necessidades desse público assim como aos defi cientes físicos, também chamados de Portadores de Necessidades Especiais (PNE). “O mercado imobiliário trata cada me-tro quadrado de seus proje-tos com muita atenção. Eles sempre planejam salas, quar-tos e banheiros espaçosos. A legislação determina que um banheiro deve ter dimensão mínima de 2,80m x 1,20m, mas sempre que possível deixamos essa metragem em 1,30m”, afi rma. “É uma preocupação justa porque a cada ano o idoso

apresenta difi culdades e pode vir a usar uma cadeira de ro-das ou bengala. Cada cômodo da casa tem como obrigação atendê-lo”, completa.

Segundo o arquiteto, é preci-so ter cuidados redobrados ao pensar na compra e instalação dos azulejos que fi carão na área interna do banheiro. Ele informa que a cerâmica ideal para esse compartimento é a antiderrapante. “Como existe um contato contínuo com a água existe o alto índice de ocorrerem quedas. Por isso, é bom que o piso seja mais áspero”, justifi ca.

ConceitosAlbuquerque explica, ainda,

que existe uma diferença entre o conceito de áreas molhada e molháveis. De acordo com ele, o primeiro termo está relacio-nado ao local que tem contato direto com a água, como é o caso do banheiro ou de uma área externa destinada à la-vagem de roupas. Enquanto a segunda nomenclatura faz menção aos compartimentos que podem vir a ter conta-to com o líquido, como por exemplo, uma cozinha. “Atua-mos com base em normas de desempenho que tratam sobre diversas questões, dentre elas, os pisos adequados para casa

localidade”, cita.De acordo com o arquiteto,

ao iniciar o planejamento de uma edifi cação o construtor deve se preocupar em pre-parar os cômodos para fu-turas adaptações, caso haja necessidade. “Não sabemos do futuro. Pode ser que em algum momento a pessoa pre-cise ter acessibilidade em sua casa ou empresa, por isso, é importante preparar um quar-to e o banheiro no térreo com todas as especifi cações necessárias”, disse. “É uma so-lução preventiva que vai gerar menos despesas”, garante.

Apesar da relevância da criação de um banheiro que atenda ao público da terceira idade, Albuquerque avalia que os problemas vão ainda mais além. Ele considera que tam-bém é necessário ter atenção durante o planejamento da área externa do imóvel como as escadas e as rampas de acesso. “Os idosos têm difi cul-dades para subirem rampas inclinadas e também esca-das que apresentam degraus altos. As rampas difi cultam o acesso até mesmo aos cadei-rantes. A Associação Brasilei-ra de Normas Técnicas defi ne que a cada metro de rampa a pessoa deve um espaço de subir 8,33 cm”, explica.

Para a arquiteta Samara Lins, um banheiro apropria-do para o uso de uma pes-soa idosa deve apresentar portas com largura mínima de 90 centímetros e ain-da as barras de segurança para que a pessoa possa se apoiar. Ela também des-tacou a importância do piso antiderrapante. “Outro fator que pode colaborar com a necessidade desse grupo é o espaço para o uso de um

andador. Mas vale ressaltar que esses elementos dife-rem de um banheiro utilizado por um defi ciente físico, que precisa de mais espaço para locomoção”, comenta.

De acordo com Samara, Manaus ainda está um pouco atrasada quanto ao imple-mento de novidades no setor da construção civil voltada a determinados grupos, como no caso, o da terceira ida-de. Ela conta que em São

Paulo é possível encontrar edifi cações projetadas es-pecifi camente para os an-ciões. “Nessa capital pude ver prédios que apresentam piscinas, equipamentos de ginástica e até mesmo a área interna do apartamento vol-tada a esse público. Eles têm até médicos e enfermeiros à disposição dos morado-res. Infelizmente ainda não podemos falar o mesmo da capital amazonense”, frisa.

Capital do Estado está atrasada

Barras para segurar e pisos diferenciados fazem a diferença no banheiro dos idosos

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4 MANAUS, DOMINGO, 15 DE DEZEMBRO DE 2013 5MANAUS, DOMINGO, 15 DE DEZEMBRO DE 2013

Capital Rossi divulga balanço

Segundo a empresa, entre os sete empreendimentos que já foram entregues aos manauenses, estão o residencial Azaleia, o residencial Orquídea e o residencial Lírio

2013

O Britannia é um empreendimento diferenciado e uma das principais apostas da Capital Rossi por oferecer ao público vantagens

A Capital Rossi vai fe-char 2013 com “chave de ouro” no que diz respeito à entrega de

residenciais e unidades ha-bitacionais em Manaus. Na somatória do acumulado do ano, serão 2.512 apartamen-tos da marca que compõem sete condomínios nas mais diversas áreas da cidade.

Segundo a empresa, entre os sete empreendimentos que já foram entregues aos manauenses estão a segun-da fase do residencial Aza-leia (576 apartamentos), as etapas 1, 2 e 3 do residencial Orquídea (464 apartamentos) e a primeira e segunda etapa do residencial Lírio, que são compostas por 416 unidades habitacionais. Também foram entregues pela Capital Rossi, até o momento, a primeira fase do Arboretto Praças Residenciais Aleixo (224 uni-dades), as etapas 1 e 2 do residencial Girassol (592 apar-tamentos) e a primeira fase do residencial Samambaia (240 apartamentos).

“Esses foram empreendimen-tos cujas obras foram fi naliza-das neste ano e que as chaves já foram entregues aos nossos clientes. São residenciais que atenderam os mais diversos tipos de público, o que é um diferencial e uma preocupação da Capital Rossi” observa a ge-rente de relacionamento com o cliente, Maria José Santos.

Na avaliação de Maria José, 2013 tem sido um ano pro-dutivo para a Capital Rossi, que, segundo ela, conseguiu “driblar” problemas pontuais enfrentados pelo segmento da construção civil amazonense. “Mesmo diante das adversi-dades, como a escassez da mão de obra, a empresa tem conseguido cumprir os com-promissos com os clientes que adquiriram um produto da marca. Essa é a prioridade da Capital Rossi”, pontua.

LançamentoAlém das entregas, em 2013

a Capital Rossi também direcio-nou o seu foco para empreen-dimentos comerciais. Há dois meses, a construtora lançou o Britania Park Offi ces, o primeiro condomínio comercial da Ponta Negra que está em fase de cons-trução no Reserva Inglesa.

De acordo com a Capital Ros-si, o condomínio está estrutu-rado da seguinte maneira: duas torres comerciais de 16 andares - a Chelsea e a Stamford -, duas torres comerciais de sete andares - Soho e Windsor -, cinco anexos comerciais e dois blocos, de 10 unidades cada, compondo o que chamamos de “vilas comerciais”.

Ainda sobre o complexo, a empresa informa que o empre-endimento contará com torres de 625 salas comerciais de

tamanhos que variam entre 31 metros quadrados e 620 metros quadrados. O complexo terá ainda o espaço Garden Square, que se trata de uma área de convívio conceitual, in-ternet Wi-Fi, estacionamento para condôminos e visitantes, controle de acesso aos prédios, monitoramento de segurança 24 horas e inúmeros serviços pay-per-use como professor de línguas, chaveiro, diarista e lavagem de automóvel.

“O Britannia é um empreendi-mento diferenciado e uma das principais apostas da Capital Rossi por oferecer ao público uma série de vantagens e loca-lização privilegiada na área da Ponta Negra”, avalia a gerente de relacionamento com o clien-te, Maria José Santos.

MERCADONa avaliação de Ma-ria José, gerente de relacionamento com o cliente da empresa, 2013 tem sido um ano produtivo para a Capi-tal Rossi que, segundo ela, conseguiu “driblar” problemas pontuais

Fruto da parceria entre a Construtora Capital, líder do segmento na região Amazo-nense, e a Rossi, uma das principais incorporadoras e construtoras do País, a joint-venture Capital Rossi se consolidou em dezembro

de 2009. Os números com-provam o grande potencial da joint venture, que já apresen-tou ao mercado de Manaus 23 projetos e possui mais de oito mil unidades vendidas na região desde o início da par-ceria até março de 2013.

Em dezembro do ano passado, a Capital Rossi foi eleita, no segmento de Cons-trutoras, como a marca mais lembrada dos consumidores manauaras. A joint venture venceu na categoria Top of Mind do Prêmio Amazonense

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Conquistas no mercado da construçãoSegundo a empresa, entre os sete empreendimentos que já foram entregues aos amazonenses está o residencial Azaleia

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Banheiros criados para os idosos merecem cuidadosArquiteto explica que é preciso atenção na hora de projetar e que reservar espaços para adaptações é necessário

Detalhes importantes que devem ser observados na hora de projetar o espaço para os idosos

Quem tem uma criança ou um idoso em casa sabe que é neces-sário tomar alguns

cuidados para preservar a saú-de e o bem estar da família. Pisos antiderrapantes e barras para apoio nas paredes dos banheiros são os principais ele-mentos utilizados em atenção ao público da terceira idade. Em uma conversa com o EM TEMPO o arquiteto Werner Al-buquerque esclareceu dúvidas sobre o assunto e falou sobre as prevenções necessárias na hora de construir.

Para Albuquerque, é impor-tante que o setor da construção civil demonstre preocupação com os idosos. Ele ressalta que hoje é possível atender às necessidades desse público assim como aos defi cientes físicos, também chamados de Portadores de Necessidades Especiais (PNE). “O mercado imobiliário trata cada me-tro quadrado de seus proje-tos com muita atenção. Eles sempre planejam salas, quar-tos e banheiros espaçosos. A legislação determina que um banheiro deve ter dimensão mínima de 2,80m x 1,20m, mas sempre que possível deixamos essa metragem em 1,30m”, afi rma. “É uma preocupação justa porque a cada ano o idoso

apresenta difi culdades e pode vir a usar uma cadeira de ro-das ou bengala. Cada cômodo da casa tem como obrigação atendê-lo”, completa.

Segundo o arquiteto, é preci-so ter cuidados redobrados ao pensar na compra e instalação dos azulejos que fi carão na área interna do banheiro. Ele informa que a cerâmica ideal para esse compartimento é a antiderrapante. “Como existe um contato contínuo com a água existe o alto índice de ocorrerem quedas. Por isso, é bom que o piso seja mais áspero”, justifi ca.

ConceitosAlbuquerque explica, ainda,

que existe uma diferença entre o conceito de áreas molhada e molháveis. De acordo com ele, o primeiro termo está relacio-nado ao local que tem contato direto com a água, como é o caso do banheiro ou de uma área externa destinada à la-vagem de roupas. Enquanto a segunda nomenclatura faz menção aos compartimentos que podem vir a ter conta-to com o líquido, como por exemplo, uma cozinha. “Atua-mos com base em normas de desempenho que tratam sobre diversas questões, dentre elas, os pisos adequados para casa

localidade”, cita.De acordo com o arquiteto,

ao iniciar o planejamento de uma edifi cação o construtor deve se preocupar em pre-parar os cômodos para fu-turas adaptações, caso haja necessidade. “Não sabemos do futuro. Pode ser que em algum momento a pessoa pre-cise ter acessibilidade em sua casa ou empresa, por isso, é importante preparar um quar-to e o banheiro no térreo com todas as especifi cações necessárias”, disse. “É uma so-lução preventiva que vai gerar menos despesas”, garante.

Apesar da relevância da criação de um banheiro que atenda ao público da terceira idade, Albuquerque avalia que os problemas vão ainda mais além. Ele considera que tam-bém é necessário ter atenção durante o planejamento da área externa do imóvel como as escadas e as rampas de acesso. “Os idosos têm difi cul-dades para subirem rampas inclinadas e também esca-das que apresentam degraus altos. As rampas difi cultam o acesso até mesmo aos cadei-rantes. A Associação Brasilei-ra de Normas Técnicas defi ne que a cada metro de rampa a pessoa deve um espaço de subir 8,33 cm”, explica.

Para a arquiteta Samara Lins, um banheiro apropria-do para o uso de uma pes-soa idosa deve apresentar portas com largura mínima de 90 centímetros e ain-da as barras de segurança para que a pessoa possa se apoiar. Ela também des-tacou a importância do piso antiderrapante. “Outro fator que pode colaborar com a necessidade desse grupo é o espaço para o uso de um

andador. Mas vale ressaltar que esses elementos dife-rem de um banheiro utilizado por um defi ciente físico, que precisa de mais espaço para locomoção”, comenta.

De acordo com Samara, Manaus ainda está um pouco atrasada quanto ao imple-mento de novidades no setor da construção civil voltada a determinados grupos, como no caso, o da terceira ida-de. Ela conta que em São

Paulo é possível encontrar edifi cações projetadas es-pecifi camente para os an-ciões. “Nessa capital pude ver prédios que apresentam piscinas, equipamentos de ginástica e até mesmo a área interna do apartamento vol-tada a esse público. Eles têm até médicos e enfermeiros à disposição dos morado-res. Infelizmente ainda não podemos falar o mesmo da capital amazonense”, frisa.

Capital do Estado está atrasada

Barras para segurar e pisos diferenciados fazem a diferença no banheiro dos idosos

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Cômodo e necessárioCada vez mais desejado por quem adquire imóveis, o closet pode ser adaptado a determinados ambientes para conferir ao cliente uma melhor visualização do que possui em seu guarda-roupa e, até mesmo, como forma de segurança

Antigamente, um closet em casa ou apartamento podia ser considerado um

artigo de luxo, graças às di-mensões generosas que, nor-malmente, são exigidas para a construção desse ambiente. Hoje em dia, porém, já é possível adaptar espaços em imóveis para abrigar closets, mas ainda assim deve exis-tir um tamanho mínimo para adequá-los em residências.

A arquiteta Milena Mota, da ArrudaMota Arquitetura, explica que um projeto para closet deve ter, no mínimo, 60 cm de circulação (profun-didade) para que seja possí-vel uma boa visualização do seu conteúdo. Já a largura vai depender do que o cliente es-tiver precisando em termos de espaço. “Alguns precisam de um cômodo inteiro”, afir-ma Milena.

É o caso da administradora Luana Moreira, que optou em utilizar um dos quatro quartos do apartamento que ela e o marido compraram. “Pela quantidade de coisas que ele e eu temos, um armário para cada um não daria para guar-dar tudo”, revela.

Luana solicitou para uma arquiteta a construção do closet quando o apartamento ainda passava pelas obras de acabamentos fi nais. A admi-nistradora justifi ca também a construção do ambiente pelo conforto de ter peças como roupas, sapatos, bol-sas e outras por perto e de poder se arrumar num espaço com ar-condicionado.

Além da necessidade e co-modidade, Luana destaca a segurança que um closet pode oferecer. “Os objetos de maior valor nós deixamos trancados e fi co mais tranquila”, diz.

O closet deve ser apropriado para o tamanho da residência Existem projetos que podem ser adaptados a qualquer metragem

E, ao contrário do que mui-tos possam imaginar, a pre-sença de um closet em apar-tamentos ou casas não está ligada apenas ao desejo de ter mais comodidade para, por exemplo, experimentar peças de roupas. “Não adian-ta ter um closet se você não puder visualizar bem tudo que possui em termos de roupas, sapatos etc. Às vezes, a pessoa até esquece que tem determinadas roupas porque não visualiza tudo”, observa Milena Mota.

A arquiteta explica que procura adaptar o espaço disponível de acordo com o que o cliente necessita, mas não vale a pena cons-truir um closet com menos de 60 cm de profundidade. “Geralmente, as pessoas já procuram um imóvel que tenha closet. E, mesmo que

não tenha cômodo para construir um, elas querem dar um jeito para ter”.

O ideal para a construção de um closet é que exista uma interligação com um dos quartos, para conferir mais privacidade a quem vai utilizá-lo. “Mas, nem sempre é possível e acaba-mos projetando a entrada do closet por fora do cômo-do”, diz a profi ssional.

Milena lembra que o closet era muito usado no exterior e, no Brasil, está sendo in-cluído nos projetos de uns tempos pra cá. “O closet está mais divulgado agora. O mais comum era o guarda-roupa convencional no quar-to. Hoje em dia, os clientes preferem porque é mais organizado e acabam con-seguindo um espaço maior para esse ambiente”.

Visualização na hora de escolherEm grandes casas o espaço é usado de forma inteligente

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Empresas oferecem até R$ 100 mil de descontosUma das opções é o Mundi Resort, que tem o valor médio de R$ 650 mil e está localizado no bairro Adrianópolis

Este fi nal de ano pode ser um bom momento para quem já vinha procurando imóveis

em Manaus. No mercado imobiliário, algumas cons-trutoras estão oferecendo descontos, melhores condi-ções de negociação e brindes neste período, de olho no maior poder de compra dos consumidores, que recebem o 13º salário para alcançar um bom fechamento anual.

A Manaú Patrimônio, por exemplo, está oferecendo descontos de até R$ 100 mil em suas unidades. Estão en-tre as ofertas, imóveis pron-tos para morar, lançamentos ou em construção. Uma das opções é o Mundi Resort, que tem o valor médio de R$ 650 mil. Localizado no Adrianópo-lis, sua última fase acaba de ser entregue e abriga apar-tamentos de apartamentos de 106 metros quadrados e 128 metros quadrados, além de ser composto por mais de 90 itens de lazer.

“Nossa campanha abrange todos os nossos produtos como Concept, Mundi e Smile Cidade Nova, Smile Parque de Flores e, é claro, o Sunny, que é nosso lançamento”, afi rmou o diretor executivo da Manaú Patrimô-

nio Marco Bolognese. Outra oferta pronta para

morar é o Smile Parque das Flores. O empreendimento possui oito torres, 496 apar-tamentos com tamanhos que variam de 59 metros quadra-dos e 75 metros quadrados, sendo quatro coberturas e valor médio de R$ 275 mil.

PromoçõesA construtora Engeco tam-

bém aposta em promoções neste fi nal de ano. A empresa está oferecendo R$ 50 mil de desconto na aquisição de uma unidade do Garden Club Resi-dence, no Parque 10 de Novem-bro, uma das localidades mais disputadas de Manaus.

O empreendimento que tem valor médio de R$ 800 mil é composto por 204 apartamentos de três suí-tes – todos com armários modulados e ar condicionado – com área útil variando entre 119,84 metros quadrados a 123,82 metros quadrados.

“O momento é propício e escolhemos um de nossos me-lhores produtos para realizar a promoção de fi nal de ano com um desconto considerável para os consumidores”, afi rmou a gerente de marketing da En-geco, Jória Said Guerreiro.

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Sem-teto protestam em São PauloApós duas horas de ca-

minhada e duas horas de espera, cerca de 3 mil ma-nifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), segundo estimativa da Polícia Militar, saíram da frente da sede da prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, e seguiram em dire-ção ao prédio da Companhia de Desenvolvimento Habi-tacional e Urbano (CDHU), na rua Boa Vista, na última quarta-feira, dia 11.

O movimento criticou o fato de o prefeito Fernando Haddad não ter recebido uma comissão para negociar. “Hoje não quiseram receber o povo, amanhã, depois, na virada do ano, (a cidade) vai amanhecer coberta de lona preta em todo terreno vazio”, disse Guilherme Boulos, inte-grante do MTST.

Procurada pela reporta-gem, a prefeitura de São Paulo informou que vem sempre mantendo um canal de diálogo com o movimen-to, mas que hoje não havia nenhuma reunião progra-mada e, por isso, eles não foram recebidos.

DiálogoPor meio de nota à impren-

sa, a Secretaria Municipal de Habitação informou que mantém um canal de diálogo aberto e permanente com os movimentos de moradia. “Em 12 meses, foram mais de 300 reuniões entre associações e lideranças de movimento”, diz a nota, acrescentendo que a secretaria vai entregar 55 mil unidades habitacionais até 2016. “Hoje, são 24 mil unidades em obras ou pres-tes a iniciar”, informou.

A secretaria também in-formou que atende provi-soriamente cerca de 32 mil famílias. “Isso corresponde a cerca de R$ 70 milhões gastos por ano, o que pos-sibilitaria a construção de mil unidades habitacionais. O objetivo é viabilizar o má-ximo de unidade e entregar as unidades para liberar os auxílios para outras famí-lias”, diz a nota.

A Marcha por Moradia Dig-na e Contra os Despejos co-meçou no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) às 8h da manhã. Por volta das 14h, os manifestantes saíram do Viaduto do Chá em direção ao prédio da CDHU. Uma comissão aguarda para ser recebida por represen-tantes do órgão.

Por Agência Estado

O movimento criticou o fato do prefeito Fernando Haddad nào ter recebido a comissão

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O Garden Club Residence, no Parque 10 de Novembro, tem valor médio de R$ 800 mil e é composto por 204 apartamentos

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